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imbecilidades

1. Vitor Pereira fala que a arbitragem condicionou o resultado que se verificou hoje no La Romareda. Afirma que o árbitro amarelou muito cedo os jogadores do Porto e condicionou Moutinho. Mas “esquece-se” que só em Portugal é que os árbitros deixam abusar da falta sem amarelos até aos 60 minutos, para depois descarregarem todos os que lhe apetecerem nos 30 minutos finais. Queixa-se que o Porto foi “empurrado” nos minutos finais da 1ª parte para que o Málaga fosse para o intervalo em vantagem. E “esquece-se” que poucos minutos antes do golo dos espanhóis, o seu guarda-redes deu um frango monumental numa altura e num contexto em que jamais deveria ter cometido tal falha, perdoada por uma suposta falta que não aconteceu. O Málaga poderia efectivamente ter ído para os balneários com a eliminatória no bolso.

2. Esta equipa do Málaga é estranha e Vitor Pereira esteve a dormir no banco durante os dois jogos. Costumo caracterizar esta equipa do Málaga com a seguinte expressão: 1 razoável guarda-redes (Caballero) 2 jogadores de craveira mundial (Isco e Toulalan) meia dúzia de remendados do futebol mundial que já não tem espaço numa equipa de topo do futebol europeu (Júlio Baptista, Jesus Gámez Martin Demichelis, Diego Lugano, Javier Saviola, Portillo, Roque Santa Cruz) e uns erros de casting pelo meio (Antunes, Eliseu, Onyewu, Sérgio Sanchez, Duda). Quem é que destes todos realmente mexe na bola? Toulalan e Isco. O primeiro é o equilíbrio defensivo da equipa e o primeiro construtor de jogo. No jogo desta noite, Toulalan teve o mérito de colocar o meio-campo do Porto no bolso e para isso não teve de se esforçar muito. Pellegrini sabia perfeitamente que para secar o Porto teria obrigatoriamente de secar o porto forte do Porto que é precisamente a distribuição de Lucho e Moutinho. O segundo não teve espaço no jogo Porto e os resultados disso viram-se a olhos largos com o Málaga completamente escostado às cordas. Na primeira meia-hora de jogo Fernando vigiou Isco e o Málaga pouco se viu em campo. Quando Fernando começou a subir mais no terreno devido ao bloqueio criativo de Moutinho e Lucho, Isco apareceu e resolveu. Pereira não o conseguiu ver e saiu eliminado.

3. Nota negativa para o que se passou de manhã no Hotel em que esteve instalado o FC Porto. Consta-se que os adeptos do Málaga povoaram as imediações do referido hotel e fizeram muito barulho. Obrigaram até a que os jogadores do FCP não tivessem direito ao passeio matinal por razões de segurança. Há 3 anos atrás, o mesmo aconteceu com o Sporting em Madrid aquando da eliminatória dos oitavos-de-final da Liga Europa 2009\2010 contra o Atlético. Rumores afirmam que este incidente ocorreu nas barbas da polícia de Málaga que deixou que o escarcel tivesse montado. Nada de novo nos métodos usados por equipas espanholas nas competições europeias. Urge à UEFA começar a investigar este tipo de fenómenos. Falamos de jogos onde estão envolvidos muitos milhões. Falamos de jogos que podem ditar a sorte de uns e o azar de outros. Falamos de jogos onde o próprio futuro das equipas está a ser jogado. Passa o Málaga e com a passagem aos quartos-de-final poderá efectivamente dar-se ao luxo de reforçar a equipa na próxima época com os encaixes financeiros que irá receber por esta vitória. É eliminado por sua vez o Porto que perante as perdas desta eliminação poderá ter que vender para compensar.

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e eu concordo

Final do Campeonato do Mundo de Clubes.

Corinthians vs Chelsea

Oscar é para mim o médio do futuro. Desde o mundial de sub-20 que já tinha esse estatuto. Ainda espreitei alguns jogos do Internacional de Porto Alegre para confirmar as dúvidas que me restavam. É, desde que sigo a Premier, o 2º brasileiro a assentar que nem uma luva no futebol de terras de Sua Majestade. O primeiro, pelas características óbvias e tão diferentes do Brasileiro comum foi Gilberto Silva. De características diferentes da do antigo internacional brasileiro que teve a sorte de um dia ser chamado por Scolari para um Campeonato do Mundo devido à lesão de Emerson (designado em Itália como O Velho), Óscar também ele tem características que não são comuns no típico médio canarinho: é simples e não opta pelo típico futebol rendilhado, tem uma técnica acima da média, é talentoso e eficaz no passe curto e no passe longo e remata com alguma eficácia de meia distância. Para o meio campo dos relvados ingleses, onde o futebol rápido e nem sempre bem jogado obriga a que os médios sejam soltos, rápidos e eficazes na distribuição de jogo, Oscar é peixe dentro de água.

Sabendo que não ia ser titular contra o Timão (deve-lhe ter saltado a tampa obviamente; apesar de ter vindo para o Chelsea do Inter, Óscar foi formado no São Paulo e só um São Paulino sabe o ódio que essa estirpe tem aos galinácios, vulgo, Corinthians) o médio brasileiro deverá ter dito acerca do seu treinador Rafa Benitez algo como “ele é louco” – e é de facto.

Há uns anos atrás, fruto das vitórias com o Valência na Liga Espanhola e Taça Uefa em 2004 (com muito mérito diga-se) e do Liverpool na Champions em 2005, Benitez era posto no pedestral de José Mourinho. O tempo veio a confirmar que o espanhol não faz sombra ao Português. Em nada. Há que relembrar os exitos de Benitez na premissa dos planteis do Valência de 2003\2004 e do Liverpool da época seguinte: autênticas máquinas de futebol. Com recursos, o futebol prova que tudo é possível.

Depois do sonho veio a desilusão. Benitez teve quase a fazer do Liverpool campeão (já não acontece desde 1991). Quase, não fosse o fantástico futebol do Manchester de Ronaldo. O modelo Benitez (muito parecido com o modelo Wenger só que executado apenas o recrutamento de jovens espanhóis esgotou-se) e com ele também se esgotou a paciência de um clube atolado em dívidas. Veio a era Gilette e Benitez, como qualquer treinador sem resultados, foi posto no olho da rua. Passados alguns anos, apanhou o restolho da era Mourinho no Inter. Como qualquer restolho deixado por Mourinho, Benitez não teve no Inter aquilo que nunca teve (Segundo os especialistas da bola) em qualquer clube por onde passou: mão-de-ferro. Ainda os jogadores campeões europeus do Inter de Mourinho choravam a saída do Português para Madrid e já Benitez era posto no olho da rua.

Veio o Chelsea. Campeão europeu em título. É certo que Di Matteo foi, até hoje, o mais improvável campeão europeu. Apanhou um Chelsea em ruínas depois da passagem do furacão Villas-Boas. Apanhou um Chelsea a meio de uma eliminatória europeu com um 1-3 servido no San Paolo em Napoli, onde, diga-se de passagem, o Chelsea levou um cheiro de bola tão grande que merecia ter saído da Bella Napoli não com 3 mas com 6. E na 2ª mão, com um Super Napoli (recordo-me do golaço apontado pelo Gokhan Inler) Di Matteo e os jogadores viraram uma eliminatória que 15 dias antes parecia perdida. Isto sem falar que depois do Benfica (onde o emblema da Luz fez tudo para merecer o apuramento), o Chelsea vai dar aquele recital táctico a Nou Camp para depois vencer o tão desejado sonho de Abrahamovic na final contra o Bayern.

Ainda no êxtase da vitória europeia, Abrahamovic deu condições ao técnico italiano e reforçou a sua confiança e plantel. O Chelsea tem de longe o melhor trio de médios do futebol britânico: Hazard, Oscar e Mata. E por detrás deste trio ainda existe um Lampard, que apesar da idade, ainda aparece de vez em quando para mostrar o velho Lampard do passado. Di Matteo, como se esperava, confirmou o lucky shot obtido pela champions e não teve unhas para tocar a guitarra que Abrahamovic lhe tinha dado. A paciência do Russo esgotou-se quando não devia e para o seu lugar contratou Benitez que em tantos jogos ainda não acertou uma. Moral da história: por mais mal que um campeão europeu se esteja a portar, é quase regra de ouro (ainda mais no futebol britânico) que o treinador campeão merece mais oportunidades daquelas que mereceu Di Matteo. Ainda mais, quando é substituído por um louco.

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futeboladas

O Real Madrid apura-se à rasca mas apura-se…

Várias notas de uma partida que fui vendo aos pedaços enquanto via em simultâneo o PSG – FC Porto:

1. Modric está a pegar de estaca no miolo do Real Madrid. Se Pirlo é para mim o melhor, se Iniesta é o 2º melhor, Modric completa o pódio. É uma delícia vê-lo girar e ziguezaguear neste meio campo do Real Madrid com aquele futebol açucarado de passe simples, passe a rasgar e criatividade que todos conheciamos de White Hart Lane. A assistência para o 2º golo é perfeita.

2. O regresso de Kaka. Mourinho conta com ele a partir de agora. O Brasileiro respondeu com uma exibição como há muito não se via. Por momentos pensei estar a ver o Kaka de 2007.

3. O Ajax. Pouco maduros mas dá para perceber que tem ali outra geração e tanto. Eriksson é o líder da banda. Centrocampista moderno, arejado e com uma visão de jogo acima do normal. Pela lógica do clube, não ficará por muito tempo na Amsterdam Arena. Outros me sobressaem à vista neste plantel do Ajax: Daley Blind, Boerigter, Sana… a ver vamos se o Ajax consegue finalmente consolidar um lugar europeu coadunante com a sua história.

4. A saída maluca de Casillas. As saídas nunca foram o seu forte. Mas merece perdão, sempre. Por cada golo mal-batido, Casillas faz 15 defesas impossíveis. É para mim, indiscutivelmente, o melhor que vi defender em toda a minha vida.

A feijões é certo, mas, Málaga e Anderlecht proporcionaram um grande espectáculo no fecho desta fase de grupos.

Duda marcou 2 golos e a Liga dos Campeões para o Málaga toma contornos muito peculiares para os jogadores lusos visto que aos 2 desta noite do internacional português juntam-se os 4 marcados por outro internacional luso: Eliseu.

O internacional sérvio Milan Jovanovic faz o golo da noite. Depois de uma experiência falhada no Liverpool, este jogador que se deu a conhecer por via do rival Standard de Liège é o autêntico patrão desta equipa de Bruxelas.

O internacional Camarones Carlos Kameni fez, pelo que vi nos highlights da partida, uma exibição muito solida contra o Anderlecht e evitou por várias vezes a vitória dos Belgas.

O azar de Helton ensombra uma exibição pouco conseguida do Porto no Parque dos Principes.

A defesa do Porto permitiu ao longo do jogo muitas brechas ao poderoso ataque do PSG. Pelas alas, essencialmente, Lavezzi, Menez e Ibra fizeram o que quiseram dos laterais do Porto. No entanto há que reconhecer a bela partida que fez Nicolas Otamendi perante o monstro que é Zlatan Ibrahimovic.

Ao contrário do que já me disseram hoje, o meio-campo do Porto esteve muito bem. Moutinho e Lucho anularam por completo a influência de Chantome na distribuição de jogo do PSG e isso notou-se a partir do momento em que o PSG praticamente só conseguiu desiquilibrar a partir de rápidos contra-ataques, onde lá está, os 3 da frente são fortíssimos (principalmente Menez e Lavezzi por serem jogadores muito rápidos e de drible fácil). O outro médio-centro dos parisienses (Matuidi) foi insuficiente para travar João Moutinho. O internacional francês correu muito mas nem sempre bem. Isso só prova a eficiência que o médio do Porto tem no jogo da sua equipa. Na frente, James fez o que pode, Varela esteve desinspirado e Jackson continuou a mostrar muito da sua raça e da sua qualidade.

Apesar do Porto ter perdido aqui um encaixe financeiro na ordem do milhão de euros, a passagem no 2º lugar trará um adversário mais acessível no sorteio dos oitavos-de-final. Valeram as excelentes exibições em 3 jogos deste grupo: PSG em casa e os dois jogos contra o Dinamo de Kiev.

Quanto ao PSG, ainda não vi grande coisa que me deslumbre. É uma equipa com muitas individualidades, é. Mas Ancelotti ainda não conseguiu construir um colectivo coeso e sinceramente não gosto da filosofia de jogo desta equipa por pecar excessivamente por um jogo típico de futebol italiano: ferrolho e contra-ataque. As individualidades da equipa praticamente que tentam remar cada um por si. O que de facto ofusca a presença, por exemplo, de um senhor no meio-campo chamado Javier Pastore. Para se tornar uma equipa mais consistente, o PSG também deveria ter um bom médio box-to-box que transporte bola. Chantome é bom jogador mas está muito aquém do potencial dos colegas da frente.

O golo do Julien Schieber (contratado ao Estugarda no Verão) coroa um jogo em que o Borussia de Dortmund aplicou um autêntico rolo compressor no Manchester City. Pela 2ª época consecutiva, os Citizens não transformam em resultados o potencial que tem. De Parabens está Jurgen Kloop. No sábado teve uma partida decisiva para a equipa a contar para a Bundesliga onde conseguiu remediar (dada a diferença pontual entre Bayern de Munique e Dortrmund na tabela classificativa) um mal menor para a equipa Vestfaliana ao conseguir um empate na Allianz-Arena, para, hoje, conseguir eliminar os campeões ingleses que terão que se contentar novamente com uma ída à fase final da Liga Europa.

Não tinha dúvidas que depois da desastrosa participação do Borussia na edição do ano passado da Champions (saiu vergado na fase de grupos com duas goleadas frente ao Marselha, que depois eliminaria o Inter com um golo de Brandão no último minuto da 2ª mão em Giuseppe Meazza) esta equipa iria dar cartas na edição deste ano, fruto de uma maior evolução da equipa e do próprio talento (muito rica em talentos) que neste momento tem. Saiu Kagawa para o United é certo, mas, a entrada de Réus (um desiquilibrador nato) e a evolução da dupla Perisic\Gundogan, rapidamente compensaram a saída do internacional Japonês para Old-Trafford.

Não tivessem os campeões russos desperdiçado tantas oportunidades de golo no jogo da 5ª jornada contra o Málaga (acabou empatado 2-2) e hoje, com esta vitória em Milão, estariam apurados para os oitavos. Allegri continua em maus lençois. Apesar do apuramento (aos tropeções, diga-se) este Milan necessita de uma reforma urgente caso queira manter-se competitivo (na Série A está a ser um autêntico desastre; salva-se apenas a vitória no clássico contra a Juventus) e Galiani já deu a entender que a reforma não passa por Allegri. Guardiola já piscou o olho ao Milan. No entanto, Allegri está a ser vítima de um embuste directivo pois está a treinar uma equipa muito jovem, muitos furos abaixo dos planteis do Milan nas últimas 5 épocas e com hora de saída previamente combinada.

O Zenit sai pela porta pequena da competição para a Liga Europa, mas, torna-se para já, para mim, o contender nº1 à vitória dessa competição. No entanto esta eliminação mostra que Spalletti terá que trabalhar mais a equipa. Para o ano acredito que o Zenit aparecerá com uma força incrível na champions caso consiga vencer ou classificar-se pelo campeonato russo.

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uma das coisas mais lindas que vi em toda a minha vida no mundo da bola

como diria o meu grande amigo Mário Limbado “Iniesta com a bola coladinha aos pés como se tivesse manteiga”.

ainda no outro dia disse ao meu amigo Zé Valente que é este Iniesta que dá o toque de desiquílibrio a este Barça. existem messis e xavis é certo. mas este Iniesta é inquietante, é pulsante, é apaixonante. aquelas voltinhas e reviengas são delícia aos olhos de qualquer amante do futebol.

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isto sim é inacreditável (2)

O Beto teve uma paragem cerebral e ficou a meio do caminho. Levou a chapelada. Tinha de ser. E no 3º golo, o Manchester faz gato-sapato da defesa do Braga. No entanto há que dizer que este Braga deverá ter feito um dos melhores jogos da sua história e complicou em muito a vida ao United nas duas partidas realizadas.

No Dell´Alpi, o Chileno Arturo Vidal (grande jogador!!) marcou um golo à platini. Não pelo facto do actual presidente da UEFA ter sido um dos grandes jogadores da história da Vecchia Signora mas sim pelo facto do seu sistema de UEFA privilegiar a entrada na competição de equipas que não tem ponta por onde se lhe pegue, caso destes Dinamarqueses do Nordsjaelland.

Pyatov fez companhia a Beto. Não fosse o duplo erro do internacional Ucraniano e o Shakhtar Donetsk teria saído de Stamford Bridge com uma vitória contra o poderoso Chelsea. Mais um que fica na retina, embora já o conhecesse de outras paragens: Willian. Não tardará muito e estará num grande europeu. Até lá cuidado com este Shakhtar. É a equipa mais perigosa em contra-ataque do futebol europeu. Ganhar ao Chelsea em casa e vir jogar de peito aberto com um futebol de ataque bem pensado e extremamente flanqueado a Stamford Bridge não está ao alcance de qualquer equipa. Pena foi o golo de Victor Moses ao cair do pano. De Brasileiro para Brasileiro, Oscar é qualquer coisa… aquela precisão de passe é absolutamente deliciosa. Cada vez mais o patrão do meio campo deste Chelsea de Di Matteo.

p.s: nota final para a goleada do Bayern por 6-1 contra o Lille. aquela máquina avassaladora lá na frente dos Bávaros faz-me posicioná-los como os principais candidatos à Champions deste ano.

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isto sim é inacreditável

955 passes!

Eu costumava gozar com o futebol do Barcelona afirmando que quando tinha insónias via um jogo contra o BATE Borisov na edição da Champions 2010\2011 que tinha gravado na minha box de tv cabo em que basicamente era o Barcelona contra 11 pobres Bielorussos que não tocaram na chicha. Nesse jogo os catalães fizeram se não estou em erro 77o passes. Isto é demais. Dá uma média de 110 passes por minuto de jogo, mais se considerarmos 70 minutos o tempo de jogo útil de uma partida.

mas… perderam…

Muito graças a este senhor: Victor Wanyama. O 3º talento do Quénia no futebol europeu, depois de McDonald Mariga (Inter) e Dennis Oliech (Auxerre). Mais um talento para ser delapidado. Aquele típico trinco africano cheio de pulmão que se adequará muito facilmente à Premier League dentro de pouco tempo.

No dia em que Rod Stewart chorou no Celtic Park Stadium com a vitória do seu clube, louros para o eterno Neil Lennon! O Celtic já tinha merecido sair de Nou Camp com o empate num jogo em que Samaras andou o verdadeiro diabo à solta. O futebol por vezes é injusto. Hoje foi justíssimo. 

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futeboladas

Jornadas do fim-de-semana das principais ligas europeias, Liga dos Campeões e Liga Europa.

Começo pela Premier League, como habitual.

Premier League:

Ver aqui os highlighs do empate do Manchester City frente ao Sunderland a 3 bolas.

Emoções ao rubro no sábado no City of Manchester. No entanto, o empate (à luz da vitória do Manchester United em Blackburn esta noite) faz com que o City fique a 5 pontos do rival de Manchester e comece a ficar longe do sonho do título.

O arejado Sunderland de Martin O´Neill foi ao City of Manchester incomodar a “fraca” equipa de Mancini. E poderia ter trazido de Manchester muito mais que um empate não fosse a reacção tardia dos homens de Manchester. Na primeira parte, o sueco Sebastien Larsson e o dinamarquês Niklas Bendtner deram toques escandinavos à revolução do Sunderland em Manchester. No entanto, uma grande penalidade convertida por Balotelli iria manchar uma exibição perfeita dos Black Cats na 1ª parte.

O mesmo duo iria elevar a contagem para 3-1 aos 55″. É impressionante como Sességnon consegue fugir a uma entrada duríssima de Yaya Touré no meio campo e como consegue oferecer a Bendtner a hipótese de servir Larsson para o 3º golo da equipa.

Até que Mancini largou Tevez em campo e deixou o argentino a jogar no ataque com Dzeko e Balotelli. O City acordou de forma tardia mas ainda teve tempo para empatar a partida nos 5 minutos finais por intermédio de Balotelli e Kolarov.

Seriam precisamente estes dois jogadores o foco principal da partida. Corria o minuto 63 da partida quando o italiano e o sérvio se desentenderam na marcação de um livre directo.

Ver aqui o incidente

O internacional italiano não ficou agradado com o facto do sérvio ter puxado a bola para si para bater o livre em questão e tiveram que ser os colegas de equipa a afastar o avançado do celeuma. No entanto, registo aqui que o árbitro da partida deveria efectivamente ter mostrado o cartão amarelo aos dois jogadores do City, atitude que foi aberta pela FA depois do precedente gerado por Kieron Dyer e Lee Bowyer em 2004\2005, quando os ditos jogadores (no Newcastle) andaram à porrada no meio de um jogo da liga inglesa e foram expulsos.

Quem não ficou agradado com a situação assim como com a performance dos seus jogadores na partida foi Roberto Mancini.
No entanto, Mancini tem aparecido com algumas declarações contraditórias. Se no flash-interview posterior ao jogo do Sunderland o treinador italiano afirmou (como se pode ouvir no video acima postado) que o City continua na luta pelo título, hoje, o mesmo, já veio afirmar que caso o City perca o próximo jogo diz adeus ao título inglês.

Quem aproveitou a escorregadela do City foi precisamente o City. Devido à limitação que a WordPress impõe ao nível de postagem de videos (apenas aceita videos de youtube) ainda não disponho de imagens deste jogo.
O Manchester United venceu o Blackburn fora por 2-0 com golos de António Valência e Ashley Young. O equatoriano fez uma partida brilhante e continua a merecer a titularidade que Sir. Alex Ferguson lhe tem concedido nas últimas semanas. Foi uma vitória muito difícil para o United. Não que o United não tenha castigado o Blackburn durante toda a partida porque castigou, mas porque o United só conseguiu chegar aos golos nos 10 minutos finais.

Na imprensa têm surgido notícias que dão conta de aceleradas rondas de negociação entre o Manchester United e o empresário de Arjen Robben para que o internacional Holandês troque Munique por Manchester na próxima temporada. Robben termina contrato em 2013 mas tem muitos interessados em Inglaterra. À cabeça, Manchester City, Chelsea e Manchester United. Como o Bayern não pretende perder o jogador (ou perder o jogador a um preço muito inferior aquilo que ele efectivamente poderá render aos cofres bávaros) a imprensa alemã afirma que Robben já deverá ter renovado com o Bayern até 2015, informação que ainda carece de confirmação por parte da direcção bávara.

Robben é o 2º internacional holandês veículado como reforço do Manchester United para a próxima temporada. Na semana passada, especulou-se que Klaas-Jan Huntelaar não iria renovar contrato com o Schalke 04 para poder rumar a custo zero para Old Trafford.

Aston Villa 2-4 Chelsea

Grande vitória do excelente em Villa Park. Grande jogo de futebol em Birmingham. Grande onda de solidariedade entre futebolistas e adeptos para com o internacional Búlgaro Stilyian Petrov, jogador do Aston Villa.

Vamos por partes:

Grande jogo do Chelsea de Di Matteo na ressaca da vitória europeia contra o Benfica na luz (já lá vamos).

O Chelsea assegurou a permanência na luta por um lugar na Champions com uma fabulosa exibição colectiva que efectivamente vinga a derrota caseira por 3-1 contra o Aston Villa no passado mês de Dezembro. Até deu para Fernando Torres fazer o gosto ao pé aos 90″.

Adeptos e jogadores das duas equipas uniram-se para dar força a Stilyian Petrov. O internacional Búlgaro está a lutar pela vida em virtude do diagnóstico médico que lhe traçou uma leucemia melóide aguda. Petrov confessou que a sua luta é inspirada na mesma luta pela vida que Fabrice Muamba passou há 2 semanas quando teve um colapso cardíaco em pleno relvado de White Hart Lane. Segundo palavras do jogador: “Vi a foto de Muamba e isso inspirou-me muito. – Depois dirigiu-se aos fans do Aston Villa e agradeceu todo o apoio que os adeptos do clube de Birmingham e que todos os colegas de profissão lhe estão a desejar.

Os adeptos do Villa não se fizeram rogados e ao minuto 19 (número da camisola de Petro) fizeram questão de cantar e saltar em conforto ao problema que afecta a vida do futebolista Búlgaro. O momento da ovação pode ser visto aqui no site do Jornal A Bola. O futebol é feito destas emoções. Força Petrov!

É o 2º caso recente de um jogador que está a lutar contra uma doença cancerígena. Há uns meses atrás o jogador do Barcelona Eric Abidal conseguiu vencer um tumor no fígado.

Na específica luta pela Champions League, o Chelsea aproveitou a derrota do Arsenal no derby de Londres contra o Queens Park Rangers.

A equipa de Arsène Wenger parecia embalada para o 3º lugar pois já não perdia desde o início de Fevereiro. No duelo contra o aflito Queens Park Rangers, o franco-marroquino Adel Taarabt (jogador que prometia muito para esta época mas que acabou por gorar as expectativas de quem o considerava um fenómeno; já foi pretendido por Chelsea e Manchester United) abriu o marcador com uma espectacular rotação sobre o belga Thomas Vermaelen e consequente finalização sob pressão de Laurent Koscielny. No 2º jogo em branco para Robin Van Persie, seria Theo Walcott a marcar aos 37″ para a equipa de Wenger. Samba Diakite haveria aos 66″ de dar a tão desejada vitória para os homens de Mark Hughes que com esta vitória voltou a subir a linha de água em troca com o Blackburn.

Tottenham 3-1 Swansea

Quem também aproveitou a derrota do Arsenal foi o Tottenham. Frente a um Swansea que costuma fazer bons jogos contra os lá de cima, o Tottenham “vestiu o fato macaco” nos minutos finais (golos de Adebayor aos 74 e 85) mas começou a partida com um smoking de gala oferecido por Rafael Van der Vaart. Soberbo golo do Holandês que decerto irá pontificar nos melhores da Liga 11\12.

Na 2ª parte veio a resposta por parte do médio ofensivo Islandês Golfy Sigurdsson. Na mesma escala de espectacularidade do golo de Van der Vaart.

O Tottenham colou-se ao Arsenal com 58 pontos. O Chelsea é 5º com 53.

Outros jogos:

Wigan 2-o Stoke – A equipa de Roberto Martinez continua na sua luta contra a despromoção. Mais uma vitória importantíssima que até poderia ter dado para sair dos lugares incómodos não fosse a vitória do Queens Park Rangers contra o Arsenal. Antolin Alcaraz (ex-Beira-Mar) abriu a contagem.

Wolverhampton 2-3 Bolton – Jogo de aflitos de Owen Coyle venceu e aproveitou para dedicar a Fabrice Muamba. 10 minutos finais loucos. Se Michael Kightly tinha aberto o marcador para os da casa aos 55″ e Martin Petrov tinha empatado aos 65″ por intermédio de uma grande penalidade, o Bolton virou o marcador aos 80″ por intermédio do defesa espanhol Marcos Alonso. Aos 84″ seria Kevin Davies a elevar para 3-1 para 4 minutos depois o Wolverhampton reduzir para 2-3. O Wolverhampton está a ficar numa situação ruinosa. 6 são os pontos que separam o wolves do primeiro lugar acima da linha-de-água.

Newcastle 2-0 Liverpool – Os magpies não desarmam da luta pela europa. Venceram o pobre Liverpool por 2-0 com dois golos de Papiss Cissé. O avançado contratado no mercado de Janeiro ao Freiburg da Bundesliga já leva 7 golos desde que chegou a Newcastle e promete (pela sua veia goleadora e pela sua força e rapidez) ser um dos melhores marcadores da Premier League na próxima temporada.

O Liverpool de Dalglish já não ganha há 6 jornadas. A última vitória dos Reds foi no derby de Liverpool em Anfield no dia 25 de Fevereiro. O Liverpool já confirmou que Dalglish não será o treinador da equipa na próxima temporada.

Liga Espanhola:

Mais um rolo compressor do Real para o campeonato. Inacreditável. O Real marcou 15 golos no espaço de uma semana. 5 contra a Real Sociedad, 3 na deslocação ao APOEL para a Champions e mais 5 no Osasuna. É de realçar que o Osasuna está a fazer uma época sensacional, sendo 6º classificado (lugar que dá acesso à Liga Europa).

A exibição de Cristiano Ronaldo não merece comentários. Talvez a mais perfeita da sua carreira. Rápido nos flancos a fazer em água a cabeça de Javier Flaño. O lateral espanhol não ganhou um duelo em drible ao português. Aquele golo formidável do meio da rua e a assistências para Benzema e Higuaín. Benzema com aquele golo “à van basten”. Mesmo existindo 6 pontos de avanço e um clássico por disputar em Nou Camp, mesmo que o Real perca contra o Barça, dúvido que o título fuja à equipa madrilena.

O Barça recebeu o Athletic num jogo que causou alguma polémica em Espanha. Isto porque o Athletic cedeu às pretensões do Barça em jogar no sábado à noite. Como é sabido o Athletic jogou na quinta-feira à noite frente ao Schalke 04 na Alemanha e o Barça joga amanhã frente ao Milan para a Liga dos Campeões. O Athletic queria jogar no domingo, o Barça (por razões óbvias) no sábado. O Athletic preferiu abdicar do descanso entre partidas para ter mais um dia para descansar para o jogo da 2ª mão na quinta-feira e cedeu o domingo pelo sábado ao Barça pois entendeu que o Barça necessitaria mais do jogo no sábado. Para a comunicação social, esta alteração entendeu-se como um favor dos bascos aos catalães visto que a equipa de Bielsa há muito que já desistiu de um lugar europeu por via do campeonato para poder lutar pela vitória na Liga Europa.

Dentro de campo o Barça venceu confortavelmente por 2-0 e manteve a perseguição ao Madrid. Messi marcou o 36º da temporada na Liga espanhola e está a 1 de Cristiano Ronaldo. O Barça joga amanhã frente ao Milan em Nou Camp com um 0-0 da 1ª mão (irei abordar mais à frente). Pep Guardiola avisou hoje na conferência de imprensa que antecede o jogo que o Milan é uma equipa capaz de marcar fora, logo, o Barça deverá ter atenções redobradas.

Outros jogos:

Valência 1-1 Levante – No açucarado derby de Valência, Valência e Levante partilharam um ponto. Um ponto que serviu mais as pretensões do Valência do que as pretensões do Levante. O Valência é 3º com 48 pontos e o Levante 5º com 45. O Levante não conseguiu chegar aos lugares da Champions mas aproveitou a derrota caseira do Málaga (4º) frente ao Bétis.

Atlético de Madrid 3-0 Getafe – O Atlético de Madrid também aproveitou as derrotas de Málaga e Osasuna para se chegar aos lugares europeus. Os madrilenos bateram em casa o Getafe por 3-0 com golos de Falcão, Sálvio e Adrián. O jovem avançado espanhol tem sido bastante cobiçado nas últimas semanas. Há quem diga que o Chelsea e o Inter estão com os olhos postos na sua contratação. Adrián confessou em entrevista ao jornal Marca que está muito bem no Atlético e que pretende fazer coisas boas no clube madrileno.

Sporting de Gijón 1-2 Zaragoza – Em duelo de aflitos, Hélder Postiga marcou aos 37″ e Lafita decidiu aos 90. O Português já leva 7 tentos na Liga e tem sido muito útil ao clube da Rioja. O Zaragoza ainda está debaixo da linha-de-água no 18º lugar com 28 pontos, menos 4 que o Villareal. O Sporting de Gijón de André Castro está a um passo da despromoção.

Na próxima jornada:

– O Real recebe o Valência no Santiago Bernabéu. Com 3-0 de vantagem na eliminatória contra o APOEL será capaz Mourinho de fazer rodar a equipa tendo em conta a estabilidade do 1º lugar na Liga? O Valência precisa de vencer para não complicar as contas do 3º lugar.
– O Barça vai a Zaragoza com a equipa da casa a precisar de pontos.
– Outro jogo em destaque na luta é o Levante vs Atlético de Madrid. O Levante precisa de segurar o seu lugar europeu perante um Atlético que irá terminar em sprint o campeonato. 3 são os pontos que separam as duas equipas.

Liga Italiana:

Um dos jogos da semana em Itália.

Em primeiro lugar há que dar realce à curiosa abordagem táctica da Juve de António Conte. 3x5x2 é o modelo utilizado regularmente por Walter Mazzarri no Napoli. Esta táctica e a utilização de determinados jogadores nela por parte de Conti tem variadas explicações: aniquilibrar o adversário por via do equilíbrio táctico e de uma marcação homem a homem por parte da Juve; a colocação nas alas de dois jogadores de cariz defensivo (De Ceglie à esquerda e Lichsteiner à direita) de modo a parar a rapidez e influência no contra ataque dos alas do Napoli (Maggio e Zuñiga) 3 centrais (Bonnucci, Chiellini e Barzagli) para travar a influência de Cavani e Lavezzi. Duelo de meio campo entre Pirlo\Marchisio e Inler\Gargano e Hamsik. A dupla do meio campo da Juventus levou a melhor durante quase toda a partia (Hamsik foi nulo) e Cavani\Lavezzi foram anulados com facilidade pelo trio de centrais da Juve. Pirlo e Marchisio construíram quanto quiseram e Arturo Vidal foi o joker da partida. Quando Conte precisou de atacar, tirou Lichsteiner e meteu Cáceres e o Uruguaio deu outra profundidade ao ataque.

Não sei quantos poderiam ser; o mais justo é que tivessem sido uns 5 ou 6 dadas as oportunidades que a Juventus teve durante os 90 minutos. Pirlo meteu pelo menos três bolas de golo na cabeça dos seus colegas e em conjunto com Marchisio faz com que a Juve tenha dois excelente executantes ao nível da temporização atacante. Arturo Vidal mascarou-se de Eljero Elia no 2º golo da Juve. Está um craque este Chileno de 24 anos. E Del Piero entrou para acabar com o pouco que existia do Napoli na partida. No entanto, o jogou terminou com a justa expulsão de Zuñiga depois de uma agressão a Andrea Barzagli.

A Juve ficou agora a 2 pontos do Milan. O Napoli é 4º com 48 pontos e continua às portas da Liga dos Campeões. As duas equipas ainda jogarão mais uma vez esta época. Será no dia 20 de Maio no Olímpico de Roma para a final da Taça de Itália. Se pudesse distribuir os títulos pelas aldeias, não me importava nada (pelo lindo futebol que ambas as equipas praticam) que o Milan vencesse a Champions, que a Juventus vencesse o título e que o Napoli vencesse a Taça de Itália.

Boa nova para Juve é o facto do avançado Alessandro Matri e do defesa Leonardo Bonucci terem renovado com o clube dos Agnelli.

O Milan foi à Sicilia enfrentar o Catania e perdeu pontos para a Juve. Sem grandes folgas entre duelos europeus, Max Allegri apenas fez duas alterações ao onze habitual: tirou El-Sharaawy e Kevin Prince Boateng (entraram ambos na 2ª parte quando o Milan já empatava) e colocou em sua vez Alberto Aquilani e Ambrosini. Perante o potencial de ambos os jogadores, este tipo de substituições não fazem o Milan perder de qualidade e isso é uma das virtudes deste plantel dosJuanmilaneses: é rico em soluções de qualidade e como tal poderá enfrentar 2 frentes ao mesmo tempo sem grandes deslizes.

Não aconteceu na Sicília. O Catania que até está a fazer uma boa época conseguiu sacar um empate ao líder da prova.
Na 1ª parte, destaque para as belíssimas defesas de Juan Pablo Carrizo aos pés de Emanuelson e Zlatan Ibrahimovic. O Argentino não evitou o golo de Robinho aos 37″ mas foi crucial para levar a equipa para o intervalo a perder por 1-0 quando poderia estar a perder por 2 ou 3. No golo do brasileiro, os créditos vão todos para Zlatan: só um jogador da sua categoria é que consegue manter aquela bola jogável e ainda assistir um colega de equipa para golo. O Sueco está (quanto a mim) a fazer a melhor época da sua brilhante carreira!

Na 2ª parte tudo mudou. O Catania começa com um golo muito mal anulado ao argentino Alejandro Gomez. Como se pode ver nas imagens, tanto Bonera como Abate poem em linha o extremo do Catania. A malta do ataque do Catania não desistiu e passados uns minutos (mesmo depois de Antonini ter dado o corpo ao manifesto a remate de Pablo Barrientos) empatou por intermédio de Spolli num lance em que Bonera e Ambrosini foram completamente “comidos” e Méxes ficou impávido e sereno ao ver Spolli nas costas a emendar para a baliza de Abbiati.
Minutos mais tarde, o Milan pode-se queixar de um erro de arbitragem grosseiro. No lance de Robinho é nítido que Marchessi vai tocar no esférico para além da baliza (mais dentro do que fora). O lance em si é lindo e tem novamente o toque de Zlatan na assistência. O trabalho de Robinho também é fantástico pois deixa dois defesas do catania pregados ao chão no momento do remate. Merecia mais o brasileiro.
O jogo acabou como tinha começado: mais duas fantásticas defesas de Carrizo (para mim o homem do jogo em conjunto com Bonera e Zlatan) e uma perdida incrível do Chileno Felipe Seymore na última jogada da partida).

Foi provavelmente um dos melhores jogos do ano na Série A se bem que o Inter vs Génova desta jornada e os jogos entre Inter e Palermo (de Giuseppe Mezza) e o derby Romano da 2ª volta também foram grandes jogos.
Para finalizar, os dois indesculpáveis erros de arbitragem que felizmente não beliscaram o resultado final. Caso os dois lances fossem validados, seria o empate a 2 bolas. Todavia, o Milan, como está a lutar pelo título foi o clube que se queixou da arbitragem e segundo as declarações do seu administrador Adriano Galliani, o clube milanês prepara-se para pedir à Federação Italiana de Futebol que coloque arbitros de baliza nas partidas da Série A.Pale

A meu ver é uma ideia estaparfúrdia do administrador do Milan pois o referido sistema não está a ter os resultados desejados nos testes que se tem verificado nas competições europeias. Prova disso recentemente foi o penalty que não foi visto a favor do Benfica frente ao Chelsea por mão de Terry, e os penaltis inexistentes assinalados contra o Sporting nos jogos contra City e Metalist na Liga Europa, o primeiro onde o arbitro de baliza não se pronunciou pelo facto do lance ter sido fora de área do Sporting e o 2º onde o arbitro de baliza indicou ao arbitro principal de uma falta inexistente por parte de Rui Patrício.

Para finalizar, hoje circulou a notícia de que António Cassano teve alta médica para regressar à alta-competição depois do problema que teve após o jogo contra a Roma no final do ano passado. No final dessa partida que o Milan viria a ganhar no Olímpico por 3-2, já no voo de regresso para Milão Cassano sentiu-se mal e o avião teve que aterrar de emergência em Bolonha para que Cassano fosse imediatamente conduzido ao hospital. Um primeiro indício suspeitava de um mini acidente vascular-cerebral. Exames mais específicos vieram a revelar que o jogador tinha um problema cardíaco raro motivado por um acontecimento específico num ventrículo que fecha 5 minutos após o nascimento de qualquer ser humano e que em raros casos não acontece.
Cassano já se vem a treinar desde Janeiro sem limitações mas precisava da alta médica para voltar aos relvados. Max Allegri ainda poderá contar com o avançado para as batalhas que se avizinham na Champions (caso o Milan se apure para as meias-finais) e para a Serie A. No entanto, Cassano perdeu o seu espaço para El-Sharaawy, Robinho e Maxi Lopez no ataque da equipa Milanesa.

Estreia de Andrea Stramaccioni como treinador principal do Inter.

Com Cláudio Ranieri havia noites em que o Inter podia fazer 150 remates numa partida que a bola não iria entrar na baliza adversária. Com Stramaccioni, logo na primeira partida, a bola entrou em abundância nas redes defendidas pelo Francês Sebastian Frey.

E quem diria que Diego Milito depois de 1500 bolas falhadas à frente da baliza faria um hat-trick?

Febre dos penaltis em Milão. O Génova com Kaladze, Veloso, Palácio e Gilardino no onze até começou melhor a partida e podia ter marcado primeiro não fosse uma intervenção providencial de Júlio César aos pés de Rodrigo Palácio para canto e consequentemente um corte providencial de Esteban Cambiasso na sequência desse canto. Depois viria o primeiro golo por Milito. Se Milito falhasse aquela bola era um escândalo. Não falhou o penalti de cabeça que lhe ofereceram mas viria a falhar um golo feito após dois cabeceamentos na área de Samuel e Cambiasso. Redimiu-se minutos depois com a oferta que Stankovic (a meias com Moretti) lhe deram para fuzilar Frei no frente-a-frente. O Inter jogava bem e bonito para um Génova apostado em jogar (como é hábito) no contra-golpe.

3-0 aos 38″ fabricado pelos centrais milaneses: Lúcio aproveita a bola rechaçada pela defesa genovesa e oferece a Samuel que só teve de empurrar. Parecia resolvido o jogo. Já nos descontos da 1ª parte, Cambiasso evitava pela 2ª vez na linha de golo o primeiro tento do Génova a cabeceamento de Sculli. No entanto, a bola foi parar ao raio de acção do avançado que de bicicleta com a ajuda do seu colega Emiliano Moretti acabaria por ser feliz.

Na 2ª parte, apesar do remate inicial de Chivu, foi o Génova que dominou nos últimos 45 minutos.
1º penalti duvidoso para os genoveses. Zanetti é jogador que por norma sempre nos habituou a jogar limpo. É certo que a bola lhe vai ao braço mas dúvido que fosse a intenção do argentino tocar-lhe dessa maneira até porque ia em queda.

Cambiasso tinha ameaçado e Mauro Zarate concretizou para o 4-2 aos 74″. Mais uma vez o jogo parecia destinado a cair para o Inter sem grandes sobressaltos.

2º penalti do Génova – o atropelo é evidente e Júlio César não protestou. É certo que Palácio ganhou vantagem perante o esticão de Júlio César e cravou bem o penalti.

Penalti do Inter – Joel Obi deixou-se de “sonecas” (uma das criticas que faço ao nigeriano é que apesar da sua brilhante capacidade técnica é um jogador que se entrega muito pouco ao jogo) e deu um baile em Giandomenico Mesta e Guarín com um toque de classe enfia no bolso o seu antigo colega no Porto Belluschi e é carregado. Decisão justa que enervou Moretti. Belluschi foi expulso com cartão vermelho directo dado que Guarin foi carregado numa situação de possibiliade de golo em zona frontal. É caso para perguntar como é que o Argentino caiu no engodo de alguém com quem treinou todos os dias e deveria conhecer de trás para a frente?

3º penalti do Génova – correctissima decisão.

Esta derrota motivou uma decisão estranha no seio do Génova. O presidente do clube despediu Pasquale Marino pelos maus resultados da equipa genovesa e apresentou hoje Alberto Malesani como o novo treinador do Génova, 3 meses depois de o ter despedido em troca por Marino também por maus resultados. No mínimo caricato.
A exibição de Miguel Veloso não passou despercebida aos responsáveis do Inter. O centrocampista já esteve perto de Milão na reabertura de mercado para substituir Thiago Motta, na altura vendido ao PSG. No entanto, o Inter esbarrou com as pretensões genovesas de apenas abdicar do jogador luso por 22 milhões de euros e preferiu contratar Freddy Guarin por empréstimo de 6 meses (+ opção de compra no valor de 9 milhões) a troco de 1,8 milhões de euros.

Outros jogos:

Parma 3-1 Lazio – Balão de oxigénio para o Parma na luta pela manutenção. O Parma foge temporariamente aos lugares incómodos e complica a vida da Lazio na luta pela champions.

Roma 5-2 Novara – A roma continua a pretender um lugar europeu e conseguiu permanecer nessa luta às custas do aflito Novara que até entrou a vencer com golo de Caracciolo. Excelente exibição do colectivo Romano na 2ª parte.

Lecce 0-0 Cesena – Um empate que atrapalha em muito as poucas aspirações de dois aflitos. O Lecce vê a linha-de-água a 5 pontos enquanto o Cesena está a 14 pontos.

Fiorentina 1-2 Chievo – Um golo de Luca Rigoni aos 88″ põe a jeito a Fiorentina. É 17ª com 5 pontos de avanço sobre o Lecce.

Na próxima jornada teremos o Milan a receber a Fiorentina. Os Milaneses recebem a Viola depois de um importante confronto europeu frente ao Barça em Nou Camp. A vitória é o único resultado que interessa às duas equipas derivado dos distintos objectivos actuais: os milaneses querem a renovação do título enquanto os jogadores da Viola querem sair dos lugares incómodos.
A Juventus vai a Palermo. É um terreno difícil, sendo expectável que Miccoli e companhia façam de tudo para retirar pontos à Vecchia Signora.
A Lazio recebe o Napoli com 3 pontos de vantagem. A Lazio quer segurar o 3º lugar enquanto o Napoli espreita a passagem para o mesmo. O Napoli promete futebol de ataque em Roma. Quem ainda espreita uma escorregadela destas equipas para ver se consegue subir é o Inter (está a 4 do Napoli e a 7 da Lazio) e a Roma. Os interistas deslocam-se à Sardegna para jogar contra o Caglari enquanto os romanos vão ao terreno do aflito Lecce.

Para finalizar os assuntos da Série A são de realce os 35 golos marcados pelas 20 equipas em 10 jogos. Dá uma média de 3,5 golos por jogo.

Liga Francesa:

1. Com o Montpellier a “folgar” a pedido do Marselha (dois embates contra o Bayern para Champions fizeram adiar a partida para dia 11) o PSG não conseguiu tomar partido da situação para colocar pressão no actual “rival” pela conquista da Ligue 1 e perdeu em Nancy por 2-1. A equipa de Carlo Ancelloti está em quebra e para isso muito se deve a quebra de rendimento de Javier Pastore e Kevin Gameiro. Yohan Mollo aos 89″ impôs a primeira derrota de Carlo Ancelotti na Liga Francesa.

2. Em dia das mentiras, aproveitou o Lille para se chegar à frente mais um pouquinho. Até parece mentira que o campeão em título ainda esteja na luta pela renovação do mesmo com um percurso muito irregular até então (15 vitórias, 11 empates, 4 derrotas). Contra o Toulouse (5º) voltou a sobressair a mestria de Eden Hazard.

3. O Toulouse foi ultrapassado no 4º lugar pelo Lyon, que apesar desse feito não conseguiu mais do que um empate no terreno do Rennes (7º) – se conseguiu o empate bem o deve ao golo de Lisandro Lopez e aos muitos falhanços provocados pelos homens do norte. Por duas ou três situações Lloris foi chamado a intervir e segurou as pontas para a equipa de Remi Garde. Noutras situações, o noruguês Tettey, o Burkinês Pitroipa e o Togolês Boukari falharam na boca da baliza de forma inacreditável. Apesar do facto de Lisandro ter recuperado a forma de outros tempos, ao nível global, este Lyon está muito longe do que assistimos do forte Lyon na última década.

4. André Ayew é notícia em França. O jovem Ganês está a despertar o interesse de meio mundo. Bayern, Chelsea, United, Tottenham e Inter querem os concursos do avançado de 22 anos que é filho da maior glória do futebol ganês Abedi Pele.

Bundesliga:

Mais um jogo de doidos. No final da partida do Westfalenstadium, os adeptos das duas equipas deram por bem empregue o seu dinheiro para ver um empate a 4 bolas entre Dortmund e Estugarda. É certo que a felicidade reinava no seio da equipa e adeptos bávaros.

A felicidade dos adeptos não era para menos. Que jogo sensacional. Depois de uma 1ª parte dominada pelo Dortmund (1-0 com golo de Kagawa ao intervalo) o estugarda (a perder por 2-0) iria no espaço temporal de 8 minutos (Ibisevic; 2 golos de Julian Schieber; 71 aos 79″) virar o resultado para 2-3. O Dortmund, ameaçado, haveria de virar para 4-3 em 4 minutos (Hummels e Perisic) para o Estugarda empatar mesmo no fim por intermédio de Christian Gentner.

Podiam ter sido mais que 8 golos – Schieber falhou um certo na 1ª parte e foi acompanhado por Robert Lewandowski no outro lado antes do 12º golo do japonês Kagawa na edição deste ano da Bundesliga. O Japonês é um senhor jogador à semelhança de quase todo o plantel dos Vestefalianos. Creio que Jurgen Klopp começa a ter aqui matéria prima para atacar a Liga dos Campeões nas próximas épocas caso a direcção do clube não venda os jogadores que tem.
GrobKreutz atirou aos ferros assim como o polaco Lukasz Piecsczek. O Dortmund pode-se queixar da falta de sorte. O mais interessante desta equipa do Dortmund é que para além de ser exemplar ao nível defensivo (Hummels e Subotin metem respeito) e de ter um meio-campo que é algo do outro mundo, não usa e abusa da técnica individual dos seus jogadores, preferindo um futebol altamente flanqueado até porque Marcel Schmelzer (defesa-esquerdo) é um jogador que tem uns pézinhos de ouro para centrar bolas.

Outro lance que seria memorável foi a enorme cavalgada do centrocampista Dinamarquês William Kvist que só parou nos ferros da baliza de Weidenfeller. Seria um golo de antologia.
Até que entrou Julien Schieber na partida – primeiro a assistir Ibisevic e depois contra tudo e contra todos a estabelecer o 2-2 e 1 minuto depois o 3-2. O golo de Mats Hummels também é golão e a reacção de Jurgen Klopp não é para menos. Até que Gentner conseguiu descobrir um buraquinho na defesa do Dortmund e fez o 4-4 final para gáudio daqueles que se deslocaram de Estugarda a Dortmund.

O Bayern reduziu a diferença para 3 pontos depois de bater o Nuremberga por 1-0. Arjen Robben deu a vitória aos bávaros.

O Schalke 04 empatou a 1 bola no terreno do Hoffenheim depois de ter sido vergado a uma derrota caseira por 4-2 contra o Athletic de Bilbao (já lá vamos) e o 4º classificado (Borussia de Moenchagladbach) também perdeu em Hanover por 2-1.

Liga dos Campeões:

À 1 mês atrás ninguém diria que seria Salomon Kalou aquele que iria dar a vitória ao Chelsea no jogo dos quartos-de-final na Luz frente ao Benfica.
Primeiro porque depois da derrota em Napoli por 3-1 ninguém acreditava que Villas-Boas teria capacidades para conseguir ultrapassar os italianos em Stamford Bridge. Villas-Boas foi precisamente despedido nessa semana e o seu adjunto Roberto diMatteo conseguiu fazer com que os Blues dessem uma lição de futebol aos italianos no seu reduto.
Depois porque Salomon Kalon era carta fora do baralho do técnico português nos 8 meses que o dito passou em Londres.
Em terceiro lugar, porque uma equipa com Lampard, Drogba, Torres, Malouda, Mikel, Sturridge, Mata, Lukaku faz com que Salomon Kalou seja um nome praticamente desconhecido que ainda paira no plantel Blue.

O Benfica pode queixar-se de factos internos e externos para justificar a derrota. Pode-se queixar do facto de ter atacado muito mas mal e de ter rematado muito mas sem eficácia.

Ao nível de arbitragem, creio que Raúl Meireles não acabava a primeira parte pois fartou-se de cometer faltas duras e graves. Di Matteo apercebeu-se disso e tirou o médio quando sentiu que a presença deste em campo poderia ser negativa para o jogo da equipa. Ainda ao nível de arbitragem, fica um penalti claríssimo por marcar a favor do Benfica por mão de John Terry na área.

O Benfica só acordou a partir da meia-hora de jogo. Perante um Chelsea bem organizado com a construção táctica de bloco defensivo subido para evitar principalmente que Aimar e Witsel construíssem e fantasiassem no meio-campo encarnado. Ao contrário do que foi dito na imprensa no dia seguinte e do que Ramires disse à comunicação social, o brasileiro não tirou muitas contrapartidas do seu companheiro de flanco. Emerson até respondeu bem à altura do seu compatriota, perdendo 2 ou 3 vezes em velocidade para o mesmo e pouco mais. O lance do golo do Chelsea nasce do seu lado, mas, tanto poderia surgir da esquerda como da direita.
Na primeira parte, Gaitán e Bruno César estiveram muito interventivos nas respectivas alas e o brasileiro foi o detentor de mais remates no Benfica. Bruno César mereceu o golo ao contrário de Oscar Cardozo que se limitou a falhar golos na cara de Petr Cech. 23 foram os remates que o Benfica fez na partida. Petr Cech não brilhou devido a esse facto. A questão é que os jogadores do Benfica remataram muito mas quase sempre para fora. Cech brilhou por exemplo a cabeceamento de Jardel já na 2º parte.
Seria no contra-golpe (arma que Jesus tanto gaba na sua equipa) que o Chelsea iria marcar ao Benfica. Até ao final há a questão do penalti que ficou por assinalar e a questão do atraso (para mim não é intencional) de David Luiz para Petr Cech. Mesmo ao cair do pano tanto poderia ter marcado o Benfica como Juan Mata poderia ter fechado a eliminatória com a possibilidade que teve de aumentar para 2-0.

Em suma é um resultado injusto para o Benfica. O empate a 1 adequava-se mais perante um Chelsea que veio a Lisboa defender e jogar para o empate e um Benfica que quis o golo a todo o custo (e até o merecia) mas que deve ter mais paciência neste tipo de jogos.
A eliminatória não está fechada e Roberto DiMatteo foi o primeiro a afirmar hoje na conferência de imprensa que o Benfica tem talento para marcar em Londres. No entanto, não creio que o Benfica passe a eliminatória.

Casa cheia em Nicósia. Esperavam-se mais dificuldades para o Real. Real Madrid sem Xabi Alonso faz Mourinho colocar Nuri Sahin no onze titular. Aposta ganha. O Turco foi crescendo ao longo do jogo e não raras foram as vezes em que deu equilíbrio ao meio-campo madridista e conseguiu desmarcar os seus companheiros.
Em destaque, a diferença de orçamentos. A maior contratação do Real contra a maior contratação do APOEL. Os 94 milhões gastos por Ronaldo contra o 600 mil euros que o APOEL deu pelo avançado brasileiro Adaílton. Os 500 milhões que o Real gastou nas últimas 3 épocas em reforços contra o milhão e cem mil gastos pelo APOEL.
Na primeira parte, o Real optou por estar em cima do acontecimento com uma toada lenta. Benzema e Ozil estavam bem mexidos e iam criando as primeiras jogadas de perigo. O Madrid estava a praticar um futebol muito aberto e muito flanqueado como é seu apanágio. Na primeira parte, o Real conquistava mas não tinha marcado. O APOEL raramente tinha saído do seu meio-campo. Nada de extraordinário perante o que vimos contra Porto e Lyon.

Ao intervalo, Ivan Jovanovic fazia lançar o veterano português Hélder Sousa. Aos 34″ este antigo jogador do trofense fazia a sua estreia na Champions e logo contra o Real de Mourinho.

Na 2ª parte, o Real carregou no acelerado. Começou a provocar cansaço no APOEL e os cipriotas começaram a baixar a guarda defensivamente lentamente. Até que Mourinho lança no jogo Kaka e Marcelo. A revitalização do flanco esquerdo vai original os golos do Real: a combinar bem com Benzema, seria o francês a marcar o primeiro golo e a duo brasileiro que saltou do banco a carimbar o 2º. O 3º seria uma obra prima de bom futebol entre Ronaldo, Ozil e Benzema. 3-0 para o Real num jogo tranquilo. Podem existir poupanças na 2ª mão em Madrid a pensar no jogo da Liga frente ao Valência.

Empate sensaborão no jogo de proa destes quartos-de-final da Champions. Esperava-se que o duelo entre Milan e Barcelona fosse colorido com golos.
Duas equipas que já se tinham defrontado na fase de grupos. Em Nou Camp, o Milan fez um jogo extraordinário conseguindo o empate a 2 bolas. Em San Siro, o Barcelona levou a melhor.

Barcelona a apresentar uma única alteração em relação ao one habitual no último mês: Seydou Keita a entrar no lugar de Thiago Alcântara. Pep Guardiola sabia de antemão que o meio-campo do Milan tem actuado de forma poderosa e quis desde logo mostrar interesse em colocar Keita (um jogador cheio de pulmão) no meio-campo para junto com Xavi e Fabrègas anular Seedorf, Ambrosini, Boateng e Nocerino.

Domínio total do Barça na partida. O Barça pecou apenas por falta de eficácia. É essa falta de eficácia que resume o empate obtido pelo Milan. Tirando os primeiros minutos onde os milaneses tentaram começar a mandar na partida, até por uma questão da necessidade de uma vitória expressiva que pudesse dar alguma tranquilidade em Nou Camp e de outra necessidade que se prendia em não entregar o domínio do jogo aos catalães, o resto do jogo seria dominado pelo Barça e as maiores oportunidades de golo iriam pertencer à equipa de Pep Guardiola.
Na primeira parte, não se fosse a falta de eficácia, o Barça poderia ter ído para os balneários a vencer por 2 ou 3. Oportunidades para tal teve de sobra: Keita, Aléxis, Messi e Xavi tiveram nos pés 5 soberanas oportunidades de golo. No entanto, a defesa do Milan, apesar de alguns desacertos menores ia conseguindo retardar a obtenção de um golo por parte da equipa “culé” e mesmo quando a defesa não dava conta do recado era Abiatti quem salvava a equipa de Max Allegri.

O Barça apostou num futebol diferente do que é habitual em San Siro. A circulação de bola não passou tanto pelos laterais. Daniel Alves ia subindo no terreno de forma amiúde e nunca apareceu na zona de finalização. Messi não apresentou as habituais jogadas de flexão do flanco direito para o centro do terreno, jogadas onde costuma ser letal em maior parte dos jogos. O Barça apostava mais em entrar pela defesa do Milan pelo centro do terreno, muito à custa de rápidas tabelinhas entre os 3 homens do meio-campo e Aléxis Sanchez. Seria o Chileno a provocar a decisão mais complicada da noite para a arbitragem: a meu entender não existe penalti. Aléxis embate contra Abbiati mas creio que o Chileno (apercebendo-se que tinha adiantado em demasia a bola) tenta cavar o contacto ao guarda-redes italiano.
O golo anulado a Messi nos minutos seguintes seria uma boa decisão do fiscal-de-linha.

Na 2ª parte, mais do mesmo. O Milan estava ligeiramente encostado às cordas. O Barça não deixava os milaneses armar o seu ataque com uma pressão alta ao nível da defesa milanesa. António Nocerino não conseguia receber a bola e construir de raiz. Em contrapartida, o Barça quando tinha a bola tratava imediatamente de tentar adormecer o Milan e esperar um erro da defensiva italiana para capitalizar. Esse erro esteve perto. Tanto Aléxis, como Messi como Puyol por intermédio de um canto tiveram novas oportunidades para marcar mas não era o dia do Barça.

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Já o Bayern voltou a provar que também quer vencer a Liga dos Campeões. No Vélodrome de Marselha, a turma local foi incapaz para travar a corrente de ataque dos Bávaros. Mário Gomez despachou o assunto ainda na primeira parte para uma eliminatória que todos sabíamos que não ia ter grande história para narrar.

Liga Europa:

De todos os adversários que podiam ter saído ao Sporting no sorteio dos quartos-de-final, pessoalmente creio que o Metalist foi o pior adversário que a turma leonina podia enfrentar. Isto porque apesar de se conhecerem alguns nomes da equipa ucraniana (composta principalmente por jogadores sul-americanos) o Sporting iria enfrentar uma equipa desconhecida dos palcos europeus, desconhecida do ponto de vista de potencial e forma de actuar e que tinha um registo impressionante nas fases anteriores da prova, tendo perdido alguns jogos em casa e tendo ganho outros fora, alguns deles em terrenos difíceis como é o caso do Olympiacos da Grécia, equipa que foi eliminada por este Metalist nos oitavos-de-final.

Sporting posicionado depois do vibrante sucesso diante do Manchester United. Do Metalist ficamos a conhecer que é uma equipa bem organizada a todos os níveis. Defendem de forma agressiva e atacam preferencialmente usando o contra-golpe onde tem jogadores talhados para o efeito, casos de Taison (bom jogador; um bocadito fiteiro e pouco objectivo na hora de concretizar as suas maravilhosas arrancadas pelo flanco) e Cleiton Xavier. Também fiquei impressionado com o avançado Cristaldo; Este avançado argentino de 23 anos que saltou do Velez Sarsfield para a Ucrania e que já foi convocado por Sérgio Batista para a selecção é um jogador que me impressionou pela sua dotação técnica.

O jogo começou com algumas desconcentrações da defensiva leonina, ainda fruto de uma fase de estudo ao futebol rápido e açucarado dos ucranianos. Do ponto de vista ofensivo, a equipa ucraniana colocou algumas dificuldades à turma leonina a partir do momento em que (com a lição de casa bem estudada) meteram o trinco Torres a marcar homem-a-homem Matías Fernandes (impedindo o Chileno de assumir a batuta do jogo ofensivo leonino) e meteram dois homens regularmente em cima de Stijn Schaars. Sem o holandês a armar jogo e o chileno a criar, o Sporting sentiu algumas dificuldades em construir oportunidades dignas de registo. Penso que a ideia do Metalist seria a de vencer fora. Os jogadores da turma ucraniana iam mudando o ritmo de jogo a seu bel-prazer. Quando o Sporting tentava ficar por cima na partida, a equipa ucraniana diminuía o ritmo da circulação de bola. Quando sentiam que o Sporting estava a entrar numa onde de bloqueio, os ucranianos impunham rapidos contra-ataques que a bem ou mal até ao final da primeira parte foram resolvidos pela defensiva leonina.

O que é certo é que na primeira parte o Sporting não teve bola nem oportunidades de golo. Para contar só o facto de Torsiglieri (central que já foi do Sporting e que este ano foi em primeiro lugar emprestado ao Metalist e depois vendido definitivamente aos ucranianos) recebeu um amarelo e como tal não irá jogar na 2ª mão. À semelhança do seu colega no centro da defesa Papa Gueye. Os dois fartaram-se de marcar com pitons os homens do ataque do Sporting e deveriam a meu ver ter visto mais do que um amarelo. Na 2ª parte existe mesmo o lance em que Torsiglieri perdeu a cabeça e numa disputa de bola com Jeffren atirou o jogador espanhol contra o banco de suplentes, motivo mais que suficiente para ver o cartão vermelho directo.

Na 2ª parte, a palestra de Sá Pinto fez efeitos. O Sporting voltou ao relvado com outra cara e decidiu aumentar o ritmo de jogo e procurar as alas, até então desaparecidas. Se até então apenas Carriço tinha tentado a sua sorte de longe por duas vezes e se numa desconcentração da defensiva ucraniana num livre cobrado por Matías Fernandes havia algum sururu na área ucraniana, eis que Capel e Izmailov escreveram a ouro o momento do jogo para o primeiro golo da partida. A seguir, foi Patrício quem valeu à turma leonina após remate de Cristaldo à entrada da área.

Os centrais do Metalist continuavam a ser duros e merecedores de algo mais que o amarelo. Taison continuava a querer desiqulibrar no flanco esquerdo. Sentindo a rapidez do brasileiro, João Pereira não fez a ala como é seu costume. O brasileiro fazia tudo bem excepto na hora de atirar; tanto não atirava a baliza como se atirava para o chão! Já Cleiton Xavier tinha desaparecido da partida e so voltou a aparecer aquando da grande penalidade do Metalist.
Aos 63″ veio outro dos momentos da partida quando Insua atirou um míssil para a baliza ucraniana, fazendo o 2-0.
Aproveitando a confortável vantagem, Sá Pinto tratou de a preservar. Tirou Carriço (esgotado após uma exibição de encher o olho) e meteu Renato Neto para dar mais poder de choque ao meio-campo do Sporting; refrescou também as alas, colocando Jeffren e Carrillo. Tanto o espanhol como o peruano tentaram várias investidas pelas alas e o Peruano poderia ter sido feliz num lance em que depois de uma cavalgada pela direita preferiu chutar com o seu pé mais fraco (esquerdo) quando poderia ter isolado Matías para o 3-0.

Veio a resposta ucraniana. Por duas vezes Patrício foi chamado a intervir aos pés adversários: primeiro Taison e depois o recém entrado Devic. Depois seria Taison a tentar de livre e Patrício a responder em voo. Era o Sporting que se fechava nos minutos finais para segurar a vantagem. Até que no minuto final Devic caiu na área leonina e o arbitro de baliza marcou penalti numa decisão errada. Cleiton Xavier amenizou a derrota ucraniana e levou a eliminatória muito viva para Kharkiv. O Sporting terá que sofrer para passar às meias-finais da prova.

“El Louco” Bielsa é o treinador da moda na actualidade futebolística. Não é para menos: o futebol seu Athletic tem deslumbrado tanto ao nível interno na Liga espanhola como ao nível internacional na Liga Europa.

Depois de ter eliminado o Manchester United da forma que eliminou (na 2ª mão no San Mamés Ferguson poderia ter saído goleado) a mais recente vítima do futebol total de Bielsa foi o Schalke 04. Engane-se quem pensa que é fácil ir a Gelsenkirchen jogar como o Athletic foi. Apesar de ser uma equipa alemã, existe algo que une o Schalke ao Athletic: um estilo de jogo latino, promovido na turma alemã por vários jogadores como Farfán, Jurado ou Raúl. Não nos podemos esquecer que esta equipa do Schalke fez na época passada um enorme brilharete na Champions, atingindo as meias-finais (onde foi eliminada pelo United) depois de ter estrangulado o Inter (campeão europeu em título na altura) com um brilhante 5-2 em Giuseppe Meazza.

Este Athletic de Bielsa é um enorme case study. É uma equipa que peca um pouco por jogar de forma aberta. Apesar de ter melhorado em muito com a descida posicional de Javi Martinez para o centro da defesa (Martinez já era um grande trinco e arrisca-se a ir pela Roja ao Europeu como central) é uma equipa que se expõe em muito ao contra-ataque das equipas adversárias. Isto porque Bielsa adopta um estilo de pressão muito alta aos adversários (logo à saída da grande área) que apesar do facto de estar a resultar lindamente na Liga Europa nos jogos efectuados pela turma basca.

Outro dos problemas desta Athletic de Bilbao é a tendência extrema que esta equipa tem para optimizar o seu ataque com Llorente como finalizador. Não é que o Bilbao não finalize em quantidade e em qualidade. O problema é que os bascos têm bons criativos (Susaeta, Muniain, De Marcos) mas todos eles não sabem finalizar e estão sempre à espreitar de oferecer golos ao seu ponta-de-lança.

Jogos impróprio para cardíacos na arena de Gelsenkirchen. O Bilbao começou melhor e capitalizou um erro do guarda-redes do Schalke. Depois viria a reviravolta alemã com o expoente máximo nos pés do maravilhoso Raúl. O Schalke alterou os guarda-redes e o Bilbao, actuando em contra-ataque, apenas se limitou a explorar os erros alemães. Se no 3º golo o guarda-redes alemão teve culpas, no 4º é caso para dizer que estava extremamente mal posicionado.
E o Athletic está nas meias-finais. Garantidamente. Poderá ser o próximo adversário do Sporting.

Nas restantes partidas, o Atlético de Madrid venceu o Hanover por 2-1 e o Valência perdeu no terreno do AZ Alkmaar por semelhante resultado:

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futeboladas

Campeonatos + Liga dos Campeões + Liga Europa.

Começamos pela Premier League

Depois do desaire europeu obtido na passada quinta-feira em Alvalade frente ao Sporting (já lá iremos) o Manchester City não podia ter um pior fim-de-semana ao perder a liderança da prova no País de Gales diante do Swansea.

A equipa do City voltou-se a mostrar apática e sem grandes recursos ofensivos. Do lado do Swansea, mais uma grande exibição de Scott Sinclair e de Joe Allen. O golo do Swansea haveria de ser apontado pelo avançado Luke Moore aos 83″, 4 minutos depois de ter entrado na partida para substituir Danny Graham. O City foi ultrapassado pelo seu rival United na classificação. Os Red Devils têm agora 67 pontos contra os 66 dos Citizens. Já o Swansea continua o seu campeonato tranquilo, sendo 11º com 36 pontos.

Os Citizens jogam quinta-feira no City of Manchester contra o Sporting para a 2ª mão dos oitavos-de-final da Liga Europa e segundo notícias da comunicação Britânica estão alertados para a goleada que o Sporting impôs ao Vitória de Guimarães em Alvalade.

Outra notícia que marca a actualidade do futebol inglês é o acordo praticamente consumado entre Manchester City e Robin Van Persie para a próxima temporada. O jogador termina contrato em 2013 e caso não queira renovar com o Arsenal, o clube de Londres poderá ter que ser obrigado a vendê-lo para poder conseguir alguns activos. O City estará disposto a ter o jogador já na próxima época, estando disposto a pagar algo como 25 milhões de euros pelo mesmo a um ano do fim do contrato. Arséne Wenger já veio manifestar o desejo de continuar a orientar o Holandês, esperando que o mesmo renove pelos Gunners até ao fim desta época.

Para ultrapassar o City na tabela classificativa, o United bateu em casa o West Bromwich Albion por 2-0. Tal e qual o City, o United também vinha de uma derrota para a Liga Europa. No entanto, no caso do United, a derrota era moralmente mais frustrante: em casa, por 3-2 (hipóteses mais reduzidas de se qualificar) frente a um Athletic de Bilbao com uma dose energética e um futebol que decerto não se adivinhava por Old-Trafford. O jogo contra o Athletic tinha sido parecido (mas de resultado pior) com o jogo de Outubro frente ao Basileia em Old-Trafford para a Liga dos Campeões.

O WBA fez um jogo bastante interessante, um jogo um pouco semelhante aquele que tinha feito em Londres na semana anterior. No entanto, os jogadores do WBA falharam muitas oportunidades de golo na 1ª parte. Na 2ª parte, Wayne Rooney haveria de ser oportuno em duas situações e selar o resultado final. 25º e 26º golo do avançado inglês na prova, facto que o levou a ultrapassar Robin Van Persie na lista dos melhores marcadores.

Quem continua em altas é o Arsenal de Arséne Wenger. 4ª vitória consecutiva contra 4º rival de topo. O Arsenal conta com um rally interessante nesta fase da temporada: bateu o Tottenham por 5-2, o Liverpool em Anfield por 2-1, o Milan por 3-0 (insuficiente; já la vamos) e agora o Newcastle por 2-1.

Hatem Ben Arfa até abriu o marcador para os magpies aos 14″ num belo trabalho individual, sendo a vantagem dos homens do norte rapidamente anulada por um golo no minuto seguinte por parte do inevitável Robin Van Persie também num belo trabalho individual. Depois de um domínio quase absoluto no Arsenal na 2ª parte, seria o Belga Thomas Vermaelen a selar a vitória da equipa comandada por Wenger.

O jogo ficaria marcado por uma intensa picardia entre holandeses. O guardião magpie Tim Krul (tem-se destacado e muito nesta época) e Robin Van Persie andaram pegados durante toda a partida e chegaram mesmo a vias de facto em pleno relvado. Van Persie como se sabe é da formação do Feyenoord enquanto Krul cresceu no modesto ADO Den Haag (equipa que oscila entre a Eredivisie e a 2ª divisão holandesa). Krul fez uma boa exibição assim como o central Argentino Fabricio Coloccini (recentemente renovou por mais 4 épocas com o Newcastle onde de resto é muito acarinhado pela massa associativa) que só pecou por ter dado aquela abévia a Van Persie no lance do golo. De resto, apesar do golo, Van Persie mostrou muita virilidade durante toda a partida. Segundo o árbitro da partida, houve confusão no túnel de acesso ao balneários no final da partida.

O Arsenal aproveitou a escorregadela do Tottenham no Goodison Park frente ao Everton. O Croata Nikica Jelavic voltou a fazer duas suas. O Croata já leva 15 golos esta época. A equipa de Harry Redknapp começa a olhar pelo retrovisor para o Arsenal. A distância entre os rivais de Londres na luta pelo 3º lugar (qualificação directa para a Champions) é de apenas 1 ponto.

Já o Chelsea também continua na luta pela Champions. Em vésperas de confronto europeu contra o Napoli em Stamford Bridge, os comandados de Di Matteo (falou-se na possibilidade de Rafa Benitez tomar conta da equipa nos próximos dias) bateram o sempre difícil Stoke por 1-0 em Londres.

Di Matteo tem escalado um onze completamente diferente de Villas-Boas. Mata, Sturridge e David Luiz são presenças no banco em prol das entradas de Obi Mikel, Salomou Kalou e Gary Cahill para o onze titular.

O Stoke de Tony Pulis começou mal a partida com a expulsão do avançado Jamaicano Ricardo Fuller aos 25″ depois de uma agressão ao sérvio Ivanovic. Di Matteo alterou tudo ainda na primeira parte: aproveitando o facto do Stoke se ter retraído com a expulsão de Fuller, tirou Meireles e colocou Mata em campo. Com resultados. Aos 68″ seria Didier Drogba a marcar o golo da vitória dos Londrinos.

Outros jogos:

Bolton 2-1 Queens Park Rangers – Duelo de aflitos. O Bolton trocou de posição com o QPR graças a esta vitória caseira saíndo dos lugares de despromoção. O golo do Croata Klasnic aos 86″ pode valer ouro.

Sunderland 1-0 Liverpool – A equipa de Dalglish vive novo mau momento. A derrota em Sunderland mete a Europa a 7 pontos. Anfield não terá competições europeias na próxima época mais uma vez.

Liga Italiana:

Bom augúrio para o Napoli antes de visitar Stamford Bridge. 6-3 ao Cagliari. A equipa de Mazzarri continua a trepar lugares na série A sendo agora 4ª a 11 pontos do líder Milan.

Marek Hamsik inaugurou o marcador com um tiro de meia distância aos 10″. Paolo Cannavaro haveria de fixar o 2-0 9 minutos mais tarde. Aos 30″, o Napoli já vencia 3-0. Depois veio o vendaval Larrivey com um hat-trick para os homens da Sardenha e os golos de Lavezzi, Gargano e Maggio quando a vitória do Napoli já era indiscutível. Dos 9 golos da partida, apesar de só ter entrado aos 59″, Edinson Cavani não apontou nenhum. Porém, esta máquina de Mazarri está bem oleada e promete surpreender.

Aproveitando o empate da Juve em Genova, o Milan não vacilou e aumentou a sua vantagem na liderança para 4 pontos. Antonio Nocerino e Zlatan Ibrahimovic foram os obreiros da vitória contra o Lecce. O Milan continua em todas as frente. O Sueco apontou o seu 19º golo na Série A.

Quem saiu da luta pelo título foi a Lazio. Os comandados de Edy Reja não deram um bom percurso á vitória no derby contra a Roma e perderam 3-1 contra o Bologna. Grande jogo de Alessandro Diamanti. A lazio está agora a 9 pontos da liderança.
No mesmo plano, a Udinese perdeu no terreno do Novara por 1-0. Balão de oxigénio para o Novara. Mesmo assim tem 11 pontos de diferença para o primeiro lugar acima da linha de água.

Na sexta-feira, o Inter jogou mais um matchpoint com vista à qualificação para as competições europeias, vencendo o Chievo por 2-0 com golos tardios da dupla argentina Walter Samuel e Diego Milito. A equipa de Claudio Ranieri voltou a demonstrar enormes problemas de finalização e encontrou (como a Juventus tinha encontrado na jornada anterior) um Stefano Sorrentino inspirado na baliza do Chievo. É caso para dizer que este guarda-redes é o “abono de família” da equipa de Doménico Di Carlo. Quando não era Sorrentino a aliviar a defesa do Chievo, era o poste ou a fraca pontaria dos jogadores do Inter a evitar a vitória dos Milaneses. Até que Walter Samuel deu o triunfo merecido aos milaneses e Diego Milito confirmou-o.

Nesta luta, a Roma também venceu. 1-0 em Palermo com o 9º golo de Fabio Borini na época.

Liga Espanhola:

Mais uma batalha para Mourinho e para o Real em véspera de Champions. O Estádio Benito VillamaBrin trouxe um Bétis muito afoito na 1ª parte. A necessidade assim o obriga aos sevilhanos derivado da sua posição pouco consolidada na tabela (15º com 6 pontos à maior da linha de água). O Bétis inaugurou o marcador aos 10″ por intermédio de Molina. Passado 15 minutos, o Argentino Gonzalo Higuaín aproveitou o facto do lateral português Nelson o ter posto em jogo para estabelecer o empate e o seu 17º golo na Liga.

Depois, já na 2ª parte, viria o furacão Cristiano Ronaldo: primeiro a obrigar aos 47″ o guarda-redes sevilhano Fabrício a uma defesa do outro mundo e depois, 5 minutos mais tarde, a estabelecer o 2-1 num lance confuso em que a defesa do Bétis esteve novamente a dormir. A posição de Ronaldo é legal aquando do toque de Marcelo. 3 minutos depois o Bétis empataria a partida por intermédio de Jonathan. Aos 72″, Ronaldo puxou do gatilho para estabelecer o resultado final.

O título está cada vez mais próxima para o Real, no jogo que comemorou a vitória 100 de Ronaldo pelos Merengues. Em evidência no jogo Marcelo. O Brasileiro atacou quanto pode e foi um regalo não só vê-lo a cavalgar pelo flanco esquerdo durante toda a partida como vê-lo a aparecer em zona de finalização variadíssimas vezes.

O jogo ficou ainda marcado por um erro gigantesco da arbitragem ao não assinalar nos minutos finais uma grande penalidade claríssima a favor do Bétis por ostensivo corte com o braço de Sérgio Ramos.

No El Sardiñero em Santander, o Barça manteve a distância de 10 pontos para o Real. Messi coroou uma semana em cheio a nível pessoal com 7 golos em 2 jogos. Incrível.

Outros jogos:

Real Sociedad 3-0 Zaragoça – A equipa de Ruben Micael e Hélder Postiga é cada vez mais última. 9 são o número de pontos que os distanciam do primeiro lugar acima da linha de água.

Málaga 1-0 Levante – Jogo decisivo para ambas as formações na luta pelos lugares europeus. Com Eliseu titular a lateral-esquerdo foi o internacional venezuelano José Rondón que deu a vitória ao Málaga frente ao sensacional Levante. A equipa de Manuel Pellegrini subiu ao 4º lugar (lugar que garante os playoffs de Champions) por troca com a equipa de Valência.

Valência 2-2 Mallorca – No Mestalla, os comandados de Unai Emery escorregaram frente ao Mallorca e abriram a porta ao Málaga na luta por um lugar directo na Champions (os valencianos tem 4 pontos de vantagem para os malaguenhos e 6 para Osasuna e Levante). Sem Portugueses nos convocados, Tino Costa abriu o marcador aos 23″ e haveria de ser expulso aos 85″. Aduriz elevaria o marcador para 2-0 aos 42″. Na segunda parte Nsue e Victor empatariam a partida para os maiorquinos.

Sporting de Gijón 1-0 Sevilla – Os Sevillanos vão de mal a pior. A equipa de Reyés, Rakitic, Kanouté, Fernando Navarro, Julién Escudé, Manu Del Moral, Jesus Navas, Babá e Piotr Trochowski estabeleceu no início da época como objectivos voltar a um lugar que lhe desse acesso à Liga dos Campeões. Com a derrota em Gijón (penúltimo com 24 pontos) com golo do Português André Castro, os Sevillhanos não só estão longe dos lugares europeus (a 5 pontos do Levante) como começam a ver os últimos lugares a aproximarem-se (distam a 9 pontos da linha de água)

Osasuna 2-1 Athletic de Bilbao – No duelo regional (Navarra e País Basco são duas regiões próximas mas independentes mas os bascos reclamam Navarra como seu territorio, facto que é partilhado pelos Navarrenhos) o Athletic não recuperou fisicamente do triunfo extraordinário que tinha tido 3 dias antes em Old-Trafford frente ao United. Num jogo interessante que tinha como motivo especial o facto de ambas as equipas estarem a lutar por lugares europeus, o Osasuna foi mais forte vencendo por 2-1 com golos de Raúl Garcia e Iturraspe na própria baliza. Llorente reduziu para os bascos.

Liga Francesa:

Carlo Ancelotti tem razões para sorrir nesta jornada. O PSG foi ao terreno do Dijon ganhar por 2-1 com um golo de última hora de Kevin Gameiro em cima do minuto 90. O Dijon caiu para a linha de água da prova.

O Montpellier continua a liderar a oposição aos parisienses. A equipa de Hilton, Marco Estrada e John Utaka venceu o Caen por 3-0 em casa e continua a 1 ponto do líder.

No jogo alto da jornada em França, Sir. Alex Ferguson (em observação a jogadores das duas equipas como Michel Bastos, Eden Hazard e Alexandre Lacazette) esteve no Gerland para assistir à vitória do Lyon frente ao Lille por 2-1. O campeão em título da Ligue 1 disse adeus à renovação do título. Alexandre Lacazette esteve novamente em grande ao abrir o marcador aos 12″. O jovem francês de 20 anos arrisca-se a ganhar um lugar na sua selecção para o Europeu. Lisandro Lopez também marcou aos 39″ o seu 9º golo no campeonato deste ano. O Lyon está no 7º lugar com 43 pontos, a 1 dos lugares europeus e a 4 do 3º que é precisamente o Lille

No que toca a luta pela europa, o Lyon aproveitou mais uma escorregadela de Marselha (0-1 em Ajaccio) o empate do Toulouse a 1 bola e o empate do Rennes em casa contra o Auxerre. Os outros grandes vencedores da jornada foram o Bordéus que venceu em Brest por 2-0 e o Saint Ettiène (4º classificado) que bateu o Valenciennes fora por 2-1.

Na luta pela Europa a classificação em frança resume-se a este cenário: 3º Lille 47 pontos; 4º Saint Ettiène com 46 pontos; 5º Rennes com 44 pontos; 6º Toulouse com 44 pontos; 7º Lyon com 43 pontos; 8º Marseille com 39 pontos e 9º Bordéus também com 43 pontos.

A luta pela permanência também está vivaça. Do 11º (Valenciennes com 33 pontos) ao último (Sochaux) há um gap de apenas 9 pontos.

Liga Alemã:

O Borússia de Dortmund cedeu no terreno do modesto Augsburg num empate a 0 bolas e viu o Bayern cilindrar em casa o Hoffenheim por 7-1.

O Bayern marca 14 golos em 2 jogos visto que ontem também cilindrou o Basileia para a Champions por incríveis 7-0.

Do jogo de sábado, uma exibição colectiva fantástica dos Bávaros. A equipa de Jupp Heynckes está disposta a acabar a época em grande forma. Arjen Robben bisou na partida, Mario Gomez fez um hat-trick e Toni Kroos e Luis Gustavo fecharam a contagem para os bávaros num jogo que Ribéry teve o azar de marcar o único auto-golo da sua carreira!

O Bayern pratica aquele futebol bonito e eficaz. Misto de dureza (à boa moda alemã) com um futebol apoiado e flanqueado com conta, peso e medida. Arjen Robben e Franck Ribéry aparecem com um enorme pico de forma nesta altura do campeonato e Mario Gomez é uma autêntica máquina de marcar golos: já leva 21 na Bundesliga desta época.

Se quiserem dar uma vista de olhos, vale a pena ver o resumo desta partida.

O 3º (Borussia de Moenchagladbach) perdeu algum contacto com os da frente depois de empatar a 0 bolas em casa contra o Freiburg. O Estugarda também empatou em casa contra o Kaiserlautern e atrasou-se na luta pelos lugares europeus.
O Bayer de Leverkusen continua com uma enorme dor de cabeça. Depois dos 7 de Barcelona, perdeu contra o Wolfsburg de Félix Magath por 3-2 num jogo de loucos onde até começou melhor com um golo de Kiessling aos 3″.
Em apuros está novamente o Hertha de Berlim (regressou à Bundes esta época) depois de ter perdido 1-0 contra o Colónia de Podolski. Se os homens de Colónia saíram dos lugares perigosos, o Hertha está neste momento em 16º lugar, lugar que obriga no fim de cada época a equipa da Bundesliga a jogar contra a 3ª classificada da 2ª Bundesliga por uma vaga no principal escalão do futebol alemão.

Liga dos Campeões:

A tarefa avizinhava-se complicada para o Benfica. Depois do 2-3 de São Petersburgo, previa-se um Zenit altamente defensivo, um pouco à semelhança daquilo que tinha feito em Dezembro no Estádio do Dragão frente ao Porto no jogo referente á última jornada da fase de grupos.

O Benfica não podia contar com Aimar (castigado por 1 jogo por acumulação de amarelos) jogador que seria (mais do que em outros jogos) essencial para o benfica conseguir perfurar os blocos defensivos do Zenit.

Luciano Spalletti mostrou desde logo as suas intenções na Luz: defender o resultado obtido na Rússia. Na Luz, Spalletti abdicou de Bruno Alves por considerar que o jogador poderia sofrer com a pressão imposta pelos adeptos encarnados. Voltou a apostar em Lombaerts no centro da defesa e numa equipa a jogar em bloco. Voltou também a apostar numa equipa ultra-defensiva, contendo apenas 3 jogadores de cariz atacante: Semak, Bystrov e Kerzhakov.

Já Jorge Jesus perante as ausências de Garay e de Aimar, fez regressar Rodrigo (apostando no brasileiro a fazer de Aimar) e apostou em Jardel para o centro da defesa.
Na primeira parte, até ao golo de Witsel, nada de novo. O Benfica estava a sentir dificuldades na construção de jogo ofensivo graças à enorme muralha de jogadores que o Zenit punha em frente à sua baliza. Apenas Maxi Pereira na direita dava mostras de ser o jogador mais inconformado no Benfica com rápidas incursões pelo flanco direito. Malafeev foi obrigado a intervir duas vezes: uma a remate de Bruno César e outra a remate de Witsel. Do outro lado, o Zenit jogava de forma lenta e pouco incisiva. Antes do golo, Artur quis brincar na pequena área e acabou por entregar a bola mal para Luisão que a perdeu para um jogador russo, tendo este rematado à figura do guarda-redes brasileiro quando este recuava na área.
Depois veio o golo de Witsel e a explosão de alegria na Luz.

Na 2º parte, Bruno Alves entrou mas o Zenit não conseguiu sair da teia defensiva urdida pelo seu treinador. Os Russos pouco ou nada causaram de perigo à baliza de Artur Moraes. Para o final estava guardado o 2-0 por intermédio de Nélson Oliveira, matando por completo uma partida em que o Benfica fez mais do que o Zenit para passar os quartos-de-final.

A surpresa esteve perto de acontecer no Emirates.

Quando o Milan fechou com chave de ouro o jogo da primeira mão em San Siro por concludentes 4-0 (grandes exibições de Robinho e Ibra) ninguém esperava uma viagem tão atribulada a Londres no lado milanês.

Com o decorrer do jogo de Londres, chegou-se a temer uma reviravolta semelhante aquela que o Milan sofreu no embate da 2ª mão dos quartos-de-final da Champions na época 2003\2004 no Riazor da Corunha em que depois de um 4-1 em Milão sofreu um escandaloso 4-0 na Corunha, num jogo em que Alessandro Nesta esteve mal na fotografia de todos os golos galegos.

Como equipa que ganha não se mexe, Massimiliano Allegri voltou a apostar num 11 que se tem repetido várias vezes no último mês: Abbiati; Abate, Mexés, Thiago Silva e Mesbah; Emanuelson, Nocerino, Van Bommel; Robinho, El Shaarawy e Ibrahimovic. Do lado do Arsenal apenas uma modificação em relação ao 11 habitual da equipa: a entrada de Oxlade-Chamberlain a titular e a saída dos convocados de Benayoun por lesão.

Seria o jovem de 18 anos contratado esta época ao Southampton por 12 milhões de libras a colocar a bola na cabeça de Laurent Koscilny para o primeiro golo da partida. Como bom portento de velocidade e técnica que é seria o extremo a partir Djamel Mesbah aos bocados no lance do 2º golo (Rosicky) onde é o experiente Thiago Silva a cortar para os pés do checo. O Milan tremia em Londres. O mesmo haveria de partir novamente Mesbah no lance do penalty que Robin Van Persie iria transformar ao minuto 43. Ao intervalo 3-0.

Isso obrigou Allegri a intervir na sua equipa que apareceu muito mais defensiva na 2ª parte. Emanuelson deixava de ser número 10 e passava a jogar na esquerda para ajudar Mesbah a controlar Oxlade-Chamberlain. Robinho passava a 10. El Sharaawy saíria aos 70 minutos para entrar Aquilani, um jogador mais forte, mais físico e com maior capacidade de retenção de bola a meio campo. A coisa saiu bem a Allegri. O Arsenal tentou o 4º golo mas não conseguiu. Foi uma eliminatória bipolar: o Milan ridicularizou o Arsenal em Milão e o Arsenal ridicularizou o Milan nos primeiros 45 minutos de Londres. Qualquer uma das equipas pelo que fez merecia passar.

No final de jogo, Wènger estava triste pela eliminação mas de cabeça erguida quanto à prestação da sua equipa: “I told my players they can be proud of their performance. Overall I felt we were a bit short because we had no midfielders on the bench and we suffered a little bit when we tired in the second half. We wanted to keep the ball better but we became more fatigued and I’m sure we would have scored two or three more goals in the second half. “We put a performance in with fantastic spirit and restored some pride after the first leg. Unfortunately we are out” but we had the chances. Overall we keep our winning run going, which is important, but unfortunately we paid the price for a bad first game.

We knew we had given a lot [in the first half]. Some players are not used to playing at that level in midfield, like Chamberlain. You need to score goals and not concede against teams like that. Our defenders were absolutely outstanding today. Overall we have given everything and that’s all you can do at the top level. We accept the result even if it’s a disappointing one.

[Oxlade-Chamberlain] was sick last night − we weren’t sure he would play because he had flu. In the end we decided to check him in the warm-up and I felt he was outstanding. Van Persie wanted to chip the goalkeeper because he was down, but he got up very quickly − Abbiati did well and we couldn’t score. I hoped in the last ten to 15 minutes we could create some dangerous situations in front of goal but, unfortunately, it didn’t happen because we didn’t have enough drive anymore.”

E Allegri aliviado:
“We have to analyse this defeat. Due to injuries we had to play with three forwards and I knew we could suffer a bit in defence. We created a few good chances to score in the second half. We are disappointed about the defeat but it was important to qualify. We are among the best eight in Europe and now we will have some players back from injuries and hopefully we can do better with them.

I don’t think we were scared, as fortunately we had earned an important result in the first leg. At the break I told the players to think it was still 0-0 because we could not change what we had done in the first half. We failed to complete crucial passes tonight and that’s why we did not score. I knew we might have some difficulties because Arsenal are not the team we saw in San Siro and because we had too many players missing tonight, so I did not have many options.

This could be an important game in the season. Elimination tonight could have been a terrible blow for the team. However, our objective was to reach the quarter-finals and we achieved it. The approach was not good tonight. We were too soft, especially when we were trying to keep possession, and we should have played from the start the way we did in the second half, trying to push forward for a goal. “We are disappointed about the defeat and the way we played in the first half but, in the end, we qualified”, even if the team made me lose some weight due to stress.”

Duas coisas singelas:
1ª Não é só o Barcelona que joga muito nem Messi, se bem que o Argentino esteve louco nesta partida.
2ª É mesmo o Bayer de Leverkusen que não joga nada e não lhes reconheço capacidades para andarem nestes patamares.

Como dizia o Sport na sua página online nessa noite: “Messi passou a sua dor de cabeça ao Bayer” – um bom trocadilho feito pelos catalães ao Bayer de Leverkusen, clube detido pela conhecida farmacêutica das aspirinas.

E de facto, o Bayer veio com a ideia de provocar uma dor de cabeça a Guardiola e acabou cheio de enxaquecas. Com um 3-1 de Leverkusen, o Bayer tentou complicar a vida ao Barcelona por intermédio de pressão alta à construção de jogo dos defesas e médios catalães. Ora bem, quem não tem perninhas não inventa. O treinador Robin Dutt tentou convencer que seria a melhor estratégia para derrotar os Barcelonistas. Enganou-se: foi um festival de Messi perante uma defesa de Leverkusen completamente autista a vender a banda passar. E o jovem Tello entrou na segunda parte e logo que tocou na bola abriu um livro numa jogada em que vos aconselho a ver e rever.

Messi estabeleceu a mão cheia de golos na Champions, levando agora 12. Novo record à vista?

Jogo de uma vida em Nicósia.

O APOEL não contava de maneira alguma chegar a Fevereiro e permanecer nas competições europeias. Digo “permanecer nas competições europeias” porque com um grupo como Zenit, Shaktar e Porto, o APOEL era o bombo da festa. Utilizei bem o tempo verbal: era. O APOEL fez o que fez na fase de grupos. Perdeu em Lyon por 1-0 num jogo em que os franceses viram-se da cor da Grécia para obter um golo e foram a Chipre enfrentar um adversário motivado, disciplinado, defensivo, forte no contra-golpe e com milhares de adeptos doidos a cantar.

90 minutos a ferro e fogo. O APOEL tentava utilizar o segredo do costume: defender e sair no contra-golpe sem descurar a sua organização. O Lyon tentava segurar a vantagem o máximo que podia. O nosso conhecido Manduca pôs o GSP Stadium de Nicósia ao rubro aos 9″. Vi inclusive na review da Champions declarações do técnico do APOEL Ivan Jovanovic a apelidar este jogo como o “jogo de uma vida” para o clube cipriota. Nada mais correcto. Findos os 90 minutos, quis o destino que o jogo fosse para prolongamento dados uns erros praticados pela arbitragem comandada pelo espanhol Alberto Undiano Mallenco a favor da equipa francesa.

O jogo foi para as grandes penalidades. Aí brilhou Chiotis, guarda-redes cipriota. O APOEL está nos quartos-de-final. E o mais incrível é que pode ir mais longe. Benfica, Marselha e hipoteticamente CSKA e Napoli poderão ser equipas ao seu perfeito alcance.

Depois de ter vencido no St Jakob´s Park o Bayern por 1-0, a jovem e promissora equipa do Basileia não merecia de ser eliminada desta forma depois da campanha que fez na fase de grupos.

Apesar do esforço, é pena o Basileia ter apanhado este super bayern no pico de forma da época. O Bayern dá mais 7 (como viram em cima já tinha dado 7 no campeonato ao Hoffenheim) e volta a dar 7 na Champions (em 2008\2009) deu 7 ao Sporting nesta fase no Allianz Arena.

Jogo sem história. O Bayern entrou a matar. Robben aos 11″ tem uma enorme classe na sua finalização, apesar da sorte que fez com que a bola viesse parar caprichosamente nos pés do Holandês depois de um ressalto de um defensor do Basileia. Apesar dos dois golos, Arjen Robben fez uma exibição de sonho. Depois, foi o vendaval Mario Gomez (poker) com dois golos pelo meio de Robben e Muller. Mario Gomez está ao despique com Messi e Ronaldo pelo título de pichichi da competição (quem sabe o record de mais golos numa só edição) levando o alemão 11 golos na presente edição.

Esta eliminatória entre Inter e Marselha esteve embruxada. Se não esteve embruxada, é caso para se dizer que o Marselha teve a dita “estrelinha de campeão”. Se no aborrecido jogo do Velodrome já tinha vencido a partida com um golo do Ganês André Ayew já para lá da hora, no Giuseppe Meazza, num jogo em que o Inter até começou a contar com um golo de Milito às três pancadas num momento de jogo em que o desespero já se começava a apoderar dos milaneses, o Inter merecia mais do que a fraca sorte de ser eliminado com um golo de Brandão aos 90+2. Pazzini ainda deu a vitória ao Inter na última jogada do encontro, mas não havia mais nada a fazer.

Fico com a impressão que Brandão faz falta no lance do golo do Marselha sobre o central do inter Lúcio.

Liga Europa:

Incontornável.

A vitória da raça e do querer. A vitória do David contra o Golias. Grande exibição do Sporting. Personalizada e organizada tanto a atacar como a defender.

Primeira parte bem disputada em que o City não quis arriscar do ponto de vista ofensivo. Tirando um lance em que Kolo Touré subiu ao 3º andar para cabecear para brilhante defesa de Rui Patrício e outro em que Gareth Barry atirou à entrada da área a rasar o poste direito da baliza de Rui Patrício. Do lado do Sporting, muita atitude por parte da equipa com especial destaque para o flanco direito onde João Pereira foi muito assertivo a subir e a desiquilibrar, com a ajuda ora de Izmailov ora de Matias Fernandez, todos com muita garra no 1 para 1 contra jogadores do City. Lances de destaque na primeira parte foram o remate de Schaars do meio da rua depois de Joe Hart ter cabeceado a bola fora da área, um lance em que João Pereira embalado remata da direita obrigando Hart a uma defesa de recurso.

O Sporting nunca se amedrontou perante o City e entrou no 2º tempo com modos de resolver o jogo. Matías Fernandez bate um livre venenoso e Xandão faz o que faz na cara de Joe Hart. Passado alguns minutos é Izmailov quem fura e quem dá o golo a Ricky Van Wolfswinkel que na cara de Hart não consegue o 2-0 para muita pena minha. Até que Mancini faz avançar a equipa com as entradas de Nasri e Balotelli. Por duas ou três situações o City poderia ter marcado. Pelo meio até há uma jogada individual de Balotelli em que o Italiano toma a linha e cruza de letra para fraca finalização de Aguero. Pelo meio também há um pontapé do meio da rua de Kolarov que passa novamente perto da baliza do Sporting e várias provocações e faltas (o normal) de João Pereira a Balotelli que valem o amarelo que afasta o lateral do jogo da 2ª mão no City of Manchester.

A jogar em casa, contra uma equipa que muitos diziam que ia massacrar o Sporting com uma goleada, a turma de Ricardo Sá Pinto cumpriu mais que os serviços mínimos (esperava na melhor das hipóteses um empate a 0 bolas) e convenceu todos aqueles que se deslocaram a Alvalade. Quinta-feira veremos se este Sporting terá estofo para aguentar este resultado.

Apesar do mau momento interno, o Atlético tem estado muito bem na Liga Europa. Nos 32 avos-de-final já tinha eliminado a Lazio com um 3-1 em Roma e 1-0 em Madrid. O Atlético de Simeone espalha charme na Europa e nos oitavos-de-final quis despachar o Besiktas em Madrid. Não conseguiu totalmente por culpa de Simão Sabrosa. Salvio (2) e Adrián deram 3 golos sem resposta na primeira parte. No entanto, espera-lhes o Inonu na 2ª mão.

O Besilktas está algo enfraquecido. Culpa disso os vários problemas internos que estão a acontecer no clube. Não só o facto de alguns dos seus dirigentes ainda estarem sobre alçada preventiva da justiça turca mas também o caso de indisciplina protagonizado por Ricardo Quaresma, caso que alegadamente terá motivado Carlos Carvalhal a encostar a direcção à parede quanto à saída do internacional português do clube. Carvalhal deverá ter dito à direcção que ou saía ele ou saía Quaresma.

Carvalhal veio ontem desmentir no site oficial do clube a notícia veículada pelos órgãos de comunicação social com as seguintes palavras: “Desminto totalmente as afirmações que vieram a público ontem. O Quaresma é um jogador muito importante, mas o meu trabalho é garantir organização e disciplina no trabalho”

Partida da ronda. O Athletic foi a Old-Trafford fazer um dos melhores jogos da sua história. O lance do primeiro golo do Manchester é um lance de génio. O passe para o 2º golo do Athletic protagonizado pelo jovem fenómeno Muniain para Oscar de Marcos é algo do outro mundo. Este Athletic de Bilbao de Bielsa é um portento de futebol bonito. Nem a adaptação (bem conseguida) de Javi Martinez a central tem tirado brilho ao futebol praticado pela equipa comandada pelo consagrado técnico Chileno. Aliás, mesmo a central, Javi Martinez é alvo da cobiça de Barcelona e Real Madrid, não devendo sair de Bilbao por menos de 40\45 milhões de euros. No 3º golo dos bascos, culpa para De Gea. No entanto, urge-me fazer mais um reparo à equipa do Bilbao: é uma equipa muito forte a sair no contra-golpe. Também tem homens para isso, casos de Muniain, De Marcos, Herrera ou David Lopez.

O penalty de Rooney ainda amenizou a derrota. O Manchester de Sir. Alex Ferguson subestimou o adversário, na medida em que tinha por exemplo em Outubro subestimado o Benfica e o Basileia na fase de grupos da Champions. Avizinha-se uma tarefa muito difícil para os Red Devils amanhã no quentíssimo San Mamés de Bilbao.

Óscar de Marcos declarou que marcar em Old-Trafford fez do dia 8 de Março um dia que nunca mais iria esquecer durante a sua vida: “The key thing was, we had the ball the whole game. It is our philosophy, as the manager has taught us, to keep the ball and thanks to this we created a lot of chances. “[Scoring at Old Trafford] is something I won’t forget as long as I live, I will always remember it. I’m thrilled. This is a night to smile, to enjoy – all our fans have enjoyed it and it is great for everyone who has always supported us”.

It is clear that 3-2 keeps them in it more, unfortunately it was my handball [for Wayne Rooney’s late penalty]. It is a shame after all the work the team put in, but we have to be happy with the result. Before we came everyone would have taken a win at the ‘Theatre of Dreams’. The coach is putting it in our heads that nobody is better than us, that we can compete with any team and we did that against one of the best teams in the world.”

Mais um jogo de alto gabarito. Apesar do 4-2 para o Valência no final da 1ª mão, nada está resolvido para a equipa de Unay Emery. Início horrível da defesa do PSV. Nos primeiros 13 minutos haveria de conceder dois golos: o primeiro por via do central sub-21 espanhol Victor Ruiz, saltando por cima de tudo e todos na bica da baliza e o segundo num auto-golo muito azarado de Manolev. 3-0 aos 42″ por intermédio de Roberto Soldado fazia parecer que a eliminatória fecharia no Mestalla. Piatti elevaria para 4-0. Eis que o PSV num golpe de mérito conseguiu dois golos nos minutos finais e leva a eliminatória viva para a Phillips Arena. No entanto, não creio que os comandados de Fred Rutten tenham capacidade para derrubar o Valência.

Outros resultados:

Metallist 0-1 Olympiacos – Contra uma equipa muito organizada e imprevisível, os gregos do Olympiacos venceram na Ucrânia por 0-1 o Metallist e tem um pé nos quartos-de-final.

Standard de Liège 2-2 Hanover 96 – Tudo em aberto para a 2ª mão, se bem que o resultado foi muito bom para os alemães.

AZ Alkmaar 2-0 Udinese – Excelente resultado para os holandeses.

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futeboladas

Começando pela Liga dos Campeões e pelos dois jogos de quarta-feira:

O Benfica foi à Rússia com a espinhosa missão de se bater contra o “fresco” Zenit de Luciano Spalletti.

Jorge Jesus sabia perfeitamente das dificuldades que iria encontrar na Rússia: a juntar à frescura física dos jogadores do Zenit, motivada por 2 meses de interregno, condições climatéricas muito pouco agradáveis, um estádio cheio de adeptos russos a puxar pela sua equipa e um estado de terreno completamente lastimável que faz repensar quanto à postura da UEFA na autorização de jogos de altíssima importância neste tipo de palcos.

Do Zenit as expectativas vinham de encontro a uma equipa que defende e ataca em bloco, um pouco à imagem do estilo de jogo desde sempre promovido por Spalletti, capaz de fechar cerebralmente na defesa e tornar-se impermeável perante perigos como Gaitán e Aimar. Na batalha russa, os jogadores do Benfica honraram o símbolo e até poderiam ter desencantado mais que o 2-3, que, apesar de ser uma derrota não deixa de ser um resultado óptimo para o jogo de lisboa daqui a 2 semanas.

Houve espaço e tempo para tudo: para bons golos, para golos esquisitos (o de Cardoso e o 3º do Zenit) e para um amarelo inconcebível para Aimar que com este amarelo ficará impossibilitado de dar o seu contributo na 2ª mão, pesar para Jorge Jesus que contaria com o 10 para abrir a defesa russa no Estádio da Luz.

Na 2ª mão, prevejo um Zenit a jogar em Lisboa na mesma tarimba do jogo que estes russos foram fazer ao Dragão na fase-de-grupos: a defender muito e bem, a cortar os espaços aos criativos do Benfica, a pedir o envio de bolas aéreas para a sua área onde os seus centrais (Hubocan; Bruno Alves; Lombaerts) são mestres e dão conta do serviço e a sair rapidamente em contra-golpe, onde aliás o Zenit tem dois excelentes motores: Semak e Lazovic.

Aimar não irá jogar e o seu lugar será ocupado por Witsel (se Jesus quiser avançar o belga para fazer de falso Aimar, ou seja, medir os tempos de jogo do ataque do benfica) ou por Gaitán, caso Jesus pretenda que o ala opte por utilizar a sua rápida incursão nas defesas adversárias com a sua velocidade e rasgo de 1 para 1.

Para finalizar, creio que o Benfica irá conseguir na 2ª mão um resultado que lhe permita seguir em frente na prova.

No outro jogo da noite, Wenger deverá ter saído de San Siro com a clara ideia de que “a vida no futebol é mesmo assim”.

Não foi propriamente um bad day at the office, porque Wenger sabia perfeitamente que os seus meninos iriam sucumbir perante a maior experiência dos milagres e perante o claro ascendente de forma do Milan, ainda para mais galvanizado por uma remontada caseira no terreno da temível Udinese no fim-de-semana.

Quando se metem meia dúzia de miúdos frescos nestas andanças ao pé de Seedorfs, Ibras, Boatengs Robinhos e companhia, o resultado é mais que previsível: ora o Sueco, ora o Brasileiro, “comeram de cebolada” a defesa dos gunners e facilmente chegaram à vantagem que lhes permite fazer gestão em Londres.

O primeiro golo de Boateng é um golaço. O Ganês volta em grande forma de lesão. Tem feito uma época brilhante a todos os níveis. No 2º, Sagna estendeu a passadeira a Ibra. Tudo fácil. No ataque, os gunners foram simplesmente inofensivos. Eliminatória resolvida.

Liga Europa:

O Sporting foi à polónia empatar em Varsóvia a 2 bolas. Sá Pinto pôs alguma ordem na casa e esperemos que este empate seja o início de um ciclo de paz dentro do clube. Exibição pobrezinha num terreno difícil que esteve mais para descambar em derrota do que em vitória. Curiosamente, os dois golos leoninos pertenceram a dois dispensados de Domingos que entraram na 2ª parte: Carriço e André Santos. O último fez um golo que jamais se esperava daqueles pés e que efectivamente dá muito jeito para a partida da 2ª mão. No entanto, com este Sporting é preciso sempre utilizar uma intensa dose do factor “cautela” visto que a coisa ainda não está resolvida.

Já o Porto fez um bom jogo contra o Manchester City. Um jogo que se pode dizer que apenas tenha pecado por algumas infantilidades defensivas como a de Maicon (deixou em linha o jogador do city) no lance do 2º golo da equipa de Mancini.
Na primeira parte, o Porto realizou um dos melhores 45 minutos da época. Com Hulk um pouco escondido entre os centrais do City, Lucho pôs ordem no meio campo e foi uma delícia ver o argentino a servir (com passes a rasgar com régua e esquadro) Varela e James nas alas. O golo de Varela é de facto um bom exemplo ilustrativo do bom futebol da primeira parte portista. Depois, imperou o poderio técnico e individual dos ingleses, a sua capacidade de sofrimento e sobretudo a sua capacidade física perante um meio campo portista esgotado.

Do Dragão também surgem notícias da eventual gravidade de uma lesão contraída por Danilo. 18 milhões a voar na enfermaria…

1-2 é um resultado que na minha opinião põe o Porto fora da Europa. Na conferência de imprensa, Vitor Pereira, obviamente, tentou afastar a hipótese de se atirar a toalha ao chão e afirmou que vê os seus jogadores a vencerem por 2-0 em Manchester. Para consumo interno e para aumento de moral dos atletas, é um discurso que qualquer treinador na situação de Vitor Pereira deverá ter. No entanto, na prática, as coisas não são bem assim… O Sporting que se cuide porque é o seguinte.

O Manchester United resolveu a questão no Amesterdam Arena frente ao Ajax. Sir. Alex Ferguson perdeu António Valência numa fase em que o Equatoriano andava (finalmente!!) a fazer boas exibições. No entanto, o resultado obtido supera a ausência de Valência nos próximos encontros. Ashley Young e Chicarito (depois de uma fenomenal jogada de Wayne Rooney) arrumaram com a questão…

Radamel Falcao. What else?

Outros resultados de relevo:

1. A vitória gorda do Metalist Kharkiv no terreno do Salzburg. Muito cuidado com esta equipa da Ucrânia.

2. A vitória fora do Valência no Brittania Row com um golão de Mehmet Topal. Ganhar ao stoke não é tarefa fácil, muito menos no Brittania Row… O Valência meteu o Stoke com um pé fora mas Pennant, Walters e Crouch irão querer ter uma palavra final no assunto no Mestalla.

3. A vitória do PSV Eindhoven em Trabzon contra o Trabzonspor por 1-2.

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Breve comentário aos sorteios da UEFA (equipas portuguesas)

1. Benfica vs Zenit –

Eliminatória de 50%\50%. Os Russos são matreiros. Jogam bem tanto em casa como fora. O jogo da Rússia será decisivo visto que Spaletti deverá encarar o jogo da Luz para um empate com golos. Ao nível de potencial, as duas equipas equilibram-se. Pablo Aimar, Javi Garcia, Danny, Bruno Alves, Artur e Malafeev serão (para mim) os jogadores-chave desta eliminatória. Mesmo assim, aposto numa passagem do Benfica aos quartos-de-final da Champions.

2. Sporting vs Légia de Varsóvia.

Adversário sem grande nome na Europa. O Sporting é claramente favorito mas terá que fazer um bom jogo na Polónia para não ser surpreendido. Na 17ª jornada do campeonato polaco, estão no 2º lugar com 33 pontos e a julgar pelos índices demonstrados ao nível interno (1o vitórias, 3 empates e 4 derrotas; 29 golos marcados e 10 sofridos) tem-se mostrado algo irregulares fora, são o 2º melhor ataque da Liga e não sofrem muitos golos.

No plantel do Légia pautam jogadores experientes (e internacionais) como Michal Zewlakov, Srđja Knežević, o Português Manu (ex-Benfica e Marítimo) Ivica Vrdoljak, Michael Hubnik e o Sérvio Daniel Ljuboja.

3. Porto vs Manchester City

Grandes jogos em perspectivas. Contenders nº1 e nº2 à vitória na mesma poule. O nº1, por uma questão de respeito, atribuo ao Porto. O City é obviamente o nº2, o United o nº3.

Tudo poderá acontecer porque o Porto (apesar do enorme potencial que reconhecemos ao City) é uma equipa que se bate normalmente com qualquer equipa da europa e neste tipo de jogos, os jogadores usualmente motivam-se muito mais do que em jogos contra equipas banais.

4. Sporting de Braga vs Besiktas.

O Braga é finalista vencido da última época e tal e coisa, mas o  Besiktas é uma excelente equipa, com excelentes artistas, com um bom treinador e passa um bom momento de forma tanto a nível interno (3º a 6 pontos do líder Fenerbahce; por esta altura já estava arredado do título) como a nível Uefeiro.

Com jogadores como Manuel Fernandes, Simão Sabrosa, Hugo Almeida, Rusto Reçber, Ibrahim Toraman, Tomas Sivok, Sidnei, Ricardo Quaresma, Fabian Ernst e Edu, Carlos Carvalhal tem que ser ambicioso. E a verdade também tem de ser dita: este Braga de Leonardo Jardim não chega nem aos calcanhares do Braga de Domingos Paciência.

O Besiktas é favorito.

Como o futebol é uma constante evolução e como as rondas da Champions e da UEFA serão em Março, só me arrisco a tecer comentários aos restantes jogos das duas competições lá para Fevereiro, depois de analisados rendimentos e contratações no mercado de inverno.

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Breve resumo e comentário à fase de grupos da Liga dos Campeões.

Grupo A

Festa Napolitana no El Madrigal.

O Nápoles, no ano de regresso à maior competição do futebol europeu, deslumbrou e conseguiu ontem o merecido apuramento para os oitavos-de-final depois de bater o Villareal por 2-0 no El Madrigal.

Depois da vitória no San Paolo frente ao Manchester City no jogo referente à 5ª jornada, bastava à turma comandada por Valter Mazzarri vencer o seu jogo, indiferentemente daquilo que se pudesse passar no City of Manchester. O calendário não podia ter saído de melhor forma aos Italianos. O Villareal apareceu na última jornada como um “triste” último: em má-forma tanto a nível europeu como a nível interno, com problemas de balneário por resolver (Rossi quer voltar a jogar em Itália; Nilmar está para ser vendido para o Brasil; suspeitam-se ordenados em atraso na equipa) e sem qualquer ponto conquistado nos embates contra os italianos, Bayern e City.

Gokhan Inler (na imagem) haveria de abrir o marcador para os napolitanos aos 65 minutos e Marek Hamsik haveria de fechar a contagem 10 minutos depois.

No City of Manchester, os novos milionários do futebol europeu ficaram pelo caminho. O dinheiro pode ajudar à obtenção de resultados, mas felizmente não os compra, ou, se alguma vez os comprou a nível europeu (caso do Marselha) esses clubes foram automaticamente punidos com a perda dos títulos.

O City precisava de bater o Bayern e esperar que no El Madrid o Villareal despertasse da sonolência que se tinha verificado até então.

Num jogo bem disputado, os homens de Mancini cumpriram a sua obrigação perante um Bayern em que Jupp Heynckes aproveitou para poupar alguns dos jogadores mais utilizados e colocar em campo aqueles que têm jogado menos tempo na equipa. Casos de Nils Petersen (reforço que chegou no verão ao Allianz-Arena vindo do Borussia de Moenchagladbach) Ivica Olic, Daniel Pranjic, Takashi Usami (na 2ª parte) Diego Contento, Luis Gustavo e Anatolyi Timoschuk.

O City venceu por 2-0 com golos de Silva aos 36″ e Yaya Touré na 2ª parte.

Contas do grupo terminadas, o Bayern venceu o grupo com 13 pontos, contra os 11 do Napoles, os 10 do City e nenhum do Villareal.

Passo às observações:

1. Num grupo em que se previa uma luta feroz entre as quatro equipas, tivemos um City que não confirmou o seu estatuto de favorito à passagem e o Villareal que se apresentou nos 6 jogos desta fase de grupos como um colectivo muito distante do potencial que a equipa tinha demonstrado nos últimos 7 anos na competição.

2. Como momentos chave  deste grupo destaco:

2.1 – O empate do Nápoles na 1ª jornada no City of Manchester e obviamente a vitória no San Paolo e o empate caseiro frente ao Bayern de Munique.

A equipa Napolitana, tomando em conta o facto de ter um potencial ligeiramente diminuído em relação ao “arsenal bélico” que o City é detentor, sempre denotou uma postura incrível tanto nos jogos contra os Ingleses como nos jogos contra os Alemães do Bayern. O Napoles é uma equipa muito madura, recheada de talentos e com um espírito de luta e sacríficio que é ímpar no futebol italiano. Jogadores como Cavani, Hamsik, Maggio, Inler, Aronica e Lavezzi voltaram a demonstrar que merecem jogar em equipas que tenham mais objectivos do que aqueles que tem o Nápoles neste momento. Mas, como outsiders que irão ser nos oitavos-de-final, arriscam-se (caso voltem a manter o elevado nível de resultados) a ser um enorme quebra cabeça para quem se atravessar no caminho e, efectivamente, creio que o Nápoles tem mais que condições para se bater com qualquer um dos vencedores de grupo e conseguir ir longe na prova.

2.2 – O empate caseiro do City frente ao Nápoles, a derrota no San Paolo e o empate em Munique. Esperava-se mais deste City. O grupo era complicado e a bom da verdade o City conseguiu 10 pontos, algo que em circunstãncias normais garante o apuramento para a fase final da prova. Roberto Mancini não está de parabéns mas também não poderá ser criticado. A equipa peca por ter mostrado muito pouca ambição no jogo decisivo em Nápoles. Ao contrário do que tem vindo a fazer a nível interno (muito caudal de jogo ofensivo, quase sempre bem jogador e com uma eficácia brutalissima) na Champions o City jogou muito, atacou muito mas nem sempre conseguiu o efeito desejado: marcar golos. Acabou eliminado e poderá lutar por um lugar ao sol na fase final da Liga Europa.

2.3 – O Bayern cumpriu. Num grupo difícil, apenas perdeu o jogo em que já estava apurado. Heynckes está de parabéns. Passar 5 jogos sem conhecer o sabor da derrota num grupo com Villareal, City e Nápoles é um feito gigantesco.

3 – Esta champions marca o fim do Villareal como o conhecemos. O submarino amarelo está a ser literalmente desmantelado depois de anos e anos a gastar mais que as suas possibilidades. No verão tinham saído Capdevilla e Cazorla e já na altura se dizia na comunicação social que o clube atravessava problemas enormes. Agora serão Rossi e Nilmar os nomes que poderão abandonar o clube dos arredores de Valência. Um já afirmou que gostava de representar a Juventus a partir de Janeiro, o outro poderá estar a caminho do São Paulo. Internamente, o Villareal já não está em condições de lutar pelos lugares uefeiros. Esta época está a prová-lo, visto que nas primeiras 14 jornadas da competição o Villareal ocupa o modestissimo 15º lugar com 14 pontos.

Grupo B

Seydou Doumbia continua a ser o bombardeiro de serviço do CSKA. Em Milão, o Costa Marfinense que o CSKA contratou em 2010 por 12 milhões de euros ao Young Boys da Suiça, já pagou o investimento ao marcar o golo decisivo dos russos contra o Inter em Giuseppe Meazza que deu a qualificação ao emblema do exército Russo.

O Inter vai de mal a pior. Já não basta a fraca prestação a nível interno. Na Liga dos campeões é certo que venceu o grupo, mas venceu-o de forma algo rastejante quando nada o previa.  Com Lille, Trabzonspor e CSKA os “Interistas” apenas somaram 10 pontos e sentiram enormes dificuldades para os obter.

No jogo de ontem, Claudio Ranieri, optou por colocar em campo uma equipa alternativa, dado a qualificação confirmada do clube para a próxima fase da competição na 5ª jornada. Assim sendo, optou por dar mais ritmo competitivo a jovens como Obi, Phillipe Coutinho, Marco Faraoni e Luca Caldirola e Andrea Rannochia.

Tal efeito pagou-se caro: o CSKA precisava de vencer para alimentar o sonho da qualificação e fez pela vida para o conseguir. Seydou Doumbia aos 50″ e Vasili Berezutski aos 86 garantiram a qualificação para os Russos. Cambiasso marcou o único tento dos milaneses.

No outro jogo do grupo, Lille e Trabzonspor anularam com um empate ambas as hipóteses de qualificação, perfilando o resultado que interessava ao CSKA.

O Lille foi obviamente a equipa que mais tentou fazer pela vida. A jogar em casa, rematou por 14 vezes e teve domínio na posse de bola (62% contra 38%). Mas tal não foi suficiente para marcar um único golo e a defesa até compensou aos turcos: asseguraram o 3º lugar e irão jogar a Liga Europa.

Observações:

1. Como já referi, o Inter teve muitas dificuldades nesta fase de grupos. Rosto visivel de uma equipa onde paira uma enorme indefinição quanto ao presente. A direcção milanesa está a estudar hipóteses a curto prazo. A questão coloca-se apenas no sentido das decisões que se possam tomar: vender os jogadores mais velhos e capitalizar de forma a renovar o ciclo no clube com a entrada de jovens jogadores já em Janeiro que possam desenvolver as suas capacidades na 2ª metade da época tendo em conta a formação de uma equipa mais competitiva na próxima época ou inserir os jovens jogadores que o clube detem (Obi, Crisetig, Coutinho, Faraoni, Caldirola, Alvarez, Zarate, Nagatomo) e apostar que estes se insiram esporadicamente na equipa sob o olhar atento de experientes como Samuel, Cambiasso, Zanetti, Stankovic, Forlan ou Milito? Em Janeiro teremos resposta a esta longa pergunta.

É certo que estes velhos jogadores já não acrescentam mais valia à equipa do que o passar da sua experiência. Alguns deles, estão inclusivamente “parados no tempo” desde que o furacão Mourinho abandonou o Giuseppe Meazza. Se por um lado podem dar a sua experiência aos  mais jovens, por outro, a sua venda (Cambiasso, Chivu, Thiago Motta, Muntari, Forlán, Milito, Maicon, Sneijder ainda são activos muito atractivos a outros clubes europeus) poderá garantir ao clube o capital que necessita para renovar o ciclo do seu plantel com outros jogadores.Outros como Stankovic, Zanetti, Lucio e Samuel são jogadores cujo valor de mercado é actualmente nulo e nem interessa ao clube que saiam tão cedo visto que são enormes mais-valias nesse passar de testemunho à nova geração de jogadores como Obi, Alvarez, Crisetig, Poli, Luc Castaignos, Coutinho, Jonathan e Faraoni.

Creio que acima de tudo, o Inter quererá construir o seu núcleo duro para o futuro em alguns jogadores como Sneijder, Zarate, Pazzini, Obi, Ricky Alvarez, Rannochia e com os jovens que referi no último parágrafo, se bem que o Holandês está cada vez mais longe de permanecer no clube italiano. Para isso, Moratti e seus pares deveriam tomar decisões já em Janeiro, vendendo alguns activos de forma a contratar outros que possam adaptar-se ao clube e formar uma equipa coesa para a próxima época. É certo que em Fevereiro ainda haverá uma Champions para jogar. Mas se pensam que o Inter pode ir longe, creio que tais aspirações são mito.

2. Lille – Esperava-se claramente mais deste Lille. Para campeão Francês em título e com jogadores com a craveira de Eden Hazard, Pedretti, Mavuba, Obraniak, Joe Cole e Pape Sow, esperava-se um rendimento mais aceitável do Lille nesta fase de grupos. Acaba por sair pela porta do cavalo na competição e Hazard torna-se um jogador muito apetecível para os tubarões do futebol europeu atacar já em Janeiro visto que poderá jogar em qualquer competição dessa data em diante. O Manchester United, mesmo apesar da eliminação poderá já estar a fazer contas à vida para saber quanto irá pagar pelo passe do internacional Belga para colmatar uma posição onde este se irá encaixar na perfeição.

3. Seydou Doumbia e Alan Dzagoev – Duas promessas confirmadas do futebol. Não faltará muito para que o CSKA tenha propostas milionárias para arrebatar o que de melhor tem os russos neste momento para oferecer à grande europa do futebol.

4. Resultados que marcam este grupo:

4.1 – A derrota do Inter contra o Trabzonspor em Giuseppe Meazza na 1ª jornada por 1-0 e a consequente vitória na Russia frente ao CSKA por 3-2 num jogo muito sofrido em que Zarate saltou do banco para resolver. Dois resultados inesperados, sendo que o resultado na Rússia acabou por ser decisivo para os milaneses.

4.2 – O empate do CSKA em Trabzon a 0 bolas.

4.3 – A vitória do Lille na Rússia por 2-o ainda deu algum alento aos franceses mas a última jornada traria um empate bastante injusto contra os Turcos do Trabzonspor e consequente eliminação das provas europeias.

Grupo C

Dos valiosos pés de Nico Gaitán surgiu a magia que culminaria no golo de Cardozo e na vitória q.b do Benfica num grupo onde teve uma participação excepcional.

O jogo contra o Otelul Galati serviu efectivamente para isso: arrecadar mais 800 mil euros e confirmar a passagem aos oitavos-de-final na 1ª posição. Dentro de campo, continua a notar-se a diferença do nível exibicional do Benfica sem e com Pablo Aimar. Perdoem-me os Benfiquistas mas tenho que fazer uma ressalva: mesmo com Gaitán em grande forma, sem Pablo Aimar, o Benfica não tem metade do poderio ofensivo.

É ele que distribui jogo, é ele que encontra os espaços onde eles parecem não existir, é ele que fura as defesas quando estas se fecham no seu meio-campo, é ele que joga e faz jogar toda a equipa encarnada. Daí que seja notório que todos os maus resultados do Benfica nesta temporada se dêem quando o Argentino não se encontra dentro das quatro linhas.

O Otelul Galati acabou por ser o “isco fácil” que a UEFA lançou no meio dos tubarões de um grupo onde se previa que o Manchester alcançasse “de cadeirinha” a vitória, o que não veio nem por sombras a acontecer.

De potencial muito limitado, a equipa orientada por Dorinel Munteanu não tem arcaboiço para disputar esta competição e creio que não a disputará tão cedo no futuro.

Em futebol de alta competição, os erros pagam-se caros. Que o diga Alex Ferguson. Esta partida de St Jakob´s Park não foi mais de que o culminar de uma atitude errónea da turma de Manchester na prova e a vitória do querer, do sonho e do saber estar e jogar dos jovens jogadores suiços.

As palavras de Sir. Alex Ferguson na flash-interview que se seguiu à partida resumem efectivamente o que passou com o clube nos 6 jogos desta fase: “Of course we’re disappointed. The last few years have been outstanding and it’s a loss because it’s the best tournament in the world. It’s a marvellous competition. Losing the early goal was a big blow. When you’re away from home and 1-0 down you have a job to do and we didn’t take our chances. It’s big blow for us.”

Passo imediatamente para as observações do grupo:

Sobre o Benfica pouco há a dizer. O Benfica vence o grupo justamente porque foi a melhor equipa nos 6 jogos desta fase de grupos. Alcançou dois empates contra o United, sendo que em ambos os dois empates poderiam ser perfeitamente duas vitórias.

O Basileia é uma enorme surpresa. Em Old-Trafford já tinha dado o ar de sua graça ao colocar em sentido a equipa de Sir. Alex Ferguson. Contra o Benfica, pode-se dizer que a equipa suiça vendeu cara a derrota contra a equipa de Jorge Jesus. Na última jornada, fez das tripas coração e derrotou com classe o Manchester United, eliminando o campeão Inglês da prova.

Este sucesso do Basileia não é propriamente algo que tenha surgido ao acaso. O Basileia é uma equipa que comporta no seu plantel um mix de jovens e experientes jogadores. Pena é apenas que estes jovens jogadores não consigam evoluir muito mais para o clube no futuro pois decerto que serão vendidos no final da época. Falo de Steinhofer, Park Joo Ho, David Abraham, Alexander Dragovic, Cabral, Xherdan Shaqiri, Granit Xhaka, Valentin Stocker, Jacques Zoua e Fabian Frei. O casamento desta emergente geração de talentos da formação do clube e do futebol suiço casou muito bem com jogadores consagrados como Alexander Frei, Marco Streller ou o veteraníssimo Scott Chipperfield. E deste casamento sai um apuramento que é histórico para o clube.

Se eu fosse o director-desportivo de um clube grande europeu, começava a pensar em contratar alguns destes jogadores para a minha equipa. Ressalvas claro para as estrelas da companhia: Xhaka, Shaqiri, Dragovic e Fabian Frei, jogadores que em breve poderão colocar a Selecção Suiça na onda dos bons resultados e das participações em fases finais de Mundiais e Europeus.

Manchester United.

Muito há a dizer sobre a desastrosa participação do United na competição.

Começo pelo evidente: a construção do plantel e o empolgamento nas primeiras jornadas do campeonato. O plantel do United está desiquilibradíssimo. É um facto notório.

Começando pela baliza: Di Gea não está a aguentar a pressão de, para já, ser o substituto de Edwin Van Der Saar. Também é certo que os seus tenros 21 anos estão a ser decisivos para algumas más exibições que o espanhol tem evidenciado e obviamente para a sua progressão no clube no futuro.

Na defesa, Phil Jones foi um jogador muito caro para aquilo se tem visto dele. 22 milhões por um jovem que comete graves erros em todos os jogos em que joga é um risco que terá que ser assumido no presente por Ferguson. Johnny Evans, e os irmãos Da Silva são jogadores que estão a mais neste United. Smalling iniciou a época a todo o gás mas têm vindo a perdê-lo com o decorrer das partidas. Rio Ferdinand está velho, cansado e muito propenso a lesões. Vidic passa mais tempo no estaleiro do que a jogar. Evra tem vindo a decair ano após ano. A estratégia do United deve começar por aí: reformar adequadamente a sua defesa.

No meio-campo, com a saída de Scholes ficou um lapso enorme por emendar: o United não tem um organizador de jogo. Arrisco-me até a dizer que precisa de dois: um que saiba cumprir a função de trinco na perfeição e consiga fazer devidamente a transição defesa-ataque, o que Michael Carrick não faz e nunca fez e que Scholes fazia na perfeição, e outro mais avançado (um 10 puro) que consiga distribuir jogo pelos seus companheiros de ataque e encontrar espaços onde estes parecem não existir. Existem diversos jogadores que cumprem todos os requisitos que lhes são exigidos por semelhantes tarefas: para o primeiro posto, jogadores como Lee Cattermole, Enoh (Ajax) Fernando, Ever Banega, Mario Suarez (Atlético de Madrid), Cristian Ledesma (Lázio) Jack Rodwell (Everton) ou Steve Sidwell (Aston Villa) podem ser soluções viáveis para este United, se bem que o homem da Lazio e Ever Banega serão jogadores que não serão transaccionados por meia dúzia de trocos. Para a 2ª posição, o eleito de Ferguson é efectivamente Wesley Sneijder. É o jogador que encaixa perfeitamente nesta equipa e o Holandês verá com bons olhos uma possível transferência para Old Trafford. Outros como Marek Hamsik, Mario Gotze, Marko Marin, Paulo Henrique Ganso ou Luka Modric, também podem ser alvos desejáveis pelo Manchester United.

No plantel do United, existem diversos erros de casting. Não só os defesas que mencionei mas jogadores como Anderson (Ferguson apostar no brasileiro é bater no molhado) Darren Fletcher (ainda não consigo perceber como tem lugar no United) António Valência (22 milhões??!!) Wellbeck, Federico Macheda (um sonho de uma tarde) e Dimitar Berbatov (é bom, mas já deu para ver que por vezes está a mais).

Indo em concreto ao que se passou dentro das 4 linhas.

Ferguson pensou (qualquer treinador com o plantel que dispõe, com a dureza das provas que disputa em simultâneo, com o potencial em teoria dos adversários que iria enfrentar) em optar pelo rotativismo nesta fase de grupos para conseguir ter o seu plantel fresco para disputar todas as competições deste início de época. Tal rotativismo saiu-lhe obviamente furado: no campeonato dista a 5 pontos do líder; a liga dos campeões já era.

O 2º erro de Sir. foi obviamente ter inventado q.b nos jogos da equipa, adequando a equipa mediante a observação que fez (e que os seus olheiros lhe fizeram) das equipas na contenda: contra o Benfica na Luz optou por um meio campo de cariz mais defensivo, fazendo exactamente o mesmo nos jogos contra Basileia e Benfica em Old-Trafford, aliando tal facto, à poupança de jogos que referi no último parágrafo. Daí que Nani (indiscutivelmente o mais desiquilibrador da equipa) tenha sido relegado para o banco em 3 partidas, 2 delas com a importância que vieram a ter para este falhanço como são as de Benfica (fora) Basileia (casa) e Otelul Galati (fora).

O 3º problema que justifica a eliminação foi a clara atitude de apatia da equipa, exceptuando pequenos trechos de jogo em que o Manchester se viu aflito e tentou minorar as perdas: falo da 2ª parte contra o Benfica em casa e das 2ªs partes contra Basileia em casa e fora. Até contra a modesta equipa Romena do Otelul Galati, a equipa do Manchester venceu sem convencer.

Ferguson apanha assim o 2º escaldão desta época. Na semana passada havia sido a eliminação da Taça da Liga Inglesa frente ao Crystal Palace da 2ª divisão.

Tais factos e eventos culminaram nos resultados chave deste grupo: os empates contra o Benfica (volto a frisar que o Benfica podia ter ganho as duas partidas), o empate caseiro frente ao Basileia e obviamente a derrota de ontem em St. Jakob´s Park.

O Manchester salta para a Liga Europa e é obviamente para já o contender nº1 à conquista da prova. Mas, na Liga Europa, as coisas não costumam ser famosas para os clubes que saem da champions, por isso, tudo poderá acontecer.

Grupo D

O Real Madrid cumpriu o seu pleno nesta fase de grupos. 18 pontos com um score de 19-2.

Com Mourinho a aproveitar, em véspera de derby, para voltar a dar tempo aos menos utilizados (Nuri Sahin, Kaka, Esteban Granero, Raúl Albiol, Raphael Varane, Callejón, Hamit Altintop e o Português Pedro Mendes, jovem emprestado pelo Sporting ao Real) e para aproveitar para testar novamente Fábio Coentrão na direita tendo em conta a preparação do teste de sábado contra o Barcelona.

3-0 com golos de Callejón (2) e Higuaín num jogo (numa jornada, diria) envolta em polémica e que ainda poderá dar muito que falar.

1º pelos dois golos mal-anulados ao Ajax, que davam qualificação mesmo apesar de uma eventual derrota por 3-2.

2º pelo jogo de Zagreb, do qual falei mais à frente.

O Ajax fica pelo caminho, mas do pouco que vi desta equipa fica pelo caminho com a sensação de que poderia ter alcançado a qualificação, graças ao bom futebol (ao estilo holandês) que pratica. Os Holandeses tem novamente uma boa geração de jogadores para exportar, casos de Enoh, Erikssen, Lorenzo Ebecilio, Vurton Anita, Gregory Van der Wiel, Jan Vertonghen, Daley Blind, Nicolás Lodeiro e o inevitável Miralem Sulejmani. Outro facto que pude constatar é que dos 18 convocados por Frank De Boer para esta partida, os dois mais velhos neste plantel do Ajax são Dimitry Bulykin (32 anos) e Theo Janssen com 30. O 3º mais velho é o guarda-redes Vermeer e mesmo este já tem 6 épocas na equipa principal do clube de Amesterdão.

Não tenho palavras para descrever aquilo que se passou em Zagreb tal é a confusão que me ocorre na cabeça.

As contas do grupo eram simples: o Ajax passava se vencesse o Real. Passava se empatasse, passava caso o Lyon não vencesse na Croácia e passava caso perdesse 1-o e o Lyon vencesse por mais de 6 golos de diferença. O Ajax veio a perder 3-0 (score 6-6) e o Lyon venceu por 7-1, passando o seu score na competição de 2 (sim, 2!!!) golos marcados até então para um parcial de 9-7.

Em primeiro lugar não percebo como é que uma equipa conquista 8 pontos nesta prova e até à última jornada só tem 2 golos marcados, marcando 7 no último.

Depois, o jogo de Zagreb é recheadissimo de causalidades: em Amesterdão, o Ajax vê 2 golos mal-anulados que eram mais que suficientes para o seu apuramento. Em Zagreb, o Lyon (equipa que não anda a jogar nada esta época; equipa que tirando Gomis, Michel Bastos, Lisandro Lopez, Anthony Reveillère, Aly Cissokho e Yoann Goucourff não tem nada de jeito; equipa que na Ligue 1 em 16 jornadas já perdeu por 5 vezes e empatou outras 2, ocupando o 4º lugar a 7 pontos do líder Montpellier) começa a perder o jogo frente ao Zagreb aos 40″, consegue empatar aos 45 por Gomis e na 2ª parte, imagine-se consegue marcar 4 golos num espaço de 7 minutos, precisamente nos primeiros 7 minutos da 2ª parte.

Ou das duas uma: ou o jogo foi viciado (algo que já está sob investigação pelas autoridades francesas e pela própria UEFA, como se pode ver a partir destas notícias do Jornal Público aqui e aqui) coisa que não quero acreditar, mas que depois do escândalo Calciocaos em 2006 em Itália e nos pressupostos subornos que se faziam ao director-geral da Juventus de então (Luciano Moggi; entretanto condenado e banido temporariamente do futebol italiano) e a alguns atletas da Vecchia Signora como Buffon, Emerson, Zlatan Ibrahimovic e Fabio Cannavaro para que o clube fosse eliminado nos oitavos-de-final da Champions em 2006 pelo Werder Bremen (resultado que seria benéfico a uma casa de apostas pela quantidade de apostadores que tinha apostado no resultado contrário e resultado que praticamente se veio a consumar não fosse o facto de Emerson ter marcado um golo no último minuto num erro do guarda-redes alemão Tim Wiese que diga-se, quem tiver acesso a essas imagens poderá ver que o então internacional brasileiro não festejou um golo que dava o acesso aos quartos-de-final) me elucida que efectivamente existem outros interesses extra desportivos no futebol e não se deve colocar de parte um eventual cozinhado deste resultado do Lyon com a ajuda da equipa Croata, ou então foi tudo limpinho e os jogadores do Lyon mereceram os 7 golos.

No resumo da partida, necessitando para tal de comparar com o jogo que o Zagreb fez na 5ª Jornada em Santiago Bernabéu em que também foi goleado, reparei noutro aspecto interessantíssimo: em Madrid, o Real iniciou a goleada na 1ª parte, mas os jogadores do Zagreb, a jogar fora, até quiseram dar o ar da sua graça e na 2ª parte foram à procura de golos e conseguiram dois. Em Zagreb, os jogadores até inauguraram o marcador e depois do 2-1 e do 3-1 por parte do Lyon pura e simplesmente desinteressaram-se do jogo, havendo jogadores que não faziam qualquer oposição aos jogadores franceses.

Será obviamente um novelo que caberá à UEFA desvelar, para bem do jogo limpo que o organismo tanto preconiza e para bem da verdade no futebol.

Contas feitas: o Real e o Lyon passam aos oitavos-de-final, enquanto o Ajax vai para a Liga Europa. Era portanto o resultado que se previa neste grupo.

O Zagreb é daquelas equipas que se espera não voltar tão cedo à Liga dos Campeões. Pela espectacularidade que se quer na competição. 3 golos marcados e 23 sofridos é algo ridículo para uma equipa que disputa a Champions. É quase uma média de 4 golos sofridos por jogo.

Grupo E

Depois de uma semana complicada pela derrota na Taça da Liga frente ao Liverpool (outra vez) André Villas-Boas recebeu 2 novos balões de oxigénio: no sábado, a vitória em Newcastle por 3-0 e na terça-feira a vitória também por 3-0 frente ao Valência, com a consequente passagem do Chelsea aos oitavos de final da champions.

Pelo que vi, vi um Valência muito acutilante que tentou planar o seu futebol em Stamford Bridge mas não conseguiu aproveitar as suas oportunidades, e o Chelsea, do outro lado, a sair em venenosos contra-ataques e a consequir marcar todos os seus golos por culpa de erros dos defesas de ocasião do Valência.

Digo defesas de ocasião, vistos os problemas que os dois defesas Portugueses (Ricardo Costa e Miguel) estão a ter com o treinador Unai Emery.

Vamos por partes:

1. Ricardo Costa e Miguel estão castigados internamente pelo seu treinador. Ricardo Costa mantem um diferendo com Emery por algumas declarações menos conseguidas em que criticava as escolhas do seu técnico; Miguel, como é habitual, cumpre castigo interno por ter chegado atrasado a um treino.

2. A defesa que o Valência apresenta em Stamford Bridge, num jogo decisivo para as aspirações da equipa na prova, e, perante o potencial que é inegável do Chelsea, sem Ricardo Costa e Miguel chega quase a ser anedótica: Alberto Barragán, Adil Rami, Victor Ruiz e Jordi Alba. Tirando o Francês que os valencianos foram buscar ao Lille, os restantes são jogadores cuja qualidade é claramente duvidosa e sobretudo jogadores com pouca experiência para este tipo de jogos.

Caricato é, que serão Victor Ruiz e Barragan os grandes obreiros dos dois primeiros golos dos Blues na partida. Emery deve-se ter lamentado das suas rigorosas tomadas de opção e o Valência, apesar do bom jogo que fez (Soldado dispôs de uma oportunidade de golo; Albelda fabricou um golo praticamente feito num remate de longe que só um Petr Cech super inspirado travou num voo colossal) foi encaminhado para a Liga Europa.

Qual fénix renascido do mundo dos mortos, Didier Drogba volta-se a assumir como a primeira escolha para a frente de ataque do Chelsea, mesmo perante o espectro mais que iminente de saída do Chelsea (pode-se dar em Janeiro para o Qatar ou para a Rússia) dado que o Costa-Marfinense termina contrato no fim da época.

Oriol Romeu voltou a ser titular no Chelsea; André Villas-Boas parece estar apostado em dar mais jogo ao jovem médio que os Blues foram buscar por 5 milhões à cantera do Barcelona.

No outro jogo do grupo, o Leverkusen (apurado) empatou com o Genk a 1 bola. Golos de Jelle Vossen para os Belgas e Eren Derdyok para os Alemães.

O Valência ficou pelo caminho num grupo onde era dado como favorito à passagem. Os Valencianos caem de pé e mesmo apesar desta eliminação, continuam a realizar uma boa temporada.

O Chelsea passa o grupo com algumas dificuldades. Dificuldades essas que estão a seguir a tendência destes primeiros meses de AVB no clube. Creio que só haverá espaço para os blues melhorarem a sua equipa e acredito que em Janeiro poderão chegar mais reforços de peso a Stamford Bridge. Fala-se também que David Luiz poderá estar de saída do clube, depois de ter sido contratado em Janeiro ao Benfica. A Juventus poderá ser o destino do central brasileiro.

O Leverkusen foi claramente o outsider do grupo. Não quero com isto dizer que a equipa alemã não tenha potencial para tal. Uma equipa com jogadores como Ballack, Derdyok, Kiessling, Schurrle, Simon Rolfes, Lars Bender e Manuel Friederich não se pode dizer que seja uma equipa banal. O Leverkusen mostrou-se nesta fase de grupos como uma equipa agressiva (bem ao jeito alemão), persistente e acabou por se dar bem.

Como momentos deste grupo, ficam na retina o empate do Valência na Bélgica contra o Gent a zero bolas, o empate entre Valência e Chelsea no Mestalla a 1 bola num jogo em que o Valência poderia ter obtido a vitória, o empate do Chelsea na Bélgica contra o Gent e a vitória do Leverkusen em casa frente ao Chelsea no último minuto com uma cabeçada triunfante de Friederich.

 

Grupo F

O Olympiacos venceu por 3-1 o Arsenal. Arsène Wenger optou por fazer descansar alguns jogadores e colocar em campo outros menos rodados como Lukasz Fabianski, Alex Oxlade-Chamberlain, Sebastian Squillaci, Johan Djorou, Emmanuel Frimpong (mais um talento que Wenger tem aqui para trabalhar) Marouane Chamakh, Francis Coquelin e Yossi Benayoun. Seria o Israelita a marcar o golo dos Gunners.

Contudo, a vitória dos Gregos não foi suficiente para segurar mais do que a Liga Europa.

Jogo épico no BVB Stadium em Dortmund. Aos 85″, o Marselha estava fora da competição. Em 2 minutos tudo se alterou.

Depois de 2 golos da equipa alemã na 1ª parte (Błaszczykowski e Hummels), Loic Remy fechou o primeiro golo com o 1-2 para os Franceses. Andre Ayew aos 85 e Mathiew Valbuena aos 87 marcaram dois grandes golos que deram apuramento ao clube

Uma única observação: Com um grupo muito equilibrado, o Arsenal venceu com 11 pontos. Marselha, Dortmund e Olympiacos lutaram até ao fim pelo apuramento (se bem que as chances do Dortmund no último jogo eram quase nulas) mas no entanto, os campeões alemães decepcionaram-me com os resultados obtidos. Esperava muito mais deste Dortmund, mas, estes resultados também reflectiram o mau arranque de época que a equipa fez e cujos estragos (pelo menos a nível interno) estão a ser minorados. O Olympiacos vai para a Liga Europa, depois de merecer algo mais que o 3º lugar.

 

Grupo G

O jogo da desgraça no grupo da desgraça.

Contra o Zenit, o Porto exibiu-se a altíssimo nível. A sorte não bafejou os portistas num dos melhores jogos da época para a equipa de Vitor Pereira.

O Porto cai de pé na Champions, mas fica o amargo da boca de não ter passado esta fase de grupos. Isto porque era a equipa mais bem cotada e diga-se a bom da verdade, com o maior potencial das 4. Quis a própria competição que uma frágil equipa, de nome APOEL, ressuscitasse do mundo “dos chamados coitadinhos da europa” e conseguisse (com as armas que dispõe) ombrear com as restantes equipas, alcançando um apuramento que se deve considerar como histórico e estóico.

O Porto fez tudo bem. Circulo bem a bola, optou por uma estratégia de jogar pelos flancos, Hulk desiquilibrou várias vezes na direita e James Rodriguez voltou inclusive a aparecer depois de uma má fase exibicional. Faltou apenas o golo, golo esse, negado algumas vezes por uma besta de baliza chamado Vyacheslav Malafeev.

O Zenit limitou-se a aplicar o que ia na cabeça de Luciano Spalletti. Todos conhecemos perfeitamente os treinadores italianos. Todos conhecemos as estratégias que utilizam em alturas em que urge defender um resultado específico. Spalletti foi pragmático: necessitava de um empate. E veio ao Porto para jogar para o empate. Colocou o Zenit em campo sem uma única referência de área: Danny e Lazovic eram os homens mais adiantados. O meio campo foi reforçado com as inclusões de Shirokov, Faizulin, Semak e Denisov e posteriormente, já na 2ª parte com Bruno Alves à frente dos defesas e Konstantin Zyryanov. A missão era claramente a de tapar as alas do Porto, mas duas grandes exibições de Hulk e James furaram em certa medida o pensamento do treinador dos russos.

O Porto deve-se lamentar com as perdidas de James e de Djalma, as duas na cara do guarda-redes. Nem as substituições com a entrada de Kléber e Silvestre Varela trouxeram felicidade ao clube da invicta. Tal facto, acentua cada vez mais a necessidade do Porto se reforçar no mercado com um bom ponta-de-lança.

Olhando para as estatísticas do jogo, não consigo perceber como é que o Porto deixou fugir este jogo. 25 remates (9 dos quais à baliza), 10 cantos, 58\42 em posse de bola. Domínio territorial de 68% no meio campo do Zenit. Mas o futebol é assim mesmo…

No outro jogo do grupo, o APOEL perdeu em casa por 2-0  contra o Shaktar Donetsk. Luiz Adriano e Seleznyov marcaram os tentos da despedida dos Ucranianos das competições europeias nesta temporada.

O grupo 6 termina assim com o APOEL como vencedor do grupo e o Zenit como segundo. Volto a repetir que foi um apuramento histórico por parte dos cipriotas.

Como momentos chave deste grupo são de realçar:

1. A vitória do APOEL em Nicósia sobre o Zenit por 2-1 na 1ª jornada. Desde então, o APOEL aparece na disposição de não ser o bombo da festa do grupo.

2. A derrota na Rússia do Porto contra o Zenit. Um jogo para esquecer. Na mesma jornada, o APOEL vai “sacar” um empate à Ucrânia a 1 bola num jogo onde esteve a vencer por 3 minutos.

3. O empate do Porto em casa contra o APOEL quando se exigia uma vitória e a consequente derrota no Chipre, onde a equipa do APOEL defendeu praticamente o jogo todo (de modo organizado é verdade) e onde conseguiu vencer nos minutos finais com um golo de contra-ataque que podia ter sido evitado pelos portistas.

4. O empate entre Zenit e APOEL na Rússia. Mais uma vez o APOEL mostrou garra e crença na qualificação.

5. O empate no Dragão entre Porto e Zenit.

 

Grupo H

Sem muito para dizer neste grupo.

Tudo praticamente resolvido. Apenas existia a dúvida se seria o Viktoria Plzen ou o BATE a seguir para a Liga Europa. Será o campeão checo, possível adversário do Sporting.

No Barcelona vs BATE Borisov, Guardiola convocou 18 jogadores onde figuravam apenas 6 da equipa principal (Andreu Fontás, Pedro Rodriguez, Pinto, Maxwell, Thiago Alcântara e Gerard Piqué) 3 que já vem sido chamados regularmente à equipa principal (Isaac Cuenca, Marc Muniesa e Jonathan dos Santos) e outros 9 recrutados entre a equipa B do clube, com destaque para Marti Montoya, Martí Riverola, Sergi Roberto, Marc Bartra, Rafinha, Kiko Fermenia e Gerard Deulofeu.

Os miúdos deram bem conta do recado, já jogam o tiki-taka e despacharam os pobres Bielorussos do BATE (que tem nas suas fileiras Mateja Kezman) por 4-0 com golos de Pedro (2) Sergi Roberto e Montoya.

Um bom prémio para a geração do futuro dos Catalães.

No outro jogo, Plzen e Milan empataram a 2 bolas. Max Allegri também jogou com poupanças. Actuaram jogadores como Taiwo, Mexés, Pato (para ganhar ritmo competitivo após lesão) Ambrosini, Bonera, Emanuelson, Mattia Di Sciglio (jovem da cantera do Milan) e Bryan Cristante.

Alexandre Pato e Robinho colocaram os milaneses em vantagem aos 47 e 48″ mas um ímpeto final demolidor do Viktoria haveria de restabelecer a igualdade com golos de Bystron e Duris mesmo ao cair do pano.

Este grupo não merece grandes considerações visto que o resultado final era o que se previa: Barcelona em primeiro, Milan em 2º, ambos sem grandes dificuldades.

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futeboladas

Vitor Pereira salvou um matchpoint, ontem, contra o Shakhtar Donetsk, num jogo muito díficil que Hulk desbloqueou.

O Porto mantem-se assim na luta pelo apuramento, sabendo de antemão que o jogo contra o Zenit São Petersburgo no Dragão daqui a 2 semanas será crucial e obviamente, dotado de um grau de dificuldade enorme.

Para isso, em muito valeu a sorte que o Porto teve no jogo da Ucrânia. Recebeu duas bolas nos ferros, uma em que Hélton foi inteligente ao jogar a bola para fora e outra na primeira parte, onde o mesmo estava a guiar com os olhos o colocadíssimo remate disferido por Luiz Adriano, jogador que pelo que vi ontem, merece muito mais do que jogar neste Shakhtar e tem lugar de caras no “escrete”.

Valeu portanto a atitude demonstrada pela equipa portista. O Porto nunca desistiu da vitória, e mesmo perante as claras oportunidades de golo dos Ucranianos, mostrou a maturidade que tão bem conhecemos aos seus jogadores. Hulk fez o resto, marcando aquele golo abriu caminho para a vitória.

Vitor Pereira respirou de alívio. Esta vitória alimenta o sonho do clube ainda se qualificar para os oitavos-de-final, garante pelo menos a passagem à Liga Europa e dá mais uma almofada ao técnico portista numa altura crítica e na antevisão de mais um jogo muito complicado já no domingo contra o Sporting de Braga, onde o Porto pode começar efectivamente a vencer caso os dois rivais de Lisboa empatem no derby de sábado ou um deles perca pontos.

Horas antes do FC Porto jogar na Ucrânia, a festa foi cipriota em São Petersburgo.

O modesto APOEL foi empatar à Rússia e garantiu a qualificação para a próxima fase da Champions. É certo que esta equipa Cipriota (que atenção, nem tem uma má equipa) bafejou em muito do sorteio desta fase de grupos, calhando num grupo sem um gigante europeu. Todavia, existe sempre a contrapartida de, por antemão, se prever um grupo muito renhido dado o valor semelhante das equipas na contenda. No entanto, quem imaginava que este APOEL (uma das equipas mais frágeis desta fase e também uma das equipas beneficiadas pelo novo modelo de Platini para a competição) iria passar o seu grupo, ainda mais pela forma categórica com que se bateu contra todas as equipas?

No jogo de São Petersburgo, o APOEL limitou a aplicar a receita que deu frutos no empate obtido no Dragão na 3ª jornada e na vitória perante os Portistas em Chipre: colocaram o “autocarro” em frente à sua baliza, deram o domínio da posse de bola aos Russos (63%\37%) sem no entanto descurar uma organização defensiva ímpar que levou por exemplo à noite desinspirada do Português Danny e conseguiu perecer a 18 investidas do Zenit à sua baliza (7 remates à baliza e 11 remates para fora). Os Cipriotas só conseguiram fazer um remate (para fora) durante os 90 minutos da partida.

O APOEL está portanto de parabéns, e dentro das equipas de países com menos expressão no futebol europeu que beneficiam do novo modelo da champions (os campeões dos países com menor ranking\coeficientes por clubes da UEFA não disputam nas pré-eliminatórias jogos contra equipas não-campeãs tendo portanto 5 vagas directas) é excepção à regra do desastre que tem sido as campanhas de Genk (Bélgica; ontem levou 7 no Mestalla do Valência) BATE Borisov (Bielorússia) Croácia Zagreb (Croácia) e Viktoria Plzen (República Checa).

As contas finais do grupo irão fazer-se na próxima jornada, com o Porto a receber no Dragão o Zenit, necessitando obrigatoriamente de vencer os Russos para se apurar. O APOEL recebe o já eliminado (das competições da UEFA) Shakhtar com a hipótese de assegurar a primeira posição do grupo. O APOEL consegue o primeiro lugar se:

1. Vencer o Shakhtar.

2. Empatar com o Shaktar e o Zenit empatar com o FC Porto.

Grupo H

O Viktoria Plzen foi vencer à Bielorússia o BATE Borisov por 1-0 (golo do médio Bakos aos 42″) garantindo praticamente o apuramento para a Liga Europa como 3º classificado do grupo.

Os Bielorussos podem lamentar-se das muitas oportunidades de golo que desperdiçaram durante a partida. Bastava-lhes apenas o empate para garantir essa posição.

De realçar, também considero o facto de ter visto Pavel Horvath em campo. Para quem se lembra, foi um médio centro Checo que passou pelo Sporting há muitos anos atrás. Aos 36 anos, o esquerdino ainda é titular no campeão checo em título.

Em San Siro, o Barça confirmou o primeiro lugar deste grupo, depois de um grande jogo de futebol que iria terminar com a vitória dos Catalães por 3-2.

Foi de facto um cheirinho do bom futebol e do equilíbrio entre equipas do topo do futebol europeu que iremos ver daqui em diante na competição.

Pelo pouco que vi da partida, do lado do Milan gostei das exibições de Zlatan Ibrahimovic (muito picado por estar a jogar contra o Barcelona semanas após o lançamento do seu livro onde tece duras críticas à estrutura do clube catalão e em particular ao seu treinador Pep Guardiola). Ibra haveria de marcar o 1º golo dos Milaneses, golo que aos 20″ deu o empate depois de um golo do Barça obtido por auto-golo do Holandês Mark Van Bommel.

Ainda no lado dos milaneses, também gostei das exibições de Kevin-Prince Boateng (este Ganês é um jogador que enche as medidas de qualquer um, principalmente pela forma como mexe com a bola e com a capacidade genuína que tem em colocar centros longos para a área que normalmente geram aflição para a equipa adversária) e de Clarence Seedorf (quanto mais velho está mais o gosto de o ver jogar!).

Guardiola encarou o jogo de Milão com algumas reservas, visto que o mesmo apenas decidia o vencedor do grupo e não o apuramento. Daí ter optado por colocar alguns jogadores cujo tempo de jogo não tem sido muito neste primeiro terço de época. Assim sendo, o treinador dos Catalães deu a titularidade a Éric Abidal, Thiago Alcântara e Seydou Keita, deixando no banco Gerard Piqué em prol da colocação de Mascherano como central, como aliás tem sido “quase-norma” no conjunto catalão sempre que um dos centrais não se encontra a 100% do ponto de vista físico.

Tais alterações não mexeram por completo na forma de jogar do Barcelona e tanto Xavi como Lionel Messi como David Villa tiveram que suar para levar de vencida a turma de Max Allegri.

Grupo F

Mais uma vez, Robin Van Persie foi o “Robin dos Bosques” de Arsène Wenger. Duas grandes finalizações “mataram” o apuramento para os Gunners e catalogaram ainda mais este Holandês como o melhor que este Arsenal tem para oferecer (e decerto que a demanda pelos seus serviços tenderá a aumentar nos próximos dois meses; fala-se de City, United, Chelsea, Milan e Barcelona) e aniquilou quase por completo as esperanças dos campeões alemães em título em se qualificarem para a próxima fase, o que de facto é uma pena pois este Dortmund é capaz de fazer muito melhor que o Marselha e que o Olympiacos. Um dos motivos que levou o Dortmund a não passar este grupo foi obviamente a ausência em alguns jogos (entre os quais este) de jogadores importantes na manobra da equipa como é o caso de Sven Bender, Mario Gotze, Lucas Barrios e o defesa-central Neven Subotic. Uma equipa que não apresenta estes 4 jogadores em simultâneo em nenhum dos jogos desta campanha, parte claramente em dificuldades em relação aos adversários.

A exibição do Holandês foi tão grande que Jurgen Klopp, treinador do Dortmund não hesitou em gabar o internacional pela laranja mecânica: “Robin van Persie, wow, what a performance, what a player. He’s certainly one of the best in Europe”.

No outro jogo do grupo, os Gregos do Olympiacos foram fazer pela vida ao Vélodrome em Marselha. A equipa comandada pelo espanhol Ernesto Valverde safou o matchpoint que se jogava em Marselha vencendo a equipa da casa por 1-0 com um extraordinário golo do jovem médio ofensivo internacional Helénico Giannis Fetfatzidis aos 82″.

Nesta equipa Grega, pelo que vi do resumo da partida, conseguiu aguentar de forma estóica as investidas dos Marselheses e deve dar graças pelo resultado não só ao excelente golo do seu organizador de jogo mas como às boas exibições dos centrais Marcano e Torossidis e do avançado Djebbour.

Analisando este grupo e a próxima jornada:

O Arsenal já está qualificado e com o primeiro lugar assegurado. O Marselha é 2º com 7 pontos, o Olympiacos 3º com 6 e o Dortmund 4º com 4.

Na próxima jornada, o Olympiacos irá receber o Arsenal e as chances de qualificação aumentam não só pelo Marselha ter que viajar à Alemanha para defrontar um Dortmund que ainda aspira a conseguir a qualificação ou para os oitavos de final da prova ou para a Liga Europa, mas também porque Arsène Wenger poderá poupar muitos jogadores importantes nos Gunners para tentar relançar o clube ao nível interno.

Eis os cenários possíveis das complexas contas deste grupo:

1. O Marselha passa caso vença o Dortmund na Alemanha, indiferentemente do resultado do Olympiacos. Em caso de derrota dos Alemães, o Olympiacos garante o lugar na Liga europa.

2. O Olympiacos necessita da tal derrota dos Marselheses ou do empate para passar, ou do empate no jogo contra o Arsenal caso o Dortmund vença o Marselha (os Gregos tem 1-1 nos jogos contra o Marselha e 3-2 na série contra o Dortmund) desde que os Alemães vençam os Franceses por vantagem de 3 golos. Na última situação por mim evidenciada, o Olympiacos passa, o Marselha vai para a Liga Europa e o Dortmund, mesmo apesar de uma vitória por 3 golos é eliminado.

3. O Borússia de Dortmund precisa de vencer o Marselha por 4 golos de diferença (perdeu 3-0 no 1º jogo) e “per si” este resultado não chega pois necessita que o Arsenal vença na Grécia.

Grupo E

Villas-Boas vai de mal a pior.

O Chelsea teve o pássaro na mão para vencer em Leverkusen e foi traído por uma exibição categórica de Michael Ballack.

Com um golo de Drogba no início da 2ª parte, os Blues subestimaram claramente a resposta do adversário e recuaram no terreno para defender a magra vantagem. Erro claro numa competição como a Champions League que denota acima de tudo que a equipa de Villas-Boas está a jogar sobre brasa.

O Leverkusen de Robin Dutt não se deu como vencido e nos 20 minutos finais foi lá para a frente em busca de algo que lhe pudesse ser útil nas contas deste grupo. Conseguiu empatar aos 73″ por Eren Derdyok (na primeira vez que tocou na bola 2 minutos após a sua entrada em jogo) e com um espírito de abnegação enorme ao empate conseguiu chegar à vitória em tempo de descontos com um golo do defesa Manuel Friederich a passe de Michael Ballack, um antigo “blue”…

Vitória justíssima para o Leverkusen, equipa que está a fazer das tripas coração para fazer valer a sua falta de potencial em relação a Valência e Chelsea com um espírito de luta e sobrevivência tremendo e balde de água fria para um Chelsea que não tem mostrado rigorosamente nada em todos os jogos deste grupo e que como tal, arrisca-se claramente a ir parar na 2ª liga do futebol europeu.

O Leverkusen arrisca-se a vencer um grupo que era talhadinho aos “blues”.

Mais uma vez, e porque não me canso de referir, um baile de Roberto Soldado e companhia para Platini ver.

Hat-trick do avançado, confirmando a época de excelência que o mesmo está a fazer e que também já referi no último post em que abordei a liga espanhola.

O Valência recuperou muito bem do desaire caseiro frente ao Real Madrid. Desaire injusto diga-se a bom da verdade desportiva. Deu 7 ao campeão belga em casa e alimentou as hipóteses da qualificação.

Jonas, Pablo Hernandéz, Aduriz e Tino Costa marcaram os restantes golos dos “Ché”.

Arrisco-me a dizer que perante o potencial que o Valência tem neste momento (jogadores como Maduro, Topal, Rami, Costa, Soldado, Aduriz, Jonas, Piatti, Banega, Canalez, Diego Silva, Albelda, Parejo) se fosse possível juntar três vedetas que saíram nos últimos anos para clubes de maior nomeada (Silva, Villa e Mata) este Valência poderia efectivamente lutar pelo título da Liga Espanhola e marcar uma sólida posição na maior competição da UEFA. No entanto, as graves dificuldades financeiras pelas quais o clube tem passado nos últimos anos obrigaram a que a direcção tivesse que vender uma jóia da coroa por temporada para saldar o enorme passivo que o clube chegou a apresentar (cerca de 500 milhões de euros). É de espectar que os valencianos tenham que vender jogadores como Banega ou até mesmo Soldado nos próximos lances de mercado de transferências.

Resumindo e concluíndo, estamos perante mais um grupo onde o suspense da qualificação irá perdurar até ao último minuto da última jornada: O Leverkusen lidera com 9 pontos, o Chelsea e o Valência tem 8, com vantagem neste momento para os Blues.

O Chelsea recebe o Valência em Stamford Bridge num jogo que se prevê que seja de loucos enquanto o Leverkusen desloca-se ao terreno do desamparado Genk.

1. O Leverkusen apura-se como vencedor do grupo caso vença os Belgas, ou empate, concretizando-se um empate no embate entre Chelsea e Valência.

2. O Chelsea apura-se e vence o grupo caso vença o Valência e o Leverkusen não ganhe e apura-se em 2º com uma vitória.

3. O Valência apura-se e vence o grupo caso vença o Chelsea e o Leverkusen não vença.

4. Em caso de empate em Londres e derrota do Leverkusen, o Valência apura-se pois tem vantagem sobre o Leverkusen nos jogos realizados entre si assim como o Chelsea nos jogos realizados com o Bayer.

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futeboladas

Vi 4 jogos em sistema de zapping. Manchester United vs Benfica, Napoli vs Manchester City, Real Madrid vs Dinamo de Zagreb e Bayern de Munique vs Villareal

Empate com cheirinho a vitória em Old Trafford, num grande jogo de futebol.

Exibição muito solarenga do Benfica que valeu praticamente a qualificação para a próxima fase no 1º lugar do grupo! Exibição personalizada tanto na defesa como no ataque. O Benfica capitalizou muito bem os erros do Manchester United e o Manchester United continua a jogar bastante mal.

Ferguson voltou a inventar. Não sei se é inventar ou se Ferguson tem mesmo um oráculo que lhe permite saber antecipadamente que vai conseguir passar este grupo a jogar com tácticas erradas e com jogadores trocados nas suas posições. O Manchester United anda nitidamente a jogar todos os jogos da Champions com equipas de 2ª linha ou com jogadores de 1ª em posições que não são as suas. Já foi assim na Luz – em Manchester repetiu-se a dose.

A começar pela baliza: Di Gea é o responsável pelo 2º golo do Benfica. Na defesa, Phil Jones ainda não justificou em nada os 22 milhões que o United deu por ele ao Blackburn e Rio Ferdinand já não serve para todas as encomendas. No meio campo, Ferguson volta a apostar no duplo pivot defensivo constituído por Carrick e por Fletcher. Fletcher é um jogador nulo e cada vez mais acredito que só tem espaço no plantel do United porque é Escocês. À sua frente um Ashley Young que não rende nada no meio comparado com aquilo que rende numa ala, um Nani à esquerda que só não fez mais porque Maxi Pereira recorreu à agressividade e muitas vezes à falta para parar o extremo português e à direita Valência, outra nulidade neste Manchester United. Na frente Dimitar Berbatov, foi uma boa aposta para este jogo pela exibição que o Búlgaro fez e pelo golo que marcou, mas com a sua mania de adornar os lances poderia ter feito muito mais na 2ª parte.

Este United continua a revelar um défice claro: não tem um organizador de jogo.

Na equipa do Benfica, o segredo deste jogo residiu na forma como se defendeu. A defesa esteve impecável. Enquanto Luisão esteve em campo, o Manchester não ganhou o jogo aéreo na área encarnada. Pelo chão, o Manchester demorava muito a rematar à baliza. Witsel e Javi Garcia estiveram muito bem no apoio aos laterais para conter os ímpetos tanto de Nani e de Valência como para controlar as subidas em apoio dos laterais Fábio e Evra. Quando foi preciso, até Rodrigo e Pablo Aimar estavam na entrada da área a impedir que as segundas bolas do United fossem transformadas em tiros de meia-distância.

No ataque, o Benfica marcou porque aproveitou duas falhas da equipa adversária. Jorge Jesus tem razão quando diz que o Benfica tem como forte o contra-golpe. O contra-golpe do Benfica é muito forte porque Pablo Aimar o torna muito forte, Nico Gaitan é um jogador arrasador no 1 com 1 e Rodrigo é um avançado muito mais móvel que Cardozo. É certo que o golo madrugador do Benfica teve uma influência crassa no jogo: quem se põe a vencer o United em casa aos 3″ arrisca-se obviamente a fazer tremer os comandados de Ferguson. O Benfica fez tremer o United, muito embora os primeiros 10 minutos da 2ª parte tenham sido um autêntico massacre à baliza de Artur, que mais uma vez fez uma exibição de alto gabarito.

Declarações de Sir. Alex Ferguson no flash-interview: “It’s a cruel game at times. With their goal coming so early it really took the wind out of our sails. But when we got going we got tempo and we played really well and we should have been three up at half time. We conceded two freakish goals. We played very well tonight, some really good football so I can have no fault with my players at all. If we hadd held on to the lead for a few minutes after we had scored I think we would have won.

Basel is going to be a hard game. The chips are down but I have every confidence in my team. We might not get top of the group but what we need to do is win in a good style.”

http://video.rutube.ru/4543fbf0e419544727cd91eeeee9d7e0

Com a dupla de “irmãos Frei” (na cabeça de Jorge Jesus) a accionar rapidamente um 2-0 para a turma Suiça em 15 minutos, o Basileia parecia estar no bom caminho para levar derrotada com facilidade a turma romena do Otelul Galati.

Aos 37″, Marco Streller haveria de elevar a contagem para 3-0 mas uma boa reacção dos romenos na 2ª parte haveria de por em sentido os Suiços, com golos de Giorgiu aos 75″ e Antal aos 81″. Mesmo assim, o Basileia venceu por 3-2 e recebe em casa o United na próxima jornada, podendo fazer história no clube caso consiga vencer a turma Inglesa.

Grupo B

O Lille foi ganhar de forma surpreendente ao terreno do CSKA de Moscovo por 2-0 e alimentou assim as hipóteses de se qualificar para a próxima fase num grupo em que o Inter garantiu hoje a qualificação com um empate a 1 bola no terreno do Trabzonspor.

Um auto-golo de Vasili Berezutsky e um golo de Sow na 2ª parte deram um balão de oxigénio à equipa Francesa.

Em Trabzon, o Inter arrancou um precioso empate que garante a qualificação. Ricky Alvarez inaugurou o marcador aos 18″ e Halil Altintop empatou 5 minutos depois.

Trabzonspor (6 pontos) e Lille\CSKA (5 pontos com predominância para os Franceses) partem para a última jornada com hipóteses de discutir a qualificação. O CSKA de Leonid Slutsky terá obviamente uma espinhosa missão, pois precisa de vencer o Inter no Giuseppe Meazza em Milão.

O Lille recebe o Trabzonspor em casa e como tal prevê-se um grande jogo de futebol.

Grupo D

Em Lyon, o Ajax carimbou praticamente a passagem aos oitavos de final com um empate a 0 bolas com o Lyon.

http://video.rutube.ru/b568c21e4cfde21ead7c37973a329992

Em Madrid, Mourinho promoveu um dia de folga para os seus principais artistas. E mesmo assim, deu 6 ao Croácia Zagreb.

Platini continua a ter o veneno vincado dos seus actos. O Dinamo de Zagreb é uma das equipas que beneficia do novo esquema de qualificação para a Champions. Numa fase de grupos, a equipa Croata do Português Tonel ainda não marcou qualquer ponto (e arrisca-se a não marcar qualquer ponto) e teve que vir a Madrid receber 6 para marcar os seus primeiros 2 golos na competição. O score do Zagreb é absolutamente vergonhoso para uma Champions, que nestes moldes perde obviamente competitividade: em 5 jogos os croatas averbaram 15 golos e apenas somaram 2.

Mourinho deu descanso à sua 1ª linha. Pelo cansaço acumulado de alguns jogadores no jogo do passado sábado contra o Valência e pela falta de importância deste encontro (O Madrid já estava apurado) Mourinho optou por colocar Antonio Adán na baliza; a defesa constituída por Fábio Coentrão na esquerda (excelente jogo do Português pelo que vi; muito incisivo a romper pela esquerda como é seu apanágio) uma dupla de centrais inédita constituída por Raphael Varane (talentoso este miúdo; tem tudo para ser um dos melhores centrais do mundo: é alto, é eficaz no jogo aéreo e no desarme; é tecnicamente excelente, no que toca por exemplo a sair a jogar) Sérgio Ramos (depois Raúl Albiol) e Lass Diarra na direita (o francês também esteve muito bem numa posição que não lhe é estranha); no meio-campo, Nuri Sahin, José Callejón, Mezut Ozil e Xabi Alonso e na frente a dupla Benzema\Higuaín.

Aos 8 minutos de jogo, o jogo já estava resolvido com um 3-0 para os madrilenos: golos de Benzema, Callejón e Higuaín, este último, vindo de uma excelente iniciativa do Argentino, que diga-se, continua completamente on-fire. Até ao final da 1ª parte, e já quase num ritmo de descompressão viria o 4º golo por intermédio de Ozil aos 20″. Começava-se a sentir pena do Croácia Zagreb, que, não saiu do Santiago Bernabéu com uns 10 porque Ronaldo não saiu do banco.

Na 2ª parte, viu-se um Zagreb mais afoito para tentar reduzir a desvantagem. No entanto, o Real aumentou a contagem mais duas vezez por intermédio de Callejón (este extremo aproveita com bom grado todas as oportunidades que Mourinho lhe dá para sedimentar a sua posição no plantel merengue) e novamente por Karim Benzema. O Zagreb marcou por duas vezes já nos minutos finais por Beqiraj e Tomecak, num jogo, onde perante o desiquilibrio mais que imanente de potencial entre as duas equipas, o Zagreb não conseguiu complicar em nada a tarefa do Real. Ironia das ironias, a agressividade que os croatas deviam ter imprimido no acto defensivo nos minutos iniciais do jogo para tentar dificultar a vida aos madrilenos, acabou por aparecer em clara demasia na 2ª parte.

Feliz da vida estava o jovem Adán no final do encontro: “I am happy to play, especially as it does not happen very often. But I am young and I enjoyed it. It was a simple game but our two defensive errors have resulted in goals. I am a realist, and the I am always learning from Iker Casillas, who is the best. I will make the most of my opportunities in these kinds of games.”

Visivelmente feliz era José Mourinho:”It was a perfect night, in which some players have been able to relax and others enjoy minutes. We were able to give minutes to people who deserve it, working for it and it worked well.
Sometimes you have to concede goals, so it is much better if you concede when you have scored six and not in the knockout rounds. It is unfortunate for my goalkeeper Antonio Adán, who conceded two goals in a game where he had nothing to do.”

José Callejón também partilhava do mesmo sentimento:”I have waited for my opportunity to play in the first team, but it’s difficult as the team has been playing so well. But tonight I gave it my all and tried to show the coaching staff and my teammates that I’m here. We are going through a major stage in UEFA Champions League and we must continue to maintain this form.
I am very happy that we have closed out the group as winners. We played well and want to give the thanks to the fans for their support.”

Grupo A

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Noite mágica no San Paolo a fazer lembrar os bons velhos tempos de Diego Armando Maradona, desta feita, pela mão de um eslovaco e de um Uruguaio.

Esta equipa do Napoli é qualquer coisa de sensacional. O futebol por si praticado, a entrega ao jogo, a vontade de triunfar e o seu talento faz desta equipa uma coisa do outro mundo.

O poderoso City não teve argumentos para contrariar a excelente organização defensiva do Napoli que abafou por completo Mario Balotelli, colmatada em muito pelos venenosos contra-ataques onde Hamsik e Lavezzi irritavam e desorientavam em larga escala os defensores do City.

Do jogo do City, pontuado como é costume pelo ratinho David Silva, jogadores como Dzeko e Nasri não apareceram na partida e Balotelli teve uma noite completamente desinspirada à excepção do golo que marcou aos 33″.

Do outro lado, Christian Maggio foi o perigo que costuma ser no flanco direito – um autêntico quebra cabeças para Kolarov, principalmente quando o Sérvio se aventurava em demasia no seu flanco. Hamsik é aquele maestro que marca os tempos de jogo desta equipa e até hoje ainda não consigo perceber como é que clubes que tem um enorme défice neste tipo de jogadores como o United ou o Milan ainda não foram buscar este pequeno génio do esférico. Lavezzi também fez um jogo soberbo e claro está, Edinson Cavani: para mim o melhor ponta de lança da actualidade.

No outro jogo, jogo quase de descanso para o Bayern de Munique. 3-1 sobre o Villareal. O Bayern adiantou-se no marcador como lhe competia nos primeiros 25 minutos com golos de Ribery aos 3″ e Mario Gomez aos 23″. O Villareal ergueu-se na 2ª parte e ainda reduziu para 1-2 aos 50″ por Jonathan DeGuzman, mas o jogo seria sentenciado aos 69″ novamente pelo internacional Francês Frank Ribery.

Arjen Robben parece-me um jogador mais sólido do ponto de vista motivacional após ter recuperado da última lesão. Mário Gomez está a tornar-se um caso muito sério no Bayern, mas quem me encheu os olhos por completo foi o internacional Austríaco de apenas 19 anos David Alaba. Depois de uma fase em que era sistematicamente utilizado na esquerda ora como defesa ora como médio interior esquerdo, Alaba aparece com Jupp Heynckes a distribuir jogo no centro do terreno e pode-se assumir como o grande patrão do meio-campo Bávaro. Gostava de ver um meio-campo do Bayern com Alaba, Schweinsteiger e Kroos em simultâneo.

As contas deste grupo ainda não estão fechadas. O Bayern apurou-se. Soma 13 pontos. Napoli tem 8 e Manchester City tem 7. Villareal tem 0 pontos e vistas bem as coisas o seu score não é muito diferente do Croácia Zagreb pois tem 2 golos marcados e 12 golos sofridos: nota péssima para o 4º classificado da Liga Espanhola na época passada.

Na próxima jornada, o Villareal recebe o Nápoles enquanto o Manchester City recebe o Bayern. Os Citizens terão que vencer ou empatar, esperando para tal que o Nápoles perca ou empate o seu jogo em Espanha.

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traumatismos (u)cranianos

Li aí numa entrada de um jornal português no facebook (já não me lembro qual deles mas penso que era o JN) que a polícia de Donetsk irá enviar 700 operacionais para o jogo de amanhã que opõe o Shaktar ao Porto por suspeitas de um hipótetico plano de atentado terrorista que pode estar a ser marcado para o jogo.

Eu cá sou de guerras. Eu cá sou de mandar achas para a fogueira.

Eu cá para mim foi o Vieira que ligou à polícia ucraniana para dizer que ia mandar um praça (vulgo vendedor de droga do Bairro Alto) com a missão de apagar o Pinto da Costa fisicamente (sim porque da História será muito difícil). E a espiã que irá movimentar-se nos meandros do pintinho em Donetsk será uma mulher. Como cantava o Elton John:

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História do Futebol #3

Foi precisamente há 8 anos, na inauguração do novíssimo Estádio do Dragão, com José Mourinho no comando de uma equipa que haveria de fazer história no futebol português com a conquista de uma Liga dos Campeões, que, do outro lado, no Barcelona se estreava um dos maiores génios do futebol actual: Lionel Messi.

Na altura, com 16 anos e 145 dias, o então jogador da equipa de juniores do Barcelona (só na época seguinte iria alinhar 22 jogos pela camisola da equipa B do Barça e outros tantos pela equipa principal dos catalães) haveria de entrar para a derrota de 2-0 dos culés contra a máquina do FC Porto.

A partir daí, tudo mudou na estrutura Barcelonista. Messi realizou 309 jogos pelas equipas A e B do Barça, tendo marcado incríveis 209 golos. Aos 24 anos, já ganhou tudo o que há para ganhar, excepto a Copa América e o Campeonato do Mundo de selecções. Senão vejamos: a nível colectivo, 5 campeonatos espanhóis, 1 taça do rei, 5 supertaçãs de espanha, 3 ligas dos campeões, 2 supertaças europeias, 1 campeonato do mundo FIFA, 3 taças da catalunha, 5 torneios juan gamper, 1 mundial de sub-20, o torneio de futebol dos jogos olímpicos de 2008 em Pequim, e a nível individual, a bola de ouro da FIFA, o título de melhor jogador para a FIFA por duas vezes, o Ballon D´Or da France Football, a chuteira de ouro da UEFA, a posição na melhor equipa da FIFA e da UEFA durante 3 anos consecutivos, o título de melhor jogador de um campeonato do mundo de sub-20, o título de melhor jogador da champions league por duas vezes, homem do jogo da final da champions league, melhor atacante da champions league por duas vezes, entre outros prémios menores.

Impressionante para quem tem 24 anos e prepara-se para vencer muito mais.

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História do Futebol #2

Primavera de 1999. Nou Camp, Barcelona. Duas das equipas que marcaram a década de 90. De um lado, o Manchester United, meia selecção Inglesa. De outro lado, o Bayern de Munique, meia selecção alemã. Sir. Alex Ferguson, cravejado de títulos na década contra Ottmar Hitzfeld, na altura, o treinador da moda entre os Germanicos com a proeza realizada em 1997 ao serviço do Borussia de Dortmund.

United com um onze de luxo: Schmeichel na baliza (seria o último jogo oficial do gigante dinamarquês nas balizas do clube de Manchester antes de se transferir para o Sporting) Gary Neville à direita da defesa, Ronny Johnson e Jaap Stam ao centro, Dennis Irwin, o pequenino irlandês a completar a defesa na esquerda. Meio-campo de sonho. Na falta (nesse jogo) do implacável Roy Keane, Nicky Butt era aquele que tinha como missão movimentar o meio-campo. Butt não era um talento extraordinário, antes era aquele trinco que sabia sair a jogar e na calada de momento, dava o equilíbrio necessário que a equipa necessitava do ponto de vista defensivo. Giggs jogava a 10. Jesper Blomqvist era o médio-esquerdo e David Bechkam era o senhor dos cruzamentos na direita. Na frente, dois bulldozers; Dwight York e Andy Cole.

No lado alemão, o gigante Oliver Kahn enchia a baliza. A defesa era composta por Marcus Babbel na direita, Thomas Linke na esquerda, Lotthar Matthaus (já retirado a central) e Samuel Kuffour no centro do terreno. No meio-campo, triplo-pivot defensivo com Tarnat, Jens Jeremies e Mario Basler. Mais à frente, Effenberg era o grande motor do ataque bávaro, que tinha então, como expoentes máximos duas traves: Carsten Jancker e Alexander Zickler.

No banco de ambos os lados, jokers, que iriam\poderiam decidir a partida. Do lado do United, os avançados Solskjaer e Sheringham. Do lado do Bayern, o elegante Mehmet Scholl (o único médio tecnicamente perfeito do Bayern dessa década) estranhava a titularidade e só haveria de entrar aos 71″ quando Hitzfeld queria defender a vantagem de 1-0 construída com o golo de Mario Basler aos 5 minutos.

Lembro-me perfeitamente da forma como o Bayern vulgarizou por completo o Manchester United de Ferguson. 3 bolas que bateram com estrondo na barra. Um manchester completamente encostado às cordas durante 90 minutos, ofegante, sem soluções. A dada altura da partida, Gabriel Alves, na altura o comentador de serviço da RTP esgrimia algo como “Ferguson deve-se dar muito por contente porque pelo caudal de jogo do Bayern será uma sorte não sair de Nou Camp goleado”. Não saiu.

Sheringham, o alto e fino avançado que anos antes tinha provado o amargo alemão no Euro 96, perante Sua Majestade de tribuna vip em Wembley frente a alguns destes mesmos alemães nas grandes penalidades que haveriam de afastar os ingleses do sonho do título europeu, iria entrar aos 68″ para 22 minutos mais tarde assinar o golo do empate numa fase em que o Manchester já atirava a sua sorte para um monte de jogadores na área em puro desespero.

Seria mesmo no final, Peter Schmeichel a baralhar as contas aos alemães. Subiria à area adversária para baralhar as marcações e causar pânico à defesa de Hitzfeld. Com exito. O segundo suplente a sair do banco de Ferguson, Solskjaer, haveria de estar no sítio certo para dar mais uma Liga dos Campeões ao clube de manchester.

Hitzfeld não queria acreditar como tinha perdido aquela final. A história haveria de o compensar anos mais tarde com uma vitória na competição em final disputada contra os espanhóis do Valência, clube cuja ingratidão com a competição é mais que muita dado o facto de terem perdido duas finais consecutivas.

Hitzfeld tem o seu nome inscrito na história do Bayern a letras de ouro. 5 Bundesligas, 1 Liga dos Campeões, 3 taças da alemanha e 1 campeonato do mundo de clubes em 7 épocas efectivas de Bayern. A juntar a mais 2 bundesligas e 1 liga dos campeões ao serviço do Dortmund, é um dos gloriosos alemães. Mas a história não se esquece que poderia ter mais uma vitória na Liga dos Campeões se aquela noite de Barcelona não tivesse atingido um profundo estado de sonho e depressão…

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História do Futebol #1

Ainda andavamos nós nos tomatinhos dos nossos pais, e alguns dos nossos pais nos tomatinhos dos nossos avós.

Final de 1960 da Taça dos Campeões Europeus. No mítico Hampden Park em Glasgow. De um lado o imbatível Real Madrid, onde figuravam figurões como Alfredo DiStefano (La Saeta Rubia; o único artista que cometeu a proeza de jogar por 3 selecções diferentes visto que na altura era permitido) Gento e Puskas. O meu avô disse que DiStefano foi o melhor jogador que alguma vez viu jogar, mas que Gento não lhe ficava atrás nos créditos. Se DiStefano era uma seta pelos flancos, Gento também era ele capaz de correr os 100 metros em aproximadamente 11 segundos com bola.  Puskas já era velhão. Nos vídeos antigos ele nunca foi novo. A imagem do artilheiro era carismática: Ferenc Puskas, de cabelo alinhadinho com regra e esquadro, com cara de velhão, treinava-se quase sempre com um fato-de-treino da sua Hungria Natal.

Santamaria era o 4º desta galáxia que atropelou a Europa durante 5 anos seguidos.

Ferenc Puskas (509\157 golos em 182 jogos pelo Real Madrid) Francisco Gento (128 golos\126 em 428 jogos pelo Real Madrid; permaneceu no clube desde 1953 a 1971 como jogador profissional) e Alfredo DiStefano (465 golos\307 em 486 pelo Real Madrid) eram uma autêntica máquina avassaladora que nem Ronaldo, nem Messi, pela dureza do futebol de então podem ser comparáveis.

O resultado, esse, fica para a História. 5 taças dos campeões europeus seguidas. Nenhuma outra geração do futebol ousou repetir tal proeza.

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futeboladas

(Clicar em cima do link para ver o video em maiores dimensões)

http://videa.hu/flvplayer.swf?v=V6JgT2nsLqaCFPTF

O Benfica falhou o assalto à qualificação perante o Basileia em casa. Pelo que tenho visto no facebook e pelo que vi do jogo, o Benfica marcou um golo e colocou-se, como se diz “à sombra da bananeira” tomando como inúteis os ímpetos ofensivos do Basileia.

Era um jogo para o Benfica ganhar. Não desprestigiando uma jovem equipa do Basileia que tem alguns valores que poderão dar cartas no futuro em clubes de maior dimensão como Xherda, Shaqiri, Fabian Frei, Steinhofer e Dragovic.

Luis Martins estreou-se pela equipa sénior do Benfica. Capdevilla não está inscrito na Champions e é carta fora-do-baralho. Não quero retirar mérito ao jovem defesa esquerdo. Quero apenas tirar mérito ao gozo que estão a executar a um dos melhores laterais esquerdos do mundo.

Com o Otelul Galati resolve-se a inquitação.

http://videa.hu/flvplayer.swf?v=p2x1KZr0uscyhq2M

Mais um fraco jogo do United perante um adversário fraco e sem qualquer qualidade para andar por estas lides.

http://videa.hu/flvplayer.swf?v=HUWq7xkKWYLb7TcV

Mário Gomez continua completamente imparável e o Bayern pensava ter ganho o jogo quando fez o 3-0. Acabou encostado às cordas. Mesmo assim, acho que esta equipa do Bayern poderá ser capaz de tudo esta época.

O Manchester City foi a Villareal vencer por 3-0 e deu um passe de gigante para se qualificar para os oitavos-de-final. Num jogo em que Aguero apenas entrou aos 74″ e Dzeko nem saiu do banco, o costa-marfinense Yaya Touré foi a estrela da companhia com um bis.
O Bayern já está teoricamente apurado. Falta-lhe apenas 1 ponto. Contra os 10 dos Bávaros, o Manchester City soma 10 e também se pode apurar caso vença o Nápoles na próxima jornada no San Paolo. O Nápoles tem 5 e o Villareal ainda não marcou qualquer ponto.

http://videa.hu/flvplayer.swf?v=gUdwJjIOtzagaS2U

O do costume resolveu o jogo para o Real Madrid e qualificou os merengues para os oitavos-de-final. O real não jogou por aí além em Lyon.

O Ajax venceu o Dinamo de Zagreb por 4-0 no Amsterdam Arena e marcou 7 pontos. O Lyon tem apenas 4. Os Holandeses poderão carimbar a passagem se empatarem no Gerland dentro de 3 semanas.

No Grupo B, o Inter cimentou a liderança do grupo ao bater o Lille por 2-1. Trabzonspor e CSKA não foram além de um nulo.

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futeboladas

(Em detrimento de problemas com a wordpress e com os servidores que alojam os videos, alguns softwares poderão não ser capazes de vislumbrar o video encorporado no post. em todo o caso, caso não consigam ver os videos, cliquem por cima dos links. peço imensa desculpa pelo incómodo e pela eventualidade de falta de estética do post)

http://videa.hu/flvplayer.swf?v=KHQ5S8EtDp8K40mS

A bom da verdade, o Porto não jogou nada em Chipre. É um Porto que joga a anos-luz da era Villas-Boas e que há muitos jogos que andava a pedir um resultado assim.

Não é que o APOEL tenha melhor equipa que o Porto. Nem por sombras. Não concordo com Vitor Pereira quando este disse na flash interview que o Porto “trabalhou bem” – O Porto não jogou nada. O Porto não criou oportunidades de golo durante os 90 minutos, apesar dos 22 remates que fez (6 dos quais à baliza). O Porto apenas se pode lamentar das péssimas decisões da arbitragem: os dois penaltis não existem e o 2º golo do APOEL parece-me em claro fora-de-jogo.

Este Porto é um Porto estranho. Existem muitas unidades em défice de forma. Moutinho, Rolando, Hulk, Álvaro Pereira, Moutinho, Guarín. Um avançado completamente inexistente. Uma defesa que treme por todos os cantos sem Otamendi. A utilização de Mangala começa a ser um perigo e de Defour ainda pouco se viu.

E as coisas, postas nesta forma, estão muito negras para o clube. Pinto da Costa está num claro dilema: despedir Vitor Pereira e tentar salvar a época nem que seja com a revalidação do título nacional ou manter o treinador dos 18 milhões de clásula de rescisão até ao final da época, mantendo intacto o orgulho demonstrado nas suas declarações de início de época.

Da equipa de Chipre, valeu a organização, principalmente a organização defensiva. Dois jogadores a cair na zona de Hulk quando este tinha a bola foi o facto que mais me saltou à vista. Um meio campo que não deixava jogar e um avançado  que parece demais para um clube cipriota. Gostava de ter a oportunidade de ver o desempenho desta equipa numa liga como a Portuguesa.

O Apuramento, esse, está a fugir aos poucos. Urgem decisões na estrutura portista.

http://video.rutube.ru/4864f8da70cc69e97cbf02177b910ff9

O Zenit está praticamente qualificado, bastando-lhe apenas um empate na visita ao Porto.

http://video.rutube.ru/ab243587864732d5ed0492e95be65ebc

Surpresa da jornada na Bielorussia. O modesto Bate Borisov conseguiu arrancar um empate ao Milan. A equipa Milanesa pareceu-me muito cansada em resultado do desgaste acumulado na vitória de Sábado contra a Roma para o campeonato por 3-2, num jogo que ficou muito marcado pelo estranho AVC isquémico que deu a Antonio Cassano no final do jogo.
O 1º lugar do grupo é claramente do Barça, que foi à República Checa vencer o Viktoria Plzen por 3-0, aproveitando para tal Guardiola para fazer rodar o seu plantel e inserir novamente o jovem extremo Cuenca.

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Depois da dolorosa derrota caseira frente ao Arsenal por 5-3, o Chelsea de Villas-Boas poderia ter carimbado esta noite o passaporte para os oitavos-de-final da prova na Bélgica, mas num jogo muito atípico por parte dos Blues acabou por empatar a 1 bola contra o campeão Belga, o Genk.
Ramires inaugurou o marcador aos 26″ e o Chelsea, pelo pouco que vi da 1ª parte, parecia governar o jogo à vontade, podendo até estender a sua liderança no marcador por várias vezes. David Luiz chegou inclusive a desperdiçar uma grande penalidade claríssima em virtude de uma bola no braço de Buffen. Por mais que me convençam, não consigo perceber como é que Villas-Boas, tendo bastantes jogadores que chutam bem em campo (Meireles; Ramires por exemplo) coloca um jogador como David Luiz a bater penalties.
O Genk respondeu bem na 2ª parte e haveria de chegar ao empate

Quem aproveitou e bem a derrota do Chelsea para equilibrar as contas do grupo foi o Valência. No Mestalla, os Valencianos marcaram o seu 5º ponto no grupo, num jogo em que precisavam claramente de bater o Leverkusen para alimentar as hipóteses de ainda se qualificarem.
Foi mais uma excelente exibição de Roberto Soldado, autor do 2º golo Ché.

O Chelsea lidera com 8 pontos. Bayern de Leverkusen tem 6. Valência 5 e Genk 2. Prevê-se uma 5ª jornada de emoções fortes com o Leverkusen a receber o Chelsea e o Valência a receber o Genk.

No grupo F, Marselha e Arsenal empataram a 0 em Londres e o Arsenal mantem a liderança com 8 pontos. Marselha tem 7. O Borussia de Dortmund venceu o seu jogo contra o Olympiacos por 1-0 mas soma apenas 4 pontos e terá que fazer pela vida nas próximas duas jornadas.

A Liga tem continuação amanhã com os jogos dos Grupos A, B, C e D.

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