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dava para me alimentar e viver de maserati durante toda a minha vida

David Beckham, Cristiano Ronaldo, Lionel Messi, Wayne Rooney, Káká, John Terry, Yaya Touré, Fernando Torres, Frank Lampard, Steven Gerrard, Samuel Eto´o, Emmanuel Adebayor, Franck Ribéry, Sérgio “Kun” Aguero, Daniel Alves, Carlos Tevez, Thierry Henry, Zlatan Ibrahimovic, Karim Benzema, Didier Drogba.

Os 20 jogadores do futebol mundial com maiores receitas em 2011 segundo a revista Forbes.

Juntos somaram no ano passado uma riqueza de  305.5 milhões de euros. Para termos uma pequena ideia, toda a riqueza distribuída pela população portuguesa actual (cerca de 13 milhões de pessoas) dava para distribuir 23.5 euros por cada português.

 

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futeboladas

Jornadas do fim-de-semana das principais ligas europeias, Liga dos Campeões e Liga Europa.

Começo pela Premier League, como habitual.

Premier League:

Ver aqui os highlighs do empate do Manchester City frente ao Sunderland a 3 bolas.

Emoções ao rubro no sábado no City of Manchester. No entanto, o empate (à luz da vitória do Manchester United em Blackburn esta noite) faz com que o City fique a 5 pontos do rival de Manchester e comece a ficar longe do sonho do título.

O arejado Sunderland de Martin O´Neill foi ao City of Manchester incomodar a “fraca” equipa de Mancini. E poderia ter trazido de Manchester muito mais que um empate não fosse a reacção tardia dos homens de Manchester. Na primeira parte, o sueco Sebastien Larsson e o dinamarquês Niklas Bendtner deram toques escandinavos à revolução do Sunderland em Manchester. No entanto, uma grande penalidade convertida por Balotelli iria manchar uma exibição perfeita dos Black Cats na 1ª parte.

O mesmo duo iria elevar a contagem para 3-1 aos 55″. É impressionante como Sességnon consegue fugir a uma entrada duríssima de Yaya Touré no meio campo e como consegue oferecer a Bendtner a hipótese de servir Larsson para o 3º golo da equipa.

Até que Mancini largou Tevez em campo e deixou o argentino a jogar no ataque com Dzeko e Balotelli. O City acordou de forma tardia mas ainda teve tempo para empatar a partida nos 5 minutos finais por intermédio de Balotelli e Kolarov.

Seriam precisamente estes dois jogadores o foco principal da partida. Corria o minuto 63 da partida quando o italiano e o sérvio se desentenderam na marcação de um livre directo.

Ver aqui o incidente

O internacional italiano não ficou agradado com o facto do sérvio ter puxado a bola para si para bater o livre em questão e tiveram que ser os colegas de equipa a afastar o avançado do celeuma. No entanto, registo aqui que o árbitro da partida deveria efectivamente ter mostrado o cartão amarelo aos dois jogadores do City, atitude que foi aberta pela FA depois do precedente gerado por Kieron Dyer e Lee Bowyer em 2004\2005, quando os ditos jogadores (no Newcastle) andaram à porrada no meio de um jogo da liga inglesa e foram expulsos.

Quem não ficou agradado com a situação assim como com a performance dos seus jogadores na partida foi Roberto Mancini.
No entanto, Mancini tem aparecido com algumas declarações contraditórias. Se no flash-interview posterior ao jogo do Sunderland o treinador italiano afirmou (como se pode ouvir no video acima postado) que o City continua na luta pelo título, hoje, o mesmo, já veio afirmar que caso o City perca o próximo jogo diz adeus ao título inglês.

Quem aproveitou a escorregadela do City foi precisamente o City. Devido à limitação que a WordPress impõe ao nível de postagem de videos (apenas aceita videos de youtube) ainda não disponho de imagens deste jogo.
O Manchester United venceu o Blackburn fora por 2-0 com golos de António Valência e Ashley Young. O equatoriano fez uma partida brilhante e continua a merecer a titularidade que Sir. Alex Ferguson lhe tem concedido nas últimas semanas. Foi uma vitória muito difícil para o United. Não que o United não tenha castigado o Blackburn durante toda a partida porque castigou, mas porque o United só conseguiu chegar aos golos nos 10 minutos finais.

Na imprensa têm surgido notícias que dão conta de aceleradas rondas de negociação entre o Manchester United e o empresário de Arjen Robben para que o internacional Holandês troque Munique por Manchester na próxima temporada. Robben termina contrato em 2013 mas tem muitos interessados em Inglaterra. À cabeça, Manchester City, Chelsea e Manchester United. Como o Bayern não pretende perder o jogador (ou perder o jogador a um preço muito inferior aquilo que ele efectivamente poderá render aos cofres bávaros) a imprensa alemã afirma que Robben já deverá ter renovado com o Bayern até 2015, informação que ainda carece de confirmação por parte da direcção bávara.

Robben é o 2º internacional holandês veículado como reforço do Manchester United para a próxima temporada. Na semana passada, especulou-se que Klaas-Jan Huntelaar não iria renovar contrato com o Schalke 04 para poder rumar a custo zero para Old Trafford.

Aston Villa 2-4 Chelsea

Grande vitória do excelente em Villa Park. Grande jogo de futebol em Birmingham. Grande onda de solidariedade entre futebolistas e adeptos para com o internacional Búlgaro Stilyian Petrov, jogador do Aston Villa.

Vamos por partes:

Grande jogo do Chelsea de Di Matteo na ressaca da vitória europeia contra o Benfica na luz (já lá vamos).

O Chelsea assegurou a permanência na luta por um lugar na Champions com uma fabulosa exibição colectiva que efectivamente vinga a derrota caseira por 3-1 contra o Aston Villa no passado mês de Dezembro. Até deu para Fernando Torres fazer o gosto ao pé aos 90″.

Adeptos e jogadores das duas equipas uniram-se para dar força a Stilyian Petrov. O internacional Búlgaro está a lutar pela vida em virtude do diagnóstico médico que lhe traçou uma leucemia melóide aguda. Petrov confessou que a sua luta é inspirada na mesma luta pela vida que Fabrice Muamba passou há 2 semanas quando teve um colapso cardíaco em pleno relvado de White Hart Lane. Segundo palavras do jogador: “Vi a foto de Muamba e isso inspirou-me muito. – Depois dirigiu-se aos fans do Aston Villa e agradeceu todo o apoio que os adeptos do clube de Birmingham e que todos os colegas de profissão lhe estão a desejar.

Os adeptos do Villa não se fizeram rogados e ao minuto 19 (número da camisola de Petro) fizeram questão de cantar e saltar em conforto ao problema que afecta a vida do futebolista Búlgaro. O momento da ovação pode ser visto aqui no site do Jornal A Bola. O futebol é feito destas emoções. Força Petrov!

É o 2º caso recente de um jogador que está a lutar contra uma doença cancerígena. Há uns meses atrás o jogador do Barcelona Eric Abidal conseguiu vencer um tumor no fígado.

Na específica luta pela Champions League, o Chelsea aproveitou a derrota do Arsenal no derby de Londres contra o Queens Park Rangers.

A equipa de Arsène Wenger parecia embalada para o 3º lugar pois já não perdia desde o início de Fevereiro. No duelo contra o aflito Queens Park Rangers, o franco-marroquino Adel Taarabt (jogador que prometia muito para esta época mas que acabou por gorar as expectativas de quem o considerava um fenómeno; já foi pretendido por Chelsea e Manchester United) abriu o marcador com uma espectacular rotação sobre o belga Thomas Vermaelen e consequente finalização sob pressão de Laurent Koscielny. No 2º jogo em branco para Robin Van Persie, seria Theo Walcott a marcar aos 37″ para a equipa de Wenger. Samba Diakite haveria aos 66″ de dar a tão desejada vitória para os homens de Mark Hughes que com esta vitória voltou a subir a linha de água em troca com o Blackburn.

Tottenham 3-1 Swansea

Quem também aproveitou a derrota do Arsenal foi o Tottenham. Frente a um Swansea que costuma fazer bons jogos contra os lá de cima, o Tottenham “vestiu o fato macaco” nos minutos finais (golos de Adebayor aos 74 e 85) mas começou a partida com um smoking de gala oferecido por Rafael Van der Vaart. Soberbo golo do Holandês que decerto irá pontificar nos melhores da Liga 11\12.

Na 2ª parte veio a resposta por parte do médio ofensivo Islandês Golfy Sigurdsson. Na mesma escala de espectacularidade do golo de Van der Vaart.

O Tottenham colou-se ao Arsenal com 58 pontos. O Chelsea é 5º com 53.

Outros jogos:

Wigan 2-o Stoke – A equipa de Roberto Martinez continua na sua luta contra a despromoção. Mais uma vitória importantíssima que até poderia ter dado para sair dos lugares incómodos não fosse a vitória do Queens Park Rangers contra o Arsenal. Antolin Alcaraz (ex-Beira-Mar) abriu a contagem.

Wolverhampton 2-3 Bolton – Jogo de aflitos de Owen Coyle venceu e aproveitou para dedicar a Fabrice Muamba. 10 minutos finais loucos. Se Michael Kightly tinha aberto o marcador para os da casa aos 55″ e Martin Petrov tinha empatado aos 65″ por intermédio de uma grande penalidade, o Bolton virou o marcador aos 80″ por intermédio do defesa espanhol Marcos Alonso. Aos 84″ seria Kevin Davies a elevar para 3-1 para 4 minutos depois o Wolverhampton reduzir para 2-3. O Wolverhampton está a ficar numa situação ruinosa. 6 são os pontos que separam o wolves do primeiro lugar acima da linha-de-água.

Newcastle 2-0 Liverpool – Os magpies não desarmam da luta pela europa. Venceram o pobre Liverpool por 2-0 com dois golos de Papiss Cissé. O avançado contratado no mercado de Janeiro ao Freiburg da Bundesliga já leva 7 golos desde que chegou a Newcastle e promete (pela sua veia goleadora e pela sua força e rapidez) ser um dos melhores marcadores da Premier League na próxima temporada.

O Liverpool de Dalglish já não ganha há 6 jornadas. A última vitória dos Reds foi no derby de Liverpool em Anfield no dia 25 de Fevereiro. O Liverpool já confirmou que Dalglish não será o treinador da equipa na próxima temporada.

Liga Espanhola:

Mais um rolo compressor do Real para o campeonato. Inacreditável. O Real marcou 15 golos no espaço de uma semana. 5 contra a Real Sociedad, 3 na deslocação ao APOEL para a Champions e mais 5 no Osasuna. É de realçar que o Osasuna está a fazer uma época sensacional, sendo 6º classificado (lugar que dá acesso à Liga Europa).

A exibição de Cristiano Ronaldo não merece comentários. Talvez a mais perfeita da sua carreira. Rápido nos flancos a fazer em água a cabeça de Javier Flaño. O lateral espanhol não ganhou um duelo em drible ao português. Aquele golo formidável do meio da rua e a assistências para Benzema e Higuaín. Benzema com aquele golo “à van basten”. Mesmo existindo 6 pontos de avanço e um clássico por disputar em Nou Camp, mesmo que o Real perca contra o Barça, dúvido que o título fuja à equipa madrilena.

O Barça recebeu o Athletic num jogo que causou alguma polémica em Espanha. Isto porque o Athletic cedeu às pretensões do Barça em jogar no sábado à noite. Como é sabido o Athletic jogou na quinta-feira à noite frente ao Schalke 04 na Alemanha e o Barça joga amanhã frente ao Milan para a Liga dos Campeões. O Athletic queria jogar no domingo, o Barça (por razões óbvias) no sábado. O Athletic preferiu abdicar do descanso entre partidas para ter mais um dia para descansar para o jogo da 2ª mão na quinta-feira e cedeu o domingo pelo sábado ao Barça pois entendeu que o Barça necessitaria mais do jogo no sábado. Para a comunicação social, esta alteração entendeu-se como um favor dos bascos aos catalães visto que a equipa de Bielsa há muito que já desistiu de um lugar europeu por via do campeonato para poder lutar pela vitória na Liga Europa.

Dentro de campo o Barça venceu confortavelmente por 2-0 e manteve a perseguição ao Madrid. Messi marcou o 36º da temporada na Liga espanhola e está a 1 de Cristiano Ronaldo. O Barça joga amanhã frente ao Milan em Nou Camp com um 0-0 da 1ª mão (irei abordar mais à frente). Pep Guardiola avisou hoje na conferência de imprensa que antecede o jogo que o Milan é uma equipa capaz de marcar fora, logo, o Barça deverá ter atenções redobradas.

Outros jogos:

Valência 1-1 Levante – No açucarado derby de Valência, Valência e Levante partilharam um ponto. Um ponto que serviu mais as pretensões do Valência do que as pretensões do Levante. O Valência é 3º com 48 pontos e o Levante 5º com 45. O Levante não conseguiu chegar aos lugares da Champions mas aproveitou a derrota caseira do Málaga (4º) frente ao Bétis.

Atlético de Madrid 3-0 Getafe – O Atlético de Madrid também aproveitou as derrotas de Málaga e Osasuna para se chegar aos lugares europeus. Os madrilenos bateram em casa o Getafe por 3-0 com golos de Falcão, Sálvio e Adrián. O jovem avançado espanhol tem sido bastante cobiçado nas últimas semanas. Há quem diga que o Chelsea e o Inter estão com os olhos postos na sua contratação. Adrián confessou em entrevista ao jornal Marca que está muito bem no Atlético e que pretende fazer coisas boas no clube madrileno.

Sporting de Gijón 1-2 Zaragoza – Em duelo de aflitos, Hélder Postiga marcou aos 37″ e Lafita decidiu aos 90. O Português já leva 7 tentos na Liga e tem sido muito útil ao clube da Rioja. O Zaragoza ainda está debaixo da linha-de-água no 18º lugar com 28 pontos, menos 4 que o Villareal. O Sporting de Gijón de André Castro está a um passo da despromoção.

Na próxima jornada:

– O Real recebe o Valência no Santiago Bernabéu. Com 3-0 de vantagem na eliminatória contra o APOEL será capaz Mourinho de fazer rodar a equipa tendo em conta a estabilidade do 1º lugar na Liga? O Valência precisa de vencer para não complicar as contas do 3º lugar.
– O Barça vai a Zaragoza com a equipa da casa a precisar de pontos.
– Outro jogo em destaque na luta é o Levante vs Atlético de Madrid. O Levante precisa de segurar o seu lugar europeu perante um Atlético que irá terminar em sprint o campeonato. 3 são os pontos que separam as duas equipas.

Liga Italiana:

Um dos jogos da semana em Itália.

Em primeiro lugar há que dar realce à curiosa abordagem táctica da Juve de António Conte. 3x5x2 é o modelo utilizado regularmente por Walter Mazzarri no Napoli. Esta táctica e a utilização de determinados jogadores nela por parte de Conti tem variadas explicações: aniquilibrar o adversário por via do equilíbrio táctico e de uma marcação homem a homem por parte da Juve; a colocação nas alas de dois jogadores de cariz defensivo (De Ceglie à esquerda e Lichsteiner à direita) de modo a parar a rapidez e influência no contra ataque dos alas do Napoli (Maggio e Zuñiga) 3 centrais (Bonnucci, Chiellini e Barzagli) para travar a influência de Cavani e Lavezzi. Duelo de meio campo entre Pirlo\Marchisio e Inler\Gargano e Hamsik. A dupla do meio campo da Juventus levou a melhor durante quase toda a partia (Hamsik foi nulo) e Cavani\Lavezzi foram anulados com facilidade pelo trio de centrais da Juve. Pirlo e Marchisio construíram quanto quiseram e Arturo Vidal foi o joker da partida. Quando Conte precisou de atacar, tirou Lichsteiner e meteu Cáceres e o Uruguaio deu outra profundidade ao ataque.

Não sei quantos poderiam ser; o mais justo é que tivessem sido uns 5 ou 6 dadas as oportunidades que a Juventus teve durante os 90 minutos. Pirlo meteu pelo menos três bolas de golo na cabeça dos seus colegas e em conjunto com Marchisio faz com que a Juve tenha dois excelente executantes ao nível da temporização atacante. Arturo Vidal mascarou-se de Eljero Elia no 2º golo da Juve. Está um craque este Chileno de 24 anos. E Del Piero entrou para acabar com o pouco que existia do Napoli na partida. No entanto, o jogou terminou com a justa expulsão de Zuñiga depois de uma agressão a Andrea Barzagli.

A Juve ficou agora a 2 pontos do Milan. O Napoli é 4º com 48 pontos e continua às portas da Liga dos Campeões. As duas equipas ainda jogarão mais uma vez esta época. Será no dia 20 de Maio no Olímpico de Roma para a final da Taça de Itália. Se pudesse distribuir os títulos pelas aldeias, não me importava nada (pelo lindo futebol que ambas as equipas praticam) que o Milan vencesse a Champions, que a Juventus vencesse o título e que o Napoli vencesse a Taça de Itália.

Boa nova para Juve é o facto do avançado Alessandro Matri e do defesa Leonardo Bonucci terem renovado com o clube dos Agnelli.

O Milan foi à Sicilia enfrentar o Catania e perdeu pontos para a Juve. Sem grandes folgas entre duelos europeus, Max Allegri apenas fez duas alterações ao onze habitual: tirou El-Sharaawy e Kevin Prince Boateng (entraram ambos na 2ª parte quando o Milan já empatava) e colocou em sua vez Alberto Aquilani e Ambrosini. Perante o potencial de ambos os jogadores, este tipo de substituições não fazem o Milan perder de qualidade e isso é uma das virtudes deste plantel dosJuanmilaneses: é rico em soluções de qualidade e como tal poderá enfrentar 2 frentes ao mesmo tempo sem grandes deslizes.

Não aconteceu na Sicília. O Catania que até está a fazer uma boa época conseguiu sacar um empate ao líder da prova.
Na 1ª parte, destaque para as belíssimas defesas de Juan Pablo Carrizo aos pés de Emanuelson e Zlatan Ibrahimovic. O Argentino não evitou o golo de Robinho aos 37″ mas foi crucial para levar a equipa para o intervalo a perder por 1-0 quando poderia estar a perder por 2 ou 3. No golo do brasileiro, os créditos vão todos para Zlatan: só um jogador da sua categoria é que consegue manter aquela bola jogável e ainda assistir um colega de equipa para golo. O Sueco está (quanto a mim) a fazer a melhor época da sua brilhante carreira!

Na 2ª parte tudo mudou. O Catania começa com um golo muito mal anulado ao argentino Alejandro Gomez. Como se pode ver nas imagens, tanto Bonera como Abate poem em linha o extremo do Catania. A malta do ataque do Catania não desistiu e passados uns minutos (mesmo depois de Antonini ter dado o corpo ao manifesto a remate de Pablo Barrientos) empatou por intermédio de Spolli num lance em que Bonera e Ambrosini foram completamente “comidos” e Méxes ficou impávido e sereno ao ver Spolli nas costas a emendar para a baliza de Abbiati.
Minutos mais tarde, o Milan pode-se queixar de um erro de arbitragem grosseiro. No lance de Robinho é nítido que Marchessi vai tocar no esférico para além da baliza (mais dentro do que fora). O lance em si é lindo e tem novamente o toque de Zlatan na assistência. O trabalho de Robinho também é fantástico pois deixa dois defesas do catania pregados ao chão no momento do remate. Merecia mais o brasileiro.
O jogo acabou como tinha começado: mais duas fantásticas defesas de Carrizo (para mim o homem do jogo em conjunto com Bonera e Zlatan) e uma perdida incrível do Chileno Felipe Seymore na última jogada da partida).

Foi provavelmente um dos melhores jogos do ano na Série A se bem que o Inter vs Génova desta jornada e os jogos entre Inter e Palermo (de Giuseppe Mezza) e o derby Romano da 2ª volta também foram grandes jogos.
Para finalizar, os dois indesculpáveis erros de arbitragem que felizmente não beliscaram o resultado final. Caso os dois lances fossem validados, seria o empate a 2 bolas. Todavia, o Milan, como está a lutar pelo título foi o clube que se queixou da arbitragem e segundo as declarações do seu administrador Adriano Galliani, o clube milanês prepara-se para pedir à Federação Italiana de Futebol que coloque arbitros de baliza nas partidas da Série A.Pale

A meu ver é uma ideia estaparfúrdia do administrador do Milan pois o referido sistema não está a ter os resultados desejados nos testes que se tem verificado nas competições europeias. Prova disso recentemente foi o penalty que não foi visto a favor do Benfica frente ao Chelsea por mão de Terry, e os penaltis inexistentes assinalados contra o Sporting nos jogos contra City e Metalist na Liga Europa, o primeiro onde o arbitro de baliza não se pronunciou pelo facto do lance ter sido fora de área do Sporting e o 2º onde o arbitro de baliza indicou ao arbitro principal de uma falta inexistente por parte de Rui Patrício.

Para finalizar, hoje circulou a notícia de que António Cassano teve alta médica para regressar à alta-competição depois do problema que teve após o jogo contra a Roma no final do ano passado. No final dessa partida que o Milan viria a ganhar no Olímpico por 3-2, já no voo de regresso para Milão Cassano sentiu-se mal e o avião teve que aterrar de emergência em Bolonha para que Cassano fosse imediatamente conduzido ao hospital. Um primeiro indício suspeitava de um mini acidente vascular-cerebral. Exames mais específicos vieram a revelar que o jogador tinha um problema cardíaco raro motivado por um acontecimento específico num ventrículo que fecha 5 minutos após o nascimento de qualquer ser humano e que em raros casos não acontece.
Cassano já se vem a treinar desde Janeiro sem limitações mas precisava da alta médica para voltar aos relvados. Max Allegri ainda poderá contar com o avançado para as batalhas que se avizinham na Champions (caso o Milan se apure para as meias-finais) e para a Serie A. No entanto, Cassano perdeu o seu espaço para El-Sharaawy, Robinho e Maxi Lopez no ataque da equipa Milanesa.

Estreia de Andrea Stramaccioni como treinador principal do Inter.

Com Cláudio Ranieri havia noites em que o Inter podia fazer 150 remates numa partida que a bola não iria entrar na baliza adversária. Com Stramaccioni, logo na primeira partida, a bola entrou em abundância nas redes defendidas pelo Francês Sebastian Frey.

E quem diria que Diego Milito depois de 1500 bolas falhadas à frente da baliza faria um hat-trick?

Febre dos penaltis em Milão. O Génova com Kaladze, Veloso, Palácio e Gilardino no onze até começou melhor a partida e podia ter marcado primeiro não fosse uma intervenção providencial de Júlio César aos pés de Rodrigo Palácio para canto e consequentemente um corte providencial de Esteban Cambiasso na sequência desse canto. Depois viria o primeiro golo por Milito. Se Milito falhasse aquela bola era um escândalo. Não falhou o penalti de cabeça que lhe ofereceram mas viria a falhar um golo feito após dois cabeceamentos na área de Samuel e Cambiasso. Redimiu-se minutos depois com a oferta que Stankovic (a meias com Moretti) lhe deram para fuzilar Frei no frente-a-frente. O Inter jogava bem e bonito para um Génova apostado em jogar (como é hábito) no contra-golpe.

3-0 aos 38″ fabricado pelos centrais milaneses: Lúcio aproveita a bola rechaçada pela defesa genovesa e oferece a Samuel que só teve de empurrar. Parecia resolvido o jogo. Já nos descontos da 1ª parte, Cambiasso evitava pela 2ª vez na linha de golo o primeiro tento do Génova a cabeceamento de Sculli. No entanto, a bola foi parar ao raio de acção do avançado que de bicicleta com a ajuda do seu colega Emiliano Moretti acabaria por ser feliz.

Na 2ª parte, apesar do remate inicial de Chivu, foi o Génova que dominou nos últimos 45 minutos.
1º penalti duvidoso para os genoveses. Zanetti é jogador que por norma sempre nos habituou a jogar limpo. É certo que a bola lhe vai ao braço mas dúvido que fosse a intenção do argentino tocar-lhe dessa maneira até porque ia em queda.

Cambiasso tinha ameaçado e Mauro Zarate concretizou para o 4-2 aos 74″. Mais uma vez o jogo parecia destinado a cair para o Inter sem grandes sobressaltos.

2º penalti do Génova – o atropelo é evidente e Júlio César não protestou. É certo que Palácio ganhou vantagem perante o esticão de Júlio César e cravou bem o penalti.

Penalti do Inter – Joel Obi deixou-se de “sonecas” (uma das criticas que faço ao nigeriano é que apesar da sua brilhante capacidade técnica é um jogador que se entrega muito pouco ao jogo) e deu um baile em Giandomenico Mesta e Guarín com um toque de classe enfia no bolso o seu antigo colega no Porto Belluschi e é carregado. Decisão justa que enervou Moretti. Belluschi foi expulso com cartão vermelho directo dado que Guarin foi carregado numa situação de possibiliade de golo em zona frontal. É caso para perguntar como é que o Argentino caiu no engodo de alguém com quem treinou todos os dias e deveria conhecer de trás para a frente?

3º penalti do Génova – correctissima decisão.

Esta derrota motivou uma decisão estranha no seio do Génova. O presidente do clube despediu Pasquale Marino pelos maus resultados da equipa genovesa e apresentou hoje Alberto Malesani como o novo treinador do Génova, 3 meses depois de o ter despedido em troca por Marino também por maus resultados. No mínimo caricato.
A exibição de Miguel Veloso não passou despercebida aos responsáveis do Inter. O centrocampista já esteve perto de Milão na reabertura de mercado para substituir Thiago Motta, na altura vendido ao PSG. No entanto, o Inter esbarrou com as pretensões genovesas de apenas abdicar do jogador luso por 22 milhões de euros e preferiu contratar Freddy Guarin por empréstimo de 6 meses (+ opção de compra no valor de 9 milhões) a troco de 1,8 milhões de euros.

Outros jogos:

Parma 3-1 Lazio – Balão de oxigénio para o Parma na luta pela manutenção. O Parma foge temporariamente aos lugares incómodos e complica a vida da Lazio na luta pela champions.

Roma 5-2 Novara – A roma continua a pretender um lugar europeu e conseguiu permanecer nessa luta às custas do aflito Novara que até entrou a vencer com golo de Caracciolo. Excelente exibição do colectivo Romano na 2ª parte.

Lecce 0-0 Cesena – Um empate que atrapalha em muito as poucas aspirações de dois aflitos. O Lecce vê a linha-de-água a 5 pontos enquanto o Cesena está a 14 pontos.

Fiorentina 1-2 Chievo – Um golo de Luca Rigoni aos 88″ põe a jeito a Fiorentina. É 17ª com 5 pontos de avanço sobre o Lecce.

Na próxima jornada teremos o Milan a receber a Fiorentina. Os Milaneses recebem a Viola depois de um importante confronto europeu frente ao Barça em Nou Camp. A vitória é o único resultado que interessa às duas equipas derivado dos distintos objectivos actuais: os milaneses querem a renovação do título enquanto os jogadores da Viola querem sair dos lugares incómodos.
A Juventus vai a Palermo. É um terreno difícil, sendo expectável que Miccoli e companhia façam de tudo para retirar pontos à Vecchia Signora.
A Lazio recebe o Napoli com 3 pontos de vantagem. A Lazio quer segurar o 3º lugar enquanto o Napoli espreita a passagem para o mesmo. O Napoli promete futebol de ataque em Roma. Quem ainda espreita uma escorregadela destas equipas para ver se consegue subir é o Inter (está a 4 do Napoli e a 7 da Lazio) e a Roma. Os interistas deslocam-se à Sardegna para jogar contra o Caglari enquanto os romanos vão ao terreno do aflito Lecce.

Para finalizar os assuntos da Série A são de realce os 35 golos marcados pelas 20 equipas em 10 jogos. Dá uma média de 3,5 golos por jogo.

Liga Francesa:

1. Com o Montpellier a “folgar” a pedido do Marselha (dois embates contra o Bayern para Champions fizeram adiar a partida para dia 11) o PSG não conseguiu tomar partido da situação para colocar pressão no actual “rival” pela conquista da Ligue 1 e perdeu em Nancy por 2-1. A equipa de Carlo Ancelloti está em quebra e para isso muito se deve a quebra de rendimento de Javier Pastore e Kevin Gameiro. Yohan Mollo aos 89″ impôs a primeira derrota de Carlo Ancelotti na Liga Francesa.

2. Em dia das mentiras, aproveitou o Lille para se chegar à frente mais um pouquinho. Até parece mentira que o campeão em título ainda esteja na luta pela renovação do mesmo com um percurso muito irregular até então (15 vitórias, 11 empates, 4 derrotas). Contra o Toulouse (5º) voltou a sobressair a mestria de Eden Hazard.

3. O Toulouse foi ultrapassado no 4º lugar pelo Lyon, que apesar desse feito não conseguiu mais do que um empate no terreno do Rennes (7º) – se conseguiu o empate bem o deve ao golo de Lisandro Lopez e aos muitos falhanços provocados pelos homens do norte. Por duas ou três situações Lloris foi chamado a intervir e segurou as pontas para a equipa de Remi Garde. Noutras situações, o noruguês Tettey, o Burkinês Pitroipa e o Togolês Boukari falharam na boca da baliza de forma inacreditável. Apesar do facto de Lisandro ter recuperado a forma de outros tempos, ao nível global, este Lyon está muito longe do que assistimos do forte Lyon na última década.

4. André Ayew é notícia em França. O jovem Ganês está a despertar o interesse de meio mundo. Bayern, Chelsea, United, Tottenham e Inter querem os concursos do avançado de 22 anos que é filho da maior glória do futebol ganês Abedi Pele.

Bundesliga:

Mais um jogo de doidos. No final da partida do Westfalenstadium, os adeptos das duas equipas deram por bem empregue o seu dinheiro para ver um empate a 4 bolas entre Dortmund e Estugarda. É certo que a felicidade reinava no seio da equipa e adeptos bávaros.

A felicidade dos adeptos não era para menos. Que jogo sensacional. Depois de uma 1ª parte dominada pelo Dortmund (1-0 com golo de Kagawa ao intervalo) o estugarda (a perder por 2-0) iria no espaço temporal de 8 minutos (Ibisevic; 2 golos de Julian Schieber; 71 aos 79″) virar o resultado para 2-3. O Dortmund, ameaçado, haveria de virar para 4-3 em 4 minutos (Hummels e Perisic) para o Estugarda empatar mesmo no fim por intermédio de Christian Gentner.

Podiam ter sido mais que 8 golos – Schieber falhou um certo na 1ª parte e foi acompanhado por Robert Lewandowski no outro lado antes do 12º golo do japonês Kagawa na edição deste ano da Bundesliga. O Japonês é um senhor jogador à semelhança de quase todo o plantel dos Vestefalianos. Creio que Jurgen Klopp começa a ter aqui matéria prima para atacar a Liga dos Campeões nas próximas épocas caso a direcção do clube não venda os jogadores que tem.
GrobKreutz atirou aos ferros assim como o polaco Lukasz Piecsczek. O Dortmund pode-se queixar da falta de sorte. O mais interessante desta equipa do Dortmund é que para além de ser exemplar ao nível defensivo (Hummels e Subotin metem respeito) e de ter um meio-campo que é algo do outro mundo, não usa e abusa da técnica individual dos seus jogadores, preferindo um futebol altamente flanqueado até porque Marcel Schmelzer (defesa-esquerdo) é um jogador que tem uns pézinhos de ouro para centrar bolas.

Outro lance que seria memorável foi a enorme cavalgada do centrocampista Dinamarquês William Kvist que só parou nos ferros da baliza de Weidenfeller. Seria um golo de antologia.
Até que entrou Julien Schieber na partida – primeiro a assistir Ibisevic e depois contra tudo e contra todos a estabelecer o 2-2 e 1 minuto depois o 3-2. O golo de Mats Hummels também é golão e a reacção de Jurgen Klopp não é para menos. Até que Gentner conseguiu descobrir um buraquinho na defesa do Dortmund e fez o 4-4 final para gáudio daqueles que se deslocaram de Estugarda a Dortmund.

O Bayern reduziu a diferença para 3 pontos depois de bater o Nuremberga por 1-0. Arjen Robben deu a vitória aos bávaros.

O Schalke 04 empatou a 1 bola no terreno do Hoffenheim depois de ter sido vergado a uma derrota caseira por 4-2 contra o Athletic de Bilbao (já lá vamos) e o 4º classificado (Borussia de Moenchagladbach) também perdeu em Hanover por 2-1.

Liga dos Campeões:

À 1 mês atrás ninguém diria que seria Salomon Kalou aquele que iria dar a vitória ao Chelsea no jogo dos quartos-de-final na Luz frente ao Benfica.
Primeiro porque depois da derrota em Napoli por 3-1 ninguém acreditava que Villas-Boas teria capacidades para conseguir ultrapassar os italianos em Stamford Bridge. Villas-Boas foi precisamente despedido nessa semana e o seu adjunto Roberto diMatteo conseguiu fazer com que os Blues dessem uma lição de futebol aos italianos no seu reduto.
Depois porque Salomon Kalon era carta fora do baralho do técnico português nos 8 meses que o dito passou em Londres.
Em terceiro lugar, porque uma equipa com Lampard, Drogba, Torres, Malouda, Mikel, Sturridge, Mata, Lukaku faz com que Salomon Kalou seja um nome praticamente desconhecido que ainda paira no plantel Blue.

O Benfica pode queixar-se de factos internos e externos para justificar a derrota. Pode-se queixar do facto de ter atacado muito mas mal e de ter rematado muito mas sem eficácia.

Ao nível de arbitragem, creio que Raúl Meireles não acabava a primeira parte pois fartou-se de cometer faltas duras e graves. Di Matteo apercebeu-se disso e tirou o médio quando sentiu que a presença deste em campo poderia ser negativa para o jogo da equipa. Ainda ao nível de arbitragem, fica um penalti claríssimo por marcar a favor do Benfica por mão de John Terry na área.

O Benfica só acordou a partir da meia-hora de jogo. Perante um Chelsea bem organizado com a construção táctica de bloco defensivo subido para evitar principalmente que Aimar e Witsel construíssem e fantasiassem no meio-campo encarnado. Ao contrário do que foi dito na imprensa no dia seguinte e do que Ramires disse à comunicação social, o brasileiro não tirou muitas contrapartidas do seu companheiro de flanco. Emerson até respondeu bem à altura do seu compatriota, perdendo 2 ou 3 vezes em velocidade para o mesmo e pouco mais. O lance do golo do Chelsea nasce do seu lado, mas, tanto poderia surgir da esquerda como da direita.
Na primeira parte, Gaitán e Bruno César estiveram muito interventivos nas respectivas alas e o brasileiro foi o detentor de mais remates no Benfica. Bruno César mereceu o golo ao contrário de Oscar Cardozo que se limitou a falhar golos na cara de Petr Cech. 23 foram os remates que o Benfica fez na partida. Petr Cech não brilhou devido a esse facto. A questão é que os jogadores do Benfica remataram muito mas quase sempre para fora. Cech brilhou por exemplo a cabeceamento de Jardel já na 2º parte.
Seria no contra-golpe (arma que Jesus tanto gaba na sua equipa) que o Chelsea iria marcar ao Benfica. Até ao final há a questão do penalti que ficou por assinalar e a questão do atraso (para mim não é intencional) de David Luiz para Petr Cech. Mesmo ao cair do pano tanto poderia ter marcado o Benfica como Juan Mata poderia ter fechado a eliminatória com a possibilidade que teve de aumentar para 2-0.

Em suma é um resultado injusto para o Benfica. O empate a 1 adequava-se mais perante um Chelsea que veio a Lisboa defender e jogar para o empate e um Benfica que quis o golo a todo o custo (e até o merecia) mas que deve ter mais paciência neste tipo de jogos.
A eliminatória não está fechada e Roberto DiMatteo foi o primeiro a afirmar hoje na conferência de imprensa que o Benfica tem talento para marcar em Londres. No entanto, não creio que o Benfica passe a eliminatória.

Casa cheia em Nicósia. Esperavam-se mais dificuldades para o Real. Real Madrid sem Xabi Alonso faz Mourinho colocar Nuri Sahin no onze titular. Aposta ganha. O Turco foi crescendo ao longo do jogo e não raras foram as vezes em que deu equilíbrio ao meio-campo madridista e conseguiu desmarcar os seus companheiros.
Em destaque, a diferença de orçamentos. A maior contratação do Real contra a maior contratação do APOEL. Os 94 milhões gastos por Ronaldo contra o 600 mil euros que o APOEL deu pelo avançado brasileiro Adaílton. Os 500 milhões que o Real gastou nas últimas 3 épocas em reforços contra o milhão e cem mil gastos pelo APOEL.
Na primeira parte, o Real optou por estar em cima do acontecimento com uma toada lenta. Benzema e Ozil estavam bem mexidos e iam criando as primeiras jogadas de perigo. O Madrid estava a praticar um futebol muito aberto e muito flanqueado como é seu apanágio. Na primeira parte, o Real conquistava mas não tinha marcado. O APOEL raramente tinha saído do seu meio-campo. Nada de extraordinário perante o que vimos contra Porto e Lyon.

Ao intervalo, Ivan Jovanovic fazia lançar o veterano português Hélder Sousa. Aos 34″ este antigo jogador do trofense fazia a sua estreia na Champions e logo contra o Real de Mourinho.

Na 2ª parte, o Real carregou no acelerado. Começou a provocar cansaço no APOEL e os cipriotas começaram a baixar a guarda defensivamente lentamente. Até que Mourinho lança no jogo Kaka e Marcelo. A revitalização do flanco esquerdo vai original os golos do Real: a combinar bem com Benzema, seria o francês a marcar o primeiro golo e a duo brasileiro que saltou do banco a carimbar o 2º. O 3º seria uma obra prima de bom futebol entre Ronaldo, Ozil e Benzema. 3-0 para o Real num jogo tranquilo. Podem existir poupanças na 2ª mão em Madrid a pensar no jogo da Liga frente ao Valência.

Empate sensaborão no jogo de proa destes quartos-de-final da Champions. Esperava-se que o duelo entre Milan e Barcelona fosse colorido com golos.
Duas equipas que já se tinham defrontado na fase de grupos. Em Nou Camp, o Milan fez um jogo extraordinário conseguindo o empate a 2 bolas. Em San Siro, o Barcelona levou a melhor.

Barcelona a apresentar uma única alteração em relação ao one habitual no último mês: Seydou Keita a entrar no lugar de Thiago Alcântara. Pep Guardiola sabia de antemão que o meio-campo do Milan tem actuado de forma poderosa e quis desde logo mostrar interesse em colocar Keita (um jogador cheio de pulmão) no meio-campo para junto com Xavi e Fabrègas anular Seedorf, Ambrosini, Boateng e Nocerino.

Domínio total do Barça na partida. O Barça pecou apenas por falta de eficácia. É essa falta de eficácia que resume o empate obtido pelo Milan. Tirando os primeiros minutos onde os milaneses tentaram começar a mandar na partida, até por uma questão da necessidade de uma vitória expressiva que pudesse dar alguma tranquilidade em Nou Camp e de outra necessidade que se prendia em não entregar o domínio do jogo aos catalães, o resto do jogo seria dominado pelo Barça e as maiores oportunidades de golo iriam pertencer à equipa de Pep Guardiola.
Na primeira parte, não se fosse a falta de eficácia, o Barça poderia ter ído para os balneários a vencer por 2 ou 3. Oportunidades para tal teve de sobra: Keita, Aléxis, Messi e Xavi tiveram nos pés 5 soberanas oportunidades de golo. No entanto, a defesa do Milan, apesar de alguns desacertos menores ia conseguindo retardar a obtenção de um golo por parte da equipa “culé” e mesmo quando a defesa não dava conta do recado era Abiatti quem salvava a equipa de Max Allegri.

O Barça apostou num futebol diferente do que é habitual em San Siro. A circulação de bola não passou tanto pelos laterais. Daniel Alves ia subindo no terreno de forma amiúde e nunca apareceu na zona de finalização. Messi não apresentou as habituais jogadas de flexão do flanco direito para o centro do terreno, jogadas onde costuma ser letal em maior parte dos jogos. O Barça apostava mais em entrar pela defesa do Milan pelo centro do terreno, muito à custa de rápidas tabelinhas entre os 3 homens do meio-campo e Aléxis Sanchez. Seria o Chileno a provocar a decisão mais complicada da noite para a arbitragem: a meu entender não existe penalti. Aléxis embate contra Abbiati mas creio que o Chileno (apercebendo-se que tinha adiantado em demasia a bola) tenta cavar o contacto ao guarda-redes italiano.
O golo anulado a Messi nos minutos seguintes seria uma boa decisão do fiscal-de-linha.

Na 2ª parte, mais do mesmo. O Milan estava ligeiramente encostado às cordas. O Barça não deixava os milaneses armar o seu ataque com uma pressão alta ao nível da defesa milanesa. António Nocerino não conseguia receber a bola e construir de raiz. Em contrapartida, o Barça quando tinha a bola tratava imediatamente de tentar adormecer o Milan e esperar um erro da defensiva italiana para capitalizar. Esse erro esteve perto. Tanto Aléxis, como Messi como Puyol por intermédio de um canto tiveram novas oportunidades para marcar mas não era o dia do Barça.

Ma

Já o Bayern voltou a provar que também quer vencer a Liga dos Campeões. No Vélodrome de Marselha, a turma local foi incapaz para travar a corrente de ataque dos Bávaros. Mário Gomez despachou o assunto ainda na primeira parte para uma eliminatória que todos sabíamos que não ia ter grande história para narrar.

Liga Europa:

De todos os adversários que podiam ter saído ao Sporting no sorteio dos quartos-de-final, pessoalmente creio que o Metalist foi o pior adversário que a turma leonina podia enfrentar. Isto porque apesar de se conhecerem alguns nomes da equipa ucraniana (composta principalmente por jogadores sul-americanos) o Sporting iria enfrentar uma equipa desconhecida dos palcos europeus, desconhecida do ponto de vista de potencial e forma de actuar e que tinha um registo impressionante nas fases anteriores da prova, tendo perdido alguns jogos em casa e tendo ganho outros fora, alguns deles em terrenos difíceis como é o caso do Olympiacos da Grécia, equipa que foi eliminada por este Metalist nos oitavos-de-final.

Sporting posicionado depois do vibrante sucesso diante do Manchester United. Do Metalist ficamos a conhecer que é uma equipa bem organizada a todos os níveis. Defendem de forma agressiva e atacam preferencialmente usando o contra-golpe onde tem jogadores talhados para o efeito, casos de Taison (bom jogador; um bocadito fiteiro e pouco objectivo na hora de concretizar as suas maravilhosas arrancadas pelo flanco) e Cleiton Xavier. Também fiquei impressionado com o avançado Cristaldo; Este avançado argentino de 23 anos que saltou do Velez Sarsfield para a Ucrania e que já foi convocado por Sérgio Batista para a selecção é um jogador que me impressionou pela sua dotação técnica.

O jogo começou com algumas desconcentrações da defensiva leonina, ainda fruto de uma fase de estudo ao futebol rápido e açucarado dos ucranianos. Do ponto de vista ofensivo, a equipa ucraniana colocou algumas dificuldades à turma leonina a partir do momento em que (com a lição de casa bem estudada) meteram o trinco Torres a marcar homem-a-homem Matías Fernandes (impedindo o Chileno de assumir a batuta do jogo ofensivo leonino) e meteram dois homens regularmente em cima de Stijn Schaars. Sem o holandês a armar jogo e o chileno a criar, o Sporting sentiu algumas dificuldades em construir oportunidades dignas de registo. Penso que a ideia do Metalist seria a de vencer fora. Os jogadores da turma ucraniana iam mudando o ritmo de jogo a seu bel-prazer. Quando o Sporting tentava ficar por cima na partida, a equipa ucraniana diminuía o ritmo da circulação de bola. Quando sentiam que o Sporting estava a entrar numa onde de bloqueio, os ucranianos impunham rapidos contra-ataques que a bem ou mal até ao final da primeira parte foram resolvidos pela defensiva leonina.

O que é certo é que na primeira parte o Sporting não teve bola nem oportunidades de golo. Para contar só o facto de Torsiglieri (central que já foi do Sporting e que este ano foi em primeiro lugar emprestado ao Metalist e depois vendido definitivamente aos ucranianos) recebeu um amarelo e como tal não irá jogar na 2ª mão. À semelhança do seu colega no centro da defesa Papa Gueye. Os dois fartaram-se de marcar com pitons os homens do ataque do Sporting e deveriam a meu ver ter visto mais do que um amarelo. Na 2ª parte existe mesmo o lance em que Torsiglieri perdeu a cabeça e numa disputa de bola com Jeffren atirou o jogador espanhol contra o banco de suplentes, motivo mais que suficiente para ver o cartão vermelho directo.

Na 2ª parte, a palestra de Sá Pinto fez efeitos. O Sporting voltou ao relvado com outra cara e decidiu aumentar o ritmo de jogo e procurar as alas, até então desaparecidas. Se até então apenas Carriço tinha tentado a sua sorte de longe por duas vezes e se numa desconcentração da defensiva ucraniana num livre cobrado por Matías Fernandes havia algum sururu na área ucraniana, eis que Capel e Izmailov escreveram a ouro o momento do jogo para o primeiro golo da partida. A seguir, foi Patrício quem valeu à turma leonina após remate de Cristaldo à entrada da área.

Os centrais do Metalist continuavam a ser duros e merecedores de algo mais que o amarelo. Taison continuava a querer desiqulibrar no flanco esquerdo. Sentindo a rapidez do brasileiro, João Pereira não fez a ala como é seu costume. O brasileiro fazia tudo bem excepto na hora de atirar; tanto não atirava a baliza como se atirava para o chão! Já Cleiton Xavier tinha desaparecido da partida e so voltou a aparecer aquando da grande penalidade do Metalist.
Aos 63″ veio outro dos momentos da partida quando Insua atirou um míssil para a baliza ucraniana, fazendo o 2-0.
Aproveitando a confortável vantagem, Sá Pinto tratou de a preservar. Tirou Carriço (esgotado após uma exibição de encher o olho) e meteu Renato Neto para dar mais poder de choque ao meio-campo do Sporting; refrescou também as alas, colocando Jeffren e Carrillo. Tanto o espanhol como o peruano tentaram várias investidas pelas alas e o Peruano poderia ter sido feliz num lance em que depois de uma cavalgada pela direita preferiu chutar com o seu pé mais fraco (esquerdo) quando poderia ter isolado Matías para o 3-0.

Veio a resposta ucraniana. Por duas vezes Patrício foi chamado a intervir aos pés adversários: primeiro Taison e depois o recém entrado Devic. Depois seria Taison a tentar de livre e Patrício a responder em voo. Era o Sporting que se fechava nos minutos finais para segurar a vantagem. Até que no minuto final Devic caiu na área leonina e o arbitro de baliza marcou penalti numa decisão errada. Cleiton Xavier amenizou a derrota ucraniana e levou a eliminatória muito viva para Kharkiv. O Sporting terá que sofrer para passar às meias-finais da prova.

“El Louco” Bielsa é o treinador da moda na actualidade futebolística. Não é para menos: o futebol seu Athletic tem deslumbrado tanto ao nível interno na Liga espanhola como ao nível internacional na Liga Europa.

Depois de ter eliminado o Manchester United da forma que eliminou (na 2ª mão no San Mamés Ferguson poderia ter saído goleado) a mais recente vítima do futebol total de Bielsa foi o Schalke 04. Engane-se quem pensa que é fácil ir a Gelsenkirchen jogar como o Athletic foi. Apesar de ser uma equipa alemã, existe algo que une o Schalke ao Athletic: um estilo de jogo latino, promovido na turma alemã por vários jogadores como Farfán, Jurado ou Raúl. Não nos podemos esquecer que esta equipa do Schalke fez na época passada um enorme brilharete na Champions, atingindo as meias-finais (onde foi eliminada pelo United) depois de ter estrangulado o Inter (campeão europeu em título na altura) com um brilhante 5-2 em Giuseppe Meazza.

Este Athletic de Bielsa é um enorme case study. É uma equipa que peca um pouco por jogar de forma aberta. Apesar de ter melhorado em muito com a descida posicional de Javi Martinez para o centro da defesa (Martinez já era um grande trinco e arrisca-se a ir pela Roja ao Europeu como central) é uma equipa que se expõe em muito ao contra-ataque das equipas adversárias. Isto porque Bielsa adopta um estilo de pressão muito alta aos adversários (logo à saída da grande área) que apesar do facto de estar a resultar lindamente na Liga Europa nos jogos efectuados pela turma basca.

Outro dos problemas desta Athletic de Bilbao é a tendência extrema que esta equipa tem para optimizar o seu ataque com Llorente como finalizador. Não é que o Bilbao não finalize em quantidade e em qualidade. O problema é que os bascos têm bons criativos (Susaeta, Muniain, De Marcos) mas todos eles não sabem finalizar e estão sempre à espreitar de oferecer golos ao seu ponta-de-lança.

Jogos impróprio para cardíacos na arena de Gelsenkirchen. O Bilbao começou melhor e capitalizou um erro do guarda-redes do Schalke. Depois viria a reviravolta alemã com o expoente máximo nos pés do maravilhoso Raúl. O Schalke alterou os guarda-redes e o Bilbao, actuando em contra-ataque, apenas se limitou a explorar os erros alemães. Se no 3º golo o guarda-redes alemão teve culpas, no 4º é caso para dizer que estava extremamente mal posicionado.
E o Athletic está nas meias-finais. Garantidamente. Poderá ser o próximo adversário do Sporting.

Nas restantes partidas, o Atlético de Madrid venceu o Hanover por 2-1 e o Valência perdeu no terreno do AZ Alkmaar por semelhante resultado:

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AVB no Inter? AVB no Porto? AVB no Cagliari? AVB desempregado?

Não posso ignorar a notícia do dia no campo futebolístico.

André Villas-Boas foi despedido por Roman Abrahamovic depois de mais uma derrota para a Premier contra o modestíssimo West Bromwich Albion.

André Villas-Boas foi despedido numa altura em que o Chelsea está na luta por um lugar na Champions a nível interno (se o Chelsea não conseguir esse lugar será uma catastrofe tendo em conta o investimento feito no ano civil 2011 por Roman Abrahamovic e as expectactivas iniciais geradas com a contratação de Villas-Boas) e ainda tem uma brecha de oportunidade de passar aos quartos-de-final da Champions caso vença o Napoli por 2 ou mais golos em Stamford Bridge (uma vantagem de 2 golos será suficiente caso o Napoli não marque mais que um golo).

A contratação de André Villas-Boas significava em Julho uma lufada de ar fresco na pouca movida da qual padecia o clube londrino.

No entanto, com a contratação de André Villas-Boas começaram a sair os primeiros targets que o Português pretendia que o seu proprietário e respectiva direcção atacassem no mercado: Juan Mata, João Moutinho, Hulk e Álvaro Pereira. Se o primeiro não hesitou em sair de Valência e está a realizar uma razoável época em Londres, a contratação dos 3 últimos esbarraram formal e informalmente nas elevadas clausulas de rescisão pedidas pelo FC Porto: Moutinho nos 40 milhões, Hulk nos 100 e Álvaro Pereira nos 30. Pelo primeiro o Chelsea chegou a oferecer 25 milhões maso FC Porto comprou os 25% do passe do médio que restavam ao Sporting por cerca de 4,5 milhões e automaticamente renovou com o médio para o blindar com uma clausula de 40 milhões. Pelo 2º, a comunicação social especulou que tanto no verão como no Inverno Abrahamovic tentou resgatar o jogador por uma verba que rondaria os 65 milhões de euros. Pelo terceiro, após rondas de negociação intensas no fim do mercado de verão, Abrahamovic só estava disposto a dar 22 milhões de euros. Os três não engrossaram a fileira de estrelas dos Blues.

A juntar ao insucesso provocado pelo falhanço total das compras, o Chelsea comprou muito, muito caro e mal. Pelo menos, os resultados das suas contratações não são visíveis.

Em Janeiro, Torres e David Luiz custaram juntos algo como 90 milhões de euros. Se o primeiro é uma autêntica sombra do Super Niño de Liverpool, o 2º foi uma contratação completamente furada dada a mediocridade das suas exibições.

No Verão, exceptuando Juan Mata, o Chelsea esfolou mais uns dinheiros de Abrahamovic em Lukaku (não joga; não rende; não marca; para já) em Thibault Courtois (guarda-redes emprestado ao Atlético) em Romeu Oriol (bom jogador mas demasiado verde para ser titular para já) e no mercado de Janeiro foi rematar a má contratação de David Luiz com a contratação do central inglês Gary Cahill, até agora, valor seguro para o futuro do clube.

Gastar muito em muito pouco nunca será solução no futebol.

Quando André Villas-Boas assumiu a pasta do Chelsea em Julho deparou-se também com um balneário fracturado e cheio de jogadores, que apesar dos seus feitos na carreira, ou estão actualmente acabados do ponto de vista físico e psicológico para a alta roda do futebol, ou que, por outro lado, são autênticos destabilizadores de balneário. Falo obviamente de Ashley Cole, John Terry, Bosingwa, Michael Essien, Florent Malouda, Frank Lampard, Salomon Kalou, Alex, Didier Drogba e Nicolas Anelka, recentemente despachado para o futebol Chinês.

Tirando o defesa-central e o extremo francês (pela sua relativa juventude) os restantes jogadores são exemplos claros de gente que manda em demasia em qualquer balneário, capaz de fazer a cama a qualquer treinador e fisica\psicologicamente incapaz, de, por ora, responder às necessidades e expectativas de um clube como o Chelsea. Não quero porém dizer que com isto que não sejam jogadores cujas carreiras tenham sido recheadas de sucesso, títulos e classe e que como tal sejam agora considerados inválidos pelo facto de estarem a caminhar a passos largos para a veterania.

André Villas-Boas sabia perfeitamente no que se ia meter.

Ao implantar uma nova metodologia de treino, novas regras e novos hábitos a atletas já de si rotinados por anos de clube, André Villas-Boas sabia que estava a jogar com o risco de as mudanças irem de encontro aos feitios e egos dos jogadores. Daí até encostar alguns destes no banco de suplentes como Frank Lampard ou Didier Drogba foi um passo claro para que o balneário começasse a ficar desfigurado. Acrescentando o facto de que em Dezembro, alguns jogadores recusaram participar num jantar do clube de natal pelo impedimento feito pelo treinador português à presença de Nicolás Anelka (já vendido aos Chineses do Shangai Shenshua) no mesmo, facto que levou a velha guarda do Chelsea a não comparecer no evento em detrimento de uma festa alternativa com a presença do francês num clube londrino.

O futebol moderno, cada vez mais, é a conjugação de uma multiplicidade de factores, multiplicidade essa que mede o grau de sucesso expectavel e efectivo que uma equipa tem ou que um novo treinador tem numa equipa. Ao contrário do futebol antigo, o futebol moderno já não ressalva exclusivamente questões estrictas da metodologia de treino, do plano físico e do plano de rendimento nos treinos e nos jogos, acrescentando a estes factores outros como o plano psicológico dos jogadores, as capacidades financeiras das equipas, a pressão dos adeptos e da comunicação social e todas as manobras comerciais dos clubes.

O lado efusivo provocado pela excêntrica contratação de AVB por parte de Abrahamovic (foi só excentricidade; por isso é que Abrahamovic também não se importa de correr com o treinador só porque sim) acabou, pelos factores que enunciei, por padecer de alguns lapsos que acima enunciei.

É certo que o campo também não ajudou. No entanto, costuma-se dizer que no futebol, o rendimento das equipas é o espelho do ambiente interno de um clube. E o Chelsea nesse campo está de rastos.

Que futuro terá Villas-Boas. Até ao final da época estará descansado no seu canto.

Inter de Milão? Sim, é possível dado que o treinador conhece todos os cantos da casa.

Cagliari? Sim, é possível se não aparecer qualquer proposta melhor.

FC Porto? Por Pinto da Costa sim. Até seria já hoje caso Vitor Pereira não estivesse a meio dos seus 15 minutos de fama. Mas se as coisas correrem mal ao FCP no fim da temporada, AVB é uma possibilidade muito apetecida no Dragão.

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futeboladas

Depois de algum tempo de ausência desta rubrica neste espaço, volto a fazer uma breve análise a alguns jogos do fim-de-semana e a algumas equipas dos principais campeonatos futebolísticos europeus, começando pela Premier League:

Big Sunday na Premier League. Num curto espaço de 3 horas, 3 jogos importantíssimos entre equipas que lutam pelo título: Manchester City vs Tottenham no City of Manchester e Arsenal vs Manchester United no Emirates, tendo as equipas de Manchester vencido os jogos e os citizens reforçado a liderança na tabela classificativa.

Começando pelo primeiro jogo.

A imagem acima postada está a gerar polémica em Inglaterra. Nos minutos finais do jogo contra o Tottenham, Mario Balotelli pisou deliberadamente a cabeça de Scott Parker, abrindo uma ferida no internacional inglês. O árbitro da partida decidiu não intervir disciplinarmente. Minutos mais tarde, seria Balotelli a cair na área do Tottenham derrubado por Ledley King e a converter a respectiva grande penalidade que deu a vitória aos homens de Roberto Mancini.

Vamos ao jogo em si.

Manchester City e Tottenham chegam ao City de Manchester bem próximos na tabela classificativa. O City em primeiro, o Tottenham a 5 pontos. Duas equipas fenomenais, a praticar dois modelos de jogo bem distintos mas bonitos e duas equipas que poucas derrotas concederam esta época (o City tinha 2, o Tottenham no fim do jogo passou a somar 4, sendo que esta foi a 2ª derrota em 19 partidas).

Depois de uma primeira parte um pouco mal jogada, onde as equipas guardaram um respeito mútuo entre si, a 2ª parte prometeu um dos melhores momentos da Premier League deste ano com 4 golos em 8 minutos: primeiro os Citizens com dois golos sem resposta (Aguero e Lescott), depois os Spurs com dois golos de rajada para empatar a partida (um de Jermaine Defoe num lance em que o central Sérvio Savic cometeu uma enorme gaffe e outro do brilhante Gareth Bale).

De seguida, acontece o tal lance em que Balotelli deveria ter sido expulso. E espero bem que a FA veja as imagens televisivas e decida castigar o italiano por alguns jogos. Nos minutos finais, o Tottenham voltou-se a queixar da falta de sorte, que por exemplo já tinha feito com que a equipa não vencesse o jogo com o Chelsea em casa em Dezembro e se tivesse deixado empatar nos últimos minutos das partidas contra Swansea e West Bromwich Albion: num 2 para 1, Gareth Bale galgou pela esquerda, entrou na área e ofereceu o golo a um Jermaine Defoe que chegou atrasado à boca da baliza para emendar e acabou por atirar centimetros ao lado da baliza de Joe Hart. Como quem não marca sofre e que não é expulso aparece, Balotelli haveria de sofrer uma grande penalidade justa após tesoura de King na área e como tal, haveria de colocar o resultado final em 3-2 para a sua equipa.

O City aumentou a vantagem para os Spurs para 8 pontos. A equipa de Harry Redknapp voltou a mostrar o porquê de estar este ano a lutar pelo título de Inglaterra e actuou de forma muito personalizada e atrevida na casa do City. Mais um deslize nas próximas jornadas poderá significar o fim da Linha para os Spurs nesta aventura.

Na 1ª volta, lá para os finais de Agosto falávamos sobre a derrota do Arsenal em Old-Trafford por escandalosos 8-2.

Alguns meses passaram. O Manchester United de Sir. Alex Ferguson não conseguiu ultrapassar algumas lacunas evidenciadas em certas posições específicas da equipa, o Manchester está a fazer um bom pecúlio interno mas a época já ficou manchada pela eliminação precoce do finalista da época passada da Liga dos Campeões da prova. A equipa provou com o decorrer da época que não era a máquina de fazer golos que toda a gente pensava no início da mesma e provou ter debilidades normais da adaptação a um novo ciclo que se vira com saídas e entradas de jogadores.

Ferguson chegou ao ponto de convencer o regresso de Paul Scholes ao activos 6 meses após o internacional inglês ter decidido pendurar as botas, pedido que foi aceite pelo jogador e que já está a dar frutos na equipa de Manchester.

Já o Arsenal de Wenger começou mal, mas lentamento Wenger conseguiu alinhar os peões de forma a salvar o mau início de época. O Arsenal ainda não tem uma equipa formatada ao estilo do técnico francês mas este começa a ter bastante matéria prima de qualidade para voltar a lutar pelo título nas próximas épocas. Os exemplos disso são Ramsey, Wilshere, Coquelin, Oxlade-Chamberlain, Frimpong, Ignasi Miquel, Per Mertesacker, Thomas Vermaelen, Alex Song, Theo Walcott, Park-Chu Young, entre outros…

Do jogo de ontem duas notas: a preponderância de Ryan Giggs na equipa de Manchester e a fantástica assistência para o primeiro golo de António Valência e do outro lado, a assistência de Oxlade-Chamberlain para Robin Van Persie no golo do “empate” do Arsenal.

O United continua a peugada pelo título enquanto o Arsenal não conseguiu sair da 5ª posição.

Outras partidas:

Norwich 0-0 Chelsea – Mais um jogo horrível da equipa de Villas-Boas, mais um jogo em que Fernando Torres ficou em branco. Os Blues não conseguiram aproveitar da melhor maneira o deslize do Tottenham e continuam longe dos lugares cimeiros.

Fulham 5-2 Newcastle – Vale a pena ver os resumos pelo hat-trick de Clint Dempsey. O Norte-Americano está finalmente a confirmar os créditos com os quais vinha referenciado dos Estados Unidos e está a fazer a melhor época na Premier desde que chegou ao Fulham em 2006 vindo do New England Revolution. Contra o Newcastle, 3 golos na 2ª parte ajudaram à goleada contra os Magpies, que, apesar do bom arranque de campeonato estão em queda livre desde Dezembro. Ocupam neste momento a 6ª posição mas rapidamente poderão ser ultrapassados pelo Liverpool, que esta jornada também perdeu em Bolton por 3-1. A equipa de Bolton com 2 vitórias e 1 empate nos últimos 5 jogos já conseguiu sair dos lugares de linha-de-água.

Passando para Itália:

A Juventus tornou-se campeã de inverno da Liga Italiana. No final da 1ª volta os homens de Turim lideram com 41 pontos contra os 40 de Milan e 38 da Udinese.

Ontem no Atleti Azurri D´Italia em Bergamo, a Juve despachou a Atalanta por 2-0 com golos de Lichsteiner e do reforço (contratado no verão ao Empoli) Emmanuele Giacherini. Do pouco que vi do jogo, Arturo Vidal estava a fazer um grande jogo e os avançados da Juve (Matri e Vucinic) tiveram uma noite desinpirada. Só Matria à sua conta teve 4 ou 5 grandes perdidas. No entanto, Antonio Conte está de parabéns por ter trazido a Juve novamente ao topo do futebol italiano e por colocar a equipa a jogar um futebol de ataque muito agradável, flanqueado e rápido.

Ibrahimovic (2) e Robinho despacharam a dificuldade Novara e fizeram o Milan recuperar bem do desaire do fim-de-semana passado no derby milanês frente ao Inter. Relembro que nas primeiras do campeonato, o Novara tinha batido em casa o Inter por categóricos 3-1.

Mesmo com Kevin-Prince Boateng lesionado, reparem na assistência maravilhosa que Ambrosini fez para o Sueco no 1º golo do Milan. Quem diria que o caceteiro Ambrosini, depois de velho dava para isto?
O 2º golo, apesar de não ser vistoso revela um facto curioso: os 3 intervenientes na jogada tem sido preponderantes para a carreira do Milan esta época. Robinho porque a sua forma está claramente a subir, Nocerino e El Sharawy porque tem aproveitado todos os minutos de jogo que lhes são dados por Max Allegri.

Outros jogos:

Inter 2-1 Lazio – Ranieri está a repetir a dose no Inter daquilo que já tinha feito na Roma na época 2009\2010, quando pegou no comando técnico dos Romanos sucedendo na altura a Luciano Spalletti. Na altura, o treinador pegou numa equipa completamente devastada por um horroroso início de época e conseguiu levá-la a um fantástico 2º lugar, lutando taco-a-taco contra o Inter de Mourinho que se iria sagrar campeão italiano e campeão europeu nessa época.

O mesmo acontece esta época. Ranieri pegou na equipa à 4ª jornada depois do despedimento de Gasperini. Se o Inter à 4ª jornada apenas somava 1 ponto, Ranieri conseguiu somar 34 em 16 jornadas, graças a 9 vitórias, 5 empates e 2 derrotas.
Nas últimas duas jornadas, o Inter bateu o rival Milan para o campeonato e este fim-de-semana bateu a Lazio por 2-1 em San Siro com golos de Milito e Pazzini aos 44″ e 63″ respectivamente depois da Lazio ter inaugurado o marcador aos 30″ por intermédio do veteraníssimo Tommaso Rochi. O Inter ultrapassou a Lazio no 5º lugar. A Lazio tem vindo a perder muito gás nas últimas jornadas, depois de já ter ocupado a 1ª posição do campeonato em conjunto com Udinese e Juventus na 1ª volta.

Siena 1-1 Napoli – A perder o gás nas últimas jornadas também está o Napoli. Apenas uma vitória nas últimas 4 jornadas, colocam a turma Napolitana fora dos lugares europeus.

Roma 5-1 Cesena – A morder os lugares europeus está a Roma. Goleada no Olimpico por 5-1 contra o modesto Cesena (18º do campeonato com 15 pontos) com golos de Totti (2) Juan, Borini e Pjanic. Luis Enrique está lentamente a chegar aos lugares europeus e esta Roma caso embale pode não se ficar por aqui.

Totti está novamente em altas. O seleccionador Cesare Prandelli admitiu publicamente que poderá voltar a convocar o histórico capitão romano para o Euro 2012. Totti não veste a camisola da Squadra Azzurra desde o Mundial de 2006.

Liga Espanhola:

Na luta pelo primeiro lugar em Espanha, o Real Madrid goleou o Athletic de Bilbao no Bernabéu por 4-1. No entanto nem a vitória (gorda) foi obtida de forma linear, nem o resultado expressivo amainou alguns problemas internos que poderão ter emergido depois da derrota a meio da semana contra o Barcelona como o caso de Pepe e como o “bate-boca” mais azeda entre Mourinho e a dupla Sérgio Ramos\Casillas no treino de sexta-feira que a Marca noticiou hoje.

Já em Maiorca, o Real tinha sentido dificuldades e tinha começado a partida a perder. O mesmo aconteceu ontem frente aos bascos do Athletic quando Llorente inaugurou o marcador aos 13″. Depois, Marcelo, Cristiano Ronaldo (2) e Callejón marcaram os 4 golos da equipa de Mourinho que continua em primeiro lugar na Liga.

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Post-Christmas III (futeboladas)

Em Inglaterra, o boxing day.

Boxing Day azedo para Villas-Boas e fellas…

Com Orlando Sá no 11 titular do Fulham, a equipa de Villas-Boas somou o terceiro empate consecutivo na Premier, não aproveitou o deslize do Manchester City e ainda perdeu pontos para o United (está a 11 pontos da liderança partilhada das equipas de Manchester) e para o Arsenal e Tottenham na luta pelos lugares da Champions.

A bom da verdade, o azar que o Chelsea teve nos minutos finais (várias oportunidades de golo) foi a sorte que teve em White Hart Lane na semana passada nos minutos finais quando Adebayor e Bale tiveram oportunidade de dar a vitória aos Spurs contra os Blues.

Numa altura em que Fernando Torres é muito criticado em Inglaterra por falta de empenho e de ambição e é dado como transferível pela imprensa (já se falou do interesse do Málaga em pagar cerca de 25 milhões pelo internacional espanhol) a exibição do espanhol foi mais uma vez algo de inacreditável. Não parece o mesmo jogador que nos encantou ao serviço do Liverpool e creio que Torres está neste momento a visionar o fim da linha na Premier League…

Do lado do Fulham, excelente exibição do Costa-Riquenho Bryan Ruiz. Levou na sua onda Ashley Cole quantas vezes quis e é dele que sai a portentosa jogada para o golo da sua equipa. Duvido muito que permaneça na próxima época em Craven Cottage. Moussa Dembele é outro jogador que não tardará a envergar a camisola de um grande europeu.

Verdadeiro Boxing Day para Sir Alex Ferguson.

Mesmo a jogar mal (muito mal) o seu Man United vai conseguindo levar a água ao seu moínho. Se o United sem deslumbrar consegue chegar ao fim do ano em igualdade pontual com o City (a jogar muito bem), tal faz do United o principal candidato ao título pois creio que as coisas a partir deste estádio de desenvolvimento só podem melhorar.

Outras partidas:

Liverpool 1-1 Blackburn – Nem ao último os Reds conseguem ganhar. É uma equipa que só dá Luis Suarez, Luis Suarez e Luis Suarez e Luis Suarez, arrisca-se a deixar orfã esta equipa e os 8 jogos sem Suarez fazem com que Dalglish volte a não cumprir a meta dos lugares uefeiros, isto é, se não for despedido antes do final da época, coisa que já deveria ter acontecido num clube com a dimensão do Liverpool e com o que o Liverpool gastou em reforços neste ano de 2011.

Charlie Adam é claramente uma das piores contratações da história do Liverpool e nem 3 Charlie Adam´s fazem um Meireles.E a 2ª é obviamente Andy Carroll – da mudança de Newcastle para Anfield Road, o avançado parece que desaprendeu a marcar golos. Aliás, é caricata até a noção de que Carroll está a padecer do mesmo problema de Fernando Torres no Chelsea, jogador que o antecedeu na dianteira do Liverpool e cuja venda possibilitou a sua contratação aos magpies.

Norwich 0-2 Tottenham – Descanso de boxing day tranquilo para Harry Redknapp. A equipa demorou a acertar no jogo mas quando acertou (Gareth Bale) fechou a contagem, não deu esboço de resposta aos yellows de Norwich e posicionou-se a 7 pontos da liderança quando ainda tem um jogo em atraso. Fim de 2011 em cheio para a turma de White Hart Lane.

Arsenal 1-1 Wolverhampton – Van Persie salvou o pior. Uma equipa em construção que vai melhorando de jogo para jogo. Se não venderem Van Persie no verão e reforçarem-se com um bom trinco e com outro bom extremo são equipa para ambicionar algo mais que o 4º\5º lugar.

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futeboladas (tardio)

Depois de tanta agitação pelas academias, cumpre-me fazer um “revisiting” rápido pelo que se anda a passar pelo futebol lá fora.

Tinha programado meter uns videos com uns resumos, mas como o tempo é escasso fico-me apenas pelos comentários:

1. Desde que acompanho a sério a Premier League (desde meados da década de 90) nunca vi uma Liga Inglesa tão desiquilibrada. Não é seu apanágio.

À 12ª jornada, com o número 12 a marcar (12 pontos é a diferença de Chelsea, Liverpool e Arsenal em relação ao Manchester City) estas três equipas estão para mim, no limite do erro. 12 são muitos pontos para recuperar perante um City que está sem dúvida fortíssimo (11 vitórias e 1 empate; um impressionante, repito, impressionante goal average de 42\11; o City arrisca-se a acabar o campeonato com mais de 120 golos se a média não destoar; impressionante também é o goal-average destas 3 equipas: Chelsea 25\17; Liverpool 16\11 – 16\11 é muito pouco para o poderio atacante que a equipa de Kenny Dalglish tem; Arsenal míseros 25\22 onde nem a entrada de Mertesacker para o centro da defesa dos Gunners alivia o mau desempenho defensivo da turma de Wenger).

O que me causa mais espécie é que estas 3 equipas, com o potencial que tem os seus planteis (excepção feita obviamente ao Arsenal, que devido às saídas de Fabrègas e Nasri e às muitas entradas que teve esta época, tem por missão criar uma equipa que seja competitiva para a próxima época) não estão a conseguir dar a volta por cima, e arriscam perder lugares na Champions e até na Liga Europa para os impressionantes Newcastle e Tottenham, que este ano (o Tottenham novamente) voltaram a sedimentar possibilidades de interferir na chamada “luta dos grandes”

André Villas-Boas, tem pela primeira vez uma dura missão na sua carreira: fazer encarreirar os Blues! Não me venham com o argumento que Roman Abrahamovic não abriu os cordões à bolsa! Roman Abrahamovic simplesmente não quis abrir os cordões à bolsa em relação aos targets pretendidos pelo seu novo treinador, casos de Álvaro Pereira, João Moutinho e Hulk. Se de facto existiram clubes gastadores neste ano, um dos clubes foi o Chelsea: 9 milhões de euros por Thibaut Courtois (guarda-redes que foi emprestado ao Atlético de Madrid) 25 milhões por David Luiz em Janeiro ao Benfica, Oriol Romeu ao Barcelona por 6 milhões de euros, Raul Meireles por 14 milhões ao Liverpool, Fernando Torres por 60 milhões ao Liverpool em Janeiro, Juan Mata por 35 milhões ao Valência e Romelu Lukaku ao Anderlecht por 21 milhões de euros. Fazendo as contas, o saldo de transferências no ano civil do Chelsea foi de 170 milhões de euros.

A questão que se põe é que André Villas-Boas para singrar no Chelsea terá obviamente que ir construíndo uma nova década no clube londrino. Como afiancei no Preview da Premier que escrevi neste blog em Agosto (ver histórico no fim de página em relação a esse mês) a equipa do Chelsea é maioritariamente constituída por jogadores de carreiras acabadas e consequentemente por jogadores cujo auge já passou, problemática que obviamente causa algum comodismo no seio do plantel. Falo de John Terry, de Alex, de Michael Essien, Frank Lampard, Florian Malouda, Didier Drogba, Nicolas Anelka e do inevitável John Obi Mikel, que apesar de ser um jogador que aprecio bastante a qualidade de passe, nunca mostrou grande coisa para envergar a camisola do Chelsea.

O Manchester City, por outro lado, voltou a investir forte e está a colher os lucros desse investimento. Com a ajuda de grandes níveis exibicionais de jogadores como Balotteli, David Silva, Kun Aguero, Vincent Kompany, Joleon Lescott, Samir Nasri, James Milner, Yaya Touré e Dzeko, e todo o talento que lhes está agregado, o City de Mancini começa a agradar às pretensões dos seus proprietários e, arrisca-se a levar a Premier League para casa esta época e a lançar-se muito bem na grande roda da Europa para as próximas épocas.

A farturinha é tanta que Mancini nem se importa muito com o birrento Carlitos Tevez, que depois da polémica causada no jogo contra o Bayern foi amuado para a Argentina levando o treinador italiano a negar-lhe a eventual possibilidade de voltar a vestir a camisola do clube. Tevez será um reforço de peso para qualquer clube europeu e é inegável que Real Madrid, PSG, Málaga, Arsenal, Inter e Roma estarão muito atentos para concretizar a sua transferência.

Este fim-de-semana teve mais teste de fogo perante uma equipa do Newcastle, que ainda não tinha perdido esta época. Um teste que foi ultrapassado com o bom futebol que se tem visto a ver da equipa de Manchester, ajudada por alguns erros infantis de Ryan Taylor (defesa esquerdo do Newcastle) e também com a verdadeira estrelinha de campeão na 2ª parte com as oportunidades falhadas por um Newcastle, que, apesar da derrota tem o mérito de ter construído um plantel belíssimo com jogadores como Coloccini, Jonás Gutierrez, Demba Ba e Hatem Ben Arfa.

Mas, como afirmei na introdução a este ponto a Liga está desiquilibrada. Neste momento, só o United tem capacidade para rivalizar com o seu vizinho do lado. E já vão 5 pontos de diferença e obviamente 5 golos na bagagem como pudemos constatar no último derby de Manchester.

As próximas jornadas serão fulcrais para se começar a desenhar o miolo e o desfecho da Premier.

2. Em Espanha, o Real continua com a sua almofada de 3 pontos em relação ao Barça. Digo almofada, visto que num campeonato onde a diferença se fará ao pontinho num universo de mais ou menos 100 pontos conquistados nas 38 jornadas da prova, 3 pontos podem fazer a diferença para as turmas de Mourinho e Guardiola.

Em 12 jornadas, o Barça já patinou 4 vezes (4 empates) dado que não é abonatório para a super-máquina de Guardiola. Guardiola terá um final de mês de Novembro e um mês de Dezembro duríssimo, onde terá que jogar  com o Real Madrid no dia 10, terá que efectuar as duas restantes jornadas da Champions (uma delas com o Milan que ainda poderá ser alvo de disputa de liderança de grupo) e o campeonato do mundo do clubes, prova que poderá ajudar ao desgaste da equipa e onde o Barcelona quererá levar o troféu para a Catalunha.

Mourinho ultrapassou o Mestalla nesta jornada e cavou uma diferença de 7 para o Valência. Os Valencianos vinham a fazer um excelente campeonato até agora e em caso de vitória até poderiam entrar na luta pelo 1º lugar. Mais uma grande exibição de Ronaldo pelo Real e mais uma grande exibição de Roberto Soldado pela turma Valenciana, comprovando que esta está a ser a época da carreira do avançado que curiosamente foi formado nas escolas do Real. Soldado leva 8 golos na Liga e 2 na Liga dos Campeões.

No entanto, do jogo do Mestalla fica por assinalar um penalti clarissimo a favor do Valência que poderia no final ter dado o empate aos Valencianos, resultado, que pelo que o Valência fez no quarto de hora final até se ajustava.

Sabendo que os Valencianos não vão lutar pelo título, cada vez parece mais certo que o 3º lugar será deles sem grande concorrência. O Malaga e o Sevilla tentarão guiar os seus resultados pelos resultados do Valência, mas, neste início de época, apesar do bom futebol que estão a praticar em algumas partidas, começam a sofrer de alguma intermitência nos seus resultados.

Quem continua a desiludir é o Atlético e o Villareal. Por este andar da carruagem, Levante, Espanyol e Athletic poderão ter mais condições para lutar pelo 6º lugar que estas duas equipas.

O Atlético de Madrid é uma excelente equipa. Tem é um mau treinador. Gregorio Manzano é daqueles treinadores que fala muito cá fora perante a imprensa mas não mete as equipas a jogar bonito e a obter resultados de maior. Já assim o era no Sevilla. Uma equipa que tem jogadores no plantel como Felipe, Álvaro Dominguez, Diego Godín, Mário Suarez, Tiago, Salvio, Arda Turan, Diego, Paulo Assunção Adrián, Radamel Falcao, Juanfran, Diego Costa e Reyes terá que fazer muito mais do que sequências em que ganha um jogo, empata os próximos e perde outro a seguir.

Já o Villareal é uma equipa cujos jogadores parecem estar em decadência. Falo de Gonzalo Rodriguez, Carlos Marchena (há muito que está em decadência) Cani, Marcos Senna, Borja Valero, Giuseppe Rossi e Nilmar. Da espinha dorsal desta equipa, ainda não vi uma boa exibição destes jogadores, tanto a nível interno como na Champions onde o Villareal está a ser a pior equipa da fase de grupos.

3. Em Itália, a coisa está boa para a Juventus.

O investimento compensa. Olho para o plantel da Juve e não tenho dúvidas em afirmar categoricamente que a Vecchia Signora vai voltar ao scudeto. É só magia. Buffon é aquele senhor e sempre o será. Marco Motta, Andrea Bazagli, Lichsteiner, Fabio Grosso, e a grande dupla de centrais da selecção italiana Leonardo Bonucci e Giorgio Chellini (estou aqui a pensar na quantidade de centrais de qualidade que a Itália terá para a próxima década com Rannochia, Bochetti e até Criscito quando adaptado) são aquela defesa que todo o treinador gostaria de ter.

Marchisio e Pirlo combinam de uma forma estonteante no miolo e tem Arturo Vidal como o substituto perfeito. Nas alas, Pepe, Krasic, Eljero Elia (que jogador bestial) Alessandro Matri e Del Piero são outro sonho para qualquer treinador de futebol assim como os homens da frente: Fabio Quagliarella, Luca Toni, Vincenzo Iaquinta, Mirko Vucinic e um apagadíssimo Amauri que não tem lugar neste plantel mas que não deixa de ser um grande avançado.

À Juve, seguem-se por um ponto de diferença, Lazio e Udinese. Não menosprezando tais equipas, creio que não tem qualidade para andar a lutar pelo título e rapidamente irão baixar a guarda no que toca a este capítulo. A Lázio tem um bom plantel mas nota-se que não tem um jogador criativo (o melhor que tem é Ledesma) e a Udinese, a selecção do mundo como lhes costumo chamar, apesar de ter excelentes jogadores como o lutador Maurizio Isla, Danilo, o mágico Gabriel Torje, o fantástico Pablo Armero e Floro Flores, continua a depender em muito de um dos jogadores da década do futebol italiano, o imortal António Di Natale, que com os seus 8 golos em 11 jornadas irá lutar novamente pelo título de melhor marcador da Serie A.

Ambas as equipas sofrem na minha opinião de um problema patológico comum: dependem exclusivamente dos seus avançados, respectivamente Di Natale e Miroslav Klose.

O Milan está em 4º com 21 pontos. Max Allegri não está a conseguir fazer olear tão bem a sua máquina esta época, mas, será a única equipa que a meu ver irá ombrear com a Juve na luta pelo título. No entanto, a primeira fase do campeonato não está a correr bem e não se pode culpar o facto do Milan não ter jogadores para enfrentar com atitude séria duas competições, até porque na Champions tirando a oposição no grupo do Barcelona, tanto BATE Borisov como Viktoria Plzen são equipas do submundo europeu que o Milan tem obrigação de golear.

É claro que uma baixa como António Cassano deixa marcas numa equipa como o Milan, mas, perante o plantel recheado que os milaneses tem, não serve de desculpa para nada.

Daí que 23 golos em 11 jornadas seja uma marca péssima para o poderio ofensivo dos Milaneses.

A Roma está a conseguir levantar-se do choque inicial. Luis Enrique está a pouco e pouco a colocar a equipa a jogar futebol. Está a apenas 5 pontos do 1º lugar. E tal não é uma vergonha para uma equipa que recebeu novos jogadores como Stekelenburg, José Angel, Simon Kjaer, Erik Lamella, Miralem Pjanic, Fernando Gago, Pablo Osvaldo (o tal que é mais italiano que os políticos que nasceram em itália) e Bojan Krkic. Estes, em conjunto com outros como Burdisso, De Rossi, Leandro Greco, Okaka Chuka e até Marco Borriello podem-se assumir fulcrais para Luis Enrique (caso a direcção romana o decida manter indiferentemente do resultado desta época) trabalhar a pensar na luta pelo scudetto na próxima época.

O Inter, é mau demais.

A minha opinião sobre o Inter é que é demasiada veterania acomodada e demasiada juventude precoce neste plantel.

Sem gastar muito dinheiro, o Inter tem o futuro assegurado. Mas para daqui a 3 ou 4 anos.

O Inter deve aproveitar para reflectir. Deverá mandar já no mercado de inverno algumas (velhas) vedetas embora para começar a dar espaço aos mais novos e ganhar algum capital (enquanto é possível fazê-lo com jogadores como Maicon, Chivu, Motta ou Milito) ou é preferível manter uma equipa, que apesar da classe inegável e do caminho de glória trilhado por 95% dos seus jogadores não está a funcionar como equipa e pela primeira vez da história recente do Inter está a um passo de lutar para não cair no abismo que se chama Série B?

Eu não consigo acreditar como uma equipa que tem Sneijder, Zarate, Ricky Alvarez, Stankovic, Milito, Forlán e Pazzini, só consegue marcar 13 golos em 11 jornadas. Recuso-me mesmo a acreditar que estes jogadores não se consigam entender. Mas acreditando ou não, o que é certo é que este Inter está numa forma interna que é completamente lastimável…

4. Na Alemanha, Mario Gotze calou o Allianz Arena. O Dortmund superou as dificuldades iniciais causadas pela má forma de jogadores como o jovem médio e a lesão de Lucas Barrios. E Barrios ainda nem sequer apareceu no campeonato, pois tem sido suplente.

O Dortmund ficou com a vitória frente ao Bayern a 2 pontos dos Bávaros e promete obviamente ser a maior sombra à turma de Jupp Heynckes, treinador claramente de transição de ciclo na equipa de Beckenbauer.

Numa liga que está a ser muito renhida por ora, Schalke o4 (-3 pontos) Werder Bremen (-5) e Estugarda e Bayer de Leverkusen (-7) ocupam os lugares cimeiros da Bundes, com o Borussia de Monchagladbach (-2) a fazer uma sensacional 1ª volta de campeonato. Todos ainda tem hipóteses de rapidamente (3 jornadas na Alemanha podem virar a tabela toda) chegar à 1ª posição.

O Bayern de Munique, apesar das 3 derrotas que já leva para a Liga está a fazer o que lhe compete: liderar após um ano muito mau como foi o da época 2010\2011.

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Premier League – Antevisão

O melhor espectáculo do mundo já começou! Sem dúvida, a melhor liga do mundo. Pelo potencial das equipas, pelo espectáculo, pelos grandes derbys e clássicos, pela emoção até ao último minuto nas partidas e sempre até às últimas jornadas!

Pouco mais se pode dizer de um campeonato tão rico em talento e em emotividade.

O Manchester United tem outra vez a responsabilidade (quiçá o prazer) de defender novamente o título. Numa 1ª linha de candidatos terá os crónicos Chelsea,  Liverpool (tenho a certeza que será capaz de voltar aos grandes resultados internos) Arsenal (mais frágil devido à saída de Fabrègas) e o “emergente” Manchester City.

Com os olhos postos na Champions e nos lugares europeus estarão sempre equipas como o Tottenham, o Aston Villa, Fulham, Everton e quiçá o renovado Newcastle. Outra equipa de meio da tabela poderá sempre ser um outsider na prova, dado o potencial que todas as equipas demonstram. Cumpre-me novamente dizer que esta antevisão poderá ter erros ou poderá sofrer mudanças até ao dia 31 de Agosto, data de fecho do mercado de transferências. Os 8-2 do Manchester ao Arsenal no dia de ontem apanharam-me em contramão na escrita deste post. Mesmo assim, a derrota histórica sofrida pelos Gunners não vai alterar em nada o que penso sobre o clube londrino. No fim, os pequenos excertos que pertencem ao Tottenham e ao Blackburn já foram escritos com base nos resultados que os clubes obtiveram na 3ª jornada da prova. O meu obrigado a quem lê a antevisão.

Manchester United

Sir. Uma lenda viva do futebol mundial. Ao longos dos últimos anos em Manchester, muito se tem dito sobre Alex Ferguson e sobre o futuro do clube de Manchester sem o manager escocês.

Por outras palavras, muita tinta se tem derramado nos jornais ligados ao fenómeno desportivo sobre o ano em que Sir se vai retirar do futebol e qual vai ser o seu sucessor. Ultimamente, o Guardian afirmou que o manager escocês pretende retirar-se no final desta época, encerrando o seu enorme pecúlio pelo futebol no clube de Manchester com uma entrada gloriosa no seu último capítulo enquanto treinador de futebol com o desafio de guiar a selecção olímpica da Grã-Bretanha no torneio de futebol dos Jogos Olímpicos de 2012. A seu tempo, Ferguson não desmentiu nem confirmou a eventualidade de se retirar do United no fim desta época e não descartou o desejo de orientar a selecção olímpica britânica. O seu sucessor é obviamente outro dos enigmas que faz vender jornais em Inglaterra. Ferguson é um homem vivido no futebol e decerto já deverá ter indicado na “board” do seu clube um ou vários nomes para continuar o seu trabalho.

Nomes jovens, visto que o Manchester está mais que rotinado com a experiência Ferguson a dar tempo e espaço aos seus técnicos e jogadores desde a entrada no clube até ao sucesso. Digo experiência ferguson sem aspas. O escocês entrou no clube pela porta pequena e demorou a vencer. Pelo meio, o clube de Manchester não lhe indicou a porta da saída, mostrando um pouco daquilo que é a mentalidade de gestão de um clube no Reino Unido. Os Portugueses Carlos Queiroz e José Mourinho aparecem como o sucessor do escocês. Queiroz é um dos pilares de muitos sucessos do United. Ferguson granjeou-lhe a confiança suficiente para o Português assumir o trabalho de campo da equipa.

Mourinho, apesar da rivalidade saudável (Ferguson é um dos técnicos cujo Português mais respeita e não entra nas habituais trocas de palavras) assume-se como o “special one” do escocês e mesmo no Real, saltará para Manchester muito facilmente caso o escocês lhe diga “és o meu sucessor”. Mike Phelan (actual adjunto do United) e David Moyes (Everton) poderão ser outras alternativas indicadas por Sir para o futuro do clube. Passando a outra conversa O Manchester inicia esta nova época com a defesa do título e com a ambição do costume: vencer todas as provas que vai disputar. Depois de um defeso que ficou marcado pelas renúncias de pilares importantes na vida do clube como Scholes, Van Der Sar e Gary Neville, Ferguson sentiu que era a hora de reforçar o plantel com gente capaz de assegurar o futuro do clube.

Entre as saídas desta época, para além dos veteranos que terminaram carreira, saíram jogadores que estavam no clube há muitos anos mas que nunca se afirmaram como titulares no United. Casos de Wes Brown e do o irlandês John O´Shea que saíram para o Sunderland. Outros jogadores que não se afirmaram em Manchester ou são demasiado jovens e precisam de rodar também acabaram por sair como o Português Bébé (por empréstimo para o Besiktas) Gabriel Obertan (rumou a Newcastle) ou Joshua King.

Para reforçar o plantel, a direcção do clube não olhou a gastos. Começou por substituir o “monstro” Van der Sar pelo talentoso David de Gea. 21,5 milhões foi o valor pago pelo jovem guarda-redes espanhol ao Atlético de Madrid. De Gea não está porem a ter vida fácil em Manchester. No entanto, o talento do espanhol garante-me a tranquilidade para dizer que o Manchester tem aqui guarda-redes para os próximos 15 anos. Para a defesa, 22 milhões foi o valor pago pelo lateral Phil Jones ao Blackburn, uma transferência cujo valor me espantou e cuja responsabilidade será enorme para o jovem lateral de 19 anos.

Para as alas, Ashley Young foi uma excelente decisão do Manchester. O extremo é um jogador fenomenal que vai acrescentar muito talento a um sector onde Nani era a única solução de classe mundial a meu ver. Quanto ao Português já lá vamos. Young estreou-se com pompa e circunstância pelo Manchester. No capítulo das incógnitas, continuam alguns jogadores. Durante o defeso, a comunicação social dava Nani como carta fora do baralho do plantel do Manchester. Se o clube o tivesse vendido seria um erro. Muito mais pelos 14 milhões que a imprensa falava ou até pela troca com Sneijder, jogador cujas características são apreciadas por Ferguson graças à falta de Paul Scholes e à não-afirmação por completo de Anderson, jogador que Ferguson comprou ao Porto e quis transformar em 8 (ainda que sem sucesso).

Nani continua portanto de pedra e cal no United e assume-se como uma das vedetas indiscutíveis da equipa. Também se especulou que Michael Carrick, Rio Ferdinand, Valência e Berbatov poderiam não ficar no Manchester 20112012. Tais rumores acabaram (por ora) por não se concretizar. É um plantel que ganhou bastante qualidade com as entradas. Di Gea será o titular na baliza e terá pouca concorrência do polaco Kuszczak e do dinamarquês Lindegaarde. Na defesa, Evra continuará a ter o flanco esquerdo. No centro da defesa, Nemanja Vidic, o grande Chris Smalling (arrisca-se a roubar o lugar ao veterano Ferdinand) e Rio Ferdinand irão continuar a garantir a qualidade que o Manchester sempre nos habituou. À direita, será um despique entre Phil Jones e Rafael da Silva. Fábio da Silva e o galês Johnny Evans (centroesquerda) tentarão ganhar o seu espaço perante as saídas de muitos defesas que aproveitavam as sobras dadas pelas lesões na defesa (O´Shea, Brown; num passado muito recente Mickael Silvestre antes de ser transferido).

O meio-campo do United assusta. Carrick, o veteraníssimo Ryan Giggs (ainda influente na equipa aos 37 anos) Park Ji-Sung (renovou; é fulcral pela sua versatilidade e pelo seu rigor táctico) Nani, Valência Ashley Young, Anderson, Darren Fletcher e os jovens Darren Gibson, Tom Cleverley garantirão excelência táctica e técnica e soluções para Ferguson.

Na frente, Wayne Rooney, Dimitar Berbatov, a jovem vedeta Chicarito Hernandez (colou muito bem no United o puto!), o veterano Michael Owen e os jovens Mame Diouf, Danny Welbeck (será de vez que vai assentar?) e Federico Macheda (voltou de empréstimo) dispensam apresentações e serão opções tanto para o centro do terreno para como para várias posições como a de nº10 (Rooney e Berbatov adaptam-se muito bem nestas posições) como para as extemidades do ataque (Welbeck; Diouf). Apenas Hernandez tem lugar garantido como o homem mais avançado no ataque. Um jogador que Ferguson soube moldar muito bem à sua maneira: o Mexicano veio como extremo e tornou-se um felino matador.

Manchester City

Tanto investimento e tanta ambição só pode resultar em glória. Este poderá ser o ano do City. Se avançarmos alguns metros a pé de Old Trafford (Teatro dos Sonhos) iremos dar ao City of Manchester, mansão imperial do Abu Dhabi and Hyde Park Entertainment Group, grupo que investiu no clube britânico cujo proprietário é Khaldoon Al Mubarak. Nos últimos 4 anos, o Abu Dhabi and Hyde Park Entertainment Group, principal grupo de investimentos dos Emirados Árabes Unidos, proprietário da Etihad Airways, da Etisalat, da Columbia Pictures e de metade dos negócios feitos em Abu Dhabi no ramo imobiliário investiu uma soma milionária no histórico clube Britânico.

Se a primeira fornada de jogadores contratada pelo clube de Manchester não deu garantias de sucesso a Sven Goran Erikson (jogadores como Elano, Jô, Martin Petrov, Zabaleta, depois Adebayor, Bellami, entre outros) o investimento triplicou mas na minha opinião, Roberto Mancini não é homem para treinar este arsenal em bruto. Falta muita ambição a Mancini para guiar à vitória um plantel quase perfeito. Como não poderia faltar, este defeso voltou a ser de revolução e aperfeiçoamento do plantel dos Citizens.

Saíram enumeros jogadores e entraram outros tantos: saíram Adebayor (via Tottenham depois de não ter vingado no Real Madrid) Shay Given (Aston Villa) Michael Ball e Michael Johnson (Leicester) Derdryck Boyata (Bolton) e o eslovaco Wladimir Weiss foi novamente emprestado do Dinamo de Kiev após uma boa época no Rangers Em decisão, continua o dossier de jogadores como Balotelli (apesar do seu talento, as confusões e problemas que o italiano gera poderão ter levado os responsáveis do Manchester City a poder colocar o jogador no mercado na última semana de transferências) Onohua e Wayne Bridge (não tem lugar num plantel com 11 defesas) Shaun Wright-Phillips (tem se falado da hipótese de rumar ao recém-promovido Queens Park Rangers) Adam Johnson e Gui Assulin e dos avançados Roque Santa Cruz e Craig Bellami. Ponderada ainda é a hipótese do Real Madrid levar Carlos Tevez, facto que só acontecerá se Florentino Perez passar um cheque a rondar os 70 milhões de euros, valor estipulado pelo City para libertar o Argentino.

O argentino Kun Aguero foi claramente um dos agitadores do mercado de transferências. Com a qualidade que o argentino possuí e a dificuldade que o Atlético (mesmo possuíndo planteis bastante interessantes) tem em conquistar títulos, seria muito difícil aguentar por muito mais tempo o assédio ao genro de Diego Armando Maradona. Rumou a Manchester. Pelo dinheiro e pela sede de triunfos. Não foi porém o único alvo certeiro do City neste defeso. Para a defesa, o clube contratou o defesa-esquerdo Francês Clichy ao Arsenal e o defesa-central Sérvio Savic ao Partizan, jogador que chegou a ser apontado ao Sporting. Do Arsenal, Clichy veio acompanhado pelo médio Nasri, jogador que a um ano do fim de contrato com os Gunners decidiu rumar de ares. Se num primário lance teve com um pé no United (oferecia 14 milhões ao Arsenal pelo seu concurso) acabou por ir parar ao City of Manchester por inflacionados 28 milhões. Inflacionados não pelo talento do jogador (que é imenso; é um jogador com uma qualidade de passe e criatividade enormíssima) mas pela situação contratual que possuía com os Gunners.

Savic é um central dado como certinho, forte fisicamente e altivo no jogo aéreo. Juntam-se a um plantel de luxo com jogadores que dispensam apresentações: Joe Hart (o titular da baliza inglesa) Micah Richards, Pablo Zabaleta, Vincent Kompany, Joleon Lescott, Kolo Touré, Kolarov (muito criticado no City, ainda não se conseguiu afirmar) Nigel De Jong, David Silva (o grande criativo desta equipa) Adam Johnson, James Milner, Gareth Barry, Yaya Touré, Carlos Tevez, Dzeko e as incógnitas até ao fim do mercado Balotelli, Bridge, Onohua, Santa Cruz e Bellami. Roberto Mancini tem portanto a sua cabeça a prémio. Não existem desculpas para não obter resultados. Tem a equipa que pediu e a equipa que não pediu. A enorme concorrência interna e externa é que poderá dificultar a vida ao treinador italiano.

Wolverhampton

Mick McCarthy (ex-seleccionador Irlandês) é novamente o santo milagreiro de uma equipa com poucos recursos económicos, tendo em conta o poderio financeiro das equipas com quem vai competir no plano interno. O Irlandês é no entanto um técnico experiente e ciente das dificuldades que irá encontrar de modo a atingir o objectivo da equipa: uma época sem sobressaltos de maior índole. Como maior contratação da equipa, aparece Jamie O´Hara (médio-centromédio esquerdo recrutado ao Tottenham) mais um Irlandês para um plantel que conta com 7 irlandeses, quase todos fundamentais na manobra da equipa, casos de Stephen Ward, Steve Hunt e Kevin Doyle.

Homens de confiança de McCarthy. Para completar a sua missão, McCarthy terá como esteios jogadores como Jody Craddock, Stephen Ward, o escocês Christophe Berra, George Elokobi, Ronald Zubar, Steve Hunt, Nenad Milijas, O´Hara, Adlène Guedioura, Sylvain Ebanks-Blake, Steven Fletcher, Sam Vokes e Kevin Doyle.

Liverpool

Kenny Dalglish é uma das lendas vivas em Liverpool. Enquanto jogador do clube entre 1977 e 1990, Dalglish jogou 355 jogos e marcou 118 golos, ajudando a equipa da cidade dos Beatles à era de ouro do clube com 8 títulos, 1 FA Cup, 4 taças da liga, 5 supertaças, 3 ligas dos campeões (na era Paisley) e 1 supertaça europeia. Números e conquistas notáveis, portanto…

Dalglish terá pela frente uma missão muito difícil. Devolver o Liverpool à luta pelo título depois da época frustrante em 20102011, das saídas importantes que o clube teve nos últimos anos (Xabi Alonso, Fernando Torres) das dificuldades financeiras que o clube passou com a falência técnica e consequente venda de propriedade dos Gillette para um grupo de accionistas e do investimento em plantel feito pelos novos accionistas, consumado nas contratações de Andy Carroll, Luis Suarez, Jordan Henderson, José Enrique, Charlie Adam, Sebastian Coates e Stuart Downing. Em todos estes jogadores, a direcção do clube de Anfield Road gastou nada mais nada menos que exorbitantes 115 milhões de euros, tirando ainda os passes de outros jogadores contratados no início da época passada como Raúl Meireles (a grande revelação da Premier no seu ano de estreia, motivando o prémio de melhor jogador estrangeiro da época transacta) Christy Poulsen e Maxi Rodriguez.

Para abono do clube, também importa falar que a direcção do liverpool preservou alguma estabilidade neste defeso, acabando por vender apenas jogadores que não entraram na rotina em Anfield, casos do italiano Alberto Aquilani para a Juventus em definitivo (não acertou passo em Liverpool e acabou por ser uma tremenda desilusão) Milan Jovanovic (voltou à Bélgica para representar o Anderlecht) Nabil El Zhar (Levante) Kyrgiakos (Wolfsburg) e jovens que não aproveitaram a sua oportunidade no plantel principal dos Reds como é o caso do médio Pacheco (Atlético) Darby, Plessis e Daniel Ayala. O plantel do Liverpool é então constituído por: – Três guarda-redes de valor: Doni, Pepe Reina e o australiano Brad Jones.

Jamier Carragher é um central (por vezes lateral) esforçado, mas nunca me agradou. A mim e a muito boa gente! – Sebastian Coates (desejado por Benfica e Porto, o Uruguaio rumou a Anfield por cerca de 9 milhões de euros) Emiliano Insúa (terá que atinar para ficar após sucessivos empréstimos) Glen Johnson, José Enrique (jogador que saltou do Villareal para o Newcastle por um balúrdio, foi mal amado entre os adeptos dos Magpies no ano em que o clube desceu à Championship e acabou por dar a volta e ser vendido ao Liverpool) Fábio Aurélio (todos os anos é dado como carta fora do baralho mas acaba por ficar) Danny Wilson, Jamie Carragher, Martin Skrtel, Daniel Agger (o trio de centrais do Liverpool que nos habituámos nos últimos anos) e Martin Kelly. No capítulo defensivo, o Liverpool precisava de um investimento mais certeiro na zona central. Coates poderá ser um bom jogador mas ainda é muito tenro para estas andanças e Carragher, Skrtel e Agger são escassos para se assumir estabilidade defensiva pelos lados de Anfield.

Dizem que já não existe amor à camisola. Aqui está um das excepções. Duas, tendo em conta o pecúlio enquanto jogador de Carragher. Não conhecem e nem querem conhecer outro clube que não o Liverpool. E fazem muito bem! – Meireles, Gerrard, Joe Cole (estará de saída para QPR ou Tottenham segundo a imprensa) Maxi, Henderson, Downing, Leiva, Spearing, Adam, Poulsen e Shelvey. – Suarez, Kuyt, Caroll e N´Gog na frente. É de facto o melhor e mais completo Liverpool dos últimos anos. Vamos ver como evoluí com o decorrer da época.

Aston Villa

O Escocês Alan McLeish tem à sua disposição um Villa em fase de maturação, mesmo apesar de algumas saídas de relevo que teve nos últimos anos. No que diz respeito a esta temporada são de salientar algumas entradas de jogadores interessantes assim como saídas de não inferior relevo na equipa. Comecemos pelas saídas: o guarda-redes Brad Friedel, esteio da equipa nos últimos anos saiu para o Tottenham onde tentará rivalizar com o inconstante Heurelho Gomes. Ashley Young rumou ao United. Stewart Downing ao Liverpool. O pouco utilizado Michael Bradley foi para os alemães do Moenchagladbach, Nigel Reo-Coker foi aplicar a sua agressividade lá para os lados de Bolton e John Carew ganhava mais do que jogava (como tem vindo a ser a sua imagem de marca por todos os clubes onde passa) tendo rumado a Londres para ajudar o West Ham a voltar ao convívio dos grandes. Só nas saídas, os Villains perderam 3 titulares indiscutíveis, 1 titular intermitente (Reo-Coker) 1 jogador que não concretizou as expectativas aquando da sua contratação (Bradley) e um avançado que começou muito bem a sua carreira pelo clube e acabou por sair pela porta pequena do balneário.

Quanto a entradas, McLeish e a direcção do clube optaram pela entrada de jogadores que sabem perfeitamente o que é a exigência da Premiership: a começar pelo experiente guardião Irlandês Shay Given (agrada sempre por onde passa mesmo apesar de algumas irregularidades; é um guarda-redes de craveira) Stephen Ireland e o médio ala Francês Charles N´Zogbia, que mesmo apesar de ser um jogador que prometeu muito na sua estreia pelo Newcastle no ano de 20042005 e acabou por não cumprir o estatuto de jogador importante por onde passou acaba por ser um jogador muito experiente nos grandes palcos do futebol inglês.

De regresso ao clube após empréstimo também estão Brad Guzan, Nathan Delfouneso e Eric Lichaj. Juntam-se a um colectivo de jogadores que transitam da temporada passada e que ajudaram o clube a chegar às provas europeias como: Luke Young, Stephen Warnock, Richard Dunne, James Collins, Habib Beye, Carlos Cuellar, Jean Makoun (o autêntico pacemaker desta equipa; não consigo crer como este camaronês ainda não conseguiu chegar a um clube mais alto na europa que o Lyon) Stilian Petrov, Darren Bent, Gabriel Agbonlahor e o imortal Emile Heskey.

Defender o lugar europeu, perante a  concorrência existente na liga não será pera fácil para a turma de Birmingham num ano em que perdeu jogadores importantes na manobra da equipa. No entanto, os moldes para o sucesso da equipa residem na qualidade de McLeish. A ver vamos o que o Villa é capaz de fazer em 2012.

Chelsea

“Deixem-me estar nestas poses exuberantes porque eu estou a curtir um concerto dos ACDC”.

A cadeira de sonho, de ouro, de prata, de marfim, de cobre e diamante está em Londres. Só os cheques de Herr Abrahamovic é que estão a tardar para dar sangue novo a uma equipa envelhecida, comodista e com um rendimento diferente da high-voltage da era Mourinho.

É Mourinho quem Villas-Boas persegue. Conaisseur profundo de todos os cantos de Stamford Bridge, o discípulo, volta a Londres para assumir uma cadeira que anda à deriva por mares de angústia em virtude de um ano em que Ancelotti não conseguiu revalidar o título e dar a prenda que já é sonho de Abrahamovic desde a cena da paixão por José Mourinho, ou seja, a Champions.

Villas-Boas informou por fax o Porto a proposta do Chelsea de 15 milhões pela sua cláusula de rescisão, à maneira que Pinto da Costa gosta de ser informado. Desde o primeiro minuto em Londres prometeu trabalho, ambição, método, regras, João Moutinho, Falcão e Álvaro Pereira. Se o tigre já voou para os ares de Madrid para representar o malfadado Atlético, Villas-Boas não contava que o chefe tivesse tantas dificuldades em colocar a mão na massa e trazer os tão desejados reforços. Até o “palito” está a demorar mais que o normal pois o multimilionário Russo não quer enviar o fax com os 30 milhões pedidos pelo Porto pelo lateral-esquerdo Uruguaio mas sim um valor a rondar os 20. Moutinho estará muito mais longe e o tempo escassa para os blues. Enquanto os faxes vão e voltam, Villas-Boas luta com o que tem. Que não é pouco, diga-se desde já.

Mesmo a caminhar para a reforma e num comodismo estranho ao clube, a matéria prima que o jovem técnico possuí no Chelsea, com uma boa arrumação da casa, pode ganhar tudo esta época e ficar-se a rir para os adversários.

Juan Mata foi dado como reforço do Real, do Barça, do Manchester, do Arsenal mas acabou em Stamford Bridge num negócio milionário que irá render ao Valência 27 milhões de libras, nada mais nada menos do que 28 milhões de euros. Mata é um filho tão desejado lá pelos lados de Stamford Bridge que até o insignificante Yossi Benayoun (jogador cujo paradeiro é desconhecido na Premier League desde a sua chegada; a sua rescisão está por horas) fez questão de ceder o 10 de vedeta ao internacional Espanhol. Para já, Villas-Boas não prescindiu de ninguém da equipa, mesmo apesar dos rumores que davam certo David Luiz no Barça após 6 meses de londres.

Rumores infundados que até redundaram efectivamente  na mudança de um jovem centrocampista da formação B do Barcelona (Romeu Oriol) para londres pelo potencial reconhecido pelo técnico português. O Chelsea reforçou-se com jovens jogadores, casos do guarda-redes Belga Courtois, contratado ao Genk. Da Bélgica também veio o fenómeno Lukaku, diamante em bruto muito cobiçado na europa que deverá ser ensinado a ser matador por Didier Drogba caso o Chelsea prefira ficar com o belga ou então emprestado ao Benfica de Jorge Jesus, como a comunicação social portuguesa tem avançado nos últimos dias. Cabe a Villas-Boas a decisão de fazer permanecer o jovem belga que despontou aos 15 anos como sénior no Club Brugge no plantel dos Blues.

No capítulo das indecisões continuam os dossiers Lucho González, Álvaro Pereira, Didier Drogba e Florent Malouda. É pública a oferta de troca de Drogba por Lucho mais 8 milhões em cash que não vingou porque o Costa-Marfinense não pretende voltar ao clube onde se evidenciou antes de rumar a Londres. Nos últimos dias, o Costa-Marfinense também deverá ter rejeitado ir para o Galatasaray da Turquia. Com Lucho mais longe, Villas-Boas poderá virar-se para João Moutinho, alvo difícil pelos 35 milhões exigidos pelo Porto, agora detentor dos 100% do passe do médio. Já falamos sobre o Uruguaio. Florent Malouda está a ser negociado com os italianos da Juventus, que segundo o site Tuttomercato deverão ter oferecido cerca de 12 milhões pelo concurso do internacional francês e 4 milhões de salário anual.

Indiferentemente das negociatas do clube londrino, a época já arrancou com os seguintes jogadores: – Cech, Hilário e Turnbull na baliza. Courtois rumou por empréstimo ao Atlético de Madrid.

– Branislav Ivanovic, José Bosingwa, Paulo Ferreira, Alex, John Terry, David Luiz, Ashley Cole, Patrick Van Aanholt e Ryan Bertrand na defesa

– Michael Essien, Frank Lampard, Oriol Romeu, Ramires, Yossi Benayoun, Juan Mata, John Obi Mikel, Florent Malouda, Gael Kakuta e McEachran no meio-campo.

– Dider Drogba, Romelu Lukaku, Fernando Torres, Salomon Kalou (sim, mantem-se!!!) Daniel Sturridge e Nicolas Anelka (sim, mantem-se parte 2!!!) como avançadosextremos.

Newcastle

Já lá vão os tempos em que o Newcastle era considerado um grande de inglaterra. Longe também vão os tempos em que os homens de Saint James Park entravam com 10 jogadores em campo e 1 avançado capaz de resolver todos os problemas da equipa.

Falo obviamente de Alan Shearer, mítico avançado que ajudou o Blackburn a vencer a Premiership em 1995, saltando nesse defeso para o Newcastle numa transferência recorde à época. Longe vão os tempos em que esta equipa lutava pela Europa e conseguia os seus objectivos, tendo chegado inclusive à liga dos campeões europeus.

Num passado recente, a tristeza abateu-se sobre o clube. O United deixou rapidamente de ser um clube europeu e chegou mesmo a ir 1 época à Championship, numa descida dramática para o clube. Voltou a erguer-se na época 20102011, acabando por conseguir um lugar bastante tranquilo na época passada.

O treinador do Newcastle Alan Parson viu um defeso mais gastador do que vendedor. O Newcastle não foi exuberante a comprar e foi preciso a vender. Nas entradas, salutam-se as entradas do centrocampista Cabaye (Lille) de Gabriel Obertan (Man Utd) e do avançado Franco-Senegalês Demba Ba, jogador que se evidenciou no Hoffenheim da Alemanha e no West Ham. Ba terá pela frente a missão de fazer esquecer Andy Caroll, vendido ao Liverpool no mercado de inverno por 40 milhões de euros. Ao nível de saídas, é de reaçar a de Joey Barton (um dos casos mais inexplicáveis de insucesso no futebol britânico da última década; um dos jogadores mais problemáticos dentro e fora do campo da Premiership) para o Queens Park Rangers, de Kevin Nolan para o West Ham, Wayne Routledge para o Swansea e principalmente a de José Enrique para o Liverpool.

O argentino Jonás Gutièrrez não é de todo um jogador perfeito do ponto de vista técnico. No entanto, a sua versatilidade que lhe permite jogar em todas as posições das duas alas, a sua rapidez, garra e rigidez táctica permitem-lhe ser uma das vedetas do conjunto de Saint James Park em reciprocidade com o Francês Hatem Ben Arfa e com o seu compatriota central Fabrizio Coloccini. Não são porém os únicos jogadores de qualidade que Alan Pardue tem à sua disposição no plantel.

Outros jogadores como Alan Smith, Cheik Tioté, Cabaye, Obertan, Ba, Lovenkrands e Shola Ameobi poderão ser importantes no cumprimento dos objectivos da equipa, que passarão sobretudo por um lugar nos 10 primeiros.

Wigan

O Espanhol Roberto Martinez é um treinador jovem que colocou o Wigan a jogar o seu melhor futebol de sempre. Daí que já lhe tenham chovido propostas de clubes com maior potencial que o Wigan. Martinez rejeitou a saída do clube que representou como jogador durante 6 temporadas (e que após a passagem como jogador no Walsall e Swansea e técnico no clube galês que está registo na FA sob autorização especial) lhe deu a oportunidade de treinar na principal liga do futebol inglês. O Wigan é um clube saudável do ponto de vista financeiro.

Não é um clube que precise de vender muito para ter excelentes reforços. Até hoje, a maior transferência que o clube recebeu foi a de Valência para o Manchester United no mercado de transferências de 2009 por 22 milhões de euros.

É claramente uma aposta de Martinez trazer para o clube jogadores de várias nacionalidades. Ao todo, no Wigan desta época estão jogadores de 15 nacionalidades, algumas delas sem grande expressão para o futebol como o caso de Omã (representado pelo excêntrico guardião Al Habsi) e os Barbados do lateral Boyse. Roberto Martinez perdeu jogadores como N´Zogbia (Aston Villa) e deixou sair outros como o argentino Mauro Boselli (Estudiantes) De Ridder (Grasshoppers) Steven Caldwell (Birmingham)e Antonio Amaya (Bétis) – ou seja, jogadores sem grande importância na equipa. Permanecem no plantel às ordens do técnico Espanhol o guarda-redes Chris Kirkland (aquele cujo pai apostou quando era miúdo que o filho haveria de ser um dia internacional pela inglaterra, tenho ganho um pequeno balúrdio quando o filho chegou à Old Albion) o central Paraguaio Antolin Alcaraz (passou pelo Beira-Mar no início da carreira) o experiente central escocês Gary Caldwell, o lateral-direito hondurenho Maynor Figueroa, o trinco irlandês McCarthy e os avançados Franco Di Santo e Hugo Rodallega.

O Colômbiano é claramente a vedeta desta equipa e não percebo como não tem lugar no onze titular sua selecção ao lado de Radamel Falcão assim como ainda não saltou para uma equipa de maior destaque nesta liga. Para percebermos a importância do Colômbiano neste Wigan basta ver as suas estatísticas: em 2 épocas e meia ao serviço do Wigan, Rodallega apontou 22 golos, sendo 7 deles os golos das vitórias do clube em 7 partidas. Sendo uma equipa modesta, apenas se espera que Martinez consiga vencer novamente a batalha da manutenção.

Bolton

Depois de algumas experiências europeias mal consolidadas e da passagem do furacão “Sam Allardyce” pelo Reebok Stadium, o Bolton volta-se a afirmar como uma equipa que com uma pontinha de sorte poderá voltar (pelas vias que garantem a participação) às competições europeias.

Mais uma equipa que parece a selecção do mundo. 13 nacionalidades convivem no plantel às ordens do escocês Owen Coyle. Durante o mercado de transferências, o Bolton jogou ela por ela no que toca a saídas e entradas.

No que diz respeito às saídas mais importantes, Rodrigo voltou ao Benfica após um empréstimo que até agradou aos responsáveis do Bolton, o avançado Sueco Elmander foi vendido ao Galatasaray e prepara-se para mudar novamente de ares, o experiente defesa Andy O´Brien mudou-se para Leeds, Matthew Taylor rumou ao West Ham, Daniel Sturridge regressou ao Chelsea e o israelita Cohen decidiu voltar ao Maccabi Haifa após uma experiência mal sucedida no Bolton.

Foram colmatados com as entradas de Reo-Coker via Aston Villa, Dedrick Boyata (cortesia do City) Chris Eagles via Burnley e o regresso do lateral-esquerdo Ricardo Gardner ao clube após ter jogado na 2ª divisão no Preston North End. A grande contratação do Bolton acabou por ser o tecnicista turco Tuncay Sanli, que depois de Wolfsburg volta à Premier League, campeonato onde já tinha brilhado numa passagem pelo Middlesbrough aquando dos anos uefeiros do “clube nortenho”. Juntam-se a um plantel muito interessante onde se evidenciam jogadores como o guarda-redes Finlandês Jaaskelainen (já vai na sua 15ª época enquanto guarda-redes do Clube) o defesa islandês Steinsson, Gary Cahill (foi muito cobiçado por Manchester United e Liverpool mas acabou por permanecer em Bolton) Zat Knight, Sam Ricketts, Martin Petrov, Sean e Kevin Davies e o croata Ivan Klasnic, jogador que já esteve na coagitação do FC Porto nas últimas temporadas.

Everton

David Moyes – Mais um exemplo de sucesso de um treinador escocês na Premier League.

Quando Moyes pegou no Everton na época de 20012002, o clube de Liverpool passava por agudas dificuldades financeiras. O passivo do clube de então e as dívidas que possuía a atletas que tinham servido o clube chegavam inclusive a colocar em risco a participação na Premier dessa época. Moyes, antigo jogador profissional de média dimensão (formado no Celtic, não se impôs no colosso escocês, tendo passado posteriormente por clubes de escalões secundários do futebol inglês como o Cambridge, Bristol City, Shrewsbury Town e Preston North End) aceitou trocar uma carreira ascendente como treinador no Preston para um clube cuja direcção lhe impunha a venda dos melhores jogadores do Everton da altura.

Mesmo assim, quando Moyes chegou ao Everton deparou-se com jogadores de alguma qualidade, casos do italiano Alessandro Pistone, do central escocês David Weir (ainda joga como profissional na Scottish Premier League aos 41 anos pelo Falkirk) o defesa-direito escocês Naysmith, os centrais britânicos Stubbs e Unsworth, o na altura jovem Tony Hibbert, o deus de outra galáxia de nome Abel Xavier, os médios Lee Carsley, David Ginola, Leon Osman (ainda continua no plantel) Niclas Alexandersson, Mark Pembridge (que passou pelo Benfica na era Souness) Jesper Blomqvist (jogador que actuou algumas temporadas no United) Thomas Gravesen (um jogador que se veio a revelar fulcral no trabalho de Moyes no Everton) Paul Gascoine (sim, esse mesmo que há uns anos saía da clínica de desintoxicação no Algarve para ir mamar uns bagaços e uns Whisky´s em Vilamoura à revelia dos médicos com a desculpa que ia dar uns pontaés na bola pelo saudoso Algarve United!!) e Tobias Linderoth, e os avançados Duncan Ferguson, Tomas Radzinski e Joe-Max Moore.

Não era portanto um plantel de se descartar num ano em que o clube passava por sérias dificuldades. A partir destes dados, Moyes foi cavando o seu sucesso, até colocar o Everton nos trilhos das finanças saudáveis combinadas com resultados desportivos interessantes que não só colocaram o clube na europa como tiveram o seu ponto auge em 2005 quando o clube esteve a um passo de se qualificar para a fase de grupos da Liga dos Campeões, num ano impar no futebol europeu visto que o Liverpool venceu a Champions e perdeu o acesso pela via do campeonato à competição na última jornada para o Everton. Tendo direito a defender o título mesmo perante a impossibilidade pela classificação no campeonato, a UEFA decidiu nesse ano dar mais uma vaga aos ingleses nas competições europeias.

A partir daí, o Everton tornou-se um clube mais apetecível para investimentos e começaram a chegar ao clube os jogadores que constituem a espinha dorsal actual do clube, casos de Tim Howard (vindo do Manchester United) Joseph Yobo, Phil Jagielka, Mikel Arteta (o nível do espanhol decaiu muito depois da grave lesão que teve em 2008) Phil Neville, Marouane Fellaini, Yakubu, Victor Anichebe, Louis Saha e outros que já abandonaram o clube e até a carreira, casos de Gravesen, Andrew Johnson, Nuno Valente, Steven Pienaar ou Wayne Rooney.

A formação do Everton também melhorou em muito. Se na época 20012002 quando Moyes tomou conta do clube, Tony Hibbert e Leon Osman (na altura com 18 anos) era o único da formação dos “Toffies” na equipa principal do Everton, hoje já assistimos a um incremento da formação na equipa sénior com a inclusão de vários jogadores como Hibbert, Osman, Jose Baxter (jogador de enorme qualidade que tem tudo para seguir as pisadas de Wayne Rooney, uma das maiores pérolas da formação do clube de Liverpool) James Wallace, Ross Barkley e Jack Rodwell, médio que para mim tem um enorme futuro pela frente. Passando a dados concretos relativos a esta época: Poucas saídas e poucas entradas no clube.

A palavra estabilidade continua a valer ouro no futebol no toca à obtenção de sucesso. David Moyes sabe-o bem. De relevo existem apenas as saídas de James Vaughan para Sheffield e do internacional português sub-21 João Silva (contratado em 2010 ao Aves depois de ter sido o melhor marcador da Liga Orangina) que este ano vai jogar por empréstimo no Vitória de Setúbal e tem reunidas condições para se tornar um jogador com um futuro risonho. Reentrou a dupla de nigerianos Yakubu e Yobo, cujo paradeiro em 20102011 foram respectivamente Leicester e Fenerbahce por empréstimo.

Voltam portanto para reforçar um plantel cujas apresentações são feitas e cujo jogador que me enche mais os olhos é este senhor que se encontra na imagem acima postada: Tim Cahill, internacional australiano, jogador que pode actuar como centrocampista, 10 ou mesmo avançado. É clara e juntamente com jogadores como Arteta, Osman, Jagielka, Neville, Rodwell, o belga Marouane Fellaini (como é possível que nenhuma equipa de topo quer os serviços deste elegante trinco belga?) Baxter e Saha os melhores jogadores de um plantel que vale pelas enormes soluções de qualidade que dispõe no seu versátil plantel. Digo versátil, pois o Everton tresanda a versatilidade: Leighton Baines tanto pode actuar a lateral como a médio ou extremo esquerdo. Sem manchar o selo de produto de qualidade. Heitinga, mal-amado em Madrid poderá fazer qualquer lugar da defesa e cobrir a eventualidade da passagem de Jagielka para o meio-campo. O Francês Distin pode jogar no centro da defesa ou na esquerda. Phil Neville actua como trinco mas pode regressar à sua posição de origem na direita da defesa. O russo Bilyaletdinov, assim como o espanhol Arteta e Leon Osman podem pisar qualquer terreno do meio campo excepto o sector mais recuado onde mandam habitualmente Fellaini ou Rodwell, que em último caso até poderão jogar no centro da defesa. Como podem ver, David Moyes tem novamente as condições reunidas para voltar ao convívio europeu.

Queens Park Rangers

Ou como quem diz QPR. Clube envolto em muito turbilhão desde que participou pela última vez na Premier ainda nos anos 90. O clube londrino é a equipa do novo riquismo. Caiu na 2ª, já teve como proprietário o excêntrico magnata Flávio Briatore (chegou a apresentar um projecto megalómano para o clube onde prometia a participação na Champions em 2 anos e o título em 4, com o clube ainda na 2ª divisão), acabou por ser vendido várias vezes até parar nas mãos do actual proprietário Ishan Saksena e quase foi destruído aquando do comando técnico do português Paulo Sousa.

Regressa esta época aos grandes, com o franco-marroquino Adel Taarabt envolvido em grande cobiça. O jogador que outrora não conseguiu vingar no Tottenham e cujas notícias diziam em Janeiro que o Sporting estava de olho na sua contratação é a “fake-star or trully star” do QPR: como ninguém conseguiu perceber a sua evolução desde que saiu do clube de White Hart Lane, visto que no QPR Taarabt é um jogador de um calíbre fenomenal, os maiores clubes europeus aguardam ansiosamente pelo desempenho do jogador na primeira metade da Premier desta época para ver se vale a pena contratar os seus serviços.

No defeso deste verão, o clube londrino decidiu despejar meio plantel e contratar outro meio plantel. Seria um facto compreensível, caso o QPR tivessem em mente a contratação de jogadores capazes de dar estabilidade ao clube neste ano de regresso. De facto, tal não acontece. Das contratações anunciadas (14), grande parte dos contratados são jogadores desconhecidos que actuam em divisões secundárias de vários países, casos de Jay Bottroyd (Cardiff) Gary Borrowdale (Carlisle) Troy Hewitt Harrowborough) Martin Rowland (Milwall) Brian Murphy (Ipswich), os dois italianos (Alessandro Pellicoli – TorinoMatteo Alberti – Lumezzane) o Colombiano Balanta (jogava no MK Dons dos escalões secundários de inglaterra) e o brasileiro Perone que estava no Xerez de Espanha.

Joey, irás deixar crescer esse penacho quando a seca de golos chegar ao QPR?

Se estas contratações assustam pela falta de ritmo de Premier nas pernas, o pior deste clube foi quando anunciou a contratação de 4 jogadores bastante problemáticos e cujo sucesso enquanto jogador nunca apareceu: Danny Gabidon (do West Ham) DJ Campbell (do Blackpool) e a “cereja no topo do bolo” com “duas vedetas e tanto” de nomes Kieron Dyer e Joey Barton.

Dyer e Barton tem entre si a particularidade de serem jovens vedetas do futebol inglês, de terem fracassado, de terem chegado inclusive à selecção e de armarem a confusão por onde passam. Se Dyer andou à bofetada com um colega em Newcastle em pleno decorrer do jogo (procurar no youtube, é hilariante!) o que lhes iria valer aos dois a expulsão (único na história do futebol não?) Joey Barton é um tão bom a jogar à bola como a beber ou a agredir pessoas em locais nocturnos com o grão na asa.

Depois das assustadoras contratações, o treinador do QPR Neil Warnock poderá ao menos contar com o central Nigeriano Danny Shittu, com o guarda-redes Checo Cerny, com Taarabt e com dois jogadores que passaram quase despercebidos pela liga portuguesa: Akos Buzszaki (FC Porto) e Alejandro Faurlin (Marítimo) no plantel mais fraco desta Premier League.

Stoke City

A época 20112012 inicia-se com o Stoke pela primeira vez na sua história a disputar uma competição europeia. Será interessante ver como esta equipa reage ao clash europeu em relação à sua prestação nas provas internas.

Três contratações (o Uruguaio Arismendi e os experientes centrais Jonathan Woodgate e Upson) reforçam uma equipa que após a conquista de um lugar uefeiro viu sair peças importantes como os veteranos Gudjohnssen para o AEK de Atenas e Faye para o West Ham. Poucas mexidas no plantel comandado pelo Galês Tony Pulis, que recentemente admitiu que o clube tem dificuldades em ir ao mercado buscar reforços de qualidade para o seu plantel.

14 nacionalidades povoam o Brittania Stadium. Entre os jogadores que Pulis poderá contar, estão o guarda-redes Bósnio Begovic e o seu concorrente Dinamarquês Chris Sorensen, os defesas Higginbotham, Robert Huth, Danny Collins, Woodgate, Upson e o duro Ryan Shawcross (ainda não foi altura de rumar à paragem que merece). No meio-campo, Jermaine Pennant, Danny Pugh, Salif Diao, Dean Whitehead, Matthew Etherington e Rory Delap dão um misto de pujança física e técnica a esta equipa que na frente conta com a dupla Ricardo Fuller e Mamady Sidibé, dupla que teve uma enorme crise de golos na época passada (apenas 3 dos 46 da equipa na Premier League)

Sunderland

O Sunderland de Steve Bruce é uma das minhas principais incógnitas para esta época. O plantel que possuí coloca-me na indecisão se lhes hei-de atribuir a hipótese de chegar a um lugar europeu ou se apenas chegará para continua a senda de épocas tranquilas que o clube tem realizado desde que voltou à Premier League. Algumas contratações interessantes durante o verão: a dos veteranos John O´Shea e Wes Brown, dispensados pelo Manchester United. O médio direito sueco Sebastian Larsson do despromovido Birmingham e o jovem Ji-Dong Won, avançado coreano que vem do Chunnam Dragons com muito boa reputação.

Asamoah Gyan continua por ora como a principal referência de ataque do Sunderland, mas poderá estar a caminho do Liverpool de Dalglish.

Juntam-se a uma equipa que já contava com jogadores nas suas fileiras como o guardião escocês Craig Gordon, o defesa escocês Phil Bardsley, o central internacional Argentino Marcus Angeleri (teve muito próximo de rumar ao Dragão aquando da saída de Bruno Alves) Titus Bramble, o centrocampista Lee Catermole (já é internacional inglês mas aos 23 anos tarda a saída deste talentoso esquerdino para um clube de topo do futebol inglês; quem sabe se no final da carreira não será comparável ao maior ícone do clube, o famoso Mark Le Tissier) Craig Gardner, Ahmed Elmohamady, o talentoso extremo esquerdo Stéphane Sessegnon, e Fraizer Campbell.

Para trás, o clube deixa ficar pela necessidade que teve de vender os atletas perante os assédios constantes de clubes de maior dimensão, jogadores como Jordan Henderson, John Mensah, David Healy, Steed Malbranque e outros, pelo regresso aos seus clubes depois do empréstimo, casos de Onohua, Sulley Muntari, George McCartney e Danny Welbeck.

Não tenho a menor dúvida em afirmar, que caso Steve Bruce (um interessante exemplo de sucesso na Premier League) pudesse descartar alguns dos jogadores actuais para voltar a formar uma equipa constituída pelos jogadores que saíram (são todos de qualidade) com os que ficam e os que chegam ao Stadium of Light, o Sunderland tornava-se um caso sério de assédio aos lugares europeus. Na falta de tal cenário, hesito num palpite para este simpático clube.

Norwich City

Depois do ano de regresso ao convívio entre os grandes e com o comando técnico entregue ao antigo internacional escocês da década de 90 Paul Lambert, espera-se que o Norwich consiga voltar a atingir a manutenção.

Enquanto jogador, Lambert era um jogador bastante elegante do ponto de vista técnico, tendo em conta as características particulares do típico jogador britânico. Foi portanto um jogador que apreciei bastante na minha infância.

Ao contrário do QPR, o Norwich renova os laços de competição na Premier com a contratação de jogadores mais experimentados e rodados nestas andaças. É certo que maior parte deles são jogadores que não conseguiram o seu espaço em clubes de dimensão, casos de James Vaughan (Everton) Richie De Laet (Manchester, depois de sucessivos empréstimos) Kyle Naughton (Tottenham) e Daniel Ayala (Liverpool).

Por outro lado, a aposta também incidiu em jovens jogadores pescados na 2ª divisão. Combatem as saídas de jogadores como o médio Lansbury (Arsenal) e Sam Vokes (Wolverhampton). No plantel de Lambert transitam jogadores como o central norte-americano Whitebread, Marc Tierney, Elliot Wood e Andrew Crofts. Será portanto uma missão bastante difícil manter este Norwich na Premier.

Swansea

A equipa sediada em Swansea, País de Gales, que compete nos campeonatos da FA sob autorização da mesma, à semelhança daquilo que acontece com o Cardiff City ou com outras equipas de menor dimensão como o Wrexham suscita uma das maiores discussões no futebol britânico: a FA permite a entrada a equipas de Gales.

Porque é que continua a barrar a entrada aos dois gigantes de Glasgow, mesmo perante a proposta conjunta de Rangers e Celtic, que para o efeito, até pretendiam entrar na 2ª divisão? Será uma resposta que só a FA poderá responder.

Se é certo que a liga galesa pouco ou nada nos diz a nós português (apenas nos lembramos quando Fernando Santos foi despedido do Porto devido a uma derrota nas pré-eliminatórias da Champions frente ao modesto Bangor City) os jogadores da selecção Galesa já nos dizem qualquer coisa: Giggs, durante a sua carreira nunca foi um habitué na selecção visto que muitas das vezes rejeitou jogar nas qualificatórias por não considerar competitiva a sua selecção. As sucessivas gerações de jogadores Galeses (motivada pela migração na formação para clubes de topo de Inglaterra) constituída por jogadores como Gareth Bale, Craig Bellamy, Aaron Ramsey, Rhis Taylor (Chelsea) Simon Davies; Gary Speed, Robbie Savage, Nathan Blake, Robert Earnshaw, Paul Jones e os mais velhinhos Ian Rush, Toschack, Mark Hughes e John Hartson, motivam que o futebol em galês esteja em profunda evolução e permita que clubes do país entrem nas competições inglesas e até atinjam resultados interessantes, caso da recente final de taça em que o Cardiff foi finalista vencido e agora, esta subida inesperada do Swansea.

No plantel desta equipa são 14 os galeses e 11 os ingleses. Também existe um Português. Falamos de Moreira, guarda-redes que fartou-se de esperar pela sua oportunidade no Benfica e rumou a Gales para se tentar afirmar na Premier League. Ano de subida para a Premier League significa restruturação de toda uma organização.

Daí que o Swansea procurou reforçar em muito as suas fileiras durante este verão. Saídas de relevo em relação à equipa que subiu de divisão. O italiano Fabio Borini voltou ao Parma, o espanhol Albert Serrán foi para chipre representar o AEK Larnaca, o guarda-redes De Vries rumou aos Wolves, Darren Pratley reforçou o Bolton. Para além de Moreira, o clube galês apostou nas contratações de Danny Graham, Steven Caulker (Tottenham) Leroy Lita, Wayne Routledge, Michel Vorm, Kemy Agustien e David Cotteril.

Alguns dos nomes podem soar estranhos à primeira leitura, mas uma pesquisa mais aprofundada pelos seus trajectos pessoais enquanto jogadores de futebol irá guiar o leitor ao facto que grande parte destes jogadores já tem alguma experiência de Premier League. No plantel também permanecem três jogadores que já alinharam na Premier: Craig Beattie, Luke Moore e Scott Sinclair. No entanto, tais dados não irão tirar dificuldade ao objectivo máximo a cumprir por esta equipa galesa: a manutenção. Tenho sérias dúvidas quanto à exequibilidade desse objectivo.

Fulham

De Swansea passamos para Londres. O Fulham, detido desde os anos 90 pelo multimilionário egípcio dono dos armazens Harrods Mohammaed Al-Fayed. Depois da sensacional campanha na Liga Europa na época 20092010 onde o clube londrino apenas foi barrado pelo Atlético de Madrid na final da prova, o Fulham volta a representar o país nas competições europeias.

Aos 55 anos, Martin Jol é um mal-amado por onde passa pela suposta falta de ambição em ganhar títulos. No entanto, considero que por onde Jol passa, coloca as equipas a jogar um futebol de ataque bastante vistoso. Talvez seja uma questão de azar. Ele existe no futebol, por mais que digamos que não. Tenho a certeza que até à sua reforma, Jol irá vencer qualquer coisa mais do que duas taças da Holanda, uma ao serviço do Roda, outra ao serviço do Ajax.

Desde esse sucesso europeu, restam alguns jogadores no plantel às ordens do Holandês Martin Jol. Comecemos pelas saídas. O médio sul-africano Digacoi não convenceu e foi dispensado para o vizinho Crystal Palace. Gael Kakuta voltou ao Chelsea. O médio Jonathan Greening despediu-se da Premier League para representar o Nottingham. O Ganês John Paintsil irá representar o Leicester. Zoltan Gera foi para o West Bromwich Albion, Carlos Salcido decidiu voltar ao México para vestir a camisola do Tigres. Bjorne Helge Riise voltou depois do empréstimo ao Sheffield United e trouxe consigo (e de volta à Premier League após alguns anos na Roma) o seu irmão John Arne Riise. Jol foi buscar ao Slovan Liberec da República checa o centrocampista de 23 anos Marcel Gekov e ao Palermo, o médio suiço-albanês Pajtim Kazami.

Permanecem no plantel:

– Mark Schwarzer, Stephen Kelly, Brede Hangeland (falou-se da possibilidade de rumar a Itália) Chris Baird, Phillipe Senderos, Aaron Hughes, Rafik Halliche (ex-Nacional e Benfica) Steve Sidwell, Danny Murphy, Damien Duff, Dickson Etuhu, Clint Dempsey, Simon Davies, Andrew Johnson, Bobby Zamora, Marcello Trotta (jovem italiano que o Fulham foi pescar às escolas do Manchester City em 2009) e o belga Moussa Dembele. Não será um plantel mais que suficiente para Martin Jol repetir a gracinha do apuramento europeu e dos bons resultados na Liga Europa.

Arsenal

Muito tem que ser dito sobre o Arsenal deste ano. Em primeiro lugar, creio que dado o estatuto que o clube ocupa no futebol inglês, as mais recentes épocas e a forma com que o clube se apresenta na nova época desportiva, o Arsenal continuará (e nunca deixará de o ser) um crónico candidato ao título em teoria. Na prática, as coisas já não são bem assim. Anos de renovações resultam sempre com que na prática, uma equipa que acabou de perder alguns jogadores influentes na manobra de jogo da equipa demore algum tempo até se encontrar novamente. Não é que Wenger já não esteja habituado a dar a volta por cima nesse tipo de situações, porque de facto está. Vamos por partes…

Longe vãos tempos de triunfos atrás de triunfos na era Wenger. Os tempos em que o treinador francês pedia e a direcção comprava. Longe vão os tempos em que a board dos gunners oferecia jogadores do bom e do melhor ao treinador francês. As épocas eram gloriosas, os títulos apareciam mas a gestão do clube piorava de ano para ano, muito por causa dos imensos gastos causados por transferências, salários exorbitantes e até o início da construção de um novo estádio para substituição do velhinho Highbury Park sem que na Liga dos Campeões houvessem provas de que a equipa poderia dar retorno ao investimento feito com uma vitória.

Longe vão os tempos, portanto, de um Arsenal que tinha Seaman, Tony Adams, Dennis Bergkamp, Patrick Vieira, Emmanuel Petit, Nicolas Anelka, Robert Pirès, Davor Suker, Ian Wright, Ashley Cole, Sol Campbell, Jens Lehmann, Gilberto Silva, Kolo Touré, Sylvain Wiltord, Thierry Henry, Nwanko Kanu, Marc Overmars, Frederik Ljungberg, Lee Dixon, William Gallas, Ray Parlour ou Nigel Winterburn. Passaram todos pelo Arsenal na era Wenger. Se pudessemos fazer um plantel de todos estes nomes, seria uma equipa totalmente imbatível.

O enorme passivo que o clube sentiu um pouco após a conquista do último título da premier-league em 20032004 e que chegou mesmo a parar as obras de construção do novo estádio por falta de liquidez para pagar os empréstimos que por sua vez iriam pagar aos fornecedores e empresas na empreitada (motivando ao acordo que ainda vigora com a Emiratesajudou a pagar o resto do estádio ao clube em troca do patrocínio nas camisolas durante x anos cuja exactidão não sei) levaram o clube a mudar de estratégia no que toca ao futebol profissional.

O Arsenal passou  então de um clube que comprava mais daquilo que formava de base ou acabava de formar para ser um clube que passou a formar mais de baseacaba de formar do que um clube comprador.

Esta estratégia, pelo ponto de vista desportivo leva a que o clube tenha mais dificuldade em lutar contra as equipas mais poderosas do ponto de vista financeiro, ou seja, contra as equipas que apostam na compra de jogadores de classe mundial já evoluídos, casos do Chelsea, dos Manchester e do Liverpool. Apostar numa equipa muito jovem acarreta riscos do ponto de vista desportivo quando a competição atinge um pico em que qualquer erro é imperdoável e capitalizado pelas equipas rivais. A juventude traz inexperiência, inconsequência, ansiedade nos jogos grandes e algum medo do fracasso. São aspectos negativos a ter em conta. Por outro lado, a juventude também traz fantasia, vontade de dar tudo em campo e irreverência…

Do ponto de vista financeiro, a nova estratégia do clube é benéfica. O Arsenal limita-se a ter uma boa rede de scout em todo o mundo, a observar, testar e contratar talentos. O olho de Wenger é um olho perspicaz. Num simples lance é capaz de ver se o jogador vai ser uma grande promessa do futebol ou não. O seu olho de lince na observação não tem falhado, dados os jogadores que já lançou pelo clube inglês e que acabaram por se tornar grandes vedetas do futebol mundial. Num segundo plano, o clube acaba por contratar os jovens ainda jovens a baixos custos e a vendê-los na sua fase de maturação por boas somas, o que lhe permitiu ao Arsenal recuperar a sua crise financeira e ser hoje um clube bastante saudável numa liga onde o Manchester, Chelsea e Liverpool tem passivos assustadores.

A nova estratégia do clube londrino é um estratégia ratificada pelos adeptos. Arsène Wenger é um treinador que não lamenta a posição em que foi colocado. Antes pelo contrário. É um treinador cujo prazer da profissão reside em formar bons jogadores, de modo a colocar a equipa a jogar um bom futebol de ataque. Wenger já viu a “geração Henry” sair. Com meia dúzia de jovens jogadores como Rosicky, Hleb, Kolo Touré, Cesc Fabrègas, Robin Van Persie, Theo Walcott e Adebayor, renovou o ciclo e pôs o Arsenal a dar espectáculo. Essa geração acabou por sair aos poucos, época após época, em busca de títulos.

O Arsenal tratou de investir os ganhos em novos jogadores e estou certo, que após desaires que são louváveis pelo esforço de construção de um novo ciclo, Wenger irá voltar a colocar o Arsenal na rota do bom futebol.

O tal futebol-arte de que Wènger falava uma numa vez numa entrevista a um jornal britânico. O futebol-arte de Wènger deslumbra. O futebol do passe curto, assente num 4x5x1 onde não existe um ponta-de-lança e que oscila ora entre a colocação de dois extremos puros ou de dois médios tendencialmente mais rotinados em posições centrais nas alas de modo a montar um enorme carrossel de passes e desmarcações que baralham por completo as defesas e acabam por deixar os seus jogadores na cara do guarda-redes. Mecanismos de jogo que fazem lembrar o modelo holandês de Rinus Mitchels e que não andam muito longe do seu “irmão tiki-taka” do Barcelona. Os adeptos não se importam de levar canecos para Londres desde que a equipa dê espectáculo. O Arsenal de Wenger dá espectáculo.

Deixando de teoria, passando à prática. A saída mais que anunciada de Fabrègas para o seu clube do coração: o Barcelona. Era um namoro antigo com fim à vista. 34 milhões de euros mais incentivos futuros levaram o centrocampista para Barcelona, gerando a perfeição completa na equipa catalã. Seguiu-se a venda de Samir Nasri, jovem ultratalentoso, por estrondosos 28 milhões ao louco Manchester City, completamente enamorado pelo brilhantismo do francês. O City já tinha ido buscar Gael Clichy logo no início do mercado de transferências. O camaronês Emmanuel Eboué também fechou o seu longo ciclo em Londres, numa transferência para o Galatasaray, onde irá poder jogar mais do que jogava em Londres. No entanto, Eboué foi um jogador muito importante na vida do clube, pela abnegação do esforço que dava ao jogo dos londrinos e pelas maravilhosas arrancadas que fazia em momentos cruciais de grandes jogos. Das restantes dispensas de Wènger, contam-se jogadores que o técnico Francês pretende ver rodar em clubes com mais espaço à recepção de talentos futuros do clube e erros de casting. Contam-se entre os dispensadosemprestados: Cedric Evina, Mark Randall, Nacer Barazite, Samuel Galindo, Roarie Deacon, Jeremy Aliardère, Emmanuel Thomas, Kyle Bartley, James Shea, Hugo Nervo, Pedro Botellho, Jamie Edge, Kerrea Gilbert e Carlos Vela. De todos estes nomes, apenas Randall, Barazite, Aliardère, Gilbert e Vela poderão sentir a camisola do Arsenal envergada. O Francês e o Mexicano foram erros de casting do técnico Francês e não evoluíram aquilo que se esperava.

Para colmatar as saídas do clube, Wenger aplicou a receita do costume: foi buscar Gervinho ao Lille, Park Chu-Young ao Mónaco, Carl Jenkinson ao Charlton, Craig Eastmond ao Milwall, Henri Lansbury ao Norwich, Ryo Miyaichi ao Feyenoord, Alex Chamberlain ao Oxford. Fez também regressar de empréstimo o guarda-redes italiano Vito Mannone e o defesa-esquerdo francês Armand Traoré, defesa que esteve muito perto de assinar pelo Benfica na época passada. À excepção do Coreano, de Gervinho e dos dois regressados, os outros serão pérolas que o técnico francês terá que aperfeiçoar. Atenção ao japonês que veio do feyenoord e a Henri Lansbury.

Permanecem no clube:

– Almunia, Tomasz Szczęsny e Lukas Fabianski. Tratam-se de bons guarda-redes, onde pessoalmente acabo por gostar mais de Fabianski.

– Na defesa, Bacari Sagna parte para a 5ª época no clube. Terá a concorrência de Carl Jenkinson. Os centrais serão Djorrou, Laurent Koscielny (surpreendeu-me pela positiva este francês recrutado ao Lorient na temporada passada) Squillaci e Thomas Vermaelen, o verdadeiro patrão desta defesa do Arsenal. Na esquerda, Kieron Gibbs e Armand Traoré irão tentar lutar pela vaga deixada em aberto por Clichy. Creio que o inglês terá vantagem pois é um jogador mais parecido ao nível de características com o lateral francês, agora no City.

– No meio-campo, saem Fabrègas e Nasri, mas a fórmula continua exactamente a mesma. Diaby, Rosicky, Alex Song, Aaron Ramsey, Jack Wilshere serão as opções mais usadas por Wènger. Emmanuel Frimpong, Henri Lansbury, Craig Eastmond e Alex Chamberlain irão espreitar a utilização esporádica enquanto aprendem com o mestre Wènger. – No ataque, muitas opções como de costume. Andrei Arshavin, Robin Van Persie, Park Chu-Young, Theo Walcott, Gervinho, Marouane Chamakh. Miyaichi e o costa-riquenho Joel Campbell (jovem jogador que Wènger gostou de ver jogar na Copa América ao serviço da selecção costa-riquenha) irão espreitar as oportunidades que o treinador lhes der.

Niklas Bendtner é carta fora do baralho. Falou-se que poderia assinar pelo Sporting e pelo PSG.

Até ao final do mercado deverá abandonar londres, não sendo de descartar que até ao mercado, o Arsenal não se reforce com um ponta-de-lança e com mais um médio. À espreita nas reservas do clube estarão à espera de saltar para a primeira equipa jovens atletas como o Francês Gilles Sunu, Coquelin e Ozyakup, jogadores que já tem vindo a trabalhar com a equipa principal.

West Bromwich Albion

Mais uma selecção do mundo. 16 nacionalidades presentes nos 35 jogadores que compõem a estrutura sénior do WBA.

Não é uma equipa maravilhosa, mas será uma equipa com potencial para escapar à despromoção. Começa por apresentar um treinador muito experiente: Roy Hodgson.

Na baliza, Ben Foster rivaliza com o Húngaro Marton Fulop. Creio que o antigo guarda-redes do Manchester levará a melhor. Na defesa, destaques para Joe Mattock, Jonas Olsson, Marek Cech (antigo jogador do Porto) Gonzalo Jara, Pablo Ibañez (antigo central do Atlético de Madrid) Nick Shorey, Gabriel Tamas e Paul Scharner. Serão as opções defensivas utilizadas. No meio-campo, o Camaronês Tchoyi, James Morrison, Steven Reid, Youssouf Mulumbu, Jerome Thomas e Zoltan Gera (um regresso). Na frente, destaque para o checo Roman Bednar, Peter Odemwingie, Shane Long e Simon Cox.

Tottenham

Apesar dos excelentes resultados que o clube tem vindo a fazer na Premier League nas últimas 56 épocas e que já culminaram na excelente participação que o clube teve na Liga dos Campeões da época transacta onde apenas foi eliminada pelo Real Madrid nos quartos-de-final da prova, o Tottenham apresenta-se para a época 20112012 com o melhor plantel dos últimos 15 anos.

Se o objectivo do clube para este ano continua a ser a luta por um lugar que dê acesso à Liga dos Campeões, o começo de campeonato não aconteceu como os seus responsáveis técnicos e directivos planeavam. O Tottenham ainda não marcou qualquer ponto na Premier deste ano em 3 jornadas e acumulou um score negativo de 1-8 durante as 3 partidas. É certo que para tal muito contribuiu o facto de ter jogado na 2ª e na 3ª jornada contra os grandes rivais de Manchester.

Como sempre, graças ao seu enorme poderio financeiro que lhe permite atingir bons alvos no mercado, o Tottenham teve novamente um mercado de verão intenso com algumas saídas e algumas entradas. No entanto, entre as saídas, os baluartes do plantel da turma de White Hart Lane como Luka Modric, Gareth Bale, Sandro e Van der Vaart acabaram por não ser vendidos (até hoje) mesmo perante as ofertas interessantes que clubes de maior dimensão fizeram pela compra dos seus passes.

As saídas do clube prenderam-se basicamente a jogadores jovens que não tem espaço no plantel comandado por Harry Redknapp ou jogadores sem espaço na turma londrina. Jamie O´Hara e o central Woodgate acabaram por ser as saídas com maior destaque

Quanto às entradas, algumas bastante interessantes que vem reforçar o plantel londrino: desde logo a entrada do experiente guarda-redes Norte-Americano Brad Friedel, guarda-redes que vem dar mais concorrência ao Brasileiro Heurelho Gomes, o avançado Togolês Adebayor assinou com os Spurs para dar mais altura e força a um ataque que já tem nomes como Defoe, Crouch e Pavlyuchenko. O Tottenham também contratou dois jovens atacantes: Iago Falqué ao Villareal e Coulibaly ao Siena. O último é apontado como uma promessa do futebol mundial.

Por resolver continuam os processos Luka Modric, Roman Pavlyuchenko e Joe Cole. O internacional croata ainda poderá sair até às 24 horas de quinta-feira. Chelsea e Manchester cobiçam o jogador mas as verbas apresentadas ao clube de White Hart Lane não são suficientes para o Tottenham deixar sair o seu melhor jogador. O Russo poderá sair até ao fecho do mercado visto que é carta fora do baralho das opções de Redknapp e há muito que o Tottenham pretende vendê-lo por um valor nunca inferior aos 10 milhões de euros. Joe Cole pode estar por horas para reforçar esta equipa.

De resto, a espinha dorsal do plantel profissional não muda muito e continua com uma qualidade soberba:

– Gomes, Friedel e Cudicini na baliza.

– Alan Hutton e Corluka irão revezar-se na posição de defesa-direito, podendo o francês Kaboul também fazer esta posição. Sebastian Bassong, Gallas, Kaboul, Michael Dawson e Ledley King serão as opções para o centro da defesa. Todos eles são excelentes jogadores. A escolha por hábito recai em Gallas e King. O camaronês Bassong e Kaboul também poderão actuar à esquerda perante uma lesão de Benoit Assou-Ekotto. Gareth Bale avança no terreno por norma mas também é solução válida para a esquerda da defesa.

– No meio campo, os trincos são o brasileiro Sandro, Tom Huddlestone e o Hondurenho William Palácios. Para a frente, podendo ocupar as restantes posições Niko Kranjicar (actua preferencialmente pela esquerda) Luka Modric (o 10) Rafael Van der Vaart, Jake Livermore, Danny Rose, Jermaine Jenas, Aaron Lennon (direita) Townsend e Steven Pienaar.

– Para a frente, Falqué, Pavluchenko (até ver) Jermaine Defoe, Peter Crouch, Souleymane Coulibaly e Emmanuel Adebayor.

Blackburn

Outra equipa que ainda não pontuou nas primeiras 3 jornadas do campeonato. O Blackburn foi no passado o último não-grande a conseguir vencer a Premier League. O feito remonta à longínqua época de 19941995 quando nas fileiras do clube assumiam-se nomes como Alan Shearer (seria vendido no fim da época para o Newcastle) Chris Sutton, o guarda-redes Tim Flowers, Tim Sherwood, Graeme Le Saux, Kevin Gallacher, Henning Berg, Richard Witschge, Ian Pearson e sim, o guarda-redes Shay Given.

O panorama actual do clube mudou. O Blackburn é uma equipa cujas dificuldades para atingir a manutenção são enormes de época para época devido à grande competição que é a Premier League. Treinado por um escocês (Steve Kean) o plantel do blackburn para esta época é bastante interessante.

Em destaque:

– O guarda-redes Paul Robinson.

– Os defesas Michel Salgado, Martin Olsson, Christophe Samba (um dos jogadores com mais destaque nesta equipa) Gael Givet e Ryan Nelson.

– No meio-campo, Simon Vukcevic foi comprado ao Sporting um valor a rondar os 2,3 milhões de euros. Terá como companheiros Radosav Petrovic (sérvio que o sporting cobiçou na época transacta) David Dunn, Mauro Fórmica, Vince Grella, Morten Gamst Pedersen e Stephen N´Zonzi.

– No ataque, o grenadino Jason Roberts terá como companheiros o espanhol Rochina, Nick Blackman e Nick Hoilett

Saídas a registar: o lateral-direito Brett Emerton decidiu voltar à Austrália para representar o Sydney FC, Ivelin Popov rumou ao Gaziantespor, Mame Diouf regressou ao Manchester United mas não faz parte das contas de Alex Ferguson, Jermaine Jones regressou ao Schalke 04, o croata Kalinic rumou à Ucrânia para representar o Dnipro e Benjani voltou ao Portsmouth.

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