Tag Archives: André Villas-Boas

Liverpool 3-2 Tottenham

Jogo do fim-de-semana. A reviravolta de Vertonghen ainda me fez aquecer o coração. Houve ali uns minutinhos, com os Spurs já em vantagem que me fizeram acreditar que AVB ia a Anfield espalhar mais um bocado da sua magia. Momento auge quando o Tottenham já vence por 2-1: Bale arranca pela direita, leva consigo meia defesa dos Reds e no momento limite com a bola já na linha final assiste Sigurdsson que diante de Brad Jones não consegue o 3º. Depois veio aquela velha história da qual tenho escrito sobre a defesa dos Spurs. Erros atrás de erros da defesa com Lloris à pesca do carapau no 2º golo do Liverpool.

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em White Hart Lane

Verthonghen

Que lição de futebol de AVB em White Hart Lane esta noite. Não é que o Inter ande a jogar muito nos dias que correm porque não anda. No entanto não há que esquecer que os nerazurri estão em profunda remodelação de plantel e miúdos como Mbaye Ibrahima, Juan Jesus, Matías Schelotto, Joel Obi, Marco Benassi, Lorenzo Crisetig, Matteo Columbi, Matteo Kovacic, Niccolo Belloni e Marko Livaja tem carímbo de qualidade para dar frutos no futuro. É certo, porém, que em fases de renovação de plantel (e pouco dinheiro) existem uns erros de casting, casos de Zdravko Kuzmanovic, Tommaso Rocchi e Gaby Mudingayi, jogadores cuja contratação por parte do Inter não tem, a meu ver, justificação plausível que não a falta de dinheiro para objectivos maiores. Daí o facto do Inter se estar a ver à rasca para conseguir um lugar que lhe dê a Champions neste ano.

Futebol total. Villas-Boas mudou a receita em relação ao Porto. Não tinha como não mudar. Do futebol de contenção apanhou um Tottenham que só sabe atacar e bem. O jogo de hoje foi mais uma demonstração de força do meio-campo e do ataque dos Spurs, conseguido em muito por uma solidez defensiva, coisa rara nos dias que correm na equipa de Londres, tendo em comparação o período Redkanapp. A política de contratação do clube, baseada na filosofia de ataque que a direcção de Daniel Levy incutiu no clube na última década assim o obriga, mas o futebol de hoje também obriga a que os clubes que gostam de atacar tenham solidez defensiva, coisa que o Tottenham de Redknapp não o teve, um pouco graças ao parco reforço das sucessivas defesas do clube. O paradigma tem vindo a mudar no clube do Norte de Londres com a contratação de Jan Vertonghen (na imagem) e a consolidação de Kyle Walker e Benoit Assou-Ekotto como 2 dos melhores laterais do mundo. Do mundo, sim. Contudo, falta mais qualquer coisinha. Gosto de Michael Dawson e Bougherra. São centrais super agressivos mas comprometem variadíssimas vezes. Vertonghen, pelo contrário, é agressivo mas ao mesmo tempo elegante. Tem um toque de bola excepcional, raro até, para central. Ganha pontos pelo facto de ser muito versátil: joga bem a central, a lateral-esquerdo e a trinco. Em conjunto com o seu compatriota Moussa Dembéle, não destoa em nada desta prodigiosa geração Belga.

O meio-campo de Villas-Boas é simplesmente prodigioso e isso viu-se hoje. Três esteios defensivos fortíssimos: Sandro, Parker e Huddlestone. É nele que reside o equilíbrio defensivo da equipa. Principalmente em Scott Parker, um todo-o-terreno disposto a tudo: a desarmar, a construir e a driblar se for preciso. Sigurdsson mais à frente encaixa bem mas ainda deixa recordações de Modric. O Islandês enche bem o pé de longe mas está longe do brilho, da magia e do toque de bola do internacional croata agora jogador do Real. Mais perto está Lewis Holtby, alemão contratado em Janeiro em Schalke 04 que hoje entrou para dar o toque de misericórdia à turma de Stramaccioni que, diga-se de passagem, andou moribunda em Londres. Creio que se AVB pudesse dispor do croata e de um central igual a Vertonghen, estaria hoje calmamente a ombrear com os clubes de Manchester pelo título. Nas alas, Bale e Lennon. Lennon gera o 2º golo desta noite numa das suas arrancadas gigantes com Álvaro Pereira a ver passar a banda. Bale oscilou entre a esquerda, a direita e o centro. O Galês já evoluiu de lateral-esquerdo para extremo. No final da era Redknapp já jogava na direita e a 10. Com AVB é cada vez mais 10 que outra coisa e está a tornar-se um caso sério no futebol mundial. Na frente, sempre bem fornecido pelos extremos, o ressuscitado Defoe pôs definitivamente a cabeça em água a Andrea Rannochia e Christian Chivu. Pelo meio, no ataque dos Spurs ainda existem Emmanuel Adebayor, Moussa Dembéle e Clint Dempsey, ou seja, um conjunto de soluções para todos os gostos, soluções essas que Redknapp não dispôs nos anos em que esteve no clube.

Nesta ronda de jogos houve resultados que me surpreenderam. A vitória do Basileia frente ao Zenit. Dragovic, Cabral, Zoua, Xhaqa, Streller e companhia continuam a surpreender a europa. Tinha o Zenit como favorito à vitória na competição, o Atlético como segundo, o Tottenham como 3º. Mudo as apostas para Londres. A vitória categórica do Steaua contra o Chelsea e o empate do Newcastle na Rússia no terreno do perigoso Anzhi antevêem dois bons jogos para a semana. Papiss Cissé é daqueles avançados ao qual não se deve dar um milímetro de área. O mesmo acontece com o seu antigo colega de ataque nos Magpies (Demba Ba; agora no Chelsea) se bem que este último ainda não se adaptou ao futebol da equipa de Stamford Bridge, futebol esse que é bem diferente do chutão longo que se pratica no Norte.

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não há quem o segure :)

Gareth Bale, o senhor Galês que é dono do melhor pontapé de meia distância do futebol actual. Mais uma proeza, desta feita aos 90″ na vitória do Tottenham Hotspur de André Villas-Boas no Boleyn Ground frente ao West Ham no derby londrino que fechou a jornada da Premier League deste fim-de-semana.

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semelhanças

ainda hoje li no Jogo que André Villas-Boas pretendia transformar Gareth Bale num “novo Ronaldo” – nem de propósito, o Galês hoje marcou um golo à “la CR7”!

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e eu concordo

Final do Campeonato do Mundo de Clubes.

Corinthians vs Chelsea

Oscar é para mim o médio do futuro. Desde o mundial de sub-20 que já tinha esse estatuto. Ainda espreitei alguns jogos do Internacional de Porto Alegre para confirmar as dúvidas que me restavam. É, desde que sigo a Premier, o 2º brasileiro a assentar que nem uma luva no futebol de terras de Sua Majestade. O primeiro, pelas características óbvias e tão diferentes do Brasileiro comum foi Gilberto Silva. De características diferentes da do antigo internacional brasileiro que teve a sorte de um dia ser chamado por Scolari para um Campeonato do Mundo devido à lesão de Emerson (designado em Itália como O Velho), Óscar também ele tem características que não são comuns no típico médio canarinho: é simples e não opta pelo típico futebol rendilhado, tem uma técnica acima da média, é talentoso e eficaz no passe curto e no passe longo e remata com alguma eficácia de meia distância. Para o meio campo dos relvados ingleses, onde o futebol rápido e nem sempre bem jogado obriga a que os médios sejam soltos, rápidos e eficazes na distribuição de jogo, Oscar é peixe dentro de água.

Sabendo que não ia ser titular contra o Timão (deve-lhe ter saltado a tampa obviamente; apesar de ter vindo para o Chelsea do Inter, Óscar foi formado no São Paulo e só um São Paulino sabe o ódio que essa estirpe tem aos galinácios, vulgo, Corinthians) o médio brasileiro deverá ter dito acerca do seu treinador Rafa Benitez algo como “ele é louco” – e é de facto.

Há uns anos atrás, fruto das vitórias com o Valência na Liga Espanhola e Taça Uefa em 2004 (com muito mérito diga-se) e do Liverpool na Champions em 2005, Benitez era posto no pedestral de José Mourinho. O tempo veio a confirmar que o espanhol não faz sombra ao Português. Em nada. Há que relembrar os exitos de Benitez na premissa dos planteis do Valência de 2003\2004 e do Liverpool da época seguinte: autênticas máquinas de futebol. Com recursos, o futebol prova que tudo é possível.

Depois do sonho veio a desilusão. Benitez teve quase a fazer do Liverpool campeão (já não acontece desde 1991). Quase, não fosse o fantástico futebol do Manchester de Ronaldo. O modelo Benitez (muito parecido com o modelo Wenger só que executado apenas o recrutamento de jovens espanhóis esgotou-se) e com ele também se esgotou a paciência de um clube atolado em dívidas. Veio a era Gilette e Benitez, como qualquer treinador sem resultados, foi posto no olho da rua. Passados alguns anos, apanhou o restolho da era Mourinho no Inter. Como qualquer restolho deixado por Mourinho, Benitez não teve no Inter aquilo que nunca teve (Segundo os especialistas da bola) em qualquer clube por onde passou: mão-de-ferro. Ainda os jogadores campeões europeus do Inter de Mourinho choravam a saída do Português para Madrid e já Benitez era posto no olho da rua.

Veio o Chelsea. Campeão europeu em título. É certo que Di Matteo foi, até hoje, o mais improvável campeão europeu. Apanhou um Chelsea em ruínas depois da passagem do furacão Villas-Boas. Apanhou um Chelsea a meio de uma eliminatória europeu com um 1-3 servido no San Paolo em Napoli, onde, diga-se de passagem, o Chelsea levou um cheiro de bola tão grande que merecia ter saído da Bella Napoli não com 3 mas com 6. E na 2ª mão, com um Super Napoli (recordo-me do golaço apontado pelo Gokhan Inler) Di Matteo e os jogadores viraram uma eliminatória que 15 dias antes parecia perdida. Isto sem falar que depois do Benfica (onde o emblema da Luz fez tudo para merecer o apuramento), o Chelsea vai dar aquele recital táctico a Nou Camp para depois vencer o tão desejado sonho de Abrahamovic na final contra o Bayern.

Ainda no êxtase da vitória europeia, Abrahamovic deu condições ao técnico italiano e reforçou a sua confiança e plantel. O Chelsea tem de longe o melhor trio de médios do futebol britânico: Hazard, Oscar e Mata. E por detrás deste trio ainda existe um Lampard, que apesar da idade, ainda aparece de vez em quando para mostrar o velho Lampard do passado. Di Matteo, como se esperava, confirmou o lucky shot obtido pela champions e não teve unhas para tocar a guitarra que Abrahamovic lhe tinha dado. A paciência do Russo esgotou-se quando não devia e para o seu lugar contratou Benitez que em tantos jogos ainda não acertou uma. Moral da história: por mais mal que um campeão europeu se esteja a portar, é quase regra de ouro (ainda mais no futebol britânico) que o treinador campeão merece mais oportunidades daquelas que mereceu Di Matteo. Ainda mais, quando é substituído por um louco.

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o talentoso andré

Villas para os amigos. Como foder um clube como o Tottenham em menos de um mês.

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como não poderia deixar de ser…

André Villas-Boas chegou ao Tottenham e começou a praticar a sua veia disciplinadora.

O Croata Luka Modric quer sair para o Real Madrid, mas os madrilenos ainda não chegaram apos 60 milhões que os londrinos pedem pelo “Maestro”. 40 milhões, Lassana Diarra e Ricardo Carvalho compuseram a última proposta que chegou a White Hart Lane. Mesmo perante as pressões de Modric (tem-se recusado a treinar com a equipa e ontem recusou-se a viajar para os EUA com a equipa para a habitual digressão que os Spurs fazem em terras do tio Sam), Villas-Boas (em consonância com o presidente e proprietário do Clube Daniel Levy) decidiu multar o jogador pelo incidente em 80 mil libras.

A questão merece mão pesada. Nem sequer quero questionar a atitude do treinador português. Modric sabe perfeitamente do papel fulcral que desempenha na equipa Londrina, e, saberá também perfeitamente que a equipa necessitará de o vender pela sua cláusula de rescisão para poder procurar um substituto à altura, tarefa que não será fácil dadas as características do croata. Porém, André Villas-Boas já está a causar problemas e ainda só vai na 3ª semana de trabalho. AVB ainda não teve a graciosidade de falar directamente com o jogador, convencendo-o a ficar em White Hart Lane. AVB entrou nos Spurs na mesma escala do que tinha feito bem perto em Stanford Bridge: cheio de disciplina e regras que só afugentam jogadores. Estou certo que AVB ficará pouco tempo por White Hart Lane. O balneário começará a minar o seu trabalho. Daniel Levy cometeu um erro: o balneário não queria AVB mas mesmo assim o Israelita trouxe AVB, um treinador que está muito aquém da filosofia do clube. E com isso arrisca-se a tirar o Tottenham do topo da Premier League por alguns anos. A mentalidade atacante gerada no início da década passada como filosofia de jogo do clube será ameaçada pela filosofia de jogo de um treinador que não vai mais além do que a primazia da posse de bola, jogo que não assenta muito nas matrizes da Premier League. Muito menos sem Modric na equipa.

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o meu sétimo olho não me engana

O Benfica deu uma resposta cabal em Stamford Bridge e voltou a merecer muito mais que a derrota e a consequente eliminação.

Já na primeira mão tinha escrito que os encarnados tiveram uma atitude mais positiva perante o jogo. Não escassearam oportunidades de golo. Escasseou apenas a eficácia. Eficácia que o Chelsea teve na meia-dúzia de oportunidades de golo que teve ao longo da eliminatória.

Vou ser sincero: preferia ver este Benfica a jogar contra o Barcelona nas meias-finais do que este Chelsea. Este Benfica tem um futebol de ataque bonito e objectivado para o sucesso. Ao invés, este Chelsea é provavelmente o Chelsea mais nojento dos últimos anos. Se com Villas-Boas a tónica era a clara irregularidade de resultados, com DiMatteo o futebol do Chelsea tornou-se mais regular mas, ao mesmo tempo, mais feio, mais cínico, mais jogado de acordo com a cartilha italiana.

A expulsão de Maxi Pereira é injusta. Nem à luz do liberal futebol britânico haveria razão para um Howard Webb expulsar o Uruguaio. A entrada do lateral-direito do Benfica seria como se diz na gíria futebolística um “amarelo alaranjado”. O penalti de Javi aceita-se.

Pela primeira vez concordo com as palavras de JJ num flash-interview: o Benfica foi claramente roubado. Cá e lá.

Já Vieira culpa Platini e avisa que o francês verá novamente o Benfica em noites europeias. Casa onde não se sente só pode ser constituída por má gente, invertendo o jus do ditado. No entanto, o arrastar de culpas para arbitragem é algo que começa a ser forçado por parte do presidente do Benfica. Só faltou a Vieira dizer que Platini agiu a mando de Pinto da Costa quando todos sabemos o ódio de estimação que o francês tem pelo presidente portista.

Já Javi Garcia também teve um comentário pateta. Compreende-se perfeitamente a frustração do atleta. Agora, deve-se considerar patetice a ideia que só uma equipa é que esteve em campo para ganhar. Para isso, o Chelsea nem sequer se apresentava em campo e escusava o Benfica de ir gastar dinheiro a Londres.

Sou a favor da justiça no futebol.

Já que ladrão que rouba ladrão ao menos que o Chelsea vingue esta na próxima ronda.

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futeboladas

Jornadas do fim-de-semana das principais ligas europeias, Liga dos Campeões e Liga Europa.

Começo pela Premier League, como habitual.

Premier League:

Ver aqui os highlighs do empate do Manchester City frente ao Sunderland a 3 bolas.

Emoções ao rubro no sábado no City of Manchester. No entanto, o empate (à luz da vitória do Manchester United em Blackburn esta noite) faz com que o City fique a 5 pontos do rival de Manchester e comece a ficar longe do sonho do título.

O arejado Sunderland de Martin O´Neill foi ao City of Manchester incomodar a “fraca” equipa de Mancini. E poderia ter trazido de Manchester muito mais que um empate não fosse a reacção tardia dos homens de Manchester. Na primeira parte, o sueco Sebastien Larsson e o dinamarquês Niklas Bendtner deram toques escandinavos à revolução do Sunderland em Manchester. No entanto, uma grande penalidade convertida por Balotelli iria manchar uma exibição perfeita dos Black Cats na 1ª parte.

O mesmo duo iria elevar a contagem para 3-1 aos 55″. É impressionante como Sességnon consegue fugir a uma entrada duríssima de Yaya Touré no meio campo e como consegue oferecer a Bendtner a hipótese de servir Larsson para o 3º golo da equipa.

Até que Mancini largou Tevez em campo e deixou o argentino a jogar no ataque com Dzeko e Balotelli. O City acordou de forma tardia mas ainda teve tempo para empatar a partida nos 5 minutos finais por intermédio de Balotelli e Kolarov.

Seriam precisamente estes dois jogadores o foco principal da partida. Corria o minuto 63 da partida quando o italiano e o sérvio se desentenderam na marcação de um livre directo.

Ver aqui o incidente

O internacional italiano não ficou agradado com o facto do sérvio ter puxado a bola para si para bater o livre em questão e tiveram que ser os colegas de equipa a afastar o avançado do celeuma. No entanto, registo aqui que o árbitro da partida deveria efectivamente ter mostrado o cartão amarelo aos dois jogadores do City, atitude que foi aberta pela FA depois do precedente gerado por Kieron Dyer e Lee Bowyer em 2004\2005, quando os ditos jogadores (no Newcastle) andaram à porrada no meio de um jogo da liga inglesa e foram expulsos.

Quem não ficou agradado com a situação assim como com a performance dos seus jogadores na partida foi Roberto Mancini.
No entanto, Mancini tem aparecido com algumas declarações contraditórias. Se no flash-interview posterior ao jogo do Sunderland o treinador italiano afirmou (como se pode ouvir no video acima postado) que o City continua na luta pelo título, hoje, o mesmo, já veio afirmar que caso o City perca o próximo jogo diz adeus ao título inglês.

Quem aproveitou a escorregadela do City foi precisamente o City. Devido à limitação que a WordPress impõe ao nível de postagem de videos (apenas aceita videos de youtube) ainda não disponho de imagens deste jogo.
O Manchester United venceu o Blackburn fora por 2-0 com golos de António Valência e Ashley Young. O equatoriano fez uma partida brilhante e continua a merecer a titularidade que Sir. Alex Ferguson lhe tem concedido nas últimas semanas. Foi uma vitória muito difícil para o United. Não que o United não tenha castigado o Blackburn durante toda a partida porque castigou, mas porque o United só conseguiu chegar aos golos nos 10 minutos finais.

Na imprensa têm surgido notícias que dão conta de aceleradas rondas de negociação entre o Manchester United e o empresário de Arjen Robben para que o internacional Holandês troque Munique por Manchester na próxima temporada. Robben termina contrato em 2013 mas tem muitos interessados em Inglaterra. À cabeça, Manchester City, Chelsea e Manchester United. Como o Bayern não pretende perder o jogador (ou perder o jogador a um preço muito inferior aquilo que ele efectivamente poderá render aos cofres bávaros) a imprensa alemã afirma que Robben já deverá ter renovado com o Bayern até 2015, informação que ainda carece de confirmação por parte da direcção bávara.

Robben é o 2º internacional holandês veículado como reforço do Manchester United para a próxima temporada. Na semana passada, especulou-se que Klaas-Jan Huntelaar não iria renovar contrato com o Schalke 04 para poder rumar a custo zero para Old Trafford.

Aston Villa 2-4 Chelsea

Grande vitória do excelente em Villa Park. Grande jogo de futebol em Birmingham. Grande onda de solidariedade entre futebolistas e adeptos para com o internacional Búlgaro Stilyian Petrov, jogador do Aston Villa.

Vamos por partes:

Grande jogo do Chelsea de Di Matteo na ressaca da vitória europeia contra o Benfica na luz (já lá vamos).

O Chelsea assegurou a permanência na luta por um lugar na Champions com uma fabulosa exibição colectiva que efectivamente vinga a derrota caseira por 3-1 contra o Aston Villa no passado mês de Dezembro. Até deu para Fernando Torres fazer o gosto ao pé aos 90″.

Adeptos e jogadores das duas equipas uniram-se para dar força a Stilyian Petrov. O internacional Búlgaro está a lutar pela vida em virtude do diagnóstico médico que lhe traçou uma leucemia melóide aguda. Petrov confessou que a sua luta é inspirada na mesma luta pela vida que Fabrice Muamba passou há 2 semanas quando teve um colapso cardíaco em pleno relvado de White Hart Lane. Segundo palavras do jogador: “Vi a foto de Muamba e isso inspirou-me muito. – Depois dirigiu-se aos fans do Aston Villa e agradeceu todo o apoio que os adeptos do clube de Birmingham e que todos os colegas de profissão lhe estão a desejar.

Os adeptos do Villa não se fizeram rogados e ao minuto 19 (número da camisola de Petro) fizeram questão de cantar e saltar em conforto ao problema que afecta a vida do futebolista Búlgaro. O momento da ovação pode ser visto aqui no site do Jornal A Bola. O futebol é feito destas emoções. Força Petrov!

É o 2º caso recente de um jogador que está a lutar contra uma doença cancerígena. Há uns meses atrás o jogador do Barcelona Eric Abidal conseguiu vencer um tumor no fígado.

Na específica luta pela Champions League, o Chelsea aproveitou a derrota do Arsenal no derby de Londres contra o Queens Park Rangers.

A equipa de Arsène Wenger parecia embalada para o 3º lugar pois já não perdia desde o início de Fevereiro. No duelo contra o aflito Queens Park Rangers, o franco-marroquino Adel Taarabt (jogador que prometia muito para esta época mas que acabou por gorar as expectativas de quem o considerava um fenómeno; já foi pretendido por Chelsea e Manchester United) abriu o marcador com uma espectacular rotação sobre o belga Thomas Vermaelen e consequente finalização sob pressão de Laurent Koscielny. No 2º jogo em branco para Robin Van Persie, seria Theo Walcott a marcar aos 37″ para a equipa de Wenger. Samba Diakite haveria aos 66″ de dar a tão desejada vitória para os homens de Mark Hughes que com esta vitória voltou a subir a linha de água em troca com o Blackburn.

Tottenham 3-1 Swansea

Quem também aproveitou a derrota do Arsenal foi o Tottenham. Frente a um Swansea que costuma fazer bons jogos contra os lá de cima, o Tottenham “vestiu o fato macaco” nos minutos finais (golos de Adebayor aos 74 e 85) mas começou a partida com um smoking de gala oferecido por Rafael Van der Vaart. Soberbo golo do Holandês que decerto irá pontificar nos melhores da Liga 11\12.

Na 2ª parte veio a resposta por parte do médio ofensivo Islandês Golfy Sigurdsson. Na mesma escala de espectacularidade do golo de Van der Vaart.

O Tottenham colou-se ao Arsenal com 58 pontos. O Chelsea é 5º com 53.

Outros jogos:

Wigan 2-o Stoke – A equipa de Roberto Martinez continua na sua luta contra a despromoção. Mais uma vitória importantíssima que até poderia ter dado para sair dos lugares incómodos não fosse a vitória do Queens Park Rangers contra o Arsenal. Antolin Alcaraz (ex-Beira-Mar) abriu a contagem.

Wolverhampton 2-3 Bolton – Jogo de aflitos de Owen Coyle venceu e aproveitou para dedicar a Fabrice Muamba. 10 minutos finais loucos. Se Michael Kightly tinha aberto o marcador para os da casa aos 55″ e Martin Petrov tinha empatado aos 65″ por intermédio de uma grande penalidade, o Bolton virou o marcador aos 80″ por intermédio do defesa espanhol Marcos Alonso. Aos 84″ seria Kevin Davies a elevar para 3-1 para 4 minutos depois o Wolverhampton reduzir para 2-3. O Wolverhampton está a ficar numa situação ruinosa. 6 são os pontos que separam o wolves do primeiro lugar acima da linha-de-água.

Newcastle 2-0 Liverpool – Os magpies não desarmam da luta pela europa. Venceram o pobre Liverpool por 2-0 com dois golos de Papiss Cissé. O avançado contratado no mercado de Janeiro ao Freiburg da Bundesliga já leva 7 golos desde que chegou a Newcastle e promete (pela sua veia goleadora e pela sua força e rapidez) ser um dos melhores marcadores da Premier League na próxima temporada.

O Liverpool de Dalglish já não ganha há 6 jornadas. A última vitória dos Reds foi no derby de Liverpool em Anfield no dia 25 de Fevereiro. O Liverpool já confirmou que Dalglish não será o treinador da equipa na próxima temporada.

Liga Espanhola:

Mais um rolo compressor do Real para o campeonato. Inacreditável. O Real marcou 15 golos no espaço de uma semana. 5 contra a Real Sociedad, 3 na deslocação ao APOEL para a Champions e mais 5 no Osasuna. É de realçar que o Osasuna está a fazer uma época sensacional, sendo 6º classificado (lugar que dá acesso à Liga Europa).

A exibição de Cristiano Ronaldo não merece comentários. Talvez a mais perfeita da sua carreira. Rápido nos flancos a fazer em água a cabeça de Javier Flaño. O lateral espanhol não ganhou um duelo em drible ao português. Aquele golo formidável do meio da rua e a assistências para Benzema e Higuaín. Benzema com aquele golo “à van basten”. Mesmo existindo 6 pontos de avanço e um clássico por disputar em Nou Camp, mesmo que o Real perca contra o Barça, dúvido que o título fuja à equipa madrilena.

O Barça recebeu o Athletic num jogo que causou alguma polémica em Espanha. Isto porque o Athletic cedeu às pretensões do Barça em jogar no sábado à noite. Como é sabido o Athletic jogou na quinta-feira à noite frente ao Schalke 04 na Alemanha e o Barça joga amanhã frente ao Milan para a Liga dos Campeões. O Athletic queria jogar no domingo, o Barça (por razões óbvias) no sábado. O Athletic preferiu abdicar do descanso entre partidas para ter mais um dia para descansar para o jogo da 2ª mão na quinta-feira e cedeu o domingo pelo sábado ao Barça pois entendeu que o Barça necessitaria mais do jogo no sábado. Para a comunicação social, esta alteração entendeu-se como um favor dos bascos aos catalães visto que a equipa de Bielsa há muito que já desistiu de um lugar europeu por via do campeonato para poder lutar pela vitória na Liga Europa.

Dentro de campo o Barça venceu confortavelmente por 2-0 e manteve a perseguição ao Madrid. Messi marcou o 36º da temporada na Liga espanhola e está a 1 de Cristiano Ronaldo. O Barça joga amanhã frente ao Milan em Nou Camp com um 0-0 da 1ª mão (irei abordar mais à frente). Pep Guardiola avisou hoje na conferência de imprensa que antecede o jogo que o Milan é uma equipa capaz de marcar fora, logo, o Barça deverá ter atenções redobradas.

Outros jogos:

Valência 1-1 Levante – No açucarado derby de Valência, Valência e Levante partilharam um ponto. Um ponto que serviu mais as pretensões do Valência do que as pretensões do Levante. O Valência é 3º com 48 pontos e o Levante 5º com 45. O Levante não conseguiu chegar aos lugares da Champions mas aproveitou a derrota caseira do Málaga (4º) frente ao Bétis.

Atlético de Madrid 3-0 Getafe – O Atlético de Madrid também aproveitou as derrotas de Málaga e Osasuna para se chegar aos lugares europeus. Os madrilenos bateram em casa o Getafe por 3-0 com golos de Falcão, Sálvio e Adrián. O jovem avançado espanhol tem sido bastante cobiçado nas últimas semanas. Há quem diga que o Chelsea e o Inter estão com os olhos postos na sua contratação. Adrián confessou em entrevista ao jornal Marca que está muito bem no Atlético e que pretende fazer coisas boas no clube madrileno.

Sporting de Gijón 1-2 Zaragoza – Em duelo de aflitos, Hélder Postiga marcou aos 37″ e Lafita decidiu aos 90. O Português já leva 7 tentos na Liga e tem sido muito útil ao clube da Rioja. O Zaragoza ainda está debaixo da linha-de-água no 18º lugar com 28 pontos, menos 4 que o Villareal. O Sporting de Gijón de André Castro está a um passo da despromoção.

Na próxima jornada:

– O Real recebe o Valência no Santiago Bernabéu. Com 3-0 de vantagem na eliminatória contra o APOEL será capaz Mourinho de fazer rodar a equipa tendo em conta a estabilidade do 1º lugar na Liga? O Valência precisa de vencer para não complicar as contas do 3º lugar.
– O Barça vai a Zaragoza com a equipa da casa a precisar de pontos.
– Outro jogo em destaque na luta é o Levante vs Atlético de Madrid. O Levante precisa de segurar o seu lugar europeu perante um Atlético que irá terminar em sprint o campeonato. 3 são os pontos que separam as duas equipas.

Liga Italiana:

Um dos jogos da semana em Itália.

Em primeiro lugar há que dar realce à curiosa abordagem táctica da Juve de António Conte. 3x5x2 é o modelo utilizado regularmente por Walter Mazzarri no Napoli. Esta táctica e a utilização de determinados jogadores nela por parte de Conti tem variadas explicações: aniquilibrar o adversário por via do equilíbrio táctico e de uma marcação homem a homem por parte da Juve; a colocação nas alas de dois jogadores de cariz defensivo (De Ceglie à esquerda e Lichsteiner à direita) de modo a parar a rapidez e influência no contra ataque dos alas do Napoli (Maggio e Zuñiga) 3 centrais (Bonnucci, Chiellini e Barzagli) para travar a influência de Cavani e Lavezzi. Duelo de meio campo entre Pirlo\Marchisio e Inler\Gargano e Hamsik. A dupla do meio campo da Juventus levou a melhor durante quase toda a partia (Hamsik foi nulo) e Cavani\Lavezzi foram anulados com facilidade pelo trio de centrais da Juve. Pirlo e Marchisio construíram quanto quiseram e Arturo Vidal foi o joker da partida. Quando Conte precisou de atacar, tirou Lichsteiner e meteu Cáceres e o Uruguaio deu outra profundidade ao ataque.

Não sei quantos poderiam ser; o mais justo é que tivessem sido uns 5 ou 6 dadas as oportunidades que a Juventus teve durante os 90 minutos. Pirlo meteu pelo menos três bolas de golo na cabeça dos seus colegas e em conjunto com Marchisio faz com que a Juve tenha dois excelente executantes ao nível da temporização atacante. Arturo Vidal mascarou-se de Eljero Elia no 2º golo da Juve. Está um craque este Chileno de 24 anos. E Del Piero entrou para acabar com o pouco que existia do Napoli na partida. No entanto, o jogou terminou com a justa expulsão de Zuñiga depois de uma agressão a Andrea Barzagli.

A Juve ficou agora a 2 pontos do Milan. O Napoli é 4º com 48 pontos e continua às portas da Liga dos Campeões. As duas equipas ainda jogarão mais uma vez esta época. Será no dia 20 de Maio no Olímpico de Roma para a final da Taça de Itália. Se pudesse distribuir os títulos pelas aldeias, não me importava nada (pelo lindo futebol que ambas as equipas praticam) que o Milan vencesse a Champions, que a Juventus vencesse o título e que o Napoli vencesse a Taça de Itália.

Boa nova para Juve é o facto do avançado Alessandro Matri e do defesa Leonardo Bonucci terem renovado com o clube dos Agnelli.

O Milan foi à Sicilia enfrentar o Catania e perdeu pontos para a Juve. Sem grandes folgas entre duelos europeus, Max Allegri apenas fez duas alterações ao onze habitual: tirou El-Sharaawy e Kevin Prince Boateng (entraram ambos na 2ª parte quando o Milan já empatava) e colocou em sua vez Alberto Aquilani e Ambrosini. Perante o potencial de ambos os jogadores, este tipo de substituições não fazem o Milan perder de qualidade e isso é uma das virtudes deste plantel dosJuanmilaneses: é rico em soluções de qualidade e como tal poderá enfrentar 2 frentes ao mesmo tempo sem grandes deslizes.

Não aconteceu na Sicília. O Catania que até está a fazer uma boa época conseguiu sacar um empate ao líder da prova.
Na 1ª parte, destaque para as belíssimas defesas de Juan Pablo Carrizo aos pés de Emanuelson e Zlatan Ibrahimovic. O Argentino não evitou o golo de Robinho aos 37″ mas foi crucial para levar a equipa para o intervalo a perder por 1-0 quando poderia estar a perder por 2 ou 3. No golo do brasileiro, os créditos vão todos para Zlatan: só um jogador da sua categoria é que consegue manter aquela bola jogável e ainda assistir um colega de equipa para golo. O Sueco está (quanto a mim) a fazer a melhor época da sua brilhante carreira!

Na 2ª parte tudo mudou. O Catania começa com um golo muito mal anulado ao argentino Alejandro Gomez. Como se pode ver nas imagens, tanto Bonera como Abate poem em linha o extremo do Catania. A malta do ataque do Catania não desistiu e passados uns minutos (mesmo depois de Antonini ter dado o corpo ao manifesto a remate de Pablo Barrientos) empatou por intermédio de Spolli num lance em que Bonera e Ambrosini foram completamente “comidos” e Méxes ficou impávido e sereno ao ver Spolli nas costas a emendar para a baliza de Abbiati.
Minutos mais tarde, o Milan pode-se queixar de um erro de arbitragem grosseiro. No lance de Robinho é nítido que Marchessi vai tocar no esférico para além da baliza (mais dentro do que fora). O lance em si é lindo e tem novamente o toque de Zlatan na assistência. O trabalho de Robinho também é fantástico pois deixa dois defesas do catania pregados ao chão no momento do remate. Merecia mais o brasileiro.
O jogo acabou como tinha começado: mais duas fantásticas defesas de Carrizo (para mim o homem do jogo em conjunto com Bonera e Zlatan) e uma perdida incrível do Chileno Felipe Seymore na última jogada da partida).

Foi provavelmente um dos melhores jogos do ano na Série A se bem que o Inter vs Génova desta jornada e os jogos entre Inter e Palermo (de Giuseppe Mezza) e o derby Romano da 2ª volta também foram grandes jogos.
Para finalizar, os dois indesculpáveis erros de arbitragem que felizmente não beliscaram o resultado final. Caso os dois lances fossem validados, seria o empate a 2 bolas. Todavia, o Milan, como está a lutar pelo título foi o clube que se queixou da arbitragem e segundo as declarações do seu administrador Adriano Galliani, o clube milanês prepara-se para pedir à Federação Italiana de Futebol que coloque arbitros de baliza nas partidas da Série A.Pale

A meu ver é uma ideia estaparfúrdia do administrador do Milan pois o referido sistema não está a ter os resultados desejados nos testes que se tem verificado nas competições europeias. Prova disso recentemente foi o penalty que não foi visto a favor do Benfica frente ao Chelsea por mão de Terry, e os penaltis inexistentes assinalados contra o Sporting nos jogos contra City e Metalist na Liga Europa, o primeiro onde o arbitro de baliza não se pronunciou pelo facto do lance ter sido fora de área do Sporting e o 2º onde o arbitro de baliza indicou ao arbitro principal de uma falta inexistente por parte de Rui Patrício.

Para finalizar, hoje circulou a notícia de que António Cassano teve alta médica para regressar à alta-competição depois do problema que teve após o jogo contra a Roma no final do ano passado. No final dessa partida que o Milan viria a ganhar no Olímpico por 3-2, já no voo de regresso para Milão Cassano sentiu-se mal e o avião teve que aterrar de emergência em Bolonha para que Cassano fosse imediatamente conduzido ao hospital. Um primeiro indício suspeitava de um mini acidente vascular-cerebral. Exames mais específicos vieram a revelar que o jogador tinha um problema cardíaco raro motivado por um acontecimento específico num ventrículo que fecha 5 minutos após o nascimento de qualquer ser humano e que em raros casos não acontece.
Cassano já se vem a treinar desde Janeiro sem limitações mas precisava da alta médica para voltar aos relvados. Max Allegri ainda poderá contar com o avançado para as batalhas que se avizinham na Champions (caso o Milan se apure para as meias-finais) e para a Serie A. No entanto, Cassano perdeu o seu espaço para El-Sharaawy, Robinho e Maxi Lopez no ataque da equipa Milanesa.

Estreia de Andrea Stramaccioni como treinador principal do Inter.

Com Cláudio Ranieri havia noites em que o Inter podia fazer 150 remates numa partida que a bola não iria entrar na baliza adversária. Com Stramaccioni, logo na primeira partida, a bola entrou em abundância nas redes defendidas pelo Francês Sebastian Frey.

E quem diria que Diego Milito depois de 1500 bolas falhadas à frente da baliza faria um hat-trick?

Febre dos penaltis em Milão. O Génova com Kaladze, Veloso, Palácio e Gilardino no onze até começou melhor a partida e podia ter marcado primeiro não fosse uma intervenção providencial de Júlio César aos pés de Rodrigo Palácio para canto e consequentemente um corte providencial de Esteban Cambiasso na sequência desse canto. Depois viria o primeiro golo por Milito. Se Milito falhasse aquela bola era um escândalo. Não falhou o penalti de cabeça que lhe ofereceram mas viria a falhar um golo feito após dois cabeceamentos na área de Samuel e Cambiasso. Redimiu-se minutos depois com a oferta que Stankovic (a meias com Moretti) lhe deram para fuzilar Frei no frente-a-frente. O Inter jogava bem e bonito para um Génova apostado em jogar (como é hábito) no contra-golpe.

3-0 aos 38″ fabricado pelos centrais milaneses: Lúcio aproveita a bola rechaçada pela defesa genovesa e oferece a Samuel que só teve de empurrar. Parecia resolvido o jogo. Já nos descontos da 1ª parte, Cambiasso evitava pela 2ª vez na linha de golo o primeiro tento do Génova a cabeceamento de Sculli. No entanto, a bola foi parar ao raio de acção do avançado que de bicicleta com a ajuda do seu colega Emiliano Moretti acabaria por ser feliz.

Na 2ª parte, apesar do remate inicial de Chivu, foi o Génova que dominou nos últimos 45 minutos.
1º penalti duvidoso para os genoveses. Zanetti é jogador que por norma sempre nos habituou a jogar limpo. É certo que a bola lhe vai ao braço mas dúvido que fosse a intenção do argentino tocar-lhe dessa maneira até porque ia em queda.

Cambiasso tinha ameaçado e Mauro Zarate concretizou para o 4-2 aos 74″. Mais uma vez o jogo parecia destinado a cair para o Inter sem grandes sobressaltos.

2º penalti do Génova – o atropelo é evidente e Júlio César não protestou. É certo que Palácio ganhou vantagem perante o esticão de Júlio César e cravou bem o penalti.

Penalti do Inter – Joel Obi deixou-se de “sonecas” (uma das criticas que faço ao nigeriano é que apesar da sua brilhante capacidade técnica é um jogador que se entrega muito pouco ao jogo) e deu um baile em Giandomenico Mesta e Guarín com um toque de classe enfia no bolso o seu antigo colega no Porto Belluschi e é carregado. Decisão justa que enervou Moretti. Belluschi foi expulso com cartão vermelho directo dado que Guarin foi carregado numa situação de possibiliade de golo em zona frontal. É caso para perguntar como é que o Argentino caiu no engodo de alguém com quem treinou todos os dias e deveria conhecer de trás para a frente?

3º penalti do Génova – correctissima decisão.

Esta derrota motivou uma decisão estranha no seio do Génova. O presidente do clube despediu Pasquale Marino pelos maus resultados da equipa genovesa e apresentou hoje Alberto Malesani como o novo treinador do Génova, 3 meses depois de o ter despedido em troca por Marino também por maus resultados. No mínimo caricato.
A exibição de Miguel Veloso não passou despercebida aos responsáveis do Inter. O centrocampista já esteve perto de Milão na reabertura de mercado para substituir Thiago Motta, na altura vendido ao PSG. No entanto, o Inter esbarrou com as pretensões genovesas de apenas abdicar do jogador luso por 22 milhões de euros e preferiu contratar Freddy Guarin por empréstimo de 6 meses (+ opção de compra no valor de 9 milhões) a troco de 1,8 milhões de euros.

Outros jogos:

Parma 3-1 Lazio – Balão de oxigénio para o Parma na luta pela manutenção. O Parma foge temporariamente aos lugares incómodos e complica a vida da Lazio na luta pela champions.

Roma 5-2 Novara – A roma continua a pretender um lugar europeu e conseguiu permanecer nessa luta às custas do aflito Novara que até entrou a vencer com golo de Caracciolo. Excelente exibição do colectivo Romano na 2ª parte.

Lecce 0-0 Cesena – Um empate que atrapalha em muito as poucas aspirações de dois aflitos. O Lecce vê a linha-de-água a 5 pontos enquanto o Cesena está a 14 pontos.

Fiorentina 1-2 Chievo – Um golo de Luca Rigoni aos 88″ põe a jeito a Fiorentina. É 17ª com 5 pontos de avanço sobre o Lecce.

Na próxima jornada teremos o Milan a receber a Fiorentina. Os Milaneses recebem a Viola depois de um importante confronto europeu frente ao Barça em Nou Camp. A vitória é o único resultado que interessa às duas equipas derivado dos distintos objectivos actuais: os milaneses querem a renovação do título enquanto os jogadores da Viola querem sair dos lugares incómodos.
A Juventus vai a Palermo. É um terreno difícil, sendo expectável que Miccoli e companhia façam de tudo para retirar pontos à Vecchia Signora.
A Lazio recebe o Napoli com 3 pontos de vantagem. A Lazio quer segurar o 3º lugar enquanto o Napoli espreita a passagem para o mesmo. O Napoli promete futebol de ataque em Roma. Quem ainda espreita uma escorregadela destas equipas para ver se consegue subir é o Inter (está a 4 do Napoli e a 7 da Lazio) e a Roma. Os interistas deslocam-se à Sardegna para jogar contra o Caglari enquanto os romanos vão ao terreno do aflito Lecce.

Para finalizar os assuntos da Série A são de realce os 35 golos marcados pelas 20 equipas em 10 jogos. Dá uma média de 3,5 golos por jogo.

Liga Francesa:

1. Com o Montpellier a “folgar” a pedido do Marselha (dois embates contra o Bayern para Champions fizeram adiar a partida para dia 11) o PSG não conseguiu tomar partido da situação para colocar pressão no actual “rival” pela conquista da Ligue 1 e perdeu em Nancy por 2-1. A equipa de Carlo Ancelloti está em quebra e para isso muito se deve a quebra de rendimento de Javier Pastore e Kevin Gameiro. Yohan Mollo aos 89″ impôs a primeira derrota de Carlo Ancelotti na Liga Francesa.

2. Em dia das mentiras, aproveitou o Lille para se chegar à frente mais um pouquinho. Até parece mentira que o campeão em título ainda esteja na luta pela renovação do mesmo com um percurso muito irregular até então (15 vitórias, 11 empates, 4 derrotas). Contra o Toulouse (5º) voltou a sobressair a mestria de Eden Hazard.

3. O Toulouse foi ultrapassado no 4º lugar pelo Lyon, que apesar desse feito não conseguiu mais do que um empate no terreno do Rennes (7º) – se conseguiu o empate bem o deve ao golo de Lisandro Lopez e aos muitos falhanços provocados pelos homens do norte. Por duas ou três situações Lloris foi chamado a intervir e segurou as pontas para a equipa de Remi Garde. Noutras situações, o noruguês Tettey, o Burkinês Pitroipa e o Togolês Boukari falharam na boca da baliza de forma inacreditável. Apesar do facto de Lisandro ter recuperado a forma de outros tempos, ao nível global, este Lyon está muito longe do que assistimos do forte Lyon na última década.

4. André Ayew é notícia em França. O jovem Ganês está a despertar o interesse de meio mundo. Bayern, Chelsea, United, Tottenham e Inter querem os concursos do avançado de 22 anos que é filho da maior glória do futebol ganês Abedi Pele.

Bundesliga:

Mais um jogo de doidos. No final da partida do Westfalenstadium, os adeptos das duas equipas deram por bem empregue o seu dinheiro para ver um empate a 4 bolas entre Dortmund e Estugarda. É certo que a felicidade reinava no seio da equipa e adeptos bávaros.

A felicidade dos adeptos não era para menos. Que jogo sensacional. Depois de uma 1ª parte dominada pelo Dortmund (1-0 com golo de Kagawa ao intervalo) o estugarda (a perder por 2-0) iria no espaço temporal de 8 minutos (Ibisevic; 2 golos de Julian Schieber; 71 aos 79″) virar o resultado para 2-3. O Dortmund, ameaçado, haveria de virar para 4-3 em 4 minutos (Hummels e Perisic) para o Estugarda empatar mesmo no fim por intermédio de Christian Gentner.

Podiam ter sido mais que 8 golos – Schieber falhou um certo na 1ª parte e foi acompanhado por Robert Lewandowski no outro lado antes do 12º golo do japonês Kagawa na edição deste ano da Bundesliga. O Japonês é um senhor jogador à semelhança de quase todo o plantel dos Vestefalianos. Creio que Jurgen Klopp começa a ter aqui matéria prima para atacar a Liga dos Campeões nas próximas épocas caso a direcção do clube não venda os jogadores que tem.
GrobKreutz atirou aos ferros assim como o polaco Lukasz Piecsczek. O Dortmund pode-se queixar da falta de sorte. O mais interessante desta equipa do Dortmund é que para além de ser exemplar ao nível defensivo (Hummels e Subotin metem respeito) e de ter um meio-campo que é algo do outro mundo, não usa e abusa da técnica individual dos seus jogadores, preferindo um futebol altamente flanqueado até porque Marcel Schmelzer (defesa-esquerdo) é um jogador que tem uns pézinhos de ouro para centrar bolas.

Outro lance que seria memorável foi a enorme cavalgada do centrocampista Dinamarquês William Kvist que só parou nos ferros da baliza de Weidenfeller. Seria um golo de antologia.
Até que entrou Julien Schieber na partida – primeiro a assistir Ibisevic e depois contra tudo e contra todos a estabelecer o 2-2 e 1 minuto depois o 3-2. O golo de Mats Hummels também é golão e a reacção de Jurgen Klopp não é para menos. Até que Gentner conseguiu descobrir um buraquinho na defesa do Dortmund e fez o 4-4 final para gáudio daqueles que se deslocaram de Estugarda a Dortmund.

O Bayern reduziu a diferença para 3 pontos depois de bater o Nuremberga por 1-0. Arjen Robben deu a vitória aos bávaros.

O Schalke 04 empatou a 1 bola no terreno do Hoffenheim depois de ter sido vergado a uma derrota caseira por 4-2 contra o Athletic de Bilbao (já lá vamos) e o 4º classificado (Borussia de Moenchagladbach) também perdeu em Hanover por 2-1.

Liga dos Campeões:

À 1 mês atrás ninguém diria que seria Salomon Kalou aquele que iria dar a vitória ao Chelsea no jogo dos quartos-de-final na Luz frente ao Benfica.
Primeiro porque depois da derrota em Napoli por 3-1 ninguém acreditava que Villas-Boas teria capacidades para conseguir ultrapassar os italianos em Stamford Bridge. Villas-Boas foi precisamente despedido nessa semana e o seu adjunto Roberto diMatteo conseguiu fazer com que os Blues dessem uma lição de futebol aos italianos no seu reduto.
Depois porque Salomon Kalon era carta fora do baralho do técnico português nos 8 meses que o dito passou em Londres.
Em terceiro lugar, porque uma equipa com Lampard, Drogba, Torres, Malouda, Mikel, Sturridge, Mata, Lukaku faz com que Salomon Kalou seja um nome praticamente desconhecido que ainda paira no plantel Blue.

O Benfica pode queixar-se de factos internos e externos para justificar a derrota. Pode-se queixar do facto de ter atacado muito mas mal e de ter rematado muito mas sem eficácia.

Ao nível de arbitragem, creio que Raúl Meireles não acabava a primeira parte pois fartou-se de cometer faltas duras e graves. Di Matteo apercebeu-se disso e tirou o médio quando sentiu que a presença deste em campo poderia ser negativa para o jogo da equipa. Ainda ao nível de arbitragem, fica um penalti claríssimo por marcar a favor do Benfica por mão de John Terry na área.

O Benfica só acordou a partir da meia-hora de jogo. Perante um Chelsea bem organizado com a construção táctica de bloco defensivo subido para evitar principalmente que Aimar e Witsel construíssem e fantasiassem no meio-campo encarnado. Ao contrário do que foi dito na imprensa no dia seguinte e do que Ramires disse à comunicação social, o brasileiro não tirou muitas contrapartidas do seu companheiro de flanco. Emerson até respondeu bem à altura do seu compatriota, perdendo 2 ou 3 vezes em velocidade para o mesmo e pouco mais. O lance do golo do Chelsea nasce do seu lado, mas, tanto poderia surgir da esquerda como da direita.
Na primeira parte, Gaitán e Bruno César estiveram muito interventivos nas respectivas alas e o brasileiro foi o detentor de mais remates no Benfica. Bruno César mereceu o golo ao contrário de Oscar Cardozo que se limitou a falhar golos na cara de Petr Cech. 23 foram os remates que o Benfica fez na partida. Petr Cech não brilhou devido a esse facto. A questão é que os jogadores do Benfica remataram muito mas quase sempre para fora. Cech brilhou por exemplo a cabeceamento de Jardel já na 2º parte.
Seria no contra-golpe (arma que Jesus tanto gaba na sua equipa) que o Chelsea iria marcar ao Benfica. Até ao final há a questão do penalti que ficou por assinalar e a questão do atraso (para mim não é intencional) de David Luiz para Petr Cech. Mesmo ao cair do pano tanto poderia ter marcado o Benfica como Juan Mata poderia ter fechado a eliminatória com a possibilidade que teve de aumentar para 2-0.

Em suma é um resultado injusto para o Benfica. O empate a 1 adequava-se mais perante um Chelsea que veio a Lisboa defender e jogar para o empate e um Benfica que quis o golo a todo o custo (e até o merecia) mas que deve ter mais paciência neste tipo de jogos.
A eliminatória não está fechada e Roberto DiMatteo foi o primeiro a afirmar hoje na conferência de imprensa que o Benfica tem talento para marcar em Londres. No entanto, não creio que o Benfica passe a eliminatória.

Casa cheia em Nicósia. Esperavam-se mais dificuldades para o Real. Real Madrid sem Xabi Alonso faz Mourinho colocar Nuri Sahin no onze titular. Aposta ganha. O Turco foi crescendo ao longo do jogo e não raras foram as vezes em que deu equilíbrio ao meio-campo madridista e conseguiu desmarcar os seus companheiros.
Em destaque, a diferença de orçamentos. A maior contratação do Real contra a maior contratação do APOEL. Os 94 milhões gastos por Ronaldo contra o 600 mil euros que o APOEL deu pelo avançado brasileiro Adaílton. Os 500 milhões que o Real gastou nas últimas 3 épocas em reforços contra o milhão e cem mil gastos pelo APOEL.
Na primeira parte, o Real optou por estar em cima do acontecimento com uma toada lenta. Benzema e Ozil estavam bem mexidos e iam criando as primeiras jogadas de perigo. O Madrid estava a praticar um futebol muito aberto e muito flanqueado como é seu apanágio. Na primeira parte, o Real conquistava mas não tinha marcado. O APOEL raramente tinha saído do seu meio-campo. Nada de extraordinário perante o que vimos contra Porto e Lyon.

Ao intervalo, Ivan Jovanovic fazia lançar o veterano português Hélder Sousa. Aos 34″ este antigo jogador do trofense fazia a sua estreia na Champions e logo contra o Real de Mourinho.

Na 2ª parte, o Real carregou no acelerado. Começou a provocar cansaço no APOEL e os cipriotas começaram a baixar a guarda defensivamente lentamente. Até que Mourinho lança no jogo Kaka e Marcelo. A revitalização do flanco esquerdo vai original os golos do Real: a combinar bem com Benzema, seria o francês a marcar o primeiro golo e a duo brasileiro que saltou do banco a carimbar o 2º. O 3º seria uma obra prima de bom futebol entre Ronaldo, Ozil e Benzema. 3-0 para o Real num jogo tranquilo. Podem existir poupanças na 2ª mão em Madrid a pensar no jogo da Liga frente ao Valência.

Empate sensaborão no jogo de proa destes quartos-de-final da Champions. Esperava-se que o duelo entre Milan e Barcelona fosse colorido com golos.
Duas equipas que já se tinham defrontado na fase de grupos. Em Nou Camp, o Milan fez um jogo extraordinário conseguindo o empate a 2 bolas. Em San Siro, o Barcelona levou a melhor.

Barcelona a apresentar uma única alteração em relação ao one habitual no último mês: Seydou Keita a entrar no lugar de Thiago Alcântara. Pep Guardiola sabia de antemão que o meio-campo do Milan tem actuado de forma poderosa e quis desde logo mostrar interesse em colocar Keita (um jogador cheio de pulmão) no meio-campo para junto com Xavi e Fabrègas anular Seedorf, Ambrosini, Boateng e Nocerino.

Domínio total do Barça na partida. O Barça pecou apenas por falta de eficácia. É essa falta de eficácia que resume o empate obtido pelo Milan. Tirando os primeiros minutos onde os milaneses tentaram começar a mandar na partida, até por uma questão da necessidade de uma vitória expressiva que pudesse dar alguma tranquilidade em Nou Camp e de outra necessidade que se prendia em não entregar o domínio do jogo aos catalães, o resto do jogo seria dominado pelo Barça e as maiores oportunidades de golo iriam pertencer à equipa de Pep Guardiola.
Na primeira parte, não se fosse a falta de eficácia, o Barça poderia ter ído para os balneários a vencer por 2 ou 3. Oportunidades para tal teve de sobra: Keita, Aléxis, Messi e Xavi tiveram nos pés 5 soberanas oportunidades de golo. No entanto, a defesa do Milan, apesar de alguns desacertos menores ia conseguindo retardar a obtenção de um golo por parte da equipa “culé” e mesmo quando a defesa não dava conta do recado era Abiatti quem salvava a equipa de Max Allegri.

O Barça apostou num futebol diferente do que é habitual em San Siro. A circulação de bola não passou tanto pelos laterais. Daniel Alves ia subindo no terreno de forma amiúde e nunca apareceu na zona de finalização. Messi não apresentou as habituais jogadas de flexão do flanco direito para o centro do terreno, jogadas onde costuma ser letal em maior parte dos jogos. O Barça apostava mais em entrar pela defesa do Milan pelo centro do terreno, muito à custa de rápidas tabelinhas entre os 3 homens do meio-campo e Aléxis Sanchez. Seria o Chileno a provocar a decisão mais complicada da noite para a arbitragem: a meu entender não existe penalti. Aléxis embate contra Abbiati mas creio que o Chileno (apercebendo-se que tinha adiantado em demasia a bola) tenta cavar o contacto ao guarda-redes italiano.
O golo anulado a Messi nos minutos seguintes seria uma boa decisão do fiscal-de-linha.

Na 2ª parte, mais do mesmo. O Milan estava ligeiramente encostado às cordas. O Barça não deixava os milaneses armar o seu ataque com uma pressão alta ao nível da defesa milanesa. António Nocerino não conseguia receber a bola e construir de raiz. Em contrapartida, o Barça quando tinha a bola tratava imediatamente de tentar adormecer o Milan e esperar um erro da defensiva italiana para capitalizar. Esse erro esteve perto. Tanto Aléxis, como Messi como Puyol por intermédio de um canto tiveram novas oportunidades para marcar mas não era o dia do Barça.

Ma

Já o Bayern voltou a provar que também quer vencer a Liga dos Campeões. No Vélodrome de Marselha, a turma local foi incapaz para travar a corrente de ataque dos Bávaros. Mário Gomez despachou o assunto ainda na primeira parte para uma eliminatória que todos sabíamos que não ia ter grande história para narrar.

Liga Europa:

De todos os adversários que podiam ter saído ao Sporting no sorteio dos quartos-de-final, pessoalmente creio que o Metalist foi o pior adversário que a turma leonina podia enfrentar. Isto porque apesar de se conhecerem alguns nomes da equipa ucraniana (composta principalmente por jogadores sul-americanos) o Sporting iria enfrentar uma equipa desconhecida dos palcos europeus, desconhecida do ponto de vista de potencial e forma de actuar e que tinha um registo impressionante nas fases anteriores da prova, tendo perdido alguns jogos em casa e tendo ganho outros fora, alguns deles em terrenos difíceis como é o caso do Olympiacos da Grécia, equipa que foi eliminada por este Metalist nos oitavos-de-final.

Sporting posicionado depois do vibrante sucesso diante do Manchester United. Do Metalist ficamos a conhecer que é uma equipa bem organizada a todos os níveis. Defendem de forma agressiva e atacam preferencialmente usando o contra-golpe onde tem jogadores talhados para o efeito, casos de Taison (bom jogador; um bocadito fiteiro e pouco objectivo na hora de concretizar as suas maravilhosas arrancadas pelo flanco) e Cleiton Xavier. Também fiquei impressionado com o avançado Cristaldo; Este avançado argentino de 23 anos que saltou do Velez Sarsfield para a Ucrania e que já foi convocado por Sérgio Batista para a selecção é um jogador que me impressionou pela sua dotação técnica.

O jogo começou com algumas desconcentrações da defensiva leonina, ainda fruto de uma fase de estudo ao futebol rápido e açucarado dos ucranianos. Do ponto de vista ofensivo, a equipa ucraniana colocou algumas dificuldades à turma leonina a partir do momento em que (com a lição de casa bem estudada) meteram o trinco Torres a marcar homem-a-homem Matías Fernandes (impedindo o Chileno de assumir a batuta do jogo ofensivo leonino) e meteram dois homens regularmente em cima de Stijn Schaars. Sem o holandês a armar jogo e o chileno a criar, o Sporting sentiu algumas dificuldades em construir oportunidades dignas de registo. Penso que a ideia do Metalist seria a de vencer fora. Os jogadores da turma ucraniana iam mudando o ritmo de jogo a seu bel-prazer. Quando o Sporting tentava ficar por cima na partida, a equipa ucraniana diminuía o ritmo da circulação de bola. Quando sentiam que o Sporting estava a entrar numa onde de bloqueio, os ucranianos impunham rapidos contra-ataques que a bem ou mal até ao final da primeira parte foram resolvidos pela defensiva leonina.

O que é certo é que na primeira parte o Sporting não teve bola nem oportunidades de golo. Para contar só o facto de Torsiglieri (central que já foi do Sporting e que este ano foi em primeiro lugar emprestado ao Metalist e depois vendido definitivamente aos ucranianos) recebeu um amarelo e como tal não irá jogar na 2ª mão. À semelhança do seu colega no centro da defesa Papa Gueye. Os dois fartaram-se de marcar com pitons os homens do ataque do Sporting e deveriam a meu ver ter visto mais do que um amarelo. Na 2ª parte existe mesmo o lance em que Torsiglieri perdeu a cabeça e numa disputa de bola com Jeffren atirou o jogador espanhol contra o banco de suplentes, motivo mais que suficiente para ver o cartão vermelho directo.

Na 2ª parte, a palestra de Sá Pinto fez efeitos. O Sporting voltou ao relvado com outra cara e decidiu aumentar o ritmo de jogo e procurar as alas, até então desaparecidas. Se até então apenas Carriço tinha tentado a sua sorte de longe por duas vezes e se numa desconcentração da defensiva ucraniana num livre cobrado por Matías Fernandes havia algum sururu na área ucraniana, eis que Capel e Izmailov escreveram a ouro o momento do jogo para o primeiro golo da partida. A seguir, foi Patrício quem valeu à turma leonina após remate de Cristaldo à entrada da área.

Os centrais do Metalist continuavam a ser duros e merecedores de algo mais que o amarelo. Taison continuava a querer desiqulibrar no flanco esquerdo. Sentindo a rapidez do brasileiro, João Pereira não fez a ala como é seu costume. O brasileiro fazia tudo bem excepto na hora de atirar; tanto não atirava a baliza como se atirava para o chão! Já Cleiton Xavier tinha desaparecido da partida e so voltou a aparecer aquando da grande penalidade do Metalist.
Aos 63″ veio outro dos momentos da partida quando Insua atirou um míssil para a baliza ucraniana, fazendo o 2-0.
Aproveitando a confortável vantagem, Sá Pinto tratou de a preservar. Tirou Carriço (esgotado após uma exibição de encher o olho) e meteu Renato Neto para dar mais poder de choque ao meio-campo do Sporting; refrescou também as alas, colocando Jeffren e Carrillo. Tanto o espanhol como o peruano tentaram várias investidas pelas alas e o Peruano poderia ter sido feliz num lance em que depois de uma cavalgada pela direita preferiu chutar com o seu pé mais fraco (esquerdo) quando poderia ter isolado Matías para o 3-0.

Veio a resposta ucraniana. Por duas vezes Patrício foi chamado a intervir aos pés adversários: primeiro Taison e depois o recém entrado Devic. Depois seria Taison a tentar de livre e Patrício a responder em voo. Era o Sporting que se fechava nos minutos finais para segurar a vantagem. Até que no minuto final Devic caiu na área leonina e o arbitro de baliza marcou penalti numa decisão errada. Cleiton Xavier amenizou a derrota ucraniana e levou a eliminatória muito viva para Kharkiv. O Sporting terá que sofrer para passar às meias-finais da prova.

“El Louco” Bielsa é o treinador da moda na actualidade futebolística. Não é para menos: o futebol seu Athletic tem deslumbrado tanto ao nível interno na Liga espanhola como ao nível internacional na Liga Europa.

Depois de ter eliminado o Manchester United da forma que eliminou (na 2ª mão no San Mamés Ferguson poderia ter saído goleado) a mais recente vítima do futebol total de Bielsa foi o Schalke 04. Engane-se quem pensa que é fácil ir a Gelsenkirchen jogar como o Athletic foi. Apesar de ser uma equipa alemã, existe algo que une o Schalke ao Athletic: um estilo de jogo latino, promovido na turma alemã por vários jogadores como Farfán, Jurado ou Raúl. Não nos podemos esquecer que esta equipa do Schalke fez na época passada um enorme brilharete na Champions, atingindo as meias-finais (onde foi eliminada pelo United) depois de ter estrangulado o Inter (campeão europeu em título na altura) com um brilhante 5-2 em Giuseppe Meazza.

Este Athletic de Bielsa é um enorme case study. É uma equipa que peca um pouco por jogar de forma aberta. Apesar de ter melhorado em muito com a descida posicional de Javi Martinez para o centro da defesa (Martinez já era um grande trinco e arrisca-se a ir pela Roja ao Europeu como central) é uma equipa que se expõe em muito ao contra-ataque das equipas adversárias. Isto porque Bielsa adopta um estilo de pressão muito alta aos adversários (logo à saída da grande área) que apesar do facto de estar a resultar lindamente na Liga Europa nos jogos efectuados pela turma basca.

Outro dos problemas desta Athletic de Bilbao é a tendência extrema que esta equipa tem para optimizar o seu ataque com Llorente como finalizador. Não é que o Bilbao não finalize em quantidade e em qualidade. O problema é que os bascos têm bons criativos (Susaeta, Muniain, De Marcos) mas todos eles não sabem finalizar e estão sempre à espreitar de oferecer golos ao seu ponta-de-lança.

Jogos impróprio para cardíacos na arena de Gelsenkirchen. O Bilbao começou melhor e capitalizou um erro do guarda-redes do Schalke. Depois viria a reviravolta alemã com o expoente máximo nos pés do maravilhoso Raúl. O Schalke alterou os guarda-redes e o Bilbao, actuando em contra-ataque, apenas se limitou a explorar os erros alemães. Se no 3º golo o guarda-redes alemão teve culpas, no 4º é caso para dizer que estava extremamente mal posicionado.
E o Athletic está nas meias-finais. Garantidamente. Poderá ser o próximo adversário do Sporting.

Nas restantes partidas, o Atlético de Madrid venceu o Hanover por 2-1 e o Valência perdeu no terreno do AZ Alkmaar por semelhante resultado:

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futeboladas (fim-de-semana)

Nota inicial: Para sexta-feira, os rescaldos da Liga dos Campeões e da Liga Europa.

Liga Inglesa:

ver aqui o resumo dos principais lances da partida.

Duelo principal da 30ª Jornada da Premier League. Chelsea e Tottenham defrontaram-se em Stamford Bridge com o apuramento para a Liga dos Campeões no horizonte das duas equipas nesta recta final do campeonato. O Tottenham de Redknapp tem estado em quebra nas últimas jornadas. Depois de um empate a meio da semana contra o Stoke a 1 bola, os Spurs (ultrapassados pelo Arsenal na 3ª posição) pretendiam sair de Stamford Bridge com uma vitória que lhes permitisse “fechar” praticamente o apuramento para a Champions, ou empatar para manter o Chelsea longe do 4º lugar. Já o Chelsea vinha de uma desmoralizadora derrota no terreno do Manchester City por 2-1 na quarta-feira.

Os Spurs estiveram em bom plano no terreno do rival e a bom da verdade até mereceram vencer a partida. Mais uma vez vingou uma das falhas desta equipa de Redknapp: a finalização. A construção de jogadas de perigo esteve soberba. Bale e Modric assumiram a batuta da equipa e tanto o Galês pelos flancos como o Croata pelo meio do terreno tentaram criar o máximo número de oportunidades de golo para Emmanuel Adebayor e para Rafael Van der Vaart. O Holandês teria um “penalty” na primeira parte depois de uma grande jogada de Bale e Modric pela esquerda. No entanto seria Petr Cech o santo milagreiro dos Blues. Na segunda parte, seria Bale a romper a defesa do Chelsea pelo centro e a dar caminho aberto para o remate do lateral Kyle Walker às malhas laterais. Bale esteve exímio a pisar terrenos mais centrais durante a partida e muitas foram as vezes em que partiu com garra para cima dos defesas dos Blues.

Do Chelsea, as reacções ao domínio dos Spurs vieram por intermédio de rápidas situações de contra-golpe e por intermédio de um livre de Lampard que iria embater com alguma sorte no poste já na 2ª parte. A 2ª parte também ficaria marcada por algumas perdidas dos Spurs: Modrid desmarcou de forma brilhante Adebayor e o Togolês depois de ter ultrapassado toda a defesa londrina e Petr Cech permitiu o corte decisivo de Gary Cahill. Depois seria Gareth Bale a cabecear ao poste e a atirar de livre para bela defesa de Petr Cech.

Harry Redkanpp mostrou-se satisfeito com o ponto conseguido em Stamford Bridge. Humildade em excesso por parte do treinador do Tottenham perante um domínio avassalador dos Spurs na partida.

Quem aproveitou este empate foi o Arsenal.

Ver aqui o resumo do 3-0 ao Aston Villa.

A equipa de Wenger não sabe o que é perder ou empatar para a Liga desde o dia 1 de Fevereiro, ou seja, desde a 23 jornada onde empatou no Reebok Stadium frente ao Bolton Wanderers.

A equipa de Wenger é uma equipa que respira confiança e alegria no seu futebol. E como tal, merece o 3º lugar que ocupa neste momento. Pena foi aquele péssimo arranque de campeonato senão este Arsenal poderia estar ainda hoje a lutar pelo título. É obviamente um dos problemas que se coloca à gestão Wenger: o custo de criar equipas de raiz obriga a uma adaptação lenta e gradual de todos os jogadores num único colectivo. Numa competição a sério como a Premier League, um clube como o Arsenal não pode andar anos após anos a criar equipas de raiz para depois despachar os jogadores mais importantes no fim de cada época. Sabemos que a estratégia do Arsenal para assegurar a sua própria estabilidade financeira passa essencialmente pela formação de jogadores que são repescados aqui e ali para posteriormente serem vendidos a outros clubes. No entanto, o Arsenal ficará a ganhar se por exemplo conseguir manter esta geração. Acredito que jogadores como Chamberlain, Coquelin, Carl Jenkinson, Ramsey, Wilshere, Walcott, Frimpong, Ignasi Miquel, Alex Song serão capazes de dar um bom futuro ao clube caso o clube os possa manter mais uma época na companhia de “veteranos” como Van Persie, Arteta, Mertesacker, Gervinho e Vermaelen.

Há muito talento num Chamberlain que é poço de rapidez e tecnicismo, num Coquelin que é um médio duro e técnico ao mesmo tempo, num Ramsey que é um primor de visão de jogo. num Walcott que tanto é o extremo perfeito à inglesa como aparece a finalizar e num Frimpong que é o típico pulmão africano de meio-campo.

Para a próxima época, fala-se que o Arsenal está na linha da frente para assegurar a contratação a custo zero de Alessandro Del Piero. Recordo que o avançado de 37 anos não renovou com a Juventus e pretende continuar a jogar futebol a alto nível.

Neste momento o Arsenal é 3º com 58 pontos contra os 55 de Tottenham e os 50 do Chelsea.

No duelo lá de cima:

Wayne Rooney (21º golo na Premier) resolveu aos 42″ um jogo muito difícil para o United que continua a liderar a tabela classificativa.

O United já está a preparar a nova época apesar desta ainda não estar resolvida.
Notícias tem vindo a público da disponibilidade de Ryan Giggs ser treinador da equipa num futuro próximo. o Galês sorriu quando lhe foi colocada esta pergunta por uma jornalista do Daily Mail. Segundo as suas palavras: “Ser treinador do Manchester United? Vamos ver. Por agora apenas quero aproveitar o momento. Apenas quero jogar futebol mas estou preparado para a minha vida depois de me retirar”

Quem se fala que também poderá reforçar o clube de Manchester é o ponta-de-lança Holandês Jan Huntelaar. Apesar do Schalke 04 já ter manifestado a vontade de renovar o mais breve possível com o seu artilheiro (leva 40 golos nos 39 jogos efectuados esta época) o jogador não parece interessado em renovar com o clube alemão e fontes ligadas ao internacional holandês já afirmaram que o atleta está a estudar uma proposta do Manchester United.
O jogador para já mantem-se focado no seu trabalho em Gelsenkirchen: “Vou ter tempo para pensar após a temporada. Antes disso, quero focar-me em marcar golos e não vou me deixar levar por isso, porque tenho o objetivo de ajudar a equipa na Liga Europa”. Recorde-se que o Schalke poderá ser adversário do Sporting nas meias-finais da prova, caso o Sporting ultrapasse os ucranianos do Metalist e os alemães ultrapassem a eliminatória que os une ao Athletic de Bilbao.

Seguramente o golo mais lindo da época na Premier!

Peter Crouch com um volley arrasador frente ao City no sábado.

A vitória na passada quarta-feira frente ao Chelsea no City of Manchester parecia ter afastado os maus resultados da equipa de Mancini. Como em desespero todos os santos ajudam, contra os Blues, Mancini esqueceu-se “temporariamente” que Tevez o tinha mandado para um sítio pouco agradável no encontro da liga dos campeões contra o Bayern de Munique e colocou o Argentino em campo na 2ª parte. O City acabaria por vencer uma dura batalha de meio-campo contra o Chelsea graças à infantilidade nos minutos finais de um regressado à competição (Michael Essien) no lado dos homens de londres na sequência de uma mão ostentiva na sua área.

Contra o Stoke, o golão de Crouch (8º na Liga) voltou a complicar as contas a Mancini. Valeu Yaya com o empate aos 76″. Insuficiente para dar mais 2 pontos de vantagem ao United. No entanto, os rivais de Manchester irão encontrar-se no final de Abril, num jogo que será decisivo para apurar o desfecho desta edição da liga.

Outros jogos:

Liverpool 1-2 Wigan – O Liverpool vai de mal a pior. Mais uma derrota caseira para a equipa de Kenny Dalglish. O Liverpool já soma 10 derrotas nesta temporada. O golo do central escocês Gary Caldwell atira definitivamente a turma de Anfield para fora da Europa e dá alento a um Wigan que continua abaixo da linha de água. Agora a apenas 1 ponto do Bolton.

Os Reds também já estão a preparar a nova época. Os primeiros rumores dão conta do interesse em Jackson Martinez, avançado dos Jaguares do México que segundo a imprensa daquele país já deveria ter um acordo com o FC Porto. O avançado argentino Matías Suarez (20 golos e 11 assistências em 37 jogos esta época pelos Belgas do Anderlecht) também está a ser cobiçado pelos responsáveis directivos de Anfield Road. Kenny Dalglish não será em princípio o treinador do clube na próxima época.

Não está também descartada a hipótese de Rafa Benitez regressar a Liverpool na próxima temporada depois de extinto o assédio do Chelsea ao treinador espanhol.

WBA 1-3 Newcastle – Os Magpies foram aqueles que mais aproveitaram o empate do Tottenham. Num jogo arrasador, chegaram aos 34″ com vantagem de 3-0 sobre o WBA. Ben Arfa e Pape Cissé (2 golos) foram os obreiros de uma vitória confortável que coloca a equipa de Alan Pardue. Hatem com os mesmos pontos dos Blues. O Newcastle ainda não está totalmente fora de uma eventual luta pela liga dos campeões dado que também está a 5 pontos do Tottenham.

Bolton 2-1 Blackburn – Ainda no rescaldo do incidente Fabrice Muamba (o médio continua numa agradável recuperação; já consegue caminhar e já viu o jogo do Bolton pela TV) o Bolton continua a fazer pela vida na luta pela manutenção. Frente ao Blackburn no Reebok Stadium, a equipa orientada pelo escocês Owen Coyle bateu o também aflito Blackburn por 2-1. David Weather fez os dois golos dos Wanderers na partida.

Quando faltam 8 jornadas para o fim da Liga, o fundo da tabela tem a actual classificação: 13º Fulham 36 pts 14º WBA 36 pontos 15º Aston Villa 33 pts 16º Blackburn 28 pts 17º Bolton 26 pts 18º QPR 25 pts 19º Wigan 25 pts 20º Wolverhampton 22 pts.

Liga Espanhola:

Depois do controverso jogo no El Madrigal frente ao Villareal que iria terminar com um empate a 1 bola e com a expulsão no fim do jogo Mourinho, o Real deu uma resposta cabal às vozes que acusavam os merengues de estarem a perder gás nas últimas semanas. A vantagem de 6 pontos ficou intacta para o Barcelona graças a mais uma goleada para a Liga, desta feita contra a modesta Real Sociedad por 5-1.
Com Álvaro Arbeloa à direita da defesa e Raphael Varane no centro da defesa, o Real voltou a fazer um daqueles jogos que dá gosto de ver com aquele futebol flanqueado e recheado de fabulosas tabelinhas e combinações pelas alas. Golos de Higuaín, Ronaldo, Benzema e Xabi Prieto para a Real Sociedad punham o resultado em 3-1 ao intervalo. Na 2ª parte, o português e o francês elevariam a conta para o 5-1 final.

A Abertura de Xabi Alonso para Benzema no 3º golo é qualquer coisa de genial. Não é apenas uma questão de visão de jogo mas sim uma questão de aliança entre uma visão de jogo fenomenal e uma capacidade de passe longo que só Alonso possuí neste momento no futebol mundial.

Benzema já leva 27 golos esta época e parece outro jogador do Benzema que víamos na época de Pellegrini e na época passada. Está mais rápido, mais incisivo a tocar a bola, mais explosivo no 1 para 1 e com melhores índices de aproveitamento. Às vezes faz bem estar na lista de dispensas de um clube para se voltar ao topo.

Sem forçar muito o andamento pois amanhã jogam contra o AC Milan num jogo que se prevê espectacular, o Barcelona foi a Mallorca vencer de forma confortável por 2-0. Messi aos 25″ e Piqué aos 79″ selaram mais uma vitória dos Catalães.

O Barça revê os italianos nos quartos-de-final da Champions depois de ter encontrado a equipa de Max Allegri na fase-de-grupos. Então, o Milan conseguiu um empate em San Siro a 2 bolas e perdeu com o Barça em casa.

Thiago Alcântara foi expulso aos 57″ na equipa catalã.

O Valência (3º) foi perder ao Coliseum Alfonso Perez, terreno do Getafe. Roberto Soldado até abriu a contagem aos 5″ mas o Getafe haveria de dar a volta por cima. A equipa comandada por Luis Garcia que conta com jogadores como Cata Dias, Mehdi Lacén, Miku, Casquero e Dani Guiza reentrou na luta pela europa, sendo 9ª com 39 pontos (está a 4 do 6º que é o Osasuna). Já o Valência cedeu terreno para o Málaga na luta pelo 3º lugar (directo na Champions) estando os malaguenhos (após vitória no terreno do Espanyol) com os mesmos pontos do clube ché.

Outros jogos:

Zaragoza 1-0 Atlético de Madrid – Restará uma vitória na Liga Europa para haver competições europeias no Vicente Calderón na próxima época. O Atlético continua o seu caminho errante pela Liga. Desta feita foi ao La Romareda ceder perante o lanterna vermelha onde actuam Rúben Micael e Hélder Postiga. Continua em 10º lugar a 4 pontos dos lugares europeus.

Fala-se novamente da possibilidade de Falcao ser negociado no final da época para o Chelsea em troca por Fernando Torres e 20 milhões de euros.

Um golo de Apono aos 90+5″ de grande penalidade na cobrança de uma falta sobre Hélder Postiga deu uma lufada de ar fresco na equipa orientada por Manolo Jimenez. O Zaragoza continua a 6 pontos da linha-de-água.

Levante 0-2 Osasuna – Os Navarrenhos do Osasuna mantém as pretensões europeias. São 6os a 4 pontos de Valência e Málaga e com esta vitória encurtaram a diferença para apenas 1 ponto para o 5º que é o Levante. Golos de Raúl Garcia e Nino.
Aproveitaram também o empate caseiro do Athletic frente ao Sporting de Gijón no San Mamés.

Rayo Vallecano 0-2 Villareal – No El Madrigal será impensável que o Villareal desça de divisão em ano de Champions. O Villareal tem que dar ao stick para fugir aos últimos lugares. O empate (injusto é certo) obtido contra o Madrid na quarta-feira e a vitória de domingo frente ao Rayo aliviaram o espectro de linha de água que pairava sobre a equipa. Giuseppe Rossi continua de fora por lesão.

Com a questão do título por resolver, a luta também está acesa quanto aos lugares europeus e quanto à manutenção em espanha.
Assim sendo:

– Quanto aos lugares europeus temos assim ordenada a classificação: 3º valência 47 pts 4º Málaga 47 pts 5º Levante 44 pts 6º Osasuna 43 pts 7º Espanyol 40 pts 8º Sevilla 39 pts 9º Getafe 39 pts 10º Atlético de Madrid 39 pts 11º Athletic 38 pts 12º Rayo Vallecano 37 pts.

– Quanto à manutenção: 15º Bétis 32 pts 16º Villareal 31 pts 17º Granada 31 pts 18º Racing de Santander 25 pts 19º Sporting de Gijón 25 pts 20º Zaragoza 25 pts

Na próxima jornada teremos o Santander a jogar frente ao Granada, o Sporting de Gijón a receber o Zaragoza, o Osasuna a receber o Real Madrid, o Barcelona a receber o Athletic de Bilbao, e Atlético de Madrid – Getafe, Valência – Levante. Alguns jogos interessantes entre adversários directos nas diversas lutas.

Liga Italiana:

Mais um grande passo para a renovação do título.

Max Allegri continua a apostar no onze que lhe tem dado mais garantias. Mesbah, Muntary, Emanuelson (está um grande jogador em Milão) El Sharaawy e está claro, o abono de família desta gente: Zlatan Ibrahimovic! A Roma de Luis Enrique com algumas mudanças em relação ao onze habitual: Gago, Osvaldo, Marquinho (ala\médio esquerdo emprestado pelo Fluminense) e Alessandro Rosi como titulares.

Mais dois golos para o Sueco depois de um susto provocado por Pablo Osvaldo. Não se pode acusar Luis Enrique de não ter ido a Milão jogar o jogo pelo jogo. Tanto o fez que a Roma até marcou primeiro e teve as melhores oportunidades do 1º tempo. Na segunda parte apareceu Zlatan: primeiro de penalty, depois naquele golo que acho absolutamente soberbo e onde Maarten Stekelenburg e Simon Kjaer ficam mal na fotografia!

A Roma continua a acusar dois problemas: não consegue planar o seu potencial em jogos contra os grandes e apesar do potencial elevadíssimo de 13\14 jogadores do seu plantel, acaba por ter um plantel desiquilibrado. Muito dificilmente conseguirá Luis Enrique garantir a Uefa para o clube recentemente comprado pelo multimilionário italo-americano Thomas Di Benedetto.

Já o Milan joga amanhã contra o Barcelona.
Na antevisão da partida, Max Allegri descartou a possibilidade de montar uma equipa com uma atitude defensiva. Já Zlatan Ibrahimovic elogiou Messi e disse que possivelmente não irá cumprimentar Pep Guardiola. Recorde-se que Zlatan revelou a público na sua biografia algumas das zangas que teve com Guardiola na sua passagem pela Catalunha na época 2009\2010.

Thiago Silva continua a ser notícia na cidade milanesa. Isto porque o Barcelona revelou interesse no central em véspera de confronto entre as duas equipas. O Milan deverá ter oferecido a braçadeira de capitão a Thiago Silva como forma do Brasileiro permanecer em San Siro. O Brasileiro já demonstrou que se encontra num dilema: gostava de jogar no Barça porque lhe atrai a liga espanhola mas também está contente com o seu estatuto no Milan onde é intocável no onze titular.

Quem continua em maus lençóis com as lesões é Alexandre Pato: o brasileiro voltou a ressentir-se da coxa e já viajou para os Estados Unidos onde se irá encontrar com o especialista Frederick Carrick. Carrick é especialista na área da neurologia e é conhecido pelo seu trabalho no desenvolvimento e investigação de patologias que afectam o equilíbrio entre o físico e a mente. Julga-se que Pato (à semelhança de outros jogadores) poderá sofrer de fibromialgia, problema que afecta essencialmente atletas de alta competição. Já Rodriguez do Sporting pode ser um jogador a contas com um problema semelhante: alta probabilidade de lesões dado a dores intensas em algumas partes do corpo provocadas por fraquezas psíquicas.

Juventus 2-0 Inter e Ranieri out.

A Juventus continua na luta pelo scudetto e fez do Inter vítima dessa cobiça. No entanto, ainda são 4 os pontos que separam os homens de Turim do líder Milan.

Com o Dell´Alpi ao rubro, a Juve deu um banho de bola ao Inter que teve sorte em não ser goleado. A únicas oportunidades reais de golo que o Inter teve durante toda a partida foi na primeira parte quando Milito na cara de Buffon voltou a demonstrar fraca pontaria na hora de somar por duas vezes se bem que também deverá dar mérito ao mítico guarda-redes da malta de Turim. O Argentino não é o mesmo jogador de antigamente. Perdeu o faro para o golo com a saída de Mourinho e decerto que no final desta época será convidado a mudar de ares.
A Juventus por seu turno pratica um futebol lindo. Consegue alternar bem a bola entre flancos de forma rapida e costuma servir muito bem os homens da frente. Na primeira parte foram 3 as oportunidades que Alessandro Matri teve nos pés e na cabeça para inaugurar o marcador. Destaque também para a grande exibição do lateral direito Uruguaio Martin Cáceres, exibição que seria coroada com o primeiro golo da equipa de Antonio Conte. Também em destaque esteve o centrocampista Claudio Marchisio. Ao lado de Pirlo, o internacional italiano está um senhor jogador: espectacular a defender, rápido a fazer transições e exímio na táctica de conte no que consiste à transposição de bola entre flancos a partir do seu passe longo. Já Pirlo está no primeiro golo da Juve ao centrar com régua e esquadro para a cabeça de Cáceres.

Depois veio Del Piero e arrumou com a questão. Não consigo perceber como é que a Juve ainda tenciona deixar Del Piero sair. É certo que aos 37 anos mais tarde ou mais cedo a Juve terá que dizer um adeus a um dos seus símbolos históricos. Mas para deixar Del Piero sair para outro grande europeu poderá ser um erro por parte da direcção comandada pelos Agnelli. A assistência do internacional Chileno Artur Vidal para o golo de Del Piero é absolutamente deliciosa. Grande contratação por parte da Juve no último verão.

Para terminar, mais duas questões.

A Juventus mostrou interesse em Hernanes da Lázio. O Brasileiro quer sair do clube romano e a Juventus poderá ser o destino ideal. 30 milhões de euros é o valor que Claudio Lotito (presidente da Lázio) pede pelo centrocampista. No entanto a Juventus estará interessada em dar 22 milhões e um jogador à escolha entre eventuais dispensados no verão: Milan Krasic, Reto Ziegler, Fabio Quagliarella e Michele Pazienza.

Já Ranieri foi despedido do comando técnico do Inter depois desta derrota mas continuará a trabalhar no clube de Milão noutras funções. Ranieri foi contratado à 6ª jornada para substituir o paupérrimo Gianpiero Gasperini. Com Ranieri os objectivos cingiam-se na subida na tabela classificativa para lugares europeus e numa boa prestação na Liga dos Campeões. Ranieri conseguiu ganhar alguns jogos logo de início e o Inter chegou a estar nas posições uefeiras a meio de Fevereiro. No entanto, mais uma onda de derrotas e a escandalosa eliminação frente ao Marselha nos oitavos-de-final da Champions ditaram o afastamento do treinador italiano.

Na apresentação de Stramaccioni treinador interino até final da temporada (era treinador dos juniores do clube) Mássimo Moratti afirmou que Ranieri terá outras funções no clube milanês. O proprietário do Internazionale preferiu atacar Gasperini: “Ranieri é um cavalheiro e por enquanto temos contrato com ele. Depois veremos o seu futuro, até porque ele gostaria de continuar no Internazionale. Com Gasperini, pelo contrário, não estou satisfeito e tem muitas responsabilidades na nossa temporada”.
Quem também não escapou às duras críticas do presidente foi Diego Forlán. O presidente acusou o Uruguaio contratado no início da temporada ao Atlético de Madrid de fraude: “Forlan jogou pouco e quando esteve em campo jogou mal. Defraudou as expectativas” – e de facto tem razão. No entanto, não creio que o Inter deverá descartar o Uruguaio pois é um talentoso que poderá render com outro no comando técnico. Pior tem estado Milito por exemplo.

Moratti já está a analisar o dossier de um novo treinador, que poderá até assumir funções nas próximas semanas sem ser o treinador até ao final da época. O Checo Zdneko Zeman (já passou por Itália nos anos 90 na Lazio) Vincenzo Montella (antigo jogador da Roma) André Villas-Boas e o actual treinador do Athletic Marcelo Bielsa poderão ser os primeiros da lista do Inter.
Para arrumar a casa, o Inter já deverá ter elaborado uma lista de dispensas que só será alterada a pedido do novo treinador. Entre a lista de jogadores que poderão ser dispensados ou vendidos contam nomes como Ivan Cordoba, Maicón, Lúcio, Jonathan, Ricky Alvarez, Philipe Coutinho e Diego Milito.

Numa jornada com 6 empates em Itália, quem se safou foi a Lázio ao bater o Cagliari por 1-0 no Olímpico. A Lazio continua a sua caminhada triunfal rumo à Champions. O central Diakité deu aos 88″ vitória aos Romanos que agora têm uma vantagem de 3 pontos para os seus mais directos perseguidores: Napoli e Udinese.

Napoli e Udinese empataram. Os primeiros contra o Catania em casa. O Catania ainda está na luta pelos lugares europeus e desperdiçou uma oportunidade de se aproximar dos Napolitanos. 6 pontos continuam a separar as duas equipas depois de um jogo em que a equipa Napolitana marcou 2 golos de rajada no início da 2ª parte (Dzemaili e Cavani; 19º golo do Uruguaio na Serie A) e o Catania empatou nos 15 minutos finais por intermédio de Spolli e Lanzanfame.
Já a Udinese empatou no terreno do Palermo a 1 bola. Fabrizio Miccoli inaugurou o marcador aos 32″ para os sicilianos (12º golo no campeonato para o avançado de 32 anos) e o romeno Gabriel Torje haveria de empatar aos 85″. Este romeno está em destaque na equipa do Norte. Torje é um extremo bastante rápido e bastante tecnicista.

Noutros jogos, Génova e Fiorentina empataram a 2 bolas no Luigi Ferraris (golo de Belluschi) Novara e Lecce empataram a 0 bolas (mau resultado para duas equipas que estão abaixo da linha-de-água; o Novara começa a ficar praticamente condenado enquanto o Lecce vê o 17º lugar do Parma a 5 pontos) e o Cesena empatou em casa com o Parma (o Cesena está em último a 14 pontos do Parma).

Resumidamente, o Milan lidera com 53 pontos contra os 49 da Juventus. O 3º é a Lázio com 51 pontos, mais 3 que Udinese e Napoli. O 4º lugar não dá acesso à Champions. No 6º lugar está a Roma a 4 pontos do dueto. Em 7º o Catania a 6 pontos da Europa e em 8º o Inter a 7.

Na luta pela manutenção é este o cenário: 13º Cagliari 34 pts 14º Génova 34 pts 15º Fiorentina 33 pts 16º Siena 33 pts 17º Parma 32 pts 18º Lecce 27 pts 19º Novara 24 pts 20º Cesena 18 pts

Na próxima jornada teremos o Milan a deslocar-se ao terreno do Catania e a Juventus a receber o Napoli em casa.

Liga Francesa:

A vida correu mal neste fim-de-semana a Carlo Ancelotti e ao seu PSG. Empate caseiro contra o Bordéus a 1 bola que até poderia ter redundado em derrota em pleno Parque dos Príncipes. Guillaume Hoarau amenizou as coisas para a turma parisiense.

O Goleador Olivier Giroud é um dos ídolos de Montpellier nos dias que correm.

O avançado deu a liderança ao Montpellier ao resolver um jogo muito difícil contra o Saint-Ettiène aos 89″ quando os homens de Saint-Ettiène já jogavam com 10 por expulsão de Mignot. O avançado já marcou 18 golos na Ligue 1 desta época e apesar da cláusula de rescisão estar fixada em 30 milhões de euros é cobiçado por Marselha, PSG e Málaga. Não é o único cobiçado por grandes clubes da Europa: o franco-marroquino Younés Belhanda (nº10 do Montpellier) também é cobiçado por clubes como Barcelona, Manchester City e Manchester United. Não é para menos: o Montpellier está à beira de fazer história.

O Montpellier Hérault, apesar de ser um clube de 1ª liga em França e de ter jogadores notáveis na sua história como Laurent Blanc, Bruno Carotti, Franck Silvestre, Laurent Robert, Roger Millá e Carlos Valderrama, nunca venceu um titulo francês e os únicos dois títulos que tem de destaque são duas taças de frança (1929 e 1990).

Quem também aproveitou a escorragadela do PSG foi o Lille. O campeão em título ainda espreita uma oportunidade para poder renovar o título conquistado na época passada. Nesta jornada, Eden Hazard abriu de penalty uma vitória sobre o Evian por 3-0 na casa destes. O Lille está a 7 pontos da liderança partilhada entre Montpellier e PSG.Toulouse e Lyon subiram aos lugares europeus com a derrota do Saint-Ettiène. Ambas as equipas venceram: o Toulouse derrotou o Auxerre por 1-0 e voltou a agravar a crise da equipa do Sul. O Auxerre é último com 24 pontos e vê o Caen a 5 pontos de difeença. Já o Lyon bateu no Gerland o também aflito Sochaux por 2-1.

Liga Alemã:

Com o campeonato a aproximar-se do fim, o Borussia de Dortmund continua a sua saga rumo ao título.

Antes de mais, o clube da Vestfália anunciou que renovou com o médio Mario Gotze até 2016. Gotze começava a ser pretendido por clubes como o Bayern e o Manchester United. Gotze é agora o jogador mais bem pago do plantel e tem uma cláusula de rescisão fixada nos 60 milhões de euros. Gotze revelou que se sente bem em Dortmund e quer fazer parte do crescimento do clube. A direcção da equipa já anunciou que pretende também renovar com Neven Subotic, Mats Hummels, Sven Bender, Shinji Kagawa, Marcel Schmelzer e Kevin Großkreutz até ao final da temporada para prevenir o assédio de outros clubes e a blindagem de cláusulas de rescisão altas para os jogadores da sua espinha dorsal precavendo que saiam sem grandes compensações financeiras. Subotic é desejado pelo Barcelona e pelo Arsenal. Hummels é desejado pelo Bayern. Kevin Großkreutz já teve uma proposta do Arsenal mas os 12 milhões oferecidos pelo clube londrino foram insuficientes para convencer os dirigentes do Dortmund.

A equipa de Jurgen Klopp vai de vento em popa para o triunfo na Bundesliga. Nem mesmo a oposição da máquina Bávara orquestrada por Robben, Gomez e companhia tira o sono aos amarelos de Klopp. Na 27ª jornada da Bundesliga, os vestefálianos foram a Colónia bater a equipa de Petit (lesionado) Geromel, Sereno e Podolski (titulares) por incríveis 6-1 num autêntico massacre na 2ª parte. Lukasz Piszczek, Robert Lewandowski, Ilkay Gündogan, Ivan Perišić e Shinji Kagawa (2) foram os marcadores dos golos. Kagawa aparece num pico de forma tremendo neste final de temporada. É o verdadeiro maestro desta orquestra. O mais engraçado desta partida é que foi o Colónia a primeira equipa a marcar.

Como lhe competia, antes dos duelos europeus para ambas as equipas (o Hannover ainda está na Liga Europa) o Bayern restabeleceu a diferença para o Dortmund em 5 pontos. Toni Kroos abriu o livro para os bávaros e Mário Gomez marcou o seu 35º golo esta época (23 na Bundesliga). O Marfinense Didier Ya Konan ainda reduziu para a equipa onde joga o Português Sérgio Pinto.

Em altas.

Apesar de não ser o maior fã das qualidades de Huntelaar, reconheço que o Holandês está a fazer a melhor época da sua vida em Gelsenkirchen. Mais dois golos. 40 golos em 39 jogos esta época é obra e só está ao alcance de Messi e Ronaldo. Huntelaar soma mais golos que Mario Gomez e Gomez já marcou muitos como se sabe (só na Liga dos Campeões foram 10). No entanto, o alemão tem mais 1 golo que o holandês na Liga.

O Schalke despachou o Bayer de Leverkusen na Arena de Gelsenkirchen por 2-0 e cimentou a 3ª posição. Está a 9 pontos do Dortmund e a 4 do Bayern. É o mesmo que dizer que a 7 jornadas do fim, o Schalke (ainda está na Liga europa onde quinta recebe o Athletic de Bilbao; pode cruzar com o sporting nas meias) ainda espreita a hipótese do título caso aconteça algo de improvável aos dois primeiros. Pelo menos, o Schalke já garantiu praticamente a participação na Liga dos Campeões na próxima temporada. Restará apenas saber se de forma directa (actual 3º lugar) ou se nos playoffs de acesso, caso perca esse lugar para o Borussia de Moenchagladbach (a 2 pontos no 4º lugar).

O Borussia de Moenchagladbach de Marco Réus (marcou) perdeu em casa contra o Hoffenheim por 1-2.

Na luta pela europa, como o Leverkusen perdeu, o Bremen igualou os pontos dos farmacêuticos depois de empatar em casa contra o Augsburg mas perdeu pontos para os mais directos perseguidores pois o estugarda venceu o Nuremberga com um golo de Cacau.

Na parte de baixo da tabela, a vida começa a complicar-se para dois históricos: o Hamburgo está em antepenúltimo com 27 pontos (os mesmos do primeiro clube acima da linha de água que é o Augsburg) e o Hertha é penúltimo com 26. No caso do HSV, a posição ainda não é problemática pois o antepenúltimo lugar deverá disputar um playoff de manutenção com o 3º classificado da Bundesliga 2. O Hertha a manter-se no 17º lugar desce de divisão. O Kaiserslautern está a um passo de descer com os 20 pontos somados.

Na próxima jornada teremos o Dortmund a receber o Estugarda em casa. Mais uma final para o Dortmund no objectivo do título e para o Estugarda no objectivo europeu. O Bayern vai a casa do Nuremberga. Kaiserslautern e Hamburgo jogam o tudo ou nada quanto à manutenção. Augsburg e Colónia jogam entre si e em caso de vitória de um dos dois clubes, esse clube sairá da zona dos aflitos enquanto o outro poderá entrar na linha de água.

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futeboladas

Campeonatos + Liga dos Campeões + Liga Europa.

Começamos pela Premier League

Depois do desaire europeu obtido na passada quinta-feira em Alvalade frente ao Sporting (já lá iremos) o Manchester City não podia ter um pior fim-de-semana ao perder a liderança da prova no País de Gales diante do Swansea.

A equipa do City voltou-se a mostrar apática e sem grandes recursos ofensivos. Do lado do Swansea, mais uma grande exibição de Scott Sinclair e de Joe Allen. O golo do Swansea haveria de ser apontado pelo avançado Luke Moore aos 83″, 4 minutos depois de ter entrado na partida para substituir Danny Graham. O City foi ultrapassado pelo seu rival United na classificação. Os Red Devils têm agora 67 pontos contra os 66 dos Citizens. Já o Swansea continua o seu campeonato tranquilo, sendo 11º com 36 pontos.

Os Citizens jogam quinta-feira no City of Manchester contra o Sporting para a 2ª mão dos oitavos-de-final da Liga Europa e segundo notícias da comunicação Britânica estão alertados para a goleada que o Sporting impôs ao Vitória de Guimarães em Alvalade.

Outra notícia que marca a actualidade do futebol inglês é o acordo praticamente consumado entre Manchester City e Robin Van Persie para a próxima temporada. O jogador termina contrato em 2013 e caso não queira renovar com o Arsenal, o clube de Londres poderá ter que ser obrigado a vendê-lo para poder conseguir alguns activos. O City estará disposto a ter o jogador já na próxima época, estando disposto a pagar algo como 25 milhões de euros pelo mesmo a um ano do fim do contrato. Arséne Wenger já veio manifestar o desejo de continuar a orientar o Holandês, esperando que o mesmo renove pelos Gunners até ao fim desta época.

Para ultrapassar o City na tabela classificativa, o United bateu em casa o West Bromwich Albion por 2-0. Tal e qual o City, o United também vinha de uma derrota para a Liga Europa. No entanto, no caso do United, a derrota era moralmente mais frustrante: em casa, por 3-2 (hipóteses mais reduzidas de se qualificar) frente a um Athletic de Bilbao com uma dose energética e um futebol que decerto não se adivinhava por Old-Trafford. O jogo contra o Athletic tinha sido parecido (mas de resultado pior) com o jogo de Outubro frente ao Basileia em Old-Trafford para a Liga dos Campeões.

O WBA fez um jogo bastante interessante, um jogo um pouco semelhante aquele que tinha feito em Londres na semana anterior. No entanto, os jogadores do WBA falharam muitas oportunidades de golo na 1ª parte. Na 2ª parte, Wayne Rooney haveria de ser oportuno em duas situações e selar o resultado final. 25º e 26º golo do avançado inglês na prova, facto que o levou a ultrapassar Robin Van Persie na lista dos melhores marcadores.

Quem continua em altas é o Arsenal de Arséne Wenger. 4ª vitória consecutiva contra 4º rival de topo. O Arsenal conta com um rally interessante nesta fase da temporada: bateu o Tottenham por 5-2, o Liverpool em Anfield por 2-1, o Milan por 3-0 (insuficiente; já la vamos) e agora o Newcastle por 2-1.

Hatem Ben Arfa até abriu o marcador para os magpies aos 14″ num belo trabalho individual, sendo a vantagem dos homens do norte rapidamente anulada por um golo no minuto seguinte por parte do inevitável Robin Van Persie também num belo trabalho individual. Depois de um domínio quase absoluto no Arsenal na 2ª parte, seria o Belga Thomas Vermaelen a selar a vitória da equipa comandada por Wenger.

O jogo ficaria marcado por uma intensa picardia entre holandeses. O guardião magpie Tim Krul (tem-se destacado e muito nesta época) e Robin Van Persie andaram pegados durante toda a partida e chegaram mesmo a vias de facto em pleno relvado. Van Persie como se sabe é da formação do Feyenoord enquanto Krul cresceu no modesto ADO Den Haag (equipa que oscila entre a Eredivisie e a 2ª divisão holandesa). Krul fez uma boa exibição assim como o central Argentino Fabricio Coloccini (recentemente renovou por mais 4 épocas com o Newcastle onde de resto é muito acarinhado pela massa associativa) que só pecou por ter dado aquela abévia a Van Persie no lance do golo. De resto, apesar do golo, Van Persie mostrou muita virilidade durante toda a partida. Segundo o árbitro da partida, houve confusão no túnel de acesso ao balneários no final da partida.

O Arsenal aproveitou a escorregadela do Tottenham no Goodison Park frente ao Everton. O Croata Nikica Jelavic voltou a fazer duas suas. O Croata já leva 15 golos esta época. A equipa de Harry Redknapp começa a olhar pelo retrovisor para o Arsenal. A distância entre os rivais de Londres na luta pelo 3º lugar (qualificação directa para a Champions) é de apenas 1 ponto.

Já o Chelsea também continua na luta pela Champions. Em vésperas de confronto europeu contra o Napoli em Stamford Bridge, os comandados de Di Matteo (falou-se na possibilidade de Rafa Benitez tomar conta da equipa nos próximos dias) bateram o sempre difícil Stoke por 1-0 em Londres.

Di Matteo tem escalado um onze completamente diferente de Villas-Boas. Mata, Sturridge e David Luiz são presenças no banco em prol das entradas de Obi Mikel, Salomou Kalou e Gary Cahill para o onze titular.

O Stoke de Tony Pulis começou mal a partida com a expulsão do avançado Jamaicano Ricardo Fuller aos 25″ depois de uma agressão ao sérvio Ivanovic. Di Matteo alterou tudo ainda na primeira parte: aproveitando o facto do Stoke se ter retraído com a expulsão de Fuller, tirou Meireles e colocou Mata em campo. Com resultados. Aos 68″ seria Didier Drogba a marcar o golo da vitória dos Londrinos.

Outros jogos:

Bolton 2-1 Queens Park Rangers – Duelo de aflitos. O Bolton trocou de posição com o QPR graças a esta vitória caseira saíndo dos lugares de despromoção. O golo do Croata Klasnic aos 86″ pode valer ouro.

Sunderland 1-0 Liverpool – A equipa de Dalglish vive novo mau momento. A derrota em Sunderland mete a Europa a 7 pontos. Anfield não terá competições europeias na próxima época mais uma vez.

Liga Italiana:

Bom augúrio para o Napoli antes de visitar Stamford Bridge. 6-3 ao Cagliari. A equipa de Mazzarri continua a trepar lugares na série A sendo agora 4ª a 11 pontos do líder Milan.

Marek Hamsik inaugurou o marcador com um tiro de meia distância aos 10″. Paolo Cannavaro haveria de fixar o 2-0 9 minutos mais tarde. Aos 30″, o Napoli já vencia 3-0. Depois veio o vendaval Larrivey com um hat-trick para os homens da Sardenha e os golos de Lavezzi, Gargano e Maggio quando a vitória do Napoli já era indiscutível. Dos 9 golos da partida, apesar de só ter entrado aos 59″, Edinson Cavani não apontou nenhum. Porém, esta máquina de Mazarri está bem oleada e promete surpreender.

Aproveitando o empate da Juve em Genova, o Milan não vacilou e aumentou a sua vantagem na liderança para 4 pontos. Antonio Nocerino e Zlatan Ibrahimovic foram os obreiros da vitória contra o Lecce. O Milan continua em todas as frente. O Sueco apontou o seu 19º golo na Série A.

Quem saiu da luta pelo título foi a Lazio. Os comandados de Edy Reja não deram um bom percurso á vitória no derby contra a Roma e perderam 3-1 contra o Bologna. Grande jogo de Alessandro Diamanti. A lazio está agora a 9 pontos da liderança.
No mesmo plano, a Udinese perdeu no terreno do Novara por 1-0. Balão de oxigénio para o Novara. Mesmo assim tem 11 pontos de diferença para o primeiro lugar acima da linha de água.

Na sexta-feira, o Inter jogou mais um matchpoint com vista à qualificação para as competições europeias, vencendo o Chievo por 2-0 com golos tardios da dupla argentina Walter Samuel e Diego Milito. A equipa de Claudio Ranieri voltou a demonstrar enormes problemas de finalização e encontrou (como a Juventus tinha encontrado na jornada anterior) um Stefano Sorrentino inspirado na baliza do Chievo. É caso para dizer que este guarda-redes é o “abono de família” da equipa de Doménico Di Carlo. Quando não era Sorrentino a aliviar a defesa do Chievo, era o poste ou a fraca pontaria dos jogadores do Inter a evitar a vitória dos Milaneses. Até que Walter Samuel deu o triunfo merecido aos milaneses e Diego Milito confirmou-o.

Nesta luta, a Roma também venceu. 1-0 em Palermo com o 9º golo de Fabio Borini na época.

Liga Espanhola:

Mais uma batalha para Mourinho e para o Real em véspera de Champions. O Estádio Benito VillamaBrin trouxe um Bétis muito afoito na 1ª parte. A necessidade assim o obriga aos sevilhanos derivado da sua posição pouco consolidada na tabela (15º com 6 pontos à maior da linha de água). O Bétis inaugurou o marcador aos 10″ por intermédio de Molina. Passado 15 minutos, o Argentino Gonzalo Higuaín aproveitou o facto do lateral português Nelson o ter posto em jogo para estabelecer o empate e o seu 17º golo na Liga.

Depois, já na 2ª parte, viria o furacão Cristiano Ronaldo: primeiro a obrigar aos 47″ o guarda-redes sevilhano Fabrício a uma defesa do outro mundo e depois, 5 minutos mais tarde, a estabelecer o 2-1 num lance confuso em que a defesa do Bétis esteve novamente a dormir. A posição de Ronaldo é legal aquando do toque de Marcelo. 3 minutos depois o Bétis empataria a partida por intermédio de Jonathan. Aos 72″, Ronaldo puxou do gatilho para estabelecer o resultado final.

O título está cada vez mais próxima para o Real, no jogo que comemorou a vitória 100 de Ronaldo pelos Merengues. Em evidência no jogo Marcelo. O Brasileiro atacou quanto pode e foi um regalo não só vê-lo a cavalgar pelo flanco esquerdo durante toda a partida como vê-lo a aparecer em zona de finalização variadíssimas vezes.

O jogo ficou ainda marcado por um erro gigantesco da arbitragem ao não assinalar nos minutos finais uma grande penalidade claríssima a favor do Bétis por ostensivo corte com o braço de Sérgio Ramos.

No El Sardiñero em Santander, o Barça manteve a distância de 10 pontos para o Real. Messi coroou uma semana em cheio a nível pessoal com 7 golos em 2 jogos. Incrível.

Outros jogos:

Real Sociedad 3-0 Zaragoça – A equipa de Ruben Micael e Hélder Postiga é cada vez mais última. 9 são o número de pontos que os distanciam do primeiro lugar acima da linha de água.

Málaga 1-0 Levante – Jogo decisivo para ambas as formações na luta pelos lugares europeus. Com Eliseu titular a lateral-esquerdo foi o internacional venezuelano José Rondón que deu a vitória ao Málaga frente ao sensacional Levante. A equipa de Manuel Pellegrini subiu ao 4º lugar (lugar que garante os playoffs de Champions) por troca com a equipa de Valência.

Valência 2-2 Mallorca – No Mestalla, os comandados de Unai Emery escorregaram frente ao Mallorca e abriram a porta ao Málaga na luta por um lugar directo na Champions (os valencianos tem 4 pontos de vantagem para os malaguenhos e 6 para Osasuna e Levante). Sem Portugueses nos convocados, Tino Costa abriu o marcador aos 23″ e haveria de ser expulso aos 85″. Aduriz elevaria o marcador para 2-0 aos 42″. Na segunda parte Nsue e Victor empatariam a partida para os maiorquinos.

Sporting de Gijón 1-0 Sevilla – Os Sevillanos vão de mal a pior. A equipa de Reyés, Rakitic, Kanouté, Fernando Navarro, Julién Escudé, Manu Del Moral, Jesus Navas, Babá e Piotr Trochowski estabeleceu no início da época como objectivos voltar a um lugar que lhe desse acesso à Liga dos Campeões. Com a derrota em Gijón (penúltimo com 24 pontos) com golo do Português André Castro, os Sevillhanos não só estão longe dos lugares europeus (a 5 pontos do Levante) como começam a ver os últimos lugares a aproximarem-se (distam a 9 pontos da linha de água)

Osasuna 2-1 Athletic de Bilbao – No duelo regional (Navarra e País Basco são duas regiões próximas mas independentes mas os bascos reclamam Navarra como seu territorio, facto que é partilhado pelos Navarrenhos) o Athletic não recuperou fisicamente do triunfo extraordinário que tinha tido 3 dias antes em Old-Trafford frente ao United. Num jogo interessante que tinha como motivo especial o facto de ambas as equipas estarem a lutar por lugares europeus, o Osasuna foi mais forte vencendo por 2-1 com golos de Raúl Garcia e Iturraspe na própria baliza. Llorente reduziu para os bascos.

Liga Francesa:

Carlo Ancelotti tem razões para sorrir nesta jornada. O PSG foi ao terreno do Dijon ganhar por 2-1 com um golo de última hora de Kevin Gameiro em cima do minuto 90. O Dijon caiu para a linha de água da prova.

O Montpellier continua a liderar a oposição aos parisienses. A equipa de Hilton, Marco Estrada e John Utaka venceu o Caen por 3-0 em casa e continua a 1 ponto do líder.

No jogo alto da jornada em França, Sir. Alex Ferguson (em observação a jogadores das duas equipas como Michel Bastos, Eden Hazard e Alexandre Lacazette) esteve no Gerland para assistir à vitória do Lyon frente ao Lille por 2-1. O campeão em título da Ligue 1 disse adeus à renovação do título. Alexandre Lacazette esteve novamente em grande ao abrir o marcador aos 12″. O jovem francês de 20 anos arrisca-se a ganhar um lugar na sua selecção para o Europeu. Lisandro Lopez também marcou aos 39″ o seu 9º golo no campeonato deste ano. O Lyon está no 7º lugar com 43 pontos, a 1 dos lugares europeus e a 4 do 3º que é precisamente o Lille

No que toca a luta pela europa, o Lyon aproveitou mais uma escorregadela de Marselha (0-1 em Ajaccio) o empate do Toulouse a 1 bola e o empate do Rennes em casa contra o Auxerre. Os outros grandes vencedores da jornada foram o Bordéus que venceu em Brest por 2-0 e o Saint Ettiène (4º classificado) que bateu o Valenciennes fora por 2-1.

Na luta pela Europa a classificação em frança resume-se a este cenário: 3º Lille 47 pontos; 4º Saint Ettiène com 46 pontos; 5º Rennes com 44 pontos; 6º Toulouse com 44 pontos; 7º Lyon com 43 pontos; 8º Marseille com 39 pontos e 9º Bordéus também com 43 pontos.

A luta pela permanência também está vivaça. Do 11º (Valenciennes com 33 pontos) ao último (Sochaux) há um gap de apenas 9 pontos.

Liga Alemã:

O Borússia de Dortmund cedeu no terreno do modesto Augsburg num empate a 0 bolas e viu o Bayern cilindrar em casa o Hoffenheim por 7-1.

O Bayern marca 14 golos em 2 jogos visto que ontem também cilindrou o Basileia para a Champions por incríveis 7-0.

Do jogo de sábado, uma exibição colectiva fantástica dos Bávaros. A equipa de Jupp Heynckes está disposta a acabar a época em grande forma. Arjen Robben bisou na partida, Mario Gomez fez um hat-trick e Toni Kroos e Luis Gustavo fecharam a contagem para os bávaros num jogo que Ribéry teve o azar de marcar o único auto-golo da sua carreira!

O Bayern pratica aquele futebol bonito e eficaz. Misto de dureza (à boa moda alemã) com um futebol apoiado e flanqueado com conta, peso e medida. Arjen Robben e Franck Ribéry aparecem com um enorme pico de forma nesta altura do campeonato e Mario Gomez é uma autêntica máquina de marcar golos: já leva 21 na Bundesliga desta época.

Se quiserem dar uma vista de olhos, vale a pena ver o resumo desta partida.

O 3º (Borussia de Moenchagladbach) perdeu algum contacto com os da frente depois de empatar a 0 bolas em casa contra o Freiburg. O Estugarda também empatou em casa contra o Kaiserlautern e atrasou-se na luta pelos lugares europeus.
O Bayer de Leverkusen continua com uma enorme dor de cabeça. Depois dos 7 de Barcelona, perdeu contra o Wolfsburg de Félix Magath por 3-2 num jogo de loucos onde até começou melhor com um golo de Kiessling aos 3″.
Em apuros está novamente o Hertha de Berlim (regressou à Bundes esta época) depois de ter perdido 1-0 contra o Colónia de Podolski. Se os homens de Colónia saíram dos lugares perigosos, o Hertha está neste momento em 16º lugar, lugar que obriga no fim de cada época a equipa da Bundesliga a jogar contra a 3ª classificada da 2ª Bundesliga por uma vaga no principal escalão do futebol alemão.

Liga dos Campeões:

A tarefa avizinhava-se complicada para o Benfica. Depois do 2-3 de São Petersburgo, previa-se um Zenit altamente defensivo, um pouco à semelhança daquilo que tinha feito em Dezembro no Estádio do Dragão frente ao Porto no jogo referente á última jornada da fase de grupos.

O Benfica não podia contar com Aimar (castigado por 1 jogo por acumulação de amarelos) jogador que seria (mais do que em outros jogos) essencial para o benfica conseguir perfurar os blocos defensivos do Zenit.

Luciano Spalletti mostrou desde logo as suas intenções na Luz: defender o resultado obtido na Rússia. Na Luz, Spalletti abdicou de Bruno Alves por considerar que o jogador poderia sofrer com a pressão imposta pelos adeptos encarnados. Voltou a apostar em Lombaerts no centro da defesa e numa equipa a jogar em bloco. Voltou também a apostar numa equipa ultra-defensiva, contendo apenas 3 jogadores de cariz atacante: Semak, Bystrov e Kerzhakov.

Já Jorge Jesus perante as ausências de Garay e de Aimar, fez regressar Rodrigo (apostando no brasileiro a fazer de Aimar) e apostou em Jardel para o centro da defesa.
Na primeira parte, até ao golo de Witsel, nada de novo. O Benfica estava a sentir dificuldades na construção de jogo ofensivo graças à enorme muralha de jogadores que o Zenit punha em frente à sua baliza. Apenas Maxi Pereira na direita dava mostras de ser o jogador mais inconformado no Benfica com rápidas incursões pelo flanco direito. Malafeev foi obrigado a intervir duas vezes: uma a remate de Bruno César e outra a remate de Witsel. Do outro lado, o Zenit jogava de forma lenta e pouco incisiva. Antes do golo, Artur quis brincar na pequena área e acabou por entregar a bola mal para Luisão que a perdeu para um jogador russo, tendo este rematado à figura do guarda-redes brasileiro quando este recuava na área.
Depois veio o golo de Witsel e a explosão de alegria na Luz.

Na 2º parte, Bruno Alves entrou mas o Zenit não conseguiu sair da teia defensiva urdida pelo seu treinador. Os Russos pouco ou nada causaram de perigo à baliza de Artur Moraes. Para o final estava guardado o 2-0 por intermédio de Nélson Oliveira, matando por completo uma partida em que o Benfica fez mais do que o Zenit para passar os quartos-de-final.

A surpresa esteve perto de acontecer no Emirates.

Quando o Milan fechou com chave de ouro o jogo da primeira mão em San Siro por concludentes 4-0 (grandes exibições de Robinho e Ibra) ninguém esperava uma viagem tão atribulada a Londres no lado milanês.

Com o decorrer do jogo de Londres, chegou-se a temer uma reviravolta semelhante aquela que o Milan sofreu no embate da 2ª mão dos quartos-de-final da Champions na época 2003\2004 no Riazor da Corunha em que depois de um 4-1 em Milão sofreu um escandaloso 4-0 na Corunha, num jogo em que Alessandro Nesta esteve mal na fotografia de todos os golos galegos.

Como equipa que ganha não se mexe, Massimiliano Allegri voltou a apostar num 11 que se tem repetido várias vezes no último mês: Abbiati; Abate, Mexés, Thiago Silva e Mesbah; Emanuelson, Nocerino, Van Bommel; Robinho, El Shaarawy e Ibrahimovic. Do lado do Arsenal apenas uma modificação em relação ao 11 habitual da equipa: a entrada de Oxlade-Chamberlain a titular e a saída dos convocados de Benayoun por lesão.

Seria o jovem de 18 anos contratado esta época ao Southampton por 12 milhões de libras a colocar a bola na cabeça de Laurent Koscilny para o primeiro golo da partida. Como bom portento de velocidade e técnica que é seria o extremo a partir Djamel Mesbah aos bocados no lance do 2º golo (Rosicky) onde é o experiente Thiago Silva a cortar para os pés do checo. O Milan tremia em Londres. O mesmo haveria de partir novamente Mesbah no lance do penalty que Robin Van Persie iria transformar ao minuto 43. Ao intervalo 3-0.

Isso obrigou Allegri a intervir na sua equipa que apareceu muito mais defensiva na 2ª parte. Emanuelson deixava de ser número 10 e passava a jogar na esquerda para ajudar Mesbah a controlar Oxlade-Chamberlain. Robinho passava a 10. El Sharaawy saíria aos 70 minutos para entrar Aquilani, um jogador mais forte, mais físico e com maior capacidade de retenção de bola a meio campo. A coisa saiu bem a Allegri. O Arsenal tentou o 4º golo mas não conseguiu. Foi uma eliminatória bipolar: o Milan ridicularizou o Arsenal em Milão e o Arsenal ridicularizou o Milan nos primeiros 45 minutos de Londres. Qualquer uma das equipas pelo que fez merecia passar.

No final de jogo, Wènger estava triste pela eliminação mas de cabeça erguida quanto à prestação da sua equipa: “I told my players they can be proud of their performance. Overall I felt we were a bit short because we had no midfielders on the bench and we suffered a little bit when we tired in the second half. We wanted to keep the ball better but we became more fatigued and I’m sure we would have scored two or three more goals in the second half. “We put a performance in with fantastic spirit and restored some pride after the first leg. Unfortunately we are out” but we had the chances. Overall we keep our winning run going, which is important, but unfortunately we paid the price for a bad first game.

We knew we had given a lot [in the first half]. Some players are not used to playing at that level in midfield, like Chamberlain. You need to score goals and not concede against teams like that. Our defenders were absolutely outstanding today. Overall we have given everything and that’s all you can do at the top level. We accept the result even if it’s a disappointing one.

[Oxlade-Chamberlain] was sick last night − we weren’t sure he would play because he had flu. In the end we decided to check him in the warm-up and I felt he was outstanding. Van Persie wanted to chip the goalkeeper because he was down, but he got up very quickly − Abbiati did well and we couldn’t score. I hoped in the last ten to 15 minutes we could create some dangerous situations in front of goal but, unfortunately, it didn’t happen because we didn’t have enough drive anymore.”

E Allegri aliviado:
“We have to analyse this defeat. Due to injuries we had to play with three forwards and I knew we could suffer a bit in defence. We created a few good chances to score in the second half. We are disappointed about the defeat but it was important to qualify. We are among the best eight in Europe and now we will have some players back from injuries and hopefully we can do better with them.

I don’t think we were scared, as fortunately we had earned an important result in the first leg. At the break I told the players to think it was still 0-0 because we could not change what we had done in the first half. We failed to complete crucial passes tonight and that’s why we did not score. I knew we might have some difficulties because Arsenal are not the team we saw in San Siro and because we had too many players missing tonight, so I did not have many options.

This could be an important game in the season. Elimination tonight could have been a terrible blow for the team. However, our objective was to reach the quarter-finals and we achieved it. The approach was not good tonight. We were too soft, especially when we were trying to keep possession, and we should have played from the start the way we did in the second half, trying to push forward for a goal. “We are disappointed about the defeat and the way we played in the first half but, in the end, we qualified”, even if the team made me lose some weight due to stress.”

Duas coisas singelas:
1ª Não é só o Barcelona que joga muito nem Messi, se bem que o Argentino esteve louco nesta partida.
2ª É mesmo o Bayer de Leverkusen que não joga nada e não lhes reconheço capacidades para andarem nestes patamares.

Como dizia o Sport na sua página online nessa noite: “Messi passou a sua dor de cabeça ao Bayer” – um bom trocadilho feito pelos catalães ao Bayer de Leverkusen, clube detido pela conhecida farmacêutica das aspirinas.

E de facto, o Bayer veio com a ideia de provocar uma dor de cabeça a Guardiola e acabou cheio de enxaquecas. Com um 3-1 de Leverkusen, o Bayer tentou complicar a vida ao Barcelona por intermédio de pressão alta à construção de jogo dos defesas e médios catalães. Ora bem, quem não tem perninhas não inventa. O treinador Robin Dutt tentou convencer que seria a melhor estratégia para derrotar os Barcelonistas. Enganou-se: foi um festival de Messi perante uma defesa de Leverkusen completamente autista a vender a banda passar. E o jovem Tello entrou na segunda parte e logo que tocou na bola abriu um livro numa jogada em que vos aconselho a ver e rever.

Messi estabeleceu a mão cheia de golos na Champions, levando agora 12. Novo record à vista?

Jogo de uma vida em Nicósia.

O APOEL não contava de maneira alguma chegar a Fevereiro e permanecer nas competições europeias. Digo “permanecer nas competições europeias” porque com um grupo como Zenit, Shaktar e Porto, o APOEL era o bombo da festa. Utilizei bem o tempo verbal: era. O APOEL fez o que fez na fase de grupos. Perdeu em Lyon por 1-0 num jogo em que os franceses viram-se da cor da Grécia para obter um golo e foram a Chipre enfrentar um adversário motivado, disciplinado, defensivo, forte no contra-golpe e com milhares de adeptos doidos a cantar.

90 minutos a ferro e fogo. O APOEL tentava utilizar o segredo do costume: defender e sair no contra-golpe sem descurar a sua organização. O Lyon tentava segurar a vantagem o máximo que podia. O nosso conhecido Manduca pôs o GSP Stadium de Nicósia ao rubro aos 9″. Vi inclusive na review da Champions declarações do técnico do APOEL Ivan Jovanovic a apelidar este jogo como o “jogo de uma vida” para o clube cipriota. Nada mais correcto. Findos os 90 minutos, quis o destino que o jogo fosse para prolongamento dados uns erros praticados pela arbitragem comandada pelo espanhol Alberto Undiano Mallenco a favor da equipa francesa.

O jogo foi para as grandes penalidades. Aí brilhou Chiotis, guarda-redes cipriota. O APOEL está nos quartos-de-final. E o mais incrível é que pode ir mais longe. Benfica, Marselha e hipoteticamente CSKA e Napoli poderão ser equipas ao seu perfeito alcance.

Depois de ter vencido no St Jakob´s Park o Bayern por 1-0, a jovem e promissora equipa do Basileia não merecia de ser eliminada desta forma depois da campanha que fez na fase de grupos.

Apesar do esforço, é pena o Basileia ter apanhado este super bayern no pico de forma da época. O Bayern dá mais 7 (como viram em cima já tinha dado 7 no campeonato ao Hoffenheim) e volta a dar 7 na Champions (em 2008\2009) deu 7 ao Sporting nesta fase no Allianz Arena.

Jogo sem história. O Bayern entrou a matar. Robben aos 11″ tem uma enorme classe na sua finalização, apesar da sorte que fez com que a bola viesse parar caprichosamente nos pés do Holandês depois de um ressalto de um defensor do Basileia. Apesar dos dois golos, Arjen Robben fez uma exibição de sonho. Depois, foi o vendaval Mario Gomez (poker) com dois golos pelo meio de Robben e Muller. Mario Gomez está ao despique com Messi e Ronaldo pelo título de pichichi da competição (quem sabe o record de mais golos numa só edição) levando o alemão 11 golos na presente edição.

Esta eliminatória entre Inter e Marselha esteve embruxada. Se não esteve embruxada, é caso para se dizer que o Marselha teve a dita “estrelinha de campeão”. Se no aborrecido jogo do Velodrome já tinha vencido a partida com um golo do Ganês André Ayew já para lá da hora, no Giuseppe Meazza, num jogo em que o Inter até começou a contar com um golo de Milito às três pancadas num momento de jogo em que o desespero já se começava a apoderar dos milaneses, o Inter merecia mais do que a fraca sorte de ser eliminado com um golo de Brandão aos 90+2. Pazzini ainda deu a vitória ao Inter na última jogada do encontro, mas não havia mais nada a fazer.

Fico com a impressão que Brandão faz falta no lance do golo do Marselha sobre o central do inter Lúcio.

Liga Europa:

Incontornável.

A vitória da raça e do querer. A vitória do David contra o Golias. Grande exibição do Sporting. Personalizada e organizada tanto a atacar como a defender.

Primeira parte bem disputada em que o City não quis arriscar do ponto de vista ofensivo. Tirando um lance em que Kolo Touré subiu ao 3º andar para cabecear para brilhante defesa de Rui Patrício e outro em que Gareth Barry atirou à entrada da área a rasar o poste direito da baliza de Rui Patrício. Do lado do Sporting, muita atitude por parte da equipa com especial destaque para o flanco direito onde João Pereira foi muito assertivo a subir e a desiquilibrar, com a ajuda ora de Izmailov ora de Matias Fernandez, todos com muita garra no 1 para 1 contra jogadores do City. Lances de destaque na primeira parte foram o remate de Schaars do meio da rua depois de Joe Hart ter cabeceado a bola fora da área, um lance em que João Pereira embalado remata da direita obrigando Hart a uma defesa de recurso.

O Sporting nunca se amedrontou perante o City e entrou no 2º tempo com modos de resolver o jogo. Matías Fernandez bate um livre venenoso e Xandão faz o que faz na cara de Joe Hart. Passado alguns minutos é Izmailov quem fura e quem dá o golo a Ricky Van Wolfswinkel que na cara de Hart não consegue o 2-0 para muita pena minha. Até que Mancini faz avançar a equipa com as entradas de Nasri e Balotelli. Por duas ou três situações o City poderia ter marcado. Pelo meio até há uma jogada individual de Balotelli em que o Italiano toma a linha e cruza de letra para fraca finalização de Aguero. Pelo meio também há um pontapé do meio da rua de Kolarov que passa novamente perto da baliza do Sporting e várias provocações e faltas (o normal) de João Pereira a Balotelli que valem o amarelo que afasta o lateral do jogo da 2ª mão no City of Manchester.

A jogar em casa, contra uma equipa que muitos diziam que ia massacrar o Sporting com uma goleada, a turma de Ricardo Sá Pinto cumpriu mais que os serviços mínimos (esperava na melhor das hipóteses um empate a 0 bolas) e convenceu todos aqueles que se deslocaram a Alvalade. Quinta-feira veremos se este Sporting terá estofo para aguentar este resultado.

Apesar do mau momento interno, o Atlético tem estado muito bem na Liga Europa. Nos 32 avos-de-final já tinha eliminado a Lazio com um 3-1 em Roma e 1-0 em Madrid. O Atlético de Simeone espalha charme na Europa e nos oitavos-de-final quis despachar o Besiktas em Madrid. Não conseguiu totalmente por culpa de Simão Sabrosa. Salvio (2) e Adrián deram 3 golos sem resposta na primeira parte. No entanto, espera-lhes o Inonu na 2ª mão.

O Besilktas está algo enfraquecido. Culpa disso os vários problemas internos que estão a acontecer no clube. Não só o facto de alguns dos seus dirigentes ainda estarem sobre alçada preventiva da justiça turca mas também o caso de indisciplina protagonizado por Ricardo Quaresma, caso que alegadamente terá motivado Carlos Carvalhal a encostar a direcção à parede quanto à saída do internacional português do clube. Carvalhal deverá ter dito à direcção que ou saía ele ou saía Quaresma.

Carvalhal veio ontem desmentir no site oficial do clube a notícia veículada pelos órgãos de comunicação social com as seguintes palavras: “Desminto totalmente as afirmações que vieram a público ontem. O Quaresma é um jogador muito importante, mas o meu trabalho é garantir organização e disciplina no trabalho”

Partida da ronda. O Athletic foi a Old-Trafford fazer um dos melhores jogos da sua história. O lance do primeiro golo do Manchester é um lance de génio. O passe para o 2º golo do Athletic protagonizado pelo jovem fenómeno Muniain para Oscar de Marcos é algo do outro mundo. Este Athletic de Bilbao de Bielsa é um portento de futebol bonito. Nem a adaptação (bem conseguida) de Javi Martinez a central tem tirado brilho ao futebol praticado pela equipa comandada pelo consagrado técnico Chileno. Aliás, mesmo a central, Javi Martinez é alvo da cobiça de Barcelona e Real Madrid, não devendo sair de Bilbao por menos de 40\45 milhões de euros. No 3º golo dos bascos, culpa para De Gea. No entanto, urge-me fazer mais um reparo à equipa do Bilbao: é uma equipa muito forte a sair no contra-golpe. Também tem homens para isso, casos de Muniain, De Marcos, Herrera ou David Lopez.

O penalty de Rooney ainda amenizou a derrota. O Manchester de Sir. Alex Ferguson subestimou o adversário, na medida em que tinha por exemplo em Outubro subestimado o Benfica e o Basileia na fase de grupos da Champions. Avizinha-se uma tarefa muito difícil para os Red Devils amanhã no quentíssimo San Mamés de Bilbao.

Óscar de Marcos declarou que marcar em Old-Trafford fez do dia 8 de Março um dia que nunca mais iria esquecer durante a sua vida: “The key thing was, we had the ball the whole game. It is our philosophy, as the manager has taught us, to keep the ball and thanks to this we created a lot of chances. “[Scoring at Old Trafford] is something I won’t forget as long as I live, I will always remember it. I’m thrilled. This is a night to smile, to enjoy – all our fans have enjoyed it and it is great for everyone who has always supported us”.

It is clear that 3-2 keeps them in it more, unfortunately it was my handball [for Wayne Rooney’s late penalty]. It is a shame after all the work the team put in, but we have to be happy with the result. Before we came everyone would have taken a win at the ‘Theatre of Dreams’. The coach is putting it in our heads that nobody is better than us, that we can compete with any team and we did that against one of the best teams in the world.”

Mais um jogo de alto gabarito. Apesar do 4-2 para o Valência no final da 1ª mão, nada está resolvido para a equipa de Unay Emery. Início horrível da defesa do PSV. Nos primeiros 13 minutos haveria de conceder dois golos: o primeiro por via do central sub-21 espanhol Victor Ruiz, saltando por cima de tudo e todos na bica da baliza e o segundo num auto-golo muito azarado de Manolev. 3-0 aos 42″ por intermédio de Roberto Soldado fazia parecer que a eliminatória fecharia no Mestalla. Piatti elevaria para 4-0. Eis que o PSV num golpe de mérito conseguiu dois golos nos minutos finais e leva a eliminatória viva para a Phillips Arena. No entanto, não creio que os comandados de Fred Rutten tenham capacidade para derrubar o Valência.

Outros resultados:

Metallist 0-1 Olympiacos – Contra uma equipa muito organizada e imprevisível, os gregos do Olympiacos venceram na Ucrânia por 0-1 o Metallist e tem um pé nos quartos-de-final.

Standard de Liège 2-2 Hanover 96 – Tudo em aberto para a 2ª mão, se bem que o resultado foi muito bom para os alemães.

AZ Alkmaar 2-0 Udinese – Excelente resultado para os holandeses.

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futeboladas

Começamos como habitual pela liga inglesa que neste fim-de-semana cumpriu a sua 27ª jornada:

Em Anfield, Liverpool e Arsenal defrontaram-se tendo os gunners vencido a emotiva partida por 2-1.

De um lado, o Liverpool pretendia vencer a partida para poder acalentar chances de poder chegar aos lugares europeus. A equipa de Kenny Dalglish está na 7ª posição com 39 pontos. De outro lado, o Arsenal vindo de uma surpreendente vitória contra o Tottenham no Emirates por 5-2, num jogo em que Robin Van Persie e Theo Walcott racharam por completo a defesa dos homens de Redknapp tenta manter o 4º lugar na tabela (lugar que lhe garante acesso ao playoff da Liga dos Campeões) tendo no entanto, derivado aos 4 pontos que o separam do Tottenham espreitar uma vaga directa na competição através do 3º lugar.

Como se pode verificar no video acima postado, o Liverpool entrou melhor na partida, tendo marcado primeiro num auto-golo do central Francês Laurent Koscielny. Apesar do azar latente do central francês no corte que pretendia efectuar, não deixa de ser um erro vindo de uma excelente jogada de contra-ataque do Liverpool onde dou especial revelo à brilhante desmarcação diagonal de Jordan Henderson para Jay Spearing.

Não se inferiorizando perante a desvantagem, o dominou o resto do jogo e por intermédio do inevitável Van Persie acabaria por dar uma remontada no jogo. Dois golos vindos de duas excelentes finalizações do holandês, que com estes dois golos subiu a sua fasquia de época para os 25 golos. Van Persie é o melhor marcador da Premier nesta temporada, facto que não deixa de ser triste para um jogador que apesar dos golos marcados vê a sua equipa muito longe dos primeiros 2 classificados. Todavia, o Arsenal está na 4ª posição, a 4 pontos do 3º que é o Tottenham e com 3 pontos de vantagem sobre o Chelsea

No outro jogo grande da jornada, o United continuou a peugada em relação ao seu rival City vencendo o Tottenham por 3-1 em White Hart Lane.

A equipa de Harry Redknapp até começou bem a partida mas cedo deu a entender que sofre do problema de não conseguir resistir nos jogos de maior pressão.

Sem Gareth Bale e contra um United em máxima força, os Spurs, como referi, até começaram melhor: na primeira parte Adebayor obrigou primeiro David De Gea a uma enorme defesa à entrada da área.
À passagem da meia-hora de jogo, Emmanuel Adebayor ainda introduziu a bola dentro da baliza do United mas o arbitro da partida considerou e bem que o togolês dominou a bola com o braço. Mesmo a acabar o primeiro tempo seria Wayne Rooney a inaugurar o marcador numa tremenda falha defensiva dos londrinos.

A 2ª parte iria arrancar com novas investidas dos Spurs. Adebayor por duas vezes mereceu o golo que Di Gea negou até ao fim. Depois seria Benoit Assou-Ekotto a rematar forte da esquerda para nova defesa do guardião espanhol, que, depois de um início de época algo conturbado está a merecer a titularidade. O próprio De Gea assumiu na antevisão à partida que é fã de Brad Friedel, veterano guarda-redes de 41 anos que este ano cumpre a época aos serviço dos Spurs. Não satisfeito, Assou-Ekotto tentou de livre e De Gea mais uma vez brilhou. Como quem não marca sofre, o United ampliou a vantagem mais duas vezes por intermédio de Ashley-Young. Iria restar o golo de consolação dos Spurs aos 87″ por via de Jermaine Defoe.

Creio que o Tottenham sai fora de corrida pelo título e terá que voltar às vitórias para manter o 3º lugar. Já o United joga na próxima quinta-feira contra o Athletic de Bilbao para a Liga Europa num teste que aguardo com algum interesse e entusiasmo.

Outros jogos:

Manchester City 2-0 Bolton – Em vésperas da Liga Europa (jogo contra o Sporting na quinta-feira) o City não deu espaços e venceu o Bolton por 2-0. Mesmo apesar do golo obtido na partida, Mario Balotelli deverá ter feito perder a cabeça dos dirigentes do City. Isto porque Balotelli foi apanhado na quinta-feira a sair de um clube de strip em Liverpool, violando novamente as regras relativas ao descanso impostas pelo clube. Os dirigentes do clube estarão a pensar em soluções para o Italiano que entre outras coisas é acusado de promover instabilidade no balneário junto do núcleo de jogadores ingleses (Lescott; Milner; Barry; Adam Johnson). Veio também à baila que o Milan estará disposto a abrir os cordões à bolsa para o contratar, podendo avançar em Junho com 60 milhões de euros para o efeito.

WBA 1-0 Chelsea – Mais uma derrota para o Chelsea. André-Villas Boas despedido.

Liga Italiana

Mais um intenso derby da capital romana.

O novo proprietário da Roma Thomas Di Benedetto voltou a sair com o sabor amargo da derrota frente ao eterno rival. Novamente por 2-1. Mudam apenas os intervenientes.

A Roma começou melhor a partida. A jogar com um meio-campo reforçado constituído por De Rossi, Fabio Simplício, Totti, Erik Lamella e Pjanic e apenas com Borini na frente, seria o antigo jogador do Chelsea (grande jogador por sinal) a criar a primeira onda de perigo numa cavalgada que seria parada com recurso a uma falta perigosa pelo central de 34 anos Biava. O arbitro da partida sancionou apenas com amarelo visto que a falta foi na linha lateral.

O mesmo não teve contemplações ao expulsar o guarda-redes internacional Holandês Maarten Stekelenburg minutos depois. No entanto, creio que existe uma simulação por parte do jogador da Lazio Stefano Mauri. Tudo corria bem à equipa de Edy Reja, treinador que já esteve demissionário mas cujo presidente da Lazio Claudio Lotito fez regressar à posição. Já com o romeno Bogdan Lobont na baliza dos Romanos em troca pelo internacional sub-20 argentino Erik Lamella, o brasileiro Hernandez inaugurou o marcador após conversão de grande penalidade.

A Roma não se ficou e tentou ir em busca do resultado. Totti foi um inconformado durante os 90 minutos mas seria sempre penalizado por entradas duríssimas por parte dos defensores da Lazio (André Dias; Biava; Scaloni). Aos 16″ seria Juan a ganhar uma bola perdida na área, a atirar ao poste e a bola caprichosamente a sobrar para Borini que não desperdiçou à frente das redes, mesmo com um defensor da Lazio a tirar a bola já dentro da baliza. Estava feito o empate. Entraram Ledesma e Hernanes no jogo. Os dois marcaram o ritmo da Lazio perante uma Roma que estava atrevida. Já na 2ª parte, depois de livre de Ledesma seria Mauri a empurrar a bola para o fundo das redes do rival fazendo o 2-1 final. A Roma ainda tentou tudo o que pode e viu a Lazio ficar também reduzida a 10 depois de expulsão de Lionel Scalloni. No entanto seria em vão: o jogo era da Lazio.

A Lazio mantem-se com esta vitoria dentro da luta pelo título. Os Laziale estão em 3ºs a 3 pontos da Juventus e a 6 pontos do Milan. A Roma está em apuros para conseguir o tão desejado lugar europeu: são 6ºs com menos 5 pontos que o Napoli, sabendo de antemão que o Napoli estava novamente a subir de forma.

Outra especulação que surgiu relativamente à Roma é a possibilidade de Luis Enrique substituir Pep Guardiola no comando técnico do Barcelona no final da temporada.

A jogar com um meio-campo alternativo composto por Sulley Muntari, Massimo Ambrosini, Antonio Nocerino e Urby Emanuelson a 10 (este jogador começou a defesa esquerdo, já jogou muitas partidas no meio-campo e aliás, no Milan até foi contratado para jogar a meio-campo, aparecendo agora como 10) Max Allegri foi à Sicília aproveitar o deslize caseiro da Juventus contra o Chievo no Dell´Alpi para renovar a primeira posição.

Allegri deverá ter ficado contente com o que viu. Vitória tranquila frente a um adversário que nem há um mês atrás foi ao Giuseppe Meazza empatar a 4 bolas contra o rival inter, com um hat-trick fabuloso de Zlatan Ibrahimovic. O Sueco voltou às grandes exibições e já leva 18 golos na Serie A deste ano. Quem também se destacou foi Robinho. O brasileiro tem respirado o seu melhor futebol nesta época.

O golo (parece-me irregular) do médio Paolo De Ceglie não foi suficiente para a Juventus ultrapassar o Chievo (está a fazer uma época muito tranquila sendo 8º classificado com 34 pontos). No entanto, os comandados de Antonio Conte podem-se queixar da falta de sorte provocada pela excelente exibição do guarda-redes do Chievo Stefano Sorrentino. De resto, mais uma grande exibição de Pirlo no meio-campo da Juve. Bom a desarmar e como sempre, cheio de classe a construir e a aparecer no sitio certo para o seu técnico tiro de meia distância.

outros jogos:

Parma 1-2 Napoli: Lavezzi resolveu aos 86″ um caso mal parado para a equipa de Walter Mazzarri. No entanto, em véspera de jogo europeu contra o Chelsea em Stamford, o Napoli está a subir de forma, está a subir na classificação (já ameaça o 4º lugar da udinese e o 3º da Lazio) e tem excelentes perspectivas de terminar a época em altas.

Fiorentina 2-0 Cesena – Balão de oxigénio para a equipa de Délio Rossi. Cavou 6 pontos para a linha-de-água. Dá para descansar e preparar melhor a batalha pela manutenção. O Cesena, último com 16 pontos, está claramente condenado. Já vê a manutenção a 13 pontos quando faltam 12 jornadas para o fim da prova.

Bologna 1-0 Novara – O mesmo do jogo anterior. O Bolonha também afastou-se dos lugares incómodos e o Novara, penúltimo com 17 pontos está cada vez mais condenado à descida à Série B.

Inter 2-2 Catania – Mais um jogo inenarrável da equipa de Ranieri. A Europa está por um fio e o Napoli já vai bem acima com 6 pontos de vantagem. André Villas-Boas pode ser soluções e recentemente, o Inter despertou o interesse pelo avançado internacional Bósnio Edin Dzeko.

Liga Espanhola:

Barcelona de “poucos gastos” antes do embate europeu frente ao Bayer de Leverkusen. 3-1 frente a um paupérrimo Sporting de Gijón, onde actua André Castro. Nem com o Barcelona reduzido a 10 devido à expulsão de Piqué. No fim da partida, Messi elogiou Cristiano Ronaldo afirmando que é o português quem tem feito a diferença de 10 pontos que existe entre catalães e madridistas.

Quem não se poupa é o Real de Mourinho. Mais um recital em Santiago Bernabéu. Desta feita, os espectadores foram os jogadores do Espanyol de Barcelona.
Ronaldo festejou o seu 30º golo na Liga e continua impressionante a marcar e a fazer jogar a equipa.
Sami Khedira marcou o 2º, Kaka o 4º e Gonzalo Higuaín voltou a dizer porque é que o Real não o deve vender, somando mais um bis. Higuaín foi posto na rota do Manchester City em troca com Kun Aguero.

Mourinho afirmou no sábado que acha que o argentino (pela sua garra e pela sua eficácia) é o melhor avançado do mundo e diz que este merece “ficar no real para sempre”, tal e qual como, segundo palavras do português, Esteban Granero.

Já Maradona, sogro de El Kun, afirma que o Real é o clube para qual o genro deveria jogar. Para advogar a sua posição, el Pibe diz que com Aguero, Ronaldo poderia chegar aos 60 golos na Liga visto que o Argentino é muito bom a prender as defesas contrárias. De facto.

Creio que Higuaín não deverá sair do Real. É de facto um killer à moda antiga e as estatísticas provam-no: Higuaín é o jogador que precisa de menos tempo e de menos toques na bola para fazer um golo. Com o Aguero, o Real não ficava a perder é certo: perderia em eficácia, ganharia um enorme desiquilibrador como o é Aguero.

Outros jogos:

Sevilla 1-1 Atlético de Madrid – Empate entre duas equipas que querem um lugar europeu mas que neste momento estão longe dos seus desejos. Sevilla e Atlético empataram no Sanchiz Pizjuán a 2 bolas com golos de dois antigos jogadores de equipas portuguesas: Toto Salvio para os madrilenos aos 9″ e Baba para os Sevilhanos aos 54. Mantem-se ambos na 10ª e 11ª posição com 33 pontos, a 4 de 5º (Athletic de Bilbao) e 6ª (Malaga). Ambos venceram.

José António Reyes voltou ao seu clube de origem e já recebeu rasgados elogios de Joaquin Caparrós que hoje apelidou o antigo jogador de Benfica, Arsenal, Real e Atlético de Madrid como “puro talento” – anotamento meu: um puro talento de preguiça!

Athletic Bilbao 2-0 Real Sociedad – Depois de alguns a jogar a Liga Europa e se o Athletic demonstrasse pretensões à Liga dos Campeões. Tal resultado poderá estar a caminho do país basco. O Athletic está a apenas 1 ponto do Levante e a 6 do 3º que é o Valência. O Levante joga em Málaga para a semana e o Athletic recebe o Osasuna (8º com menos 2 pontos) numa jornada que pode ser de confirmação para alguns ou de reviravolta nos lugares europeus.

Liga Francesa:

Paris St Germain 4-1 Ajaccio – Tarde de glória para os comandados de Carlo Ancelotti. Goleada por 4-1 com Menez, Matuidi, Thiago Motta e Javier Pastore no 11. O argentino haveria de marcar e partir tudo como é seu apanágio. O PSG voltou à liderança depois de ter visto o Montpellier empatar em Dijon. 1 ponto é a vantagem que os parisienses tem sobre a equipa do sul à passagem da 26ª jornada.

Lille 2-2 Auxerre – O campeão em título Lille poderá ter dito adeus ao título com o empate caseiro frente ao “aflito” Auxerre. Eden Hazard pôs o Lille em vantagem com 2 golos. Para os 10 minutos finais estariam guardados os golpes de teatro que iriam dar o pontinho aos homens comandados pelo antigo internacional francês Laurent Fournier com dois golos do lateral Hengbart e do central Ben Sahar. O Auxerre continua abaixo da linha de água, numa clara passagem do 8 ao 80 nesta temporada.

Fora dos lugares europeus continuam Lyon, Marseille e Bordéus. Todos perderam: os primeiros em Nancy por 2-0, os segundos em casa frente ao Toulouse e e os terceiros em casa frente ao Nice. O Lyon é 7º com 40 pontos, o Marseille 8º com 39 e o Bordéus 9º com 36.

Bundesliga:

À 24ª jornada, o cenário não poderia estar tão positivo para o Borussia de Dortmund e para o seu treinador Jurgen Klopp no plano traçado pela equipa para a renovação do título. Vitória por 2-1 em casa frente ao Mainz, com um golo de brilhante do polaco Kuba (tem um nome impressionantemente difícil de escrever) aos 26″. O Mainz ainda reagiu aos 74″ com um golo do internacional egípcio Mohammed Zidan mas aos 77″ seria o internacional Japonês Kagawa a dar a vitória aos homens de Dortmund, que, a esta fase da temporada jogam um futebol muito bonito.

Na Bayer Arena, o Leverkusen estragou os planos ao Bayern. Kiessling e Bellarabi deram o mote com dois fantásticos golos nos minutos finais. Bom prenúncio para um bom jogo em Nou Camp?

Outros jogos:

Freiburg 2-1 Schalke o4 – Quem saiu definitivamente das contas pelo título foi o Schalke. Os homens de Gelsenkirchen foram perder ao terreno do aflito Freiburn por 2-1 e agora estão a 11 pontos da liderança.

Na luta pela UEFA, o 5º (Werder Bremen) perdeu 1-0 contra o Hertha de Berlim no Olypiastadium enquanto o Estugarda (7º) foi golear o Hamburgo por 4-0 fora.

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AVB no Inter? AVB no Porto? AVB no Cagliari? AVB desempregado?

Não posso ignorar a notícia do dia no campo futebolístico.

André Villas-Boas foi despedido por Roman Abrahamovic depois de mais uma derrota para a Premier contra o modestíssimo West Bromwich Albion.

André Villas-Boas foi despedido numa altura em que o Chelsea está na luta por um lugar na Champions a nível interno (se o Chelsea não conseguir esse lugar será uma catastrofe tendo em conta o investimento feito no ano civil 2011 por Roman Abrahamovic e as expectactivas iniciais geradas com a contratação de Villas-Boas) e ainda tem uma brecha de oportunidade de passar aos quartos-de-final da Champions caso vença o Napoli por 2 ou mais golos em Stamford Bridge (uma vantagem de 2 golos será suficiente caso o Napoli não marque mais que um golo).

A contratação de André Villas-Boas significava em Julho uma lufada de ar fresco na pouca movida da qual padecia o clube londrino.

No entanto, com a contratação de André Villas-Boas começaram a sair os primeiros targets que o Português pretendia que o seu proprietário e respectiva direcção atacassem no mercado: Juan Mata, João Moutinho, Hulk e Álvaro Pereira. Se o primeiro não hesitou em sair de Valência e está a realizar uma razoável época em Londres, a contratação dos 3 últimos esbarraram formal e informalmente nas elevadas clausulas de rescisão pedidas pelo FC Porto: Moutinho nos 40 milhões, Hulk nos 100 e Álvaro Pereira nos 30. Pelo primeiro o Chelsea chegou a oferecer 25 milhões maso FC Porto comprou os 25% do passe do médio que restavam ao Sporting por cerca de 4,5 milhões e automaticamente renovou com o médio para o blindar com uma clausula de 40 milhões. Pelo 2º, a comunicação social especulou que tanto no verão como no Inverno Abrahamovic tentou resgatar o jogador por uma verba que rondaria os 65 milhões de euros. Pelo terceiro, após rondas de negociação intensas no fim do mercado de verão, Abrahamovic só estava disposto a dar 22 milhões de euros. Os três não engrossaram a fileira de estrelas dos Blues.

A juntar ao insucesso provocado pelo falhanço total das compras, o Chelsea comprou muito, muito caro e mal. Pelo menos, os resultados das suas contratações não são visíveis.

Em Janeiro, Torres e David Luiz custaram juntos algo como 90 milhões de euros. Se o primeiro é uma autêntica sombra do Super Niño de Liverpool, o 2º foi uma contratação completamente furada dada a mediocridade das suas exibições.

No Verão, exceptuando Juan Mata, o Chelsea esfolou mais uns dinheiros de Abrahamovic em Lukaku (não joga; não rende; não marca; para já) em Thibault Courtois (guarda-redes emprestado ao Atlético) em Romeu Oriol (bom jogador mas demasiado verde para ser titular para já) e no mercado de Janeiro foi rematar a má contratação de David Luiz com a contratação do central inglês Gary Cahill, até agora, valor seguro para o futuro do clube.

Gastar muito em muito pouco nunca será solução no futebol.

Quando André Villas-Boas assumiu a pasta do Chelsea em Julho deparou-se também com um balneário fracturado e cheio de jogadores, que apesar dos seus feitos na carreira, ou estão actualmente acabados do ponto de vista físico e psicológico para a alta roda do futebol, ou que, por outro lado, são autênticos destabilizadores de balneário. Falo obviamente de Ashley Cole, John Terry, Bosingwa, Michael Essien, Florent Malouda, Frank Lampard, Salomon Kalou, Alex, Didier Drogba e Nicolas Anelka, recentemente despachado para o futebol Chinês.

Tirando o defesa-central e o extremo francês (pela sua relativa juventude) os restantes jogadores são exemplos claros de gente que manda em demasia em qualquer balneário, capaz de fazer a cama a qualquer treinador e fisica\psicologicamente incapaz, de, por ora, responder às necessidades e expectativas de um clube como o Chelsea. Não quero porém dizer que com isto que não sejam jogadores cujas carreiras tenham sido recheadas de sucesso, títulos e classe e que como tal sejam agora considerados inválidos pelo facto de estarem a caminhar a passos largos para a veterania.

André Villas-Boas sabia perfeitamente no que se ia meter.

Ao implantar uma nova metodologia de treino, novas regras e novos hábitos a atletas já de si rotinados por anos de clube, André Villas-Boas sabia que estava a jogar com o risco de as mudanças irem de encontro aos feitios e egos dos jogadores. Daí até encostar alguns destes no banco de suplentes como Frank Lampard ou Didier Drogba foi um passo claro para que o balneário começasse a ficar desfigurado. Acrescentando o facto de que em Dezembro, alguns jogadores recusaram participar num jantar do clube de natal pelo impedimento feito pelo treinador português à presença de Nicolás Anelka (já vendido aos Chineses do Shangai Shenshua) no mesmo, facto que levou a velha guarda do Chelsea a não comparecer no evento em detrimento de uma festa alternativa com a presença do francês num clube londrino.

O futebol moderno, cada vez mais, é a conjugação de uma multiplicidade de factores, multiplicidade essa que mede o grau de sucesso expectavel e efectivo que uma equipa tem ou que um novo treinador tem numa equipa. Ao contrário do futebol antigo, o futebol moderno já não ressalva exclusivamente questões estrictas da metodologia de treino, do plano físico e do plano de rendimento nos treinos e nos jogos, acrescentando a estes factores outros como o plano psicológico dos jogadores, as capacidades financeiras das equipas, a pressão dos adeptos e da comunicação social e todas as manobras comerciais dos clubes.

O lado efusivo provocado pela excêntrica contratação de AVB por parte de Abrahamovic (foi só excentricidade; por isso é que Abrahamovic também não se importa de correr com o treinador só porque sim) acabou, pelos factores que enunciei, por padecer de alguns lapsos que acima enunciei.

É certo que o campo também não ajudou. No entanto, costuma-se dizer que no futebol, o rendimento das equipas é o espelho do ambiente interno de um clube. E o Chelsea nesse campo está de rastos.

Que futuro terá Villas-Boas. Até ao final da época estará descansado no seu canto.

Inter de Milão? Sim, é possível dado que o treinador conhece todos os cantos da casa.

Cagliari? Sim, é possível se não aparecer qualquer proposta melhor.

FC Porto? Por Pinto da Costa sim. Até seria já hoje caso Vitor Pereira não estivesse a meio dos seus 15 minutos de fama. Mas se as coisas correrem mal ao FCP no fim da temporada, AVB é uma possibilidade muito apetecida no Dragão.

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futeboladas

Breves comentários aos 4 jogos da Liga dos Campeões e ao jogo do Porto em Manchester.

Começando pela Champions:

Mourinho e os seus pupilos saíram do terrível Luzhniki com um saboroso empate, que apesar de tudo poderia ter dado algo mais.

O empate a 1 bola não deixa de ser um bom resultado para o Real. Metade da tarefa cumprida, num campo sempre difícil contra uma equipa bastante fresca nas pernas dada a interrupção de 2 meses das competições russas.

Domínio claro do Real durante toda a partida perante um CSKA apostado em defender o máximo possível e sair no contra-golpe sempre que possível. Um ronaldo endiabrado que marcou de forma sublime numa jogada onde se podem apontar duas infantilidades da defesa russa. Na 2ª parte, tanto Ronaldo como Callejón poderiam ter selado o fim da eliminatória. Quis o destino que os Russos, na última jornada do encontro, subissem à àrea madridista para fazer estragos com o Sueco Wernebloom em destaque. Muitas culpas para a defesa madridista que não conseguiu aliviar a bola.

Do San Paolo, 3-1 para a equipa da casa numa autêntica lição de catennacio e contra-golpe a um indefeso Chelsea que deixa AVB cada vez mais fragilizado no seu comando técnico.

Walter Mazzarri como se impunha voltou a apostar no clássico 3x5x2, fazendo cortar as linhas de passe do meio-campo dos londrinos e apostando em rápidas situações de contra-golpe onde Christian Maggio à direita e Zuñiga à esquerda foram peças chave. Hamsik, Lavezzi e Edinson Cavani deram água pela barba à defesa londrina e Paolo Cannavaro mostrou uma exibição muito solida, colocando Drogba como um mero espectador no jogo. O central (irmão de Fabio Cannavaro) apenas errou no primeiro golo dos italianos.

Juan Mata ainda pôs os londrinos em vantagem mas rapidamente o Napoli haveria de tomar conta das operações de jogo. O 2º golo, por intermédio de Cavani é claramente duvidoso mas não consegui perceber se o internacional uruguaio marcou com o braço ou com o peito.

Na 2ª parte, o Chelsea foi mais acutilante perante um Napoli que decidiu defender a sua vantagem. Numa jogada de contra-golpe, o Napoli haveria de colocar o resultado final em 3-1.

Com 2 golos de desvantagem, o Chelsea não está irremediavelmente fora da Champions, mas, a tarefa não será propriamente fácil. Conhecendo este Napoli (em clara ascensão de forma), Mazzarri deverá querer ir a Londres defender a sua vantagem e voltar a apostar no contra-golpe para surpreender os londrinos.

Na ronda de quarta-feira, duas surpresas:

No Saint Jakob´s Park de Basileia, uma grande jogada de Cabral deu ao jovem Valentin Stocker a oportunidade de colocar o Basileia em vantagem na 1ª mão da eliminatória contra o Bayern.

Mais uma vez, esta jovem equipa Suiça demonstrou o seu enorme potencial na europa.

1-0 é uma magra vantagem para enfrentar o jogo do Allianze-Arena. Serão os jovens suiços capazes de segurar o golo de Basileia em Munique?

No jogo (chato, diga-se) do Velodrome em Marselha (do qual não disponho de imagens para já), o Marselha bateu o Inter por 1-0 com um golo de André Ayew. O Inter esteve mais forte durante os 90 minutos e criou mais oportunidades de golo. Forlán teve um bom duelo com o guardião Steve Mandanda. O guardião francês levou a melhor por duas vezes.

O Marselha cumpriu a sua tarefa em casa. Mas a eliminatória vai viva para Giuseppe Meazza.

Liga Europa:

Noite chuvosa e triste (para o futebol português) em Manchester.

Uma pergunta assola a Europa do futebol: haverá alguma equipa capaz de travar este Manchester City na Liga Europa?
Uma outra pergunta que me assola pessoalmente: Será o Sporting (caso passe amanhã) capaz de sair do City of Manchester com menos de meia dúzia dentro da baliza?

A seu tempo penso que teremos respostas para estas perguntas.

4-0. O resultado que previa para esta partida em algumas conversas que fui mantendo com amigos durante a semana. Um Manchester City a jogar à italiana e a mostrar requintes de malvadez perante um desinpirado Porto que voltou a arriscar jogar sem um ponta-de-lança fixo.
Qualquer ímpeto inicial que o Porto tivesse para oferecer foi logo aniquilado por uma infantilidade da sua defesa. Noite para esquecer para os comandados de Vitor Pereira. Alvaro Pereira não apareceu na partida, muito por culpa do facto de ter um James Rodriguez à sua frente que pouco ou nada tocou na bola. Maicon foi pouco lesto a defender e no ataque apenas se mostrou num centro interessante para o golo bem anulado a James Rodriguez. Rolando foi expulso no 2º golo dos Citizens por motivos que me espantam. Otamendi esteve desconcentrado e acabou por levar uma botifada em cheio na cara de um colega de equipa, neste caso, do temível Maicon.

Hulk esteve ausente em toda a eliminatória. Valeu Moutinho, um pouco sugado pela esfera de influência de Yayá Toure no meio campo dos homens de Manchester. Yaya é aquele jogador que tanto aparece a limpar a sua zona, como de repente, marca os tempos de transição entre a defesa e o ataque ou aparece na área a tentar finalizar jogadas.
Silva é o ratinho obreiro que qualquer treinador quer ter na sua equipa. Fura defesas inteiras com a bola e sente-se confortável quando na área vê gabaritos de finalização como Aguero, Dzeko ou Mario Balottelli.

Este City é uma equipa chata. Tanto tem de colectivo como de forças individuais. Desiquilibradores não faltam. É uma equipa que sabe medir os tempos de jogo, e sabe quando imprimir velocidade para suplantar as defesas adversárias ou diminuir a velocidade de jogo para adormecer o mesmo.

Eliminatória justíssima.

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futeboladas

Já vou um bocado tarde, mas ainda a tempo de fazer um pequeno review das jornadas das principais Ligas Europeias deste fim-de-semana, dos primeiros dois jogos dos oitavos-de-final da Champions (disputados esta noite) e dos primeiros jogos dos 16-avos de final da Liga Europa, onde o Braga, de forma surpreendente, cedeu um desaire caseiro frente ao Besiktas.

Começo pela “excitante” Liga Inglesa:

Tarde de glória para o Manchester United. Aos empurrões, o United lá vai conseguindo levar a água ao seu moínho. Vitória sobre o Liverpool num Old-Trafford cheio em tarde de liderança provisória e com muito sururu à mistura.

Ainda em mente o recente episódio do jogo da primeira volta protagonizado pelo Francês Patrice Evra e pelo Uruguaio Luis Suarez. Relembrando os mais desatentes: o Francês queixou-se no fim do jogo de Anfield que o Uruguaio, numa jogada mais viril que envolveu os dois atletas, apelidou-o de “preto” numa alegada boca que Suarez entendeu como “normal” no calão linguístico utilizado no Uruguai. Força disso, a FA decidiu instaurar um processo de investigação aos jogadores no qual Suarez se recusou a ser ouvido. A FA decidiu punir o extremo com 8 jogos de suspensão interna, mas por agora o caso está em recurso e Suarez tem sido utilizado por Kenny Dalglish.
Parte II em Old-Trafford: na apresentação das equipas, Évra estendeu a mão para cumprimentar o Uruguaio e Suarez deixou-o de mão estendida. Já o capitão dos Red Devils Rio Ferdinand (irmão de Anton Ferdinand que ao que se consta recebeu insultos racistas de John Terry num jogo entre QPR e Chelsea) deixou Suarez de mão estendida.

Apartes dentro de um clássico do futebol inglês. Dentro das 4 linhas, Rooney voltou a provocar estragos inaugurando o marcador para o United aos 47″. Aos 50″, o astro bisou na partida. Paul Scholes voltou a ser titular e tem-se mostrado como fulcral nesta nova empreitada do United. Se havia coisa que o United necessitava era de alguém que arrumasse a casa no meio-campo, algo que só o médio internacional inglês sabe fazer de forma eficaz. Destaque também para a exibição de Antonio Valência, assistente para o 2º golo de Rooney. Do lado do Liverpool, Suarez tentou mostrar mais um pouco da sua música futebolística mas o golo que marcou foi inútil para quebrar o ciclo de vitórias que o United apresenta. Exceptuando o fantástico jogo do passado fim-de-semana contra o Chelsea em Stamford onde o United empatou a 3 bolas, a turma de Sir Alex Ferguson não sabe o que é perder desde dia 31 de Dezembro quando concedeu uma derrota caseira frente ao Blackburn Rovers numa exibição de sonho do internacional Nigeriano Yakubu.

No final da partida, ainda no despique Suarez vs Evra, o que se seguiu foi isto:

Suspensão a Evra? Fica a pergunta no ar…

Continua o calvário de André Villas-Boas no comando do Chelsea na sua época de estreia do clube londrino. O mercado de inverno não reforçou com prendinhas o sapatinho do português e o Chelsea vai de mal a pior. Quem contaria no verão AVB à 25ª jornada a lutar pela Champions lado-a-lado com o experimental Arsenal de Wènger.

Em Goodison Park, mais do mesmo… Desacerto defensivo de David Luiz, Petr Cech com algumas culpas nos golos, Lampard é um jogador fisicamente acabado, o Chelsea sem capacidade para dar a volta a um mau início de jogo, a falhar muitos passes e com poucas ou nenhumas ocasiões de golo durante os 90″.
AVB disse na conferência de imprensa ter sido “o pior jogo da época dos Blues” – resta-nos saber a apreciação de AVB sobre muitas partidas dos seus jogadores…

Do lado do Everton, a capitalização de um mau momento dos Blues que já na semana anterior tinham permitido um empate ao United após larga vantagem. Tim Cahill e Marouane Fellaini estiveram on-fire. O Belga esteve exímio a secar o meio-campo do Chelsea e faz-me perguntar o que é que tem feito estes anos todos numa equipa sem grandes objectivos, como é de facto o Everton.

White Hart Lane continua com o sonho do título vivo. 5-0 num autêntico baile de futebol. O Tottenham continua a desperdiçar pontos onde não os devia desperdiçar como foi o caso do jogo de Liverpool.

Tudo bem feitinho, vantagem confortável muito cedo no jogo. Até deu para o novo reforço Louis Saha dar o jeito ao pé, 11 dias depois da sua chegada a Londres. Redknapp está nas suas 7 quintas: o plantel responde aos estímulos provocados pelo objectivo do título, o Tottenham assiste aos rivais de Manchester a ter que jogar na UEFA e no campeonato em simultâneo, Saha enquadrou na mouche com Adebayor e Eden Hazard, segundo imprensa inglesa, estará a caminho para tornar mais forte o plantel dos Spurs… As próximas jornadas serão cruciais para a equipa de Londres… Mal o menos, a Liga dos Campeões parece estar garantida.

Outros jogos:

Bolton 1-2 Wigan – Em jogo de aflitos, o Wigan bateu o Bolton. Mesmo assim, as duas equipas estão em sarilhos…

Aston Villa 0-1 Manchester City – A coisa não está famosa entre os comandados de Mancini. Tanta luxúria não vence títulos sozinha. Tevez está perdoado e voltou a ser recrutado. O City parece em clara perda de forma.

Sunderland 1-2 Arsenal – Wènger no seu melhor. Há poucos meses atrás duvidava-se da capacidade destes miúdos comandados pelo francês chegarem inclusive a sonhar pela Europa. A Liga dos Campeões da próxima época seria um dado assente caso o campeonato terminasse por aqui. Amanhã há jogo contra o Milan. Brilharete? É possível.

Blackburn 3-2 QPR – Mais um duelo de aflitos. O Blackburn venceu com Yakubu novamente em destaque. 13º do Nigeriano nesta edição da Premier. No entanto, os 21 pontos alcançados apenas garantem o primeiro lugar acima da linha de água. O QPR está logo acima com os mesmos pontos. Se olharmos para a linha de água da liga, QPR, Blackburn, Wolverhampton (despediu ontem o irlandês Mick McCarthy) Bolton e Wigan irão suar sangue para se manterem no principal escalão. Mais acima, Villa, Stoke, Swansea, Fulham e West Bromwich respiram mais tranquilamente mas duas ou três jornadas poderá colocá-los no estatuto de aflitos…

Na Liga Espanhola:

Se os 7 pontos de distância em relação ao Real já davam suspeitas de game-over na La Liga para o Barça, a derrota em Pamplona abriu cenário de catástrofe para os comandados de Guardiola, que, mesmo perante os 10 pontos de diferença dos rivais desdramatizou a situação com um recado interno de confiança no título espanhol: “estamos em situação limite na Liga” – tolerância 0 para os catalães a partir desta jornada…

Em Pamplona, tudo começou a correr mal aos catalães. Os Navarros começaram com dois golpes de teatro do internacional Sérvio Dejan Lekic de que decerto nem Guardiola nem os seus comandados esperavam… O avançado sérvio fez o que quis de Puyol no lance do primeiro golo e no segundo, numa situação algo apática dos centrais do Barça facturou o segundo.
Em plena segunda parte Alexis fez o 1-2 mas rapidamente Raúl Garcia pôs uma pedra na ambição catalã com o 3-1. O jovem canterista Tello assinaria o 2-3 numa excelente jogada individual.

O Osasuna está a lutar pelos lugares europeus.

Novo estado de graça em Madrid. Depois das polémicas levantadas pela imprensa aquando da semana que intermediou os dois jogos contra o Barcelona para a Taça do Rei envolvendo Mourinho e alguns dos seus atletas, o clube nunca teve tantas condições para carimbar um título espanhol.

A jogar em casa contra um Super-Levante (está em 4º e se o campeonato terminasse agora conseguiria um excelente lugar no playoff de acesso à Champions) o Real deu uma enorme lição de futebol à equipa da Comunidade Valenciana.

A coisa até começou mal para os comandados de Mourinho com uma falha de marcações aos 5″ que dava o primeiro golo ao médio argentino Gustavo Cabral. A partir daí, vingou novamente o furacão Ronaldo! O 3º golo é daqueles misseis que já não víamos fazem muitos jogos nas actuações do extremo português…

O Valência, mal ou bem, longe ou perto da frente, vai fazendo o que lhe compete. Neste fim-de-semana, a turma valenciana deu 4 no Mestalla ao Sporting de Gijón. O Gijón tem a sua situação muito complicada na tabela, visto que já se encontra a 6 pontos da linha de água.

O 1º golo, apontado por Sofiane Feghouli é uma obra de arte. Tanto a jogada como a espantosa finalização do médio franco-argelino. O 2º golo, apontado pelo mesmo jogador, apesar de todas as tabelinhas e da sorte do próprio golo é mais uma prova que o Valência está a jogar um futebol lindo. Jonas completou o ramalhete do Gijón.

Outras partidas:

Racing de Santander 0 vs 0 Atlético de Madrid – Com Simeone ao leme, o Atlético tem vindo a subir nas últimas semanas. Apesar do empate em Santander, o Atlético está em posição europeia e ameaça o quarto lugar do Levante. Chegar à Champions seria um mau menor para Enrique Cerezo depois do investimento claro que fez na sua equipa.

Liga Italiana:

Em Udine, o Milan estava praticamente obrigado a vencer a Udinese antes da 1ª mão dos oitavos-de-final da champions, amanhã contra o Arsenal. Isto porque o Milan partia para o jogo da 23ª jornada no 2º posto com 44, tendo a Udinese atrás com 41. Depois, claro está, a Juventus com 45 tinha jogo em Parma (só se irá realizar amanhã devido à falta de condições climatéricas) e a Lazio, que venceu em casa o Cesena por 3-2 colocou-se aos da frente com 42 pontos.

Com jogadores como El-Sharaawy, Mesbah no onze e Maxi Lopez (sim, Maxi Lopez, jogador emprestado na reabertura do mercado pelo catania!!) a entrar na 2ª parte, o Milan de Allegri conseguiu uma enorme “remontada” no resultado. O jogo abriu com um golo de DiNatale (para variar!!). No entanto, os três jogadores acima citados haveriam de fazer estragos na primeira parte: primeiro Maxi Lopez a fazer o empate e o seu primeiro golo com a camisola do Milan e depois Mesbah a assistir El-Shaarawy para o golo da vitória dos Milaneses que assim subiram à condição de líderes na série A.

Massimo Moratti deverá ser por esta hora um homem taciturno. Os adeptos do Inter deverão ter semeado um ódio ao Novara.

Começo pelo presidente do histórico símbolo da cidade de Milão: Muda-se o treinador mas os gaps de resultados que a equipa apresenta, bem como o futebol praticado dentro das 4 linhas continuam a ser lastimáveis… Moratti está mais cada vez mais apreensivo no futebol a dar ao seu Inter. Depois do efeito dominó “Mourinho” equacionam-se várias hipóteses em Milão que passam obviamente pelo desmantelamento desta equipa. De Manchester surgem novamente os rumores que o United está disposto a pagar a clásula de rescisão do guilty-pleasure de longa data de Sir. Ferguson: o Holandês Wesley Sneijder. Se Sneijder sair para Manchester, dado que cada vez mais passa de um plano hipotético a um plano real, outros jogadores também poderão querer forçar a porta da saída…

Onde é que o Novara entra nesta história? Foi em Novara que terminou o ciclo experimental do Inter com Gianpiero Gasperini e começou o ciclo interino de Claudio Ranieri. Se Gasperini saiu vergado de Novara, a modesta equipa de Emiliano Mondico, que diga-se a bem da verdade “está mais para a 2ª liga” do que para a manutenção (está em último com 16 pontos) veio a Giuseppe Meazza repetir a gracinha.

Com Ranieri, o Inter conseguiu recuperar algum do gap pontual que tinha para os da frente. Quando a coisa começou a encarreirar e se começou a hipotetizar que o Inter teria algumas probabilidades de se colar aos da frente, Miccoli desfez os sonhos interistas com um fabuloso Hat-trick em Milão e o Novara acabou com qualquer sonho que ainda restasse. Resta apenas fazer a melhor figura na liga dos campeões, visto que o Inter muito dificilmente conseguirá mais do que um lugar na Liga Europa da próxima época.

O Inter fez o que podia para evitar a derrota. No entanto, lá na frente nem com Pazzini, Forlan e Milito em simultâneo se conseguiu mais do que a derrota. Andrea Caracciolo fica como o herói da partida para o Novara, aproveitando uma das poucas investidas da sua equipa na área do Inter.

Outros jogos:

Lazio 3-2 Cesena – A Lazio de Edy Reja lá anda nos píncaros. Às vezes sem se saber como. Contra o Cesena, dois históricos da Liga (Mutu e Iaquinta) deram vantagem ao seu clube na partida. Na 2ª parte, os laziale conseguiram virar o resultado em 10 minutos por intermédio de Hernanes, Lulic e Kozak. O Cesena está em maus lençois…

Napoli 2-0 Chievo – Golos de Britos e Cavani deram nova alma ao Napoli na luta pela europa. Hamsik e Cavani tem descido de rendimento. Seria difícil manter o mesmo rendimento quando ao lado se têm propostas mais tentadoras…

Siena 1-0 Roma – Luis Enrique deu mais um tiro na sorte em Siena. Tirar Totti aos 59″ quando este era o motor da equipa para colocar Osvaldo não deu bom resultado nem emendou o que Calaió descompôs aos 51. A UEFA não está longe; os romanos é que não conseguem capitalizar deslizes adversários…

Liga dos Campeões:

Boa resposta ao desaire de Pamplona no Bay Arena em Leverkusen. Passagem para os quartos-de-final garantida sem problemas de maior. O Leverkusen ainda ameaçou querer mais do que o empate com o golo de Kadlek, mas rapidamente o Barça impôs a sua ordem natural. Aplausos para o crescente instinto de Alexis.

Nada mudou de Dezembro para ontem. O APOEL continua a ser aquela equipa de baixo rendimento que incomoda as grandes do futebol europeu. Lacazette brilhou com a ligeira ajundinha do defesa cipriota. O Lyon venceu mas a elimiantória poderá ter outros contornos em Nicósia não fosse o APOEL capaz de surpreender como já surpreendeu frente a Zenit e Porto.

Liga Europa:

Balde de água fria no Axa com sabor lusitano. O Braga está praticamente fora da Liga Europa e para isso muito contribuíram Manuel Fernandes e Simão numa equipa semi-portuguesa orientada por Carvalhal. Quim ficou muito mal na fotografia o primeiro golo dos turcos em Braga.

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faltas de carácter

Especula-se que um dos motivos da demissão de Domingos Paciência foi os acelerados contactos mantidos com dirigentes do FC Porto nas últimas semanas.

A confirmarem-se tais suspeitas:

1. Domingos Paciência desilude pelo desrespeito que manteve durante essas semanas com a sua entidade patronal, com os seus jogadores e com os sócios da sua entidade patronal.

2. O Sporting não deverá pagar um cêntimo a Domingos Paciência pela rescisão de contrato.

3. O Sporting deverá efectivamente fazer queixa do FC Porto à FIFA e levar essa queixa até às últimas consequências, inclusive tribunais civis.

4. O FC Porto tem vindo a actuar desta forma em vários casos. As contratações de Falcão, Paulo Assunção, Kléber, João Moutinho e André Villas-Boas e quem sabe Eder são exemplo de um modus operandi praticado pelos dirigentes portistas: aliciar o jogador\treinador, não importando a existência pré-acordos ou mesmo contratos dos outros clubes com os “agentes”.

Falcão tinha tudo para assinar pelo Benfica e o Porto roubou-o ao clube da luz através de um aliciamento ao empresário do jogador.

Paulo Assunção tinha um pré-acordo com o Sporting mas Rui Alves decidiu quebrar o acordo com o clube leonino e vendê-lo ao Porto.

Kléber foi suspeito de ter sido aliciado pela SAD Portista para pedir à direcção maritimista para o transferir para o FCP, num decidendo em que o Atlético Mineiro (detentor de metade do passe) tinha um pré-acordo com o Porto e o Marítimo não o queria vender ao clube portista pelas razões acima expostas. Em Janeiro, o Sporting fez uma proposta mais vantajosa que a do Porto pelo passe do jogador aos dois clubes, o jogador foi autorizado a negociar o seu contrato com o Sporting tendo efectivamente chegado a acordo com o Sporting, mas o Atlético Mineiro vetou a transferência do jogador.

O caso João Moutinho tem pormenores ainda mais escandalosos. O empresário do jogador Pini Zahavi e o jogador encontraram-se com elementos da SAD portista no verão de 2010 no Porto à revelia do Sporting. Pinto da Costa elogiou várias vezes Moutinho como um jogador à Porto. Com a ajuda de Carlos Queiroz enquanto seleccionador, Moutinho não foi convocado para o Europeu, o que, definitivamente fez baixar o seu valor no mercado. Moutinho apareceu na pré-época do Sporting e logo no primeiro dia fez questão de entrar pelo treino dos seus colegas e dizer alto e bom som que não queria treinar, pedindo à SAD que “o vendesse para o Porto” – Bettencourt assim o fez.

André Villas-Boas tinha um pré-acordo com o Sporting, mas à última da hora decidiu assinar pelo Porto.

Eder? Moldes semelhantes ao esquema Moutinho.

5. A própria Liga de Clubes deveria começar a investigar estes abusos por parte da entidade Futebol Clube do Porto.

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futeboladas

Depois de algum tempo de ausência desta rubrica neste espaço, volto a fazer uma breve análise a alguns jogos do fim-de-semana e a algumas equipas dos principais campeonatos futebolísticos europeus, começando pela Premier League:

Big Sunday na Premier League. Num curto espaço de 3 horas, 3 jogos importantíssimos entre equipas que lutam pelo título: Manchester City vs Tottenham no City of Manchester e Arsenal vs Manchester United no Emirates, tendo as equipas de Manchester vencido os jogos e os citizens reforçado a liderança na tabela classificativa.

Começando pelo primeiro jogo.

A imagem acima postada está a gerar polémica em Inglaterra. Nos minutos finais do jogo contra o Tottenham, Mario Balotelli pisou deliberadamente a cabeça de Scott Parker, abrindo uma ferida no internacional inglês. O árbitro da partida decidiu não intervir disciplinarmente. Minutos mais tarde, seria Balotelli a cair na área do Tottenham derrubado por Ledley King e a converter a respectiva grande penalidade que deu a vitória aos homens de Roberto Mancini.

Vamos ao jogo em si.

Manchester City e Tottenham chegam ao City de Manchester bem próximos na tabela classificativa. O City em primeiro, o Tottenham a 5 pontos. Duas equipas fenomenais, a praticar dois modelos de jogo bem distintos mas bonitos e duas equipas que poucas derrotas concederam esta época (o City tinha 2, o Tottenham no fim do jogo passou a somar 4, sendo que esta foi a 2ª derrota em 19 partidas).

Depois de uma primeira parte um pouco mal jogada, onde as equipas guardaram um respeito mútuo entre si, a 2ª parte prometeu um dos melhores momentos da Premier League deste ano com 4 golos em 8 minutos: primeiro os Citizens com dois golos sem resposta (Aguero e Lescott), depois os Spurs com dois golos de rajada para empatar a partida (um de Jermaine Defoe num lance em que o central Sérvio Savic cometeu uma enorme gaffe e outro do brilhante Gareth Bale).

De seguida, acontece o tal lance em que Balotelli deveria ter sido expulso. E espero bem que a FA veja as imagens televisivas e decida castigar o italiano por alguns jogos. Nos minutos finais, o Tottenham voltou-se a queixar da falta de sorte, que por exemplo já tinha feito com que a equipa não vencesse o jogo com o Chelsea em casa em Dezembro e se tivesse deixado empatar nos últimos minutos das partidas contra Swansea e West Bromwich Albion: num 2 para 1, Gareth Bale galgou pela esquerda, entrou na área e ofereceu o golo a um Jermaine Defoe que chegou atrasado à boca da baliza para emendar e acabou por atirar centimetros ao lado da baliza de Joe Hart. Como quem não marca sofre e que não é expulso aparece, Balotelli haveria de sofrer uma grande penalidade justa após tesoura de King na área e como tal, haveria de colocar o resultado final em 3-2 para a sua equipa.

O City aumentou a vantagem para os Spurs para 8 pontos. A equipa de Harry Redknapp voltou a mostrar o porquê de estar este ano a lutar pelo título de Inglaterra e actuou de forma muito personalizada e atrevida na casa do City. Mais um deslize nas próximas jornadas poderá significar o fim da Linha para os Spurs nesta aventura.

Na 1ª volta, lá para os finais de Agosto falávamos sobre a derrota do Arsenal em Old-Trafford por escandalosos 8-2.

Alguns meses passaram. O Manchester United de Sir. Alex Ferguson não conseguiu ultrapassar algumas lacunas evidenciadas em certas posições específicas da equipa, o Manchester está a fazer um bom pecúlio interno mas a época já ficou manchada pela eliminação precoce do finalista da época passada da Liga dos Campeões da prova. A equipa provou com o decorrer da época que não era a máquina de fazer golos que toda a gente pensava no início da mesma e provou ter debilidades normais da adaptação a um novo ciclo que se vira com saídas e entradas de jogadores.

Ferguson chegou ao ponto de convencer o regresso de Paul Scholes ao activos 6 meses após o internacional inglês ter decidido pendurar as botas, pedido que foi aceite pelo jogador e que já está a dar frutos na equipa de Manchester.

Já o Arsenal de Wenger começou mal, mas lentamento Wenger conseguiu alinhar os peões de forma a salvar o mau início de época. O Arsenal ainda não tem uma equipa formatada ao estilo do técnico francês mas este começa a ter bastante matéria prima de qualidade para voltar a lutar pelo título nas próximas épocas. Os exemplos disso são Ramsey, Wilshere, Coquelin, Oxlade-Chamberlain, Frimpong, Ignasi Miquel, Per Mertesacker, Thomas Vermaelen, Alex Song, Theo Walcott, Park-Chu Young, entre outros…

Do jogo de ontem duas notas: a preponderância de Ryan Giggs na equipa de Manchester e a fantástica assistência para o primeiro golo de António Valência e do outro lado, a assistência de Oxlade-Chamberlain para Robin Van Persie no golo do “empate” do Arsenal.

O United continua a peugada pelo título enquanto o Arsenal não conseguiu sair da 5ª posição.

Outras partidas:

Norwich 0-0 Chelsea – Mais um jogo horrível da equipa de Villas-Boas, mais um jogo em que Fernando Torres ficou em branco. Os Blues não conseguiram aproveitar da melhor maneira o deslize do Tottenham e continuam longe dos lugares cimeiros.

Fulham 5-2 Newcastle – Vale a pena ver os resumos pelo hat-trick de Clint Dempsey. O Norte-Americano está finalmente a confirmar os créditos com os quais vinha referenciado dos Estados Unidos e está a fazer a melhor época na Premier desde que chegou ao Fulham em 2006 vindo do New England Revolution. Contra o Newcastle, 3 golos na 2ª parte ajudaram à goleada contra os Magpies, que, apesar do bom arranque de campeonato estão em queda livre desde Dezembro. Ocupam neste momento a 6ª posição mas rapidamente poderão ser ultrapassados pelo Liverpool, que esta jornada também perdeu em Bolton por 3-1. A equipa de Bolton com 2 vitórias e 1 empate nos últimos 5 jogos já conseguiu sair dos lugares de linha-de-água.

Passando para Itália:

A Juventus tornou-se campeã de inverno da Liga Italiana. No final da 1ª volta os homens de Turim lideram com 41 pontos contra os 40 de Milan e 38 da Udinese.

Ontem no Atleti Azurri D´Italia em Bergamo, a Juve despachou a Atalanta por 2-0 com golos de Lichsteiner e do reforço (contratado no verão ao Empoli) Emmanuele Giacherini. Do pouco que vi do jogo, Arturo Vidal estava a fazer um grande jogo e os avançados da Juve (Matri e Vucinic) tiveram uma noite desinpirada. Só Matria à sua conta teve 4 ou 5 grandes perdidas. No entanto, Antonio Conte está de parabéns por ter trazido a Juve novamente ao topo do futebol italiano e por colocar a equipa a jogar um futebol de ataque muito agradável, flanqueado e rápido.

Ibrahimovic (2) e Robinho despacharam a dificuldade Novara e fizeram o Milan recuperar bem do desaire do fim-de-semana passado no derby milanês frente ao Inter. Relembro que nas primeiras do campeonato, o Novara tinha batido em casa o Inter por categóricos 3-1.

Mesmo com Kevin-Prince Boateng lesionado, reparem na assistência maravilhosa que Ambrosini fez para o Sueco no 1º golo do Milan. Quem diria que o caceteiro Ambrosini, depois de velho dava para isto?
O 2º golo, apesar de não ser vistoso revela um facto curioso: os 3 intervenientes na jogada tem sido preponderantes para a carreira do Milan esta época. Robinho porque a sua forma está claramente a subir, Nocerino e El Sharawy porque tem aproveitado todos os minutos de jogo que lhes são dados por Max Allegri.

Outros jogos:

Inter 2-1 Lazio – Ranieri está a repetir a dose no Inter daquilo que já tinha feito na Roma na época 2009\2010, quando pegou no comando técnico dos Romanos sucedendo na altura a Luciano Spalletti. Na altura, o treinador pegou numa equipa completamente devastada por um horroroso início de época e conseguiu levá-la a um fantástico 2º lugar, lutando taco-a-taco contra o Inter de Mourinho que se iria sagrar campeão italiano e campeão europeu nessa época.

O mesmo acontece esta época. Ranieri pegou na equipa à 4ª jornada depois do despedimento de Gasperini. Se o Inter à 4ª jornada apenas somava 1 ponto, Ranieri conseguiu somar 34 em 16 jornadas, graças a 9 vitórias, 5 empates e 2 derrotas.
Nas últimas duas jornadas, o Inter bateu o rival Milan para o campeonato e este fim-de-semana bateu a Lazio por 2-1 em San Siro com golos de Milito e Pazzini aos 44″ e 63″ respectivamente depois da Lazio ter inaugurado o marcador aos 30″ por intermédio do veteraníssimo Tommaso Rochi. O Inter ultrapassou a Lazio no 5º lugar. A Lazio tem vindo a perder muito gás nas últimas jornadas, depois de já ter ocupado a 1ª posição do campeonato em conjunto com Udinese e Juventus na 1ª volta.

Siena 1-1 Napoli – A perder o gás nas últimas jornadas também está o Napoli. Apenas uma vitória nas últimas 4 jornadas, colocam a turma Napolitana fora dos lugares europeus.

Roma 5-1 Cesena – A morder os lugares europeus está a Roma. Goleada no Olimpico por 5-1 contra o modesto Cesena (18º do campeonato com 15 pontos) com golos de Totti (2) Juan, Borini e Pjanic. Luis Enrique está lentamente a chegar aos lugares europeus e esta Roma caso embale pode não se ficar por aqui.

Totti está novamente em altas. O seleccionador Cesare Prandelli admitiu publicamente que poderá voltar a convocar o histórico capitão romano para o Euro 2012. Totti não veste a camisola da Squadra Azzurra desde o Mundial de 2006.

Liga Espanhola:

Na luta pelo primeiro lugar em Espanha, o Real Madrid goleou o Athletic de Bilbao no Bernabéu por 4-1. No entanto nem a vitória (gorda) foi obtida de forma linear, nem o resultado expressivo amainou alguns problemas internos que poderão ter emergido depois da derrota a meio da semana contra o Barcelona como o caso de Pepe e como o “bate-boca” mais azeda entre Mourinho e a dupla Sérgio Ramos\Casillas no treino de sexta-feira que a Marca noticiou hoje.

Já em Maiorca, o Real tinha sentido dificuldades e tinha começado a partida a perder. O mesmo aconteceu ontem frente aos bascos do Athletic quando Llorente inaugurou o marcador aos 13″. Depois, Marcelo, Cristiano Ronaldo (2) e Callejón marcaram os 4 golos da equipa de Mourinho que continua em primeiro lugar na Liga.

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futeboladas

Como é tradição, o futebol em Inglaterra não para nas festas.
Na sexta, sábado e no domingo disputou-se a segunda de quatro jornadas loucas na Premier League, tendo saído vencedores (ao nível pontual) o Liverpool, o Arsenal e de certa maneira o Tottenham.

Começando pelo Liverpool.

Depois de um arranque intermitente e de muitos problemas (culminados pela suspensão de Suarez cujo recurso ao castigo de 8 jogos apresentado pelos Reds à FA) a equipa de Kenny Dalglish está a acertar agulhas no campeonato e depois desta vitória re-entrou pelo menos na luta pelos lugares da Champions League. Os 11 pontos que separam os Reds de City e United continuam a ser um obstáculo enorme a uma eventual mudança de objectivos visto que continuo a considerar que os Reds não são candidatos ao título.

Contra um Newcastle moralizado por ter quebrado um ciclo de 6 jogos sem ganhar, os Reds carregaram a fundo no acelerador e a “surpresa” Craig Bellamy, a fazer a melhor época da sua carreira no regresso a Anfield deu a volta ao resultado com dois golos (29 e 69 minutos) depois de um auto-golo de Daniel Agger aos 25″. A defesa continua a ser a maior fragilidade dos homens de Anfield.

Andy Carroll, depois de mandar duas bolas aos ferros durante a partida, calou todos aqueles que o tem acusado de ser o maior flop da história do Liverpool (inclusive eu) com um golo já nos descontos.

Em Manchester, o dia que devia ser de festa pelo 70º aniversário de Sir. Alex Ferguson acabou por ser um dia que culminou o corolário de um ano que só se salvou com a conquista da Premier League.

No Old Trafford, o pobre Blackburn (vindo da última posição do campeonato mas com um empate na última jornada em Anfield Road) surpreendeu tudo e todos ao bater os Red Devils por 3-2. O Nigeriano Yakubu (é impressão minha ou ele está um pote?) bisou e continua a sair da casca: já leva 12 golos na Premier este ano. O United respondeu com dois golos de Berbatov e quando se esperava que a equipa de Sir. Alex Ferguson desse a volta ao marcador, Grant Hanley aproveitou um soco no ar de Di Gea (mais um!) num canto para marcar um golo às três tabelas.

Mesmo com um rendimento muito intermitente, o United partilha a liderança com o City (perdeu em Sunderland) e no meio de tanta azelhice continua a ter um lugar privilegiado para atacar o título. No entanto, urge que o mês de Janeiro traga caras novas a Old-Trafford. Na minha opinião, o United precisa de se reforçar com um defesa direito, um central, um trinco, um nº10 e um extremo e deveria dispensar jogadores como Johnny Evans, Rio Ferdinand, Phil Jones (continuo a não compreender como é que o United pagou 22 milhões por Phil Jones) Darren Fletcher, Michael Carrick, Antonio Valência e Dimitar Berbatov. Luka Modric e Wesley Sneijder voltam a ser falados como targets dos Red Devils para Janeiro, mas tanto Inter como Tottenham já vieram negar disponibilidade para negociar os atletas.

A Coreia do Sul está muito orgulhosa do seu novo delfim no futebol: Ji Dong Won. O Coreano de 20 anos que os Black Cats foram buscar ao modesto Chunnam Dragons da Coreia do Sul saltou do banco aos 78 minutos quando o City carregava para vencer o jogo e em cima do minuto 90 marcou o golo da vitória para a equipa de Martin O´Neill, fazendo o seu 2º na Premier.

O City de Mancini continua a demonstrar uma fase de menor fulgou ofensivo que tem sido culminada com alguns desaires nas últimas jornadas. Num jogo de várias incidências: Bendtner falhou isolado na cara de Joe Hart aos 12″, e por outro lado, Dzeko enviou uma bola à barra ainda na primeira parte, coube ao Coreano selar o desfecho trágico para os Citizens já em cima da hora.
Na 2ª parte, Mancini meteu toda a carne no assador e colocou David Silva e Kun Aguero em campo. Sem resultados práticos.

Outros jogos:

Arsenal 1-0 QPR – A turma de Wenger cresce de jogo para jogo e re-entrou na luta pelo título. 9 pontos separam os Gunners da dupla de Manchester depois de um jogo fácil para a turma de Londres num derby contra o Queens Park Rangers decidido com um golo do inevitável Robin Van Persie.

Swansea 1-1 Tottenham – Podia ter sido melhor para a turma de Harry Redknapp. Recuperam 1 ponto para os líderes e estão a apenas 6 de City e United com uma partida a menos, relativa à 1ª jornada contra o Everton que se irá disputar no dia 11 e que pode levar os Spurs às portas da liderança (poderão ficar a 3 pontos caso tudo se mantenha invariável até lá na tabela classificativa).
O Tottenham demorou mais uma vez a encaixar no jogo e só conseguiu chegar ao golo já perto do Intervalo com um golo de Van der Vaart. Na 2ª parte, o Swansea carregou à procura do empate e mereceu-o. Scott Sinclair coroou uma grande exibição com um golo aos 84″ depois de vários avisos feitos pelos Swans (cisnes) à baliza de Brad Friedel e de uma postura muito defensiva dos Spurs na 2ª parte. Kyle Walker continua a confirmar-se como a revelação da Premier League e perante uma dada indecisão de laterais direitos na Old Albion (apenas Micah Richards terá lugar para já na convocatória de Capello para o Europeu) poderá ser uma alternativa viável para o seleccionador.

Aston Villa 1-3 Chelsea – Uma lástima para os Blues. O cerco a Villas-Boas volta a apertar-se.

1. 4 jogos sem vencer voltam a afastar os Blues da luta pelo título. No jogo contra o Aston Villa, o futebol exibido pelos Blues voltou a demonstrar muita incipiência e muito esgotamento por parte dos consagrados de Stamford Bridge para alterar o rumo da equipa. Lampard fez um jogo para esquecer dando um golo de bandeja aos Villains e David Luiz estava mal posicionado em todos os golos da turma de Birmingham. O defesa central brasileiro continua transferível no mercado de Janeiro.

2. A relação entre AVB e os jogadores parece ter-se agudizado nos últimos dias depois do técnico português ter negado a presença a Nicolas Anelka (transfere-se precisamente para a China) no tradicional jantar de natal do plantel londrino, facto que revoltou os jogadores e que obrigou inclusive à realização de uma festa paralela num clube privado para que Anelka participasse. Um dos problemas desta equipa pode explicar-se por esta óptima: a tensão crescente dos jogadores aos métodos do treinador português. A jornada de hoje será decisiva para AVB e a demissão em caso de derrota pode ser uma realidade que terá que se por em cima da mesa.

Stoke City 2-2 Wigan – O Wigan activou o marcador aos 45″ por intermédio do extremo nigeriano Victor Moses. O Stoke, a jogar em casa, aproveitou a expulsão de Gary Caldwell e o respectivo penalty assinalado para empatar a partida aos 77″ por intermédio do gigante Walters. O Stoke carregou e chegaria à vantagem 7 minutos depois por intermédio de Cameron Jerome. Quando tudo parecia decidido, o Wigan de Roberto Martinez, a jogar com 10 chegou ao empate 3 minutos depois por intermédio de Ben Watson. O Stoke continua a confirmar uma época tranquila: é 8º com 26 pontos, longe da turbulência da linha de água onde se encontra o Wigan com 15 pontos, mais um que Blackburn e dois que Bolton e com menos dois que Wolverhampton e QPR.

Hoje e amanhã teremos mais uma jornada da Premier.

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Post-Christmas III (futeboladas)

Em Inglaterra, o boxing day.

Boxing Day azedo para Villas-Boas e fellas…

Com Orlando Sá no 11 titular do Fulham, a equipa de Villas-Boas somou o terceiro empate consecutivo na Premier, não aproveitou o deslize do Manchester City e ainda perdeu pontos para o United (está a 11 pontos da liderança partilhada das equipas de Manchester) e para o Arsenal e Tottenham na luta pelos lugares da Champions.

A bom da verdade, o azar que o Chelsea teve nos minutos finais (várias oportunidades de golo) foi a sorte que teve em White Hart Lane na semana passada nos minutos finais quando Adebayor e Bale tiveram oportunidade de dar a vitória aos Spurs contra os Blues.

Numa altura em que Fernando Torres é muito criticado em Inglaterra por falta de empenho e de ambição e é dado como transferível pela imprensa (já se falou do interesse do Málaga em pagar cerca de 25 milhões pelo internacional espanhol) a exibição do espanhol foi mais uma vez algo de inacreditável. Não parece o mesmo jogador que nos encantou ao serviço do Liverpool e creio que Torres está neste momento a visionar o fim da linha na Premier League…

Do lado do Fulham, excelente exibição do Costa-Riquenho Bryan Ruiz. Levou na sua onda Ashley Cole quantas vezes quis e é dele que sai a portentosa jogada para o golo da sua equipa. Duvido muito que permaneça na próxima época em Craven Cottage. Moussa Dembele é outro jogador que não tardará a envergar a camisola de um grande europeu.

Verdadeiro Boxing Day para Sir Alex Ferguson.

Mesmo a jogar mal (muito mal) o seu Man United vai conseguindo levar a água ao seu moínho. Se o United sem deslumbrar consegue chegar ao fim do ano em igualdade pontual com o City (a jogar muito bem), tal faz do United o principal candidato ao título pois creio que as coisas a partir deste estádio de desenvolvimento só podem melhorar.

Outras partidas:

Liverpool 1-1 Blackburn – Nem ao último os Reds conseguem ganhar. É uma equipa que só dá Luis Suarez, Luis Suarez e Luis Suarez e Luis Suarez, arrisca-se a deixar orfã esta equipa e os 8 jogos sem Suarez fazem com que Dalglish volte a não cumprir a meta dos lugares uefeiros, isto é, se não for despedido antes do final da época, coisa que já deveria ter acontecido num clube com a dimensão do Liverpool e com o que o Liverpool gastou em reforços neste ano de 2011.

Charlie Adam é claramente uma das piores contratações da história do Liverpool e nem 3 Charlie Adam´s fazem um Meireles.E a 2ª é obviamente Andy Carroll – da mudança de Newcastle para Anfield Road, o avançado parece que desaprendeu a marcar golos. Aliás, é caricata até a noção de que Carroll está a padecer do mesmo problema de Fernando Torres no Chelsea, jogador que o antecedeu na dianteira do Liverpool e cuja venda possibilitou a sua contratação aos magpies.

Norwich 0-2 Tottenham – Descanso de boxing day tranquilo para Harry Redknapp. A equipa demorou a acertar no jogo mas quando acertou (Gareth Bale) fechou a contagem, não deu esboço de resposta aos yellows de Norwich e posicionou-se a 7 pontos da liderança quando ainda tem um jogo em atraso. Fim de 2011 em cheio para a turma de White Hart Lane.

Arsenal 1-1 Wolverhampton – Van Persie salvou o pior. Uma equipa em construção que vai melhorando de jogo para jogo. Se não venderem Van Persie no verão e reforçarem-se com um bom trinco e com outro bom extremo são equipa para ambicionar algo mais que o 4º\5º lugar.

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futeboladas

Premier League:

United, Chelsea e Arsenal foram os grandes vencedores da jornada. Se a turma de Wenger venceu o Everton no Emirates por 1-0 com mais um golo de Robin Van Persie e re-entrou na luta pelo título (dista 9 pontos para o City), a equipa comandada por Sir. Alex Ferguson recuperou muito bem da eliminação precoce da Liga dos Campeões com uma goleada caseira contra o Wolverhampton de Mick McCarthy. Nani e Rooney partiram a defesa dos Wolves e puseram o United com o City à vista.

O Tottenham tinha uma oportunidade de ouro (dado o confronto entre Chelsea e City) para reduzir a diferença para o primeiro da tabela ou para ganhar pontos aos Blues na consolidação de um lugar que lhe garanta o apuramento para a Liga dos Campeões da próxima época. Os Spurs voltaram a denotar alguns dos problemas que tem sido vistos nas últimas épocas: fazem excelentes jogos contra as equipas grandes e até conseguem vencer, mas, perdem demasiados pontos em campos onde nunca os deveriam perder. Não querendo diminuir de forma alguma o potencial do Stoke e a carga mítica que o Britannia Row representa para o clube (o Stoke em casa tem 8 vitorias, 4 empates e 3 derrotas em todas as competições) o Tottenham teve tudo para vencer esta partida.

A primeira parte foi lastimável para a equipa orientada por Harry Redknapp. Pode-se efectivamente dizer que os Spurs deram 45 minutos de avanço à equipa de Tony Pulis, materializados com dois golos de Matthew Etherington. Na 2ª parte, a equipa londrina acordou tarde e ainda conseguiu reduzir por intermédio de um penalty convertido pelo Togolês Emmanuel Adebayor depois de uma falta sofrida pelo Croata Luka Modric. Até ao final, seria um autêntico massacre dos Spurs que a bom da verdade deveria ter dado em vitória. Pelo meio, e como as más arbitragens não se verificam apenas em Portugal, a grande estrela da partida haveria de ser o árbitro internacional da FIFA Chris Foy ao não assinalar duas grandes penalidades a favor do Tottenham por braço na bola por parte de defesas do Stoke e um golo mal anulado a Adebayor.

A derrota do Tottenham ameniza-se com a derrota do City mas, os Spurs foram ultrapassados na tabela pelo Chelsea e viram aumentar a distãncia para o Manchester United.

Clássico escaldante no Stamford Bridge. André Villas-Boas conseguiu minorar alguns dos prejuízos pontuais em relação ao City com uma vitória justíssima frente ao City de Mancini. Lampard voltou fazer uma exibição ao nível dos seus melhores anos, e para mim foi uma das figuras do jogo em conjunto com Didier Drogba e Daniel Sturridge. Num cenário de eventual renovação de plantel em Janeiro, o internacional inglês está a aproveitar todas as oportunidades que AVB lhe tem garantido e o costa-marfinense surge rejuvenescido nos últimos jogos.

Tudo isto no dia em que Nicolas Anelka assinou com o Shanghai Shenshuan da Liga Chinesa a troco de 7,5 milhões de euros para os cofres londrinos e num momento em que a imprensa britânica avança que o próximo que poderá embarcar para uma aventura chinesa poderá ser Didier Drogba. Outras notícias tem afirmado que Roman Abrahamovic e André Villas-Boas acordaram em renovar o plantel dos blues no mercado de inverno, podendo adicionar jogadores como João Moutinho, Álvaro Pereira, Edinson Cavani, Marek Hamsik ou Loic Remy através da venda de activos do actual plantel (Didier Drogba, Florent Malouda, John Obi Mikel, Fernando Torres e David Luiz) ou da dispensa de outros para fins de alívio da folha salarial dos blues (Lampard e Michael Essien).

Exceptuando o jogo contra o United, o City de Mancini continua a demonstrar alguma fragilidade nos jogos a doer. Mario Balotelli inaugurou o marcador aos 2″ e Meireles empatou num daqueles golos “à Meireles” aos 34. Na 2ª parte, perante o maior esforço dos blues, Joleon Lescott foi demasiado infantil e deu a vitória de mão beijada aos londrinos.

La Liga:

Em Sevilla, o Valência não aproveitou o deslize do Real Madrid no super clássico, perdendo por 2-1 contra o Bétis. Ironicamente, todos os Portugueses que actuam nestas duas equipas estão castigados: Miguel e Ricardo Costa voltaram a não ser convocados no Valência por problemas disciplinares sobre alçada de Unai Emery; Nélson também não foi convocado no Bétis devido a castigo interno motivado por alegados comentários que o Português terá tecido aos seus antigos colegas no Osasuna acerca da táctica usada pela sua equipa no jogo que opôs as duas equipas.

O Valência continua a 7 pontos da liderança, partilhada por Barça e Real com 37 pontos (os merengues tem menos um jogo).

Vida complicada para o Zaragoza de Roberto, Hélder Postiga e Ruben Micael. Mais uma derrota caseira, desta feita contra o Mallorca por 1-0. A equipa de Javier Aguirre continua na última posição do campeonato e o mexicano começa a ter o lugar em risco.

O Corneliá-El Prat engalanou-se para ver o Espanyol dar uma lição de futebol no Atlético de Madrid. Em 20 minutos, a equipa comandada pelo argentino Maurício Pocchettino e com o Português Rui Fonte como titular, conseguiu chegar a uma vantagem de 3-0 com golos de Juan Verdú (2) e Romaric. O primeiro golo, autoria do médio ofensivo espanhol causa-me alguma estranheza pelo efeito. Fica a dúvida se a bola vai com efeito ou se o guarda-redes Belga Thibault Courtois foi realmente mal batido.

Falcao ainda reduziu aos 32″ para os madrilenos num daqueles golos à Falcao. Confesso que me mete muita pena ver o colombiano nesta equipa. Não que o Atlético não tenha bons jogadores porque os tem, mas pela qualidade que o internacional Colombiano tem e pela falta de ambição e qualidade que é demonstrada pelo treinador Gregório Manzano.

Outra das debilidades que tenho denotado neste Atlético prende-se pela enorme agressividade que a equipa coloca defensivamente. De todos os jogos que vi do Atlético, esta equipa consegue ser de extremos ao ponto de dar cacete como se não houvesse amanhã e depois sofrer golos da forma mais patética possível.

Na 2ª parte, Sérgio Garcia para o Espanyol e Arda Turan para o Atlético puseram o resultado final em 4-2. O Atlético continua no modesto 10º lugar com 19 pontos enquanto o Espanyol assume-se novamente como candidato às provas da UEFA. A equipa de Barcelona ocupa a 8ª posição com 20 pontos.

Serie A

Jogo emocionante em Roma para fechar a 12ª jornada. Jogo de parada e resposta entre duas equipas com objectivos distintos: a Juventus tentava voltar ao 1º lugar do campeonato depois da vitória da Udinese enquanto a Roma precisava urgentemente de vencer a Juventus para voltar a entrar na luta pelo scudetto. Com o empate, a Roma de Luis Enrique fica mais longe desse objectivo e o actual 9º lugar com 18 pontos também não se constitui como uma boa plataforma para se lançar um ataque aos lugares europeus, principalmente a um lugar que garanta a Champions na próxima temporada.

António Conte, treinador da Juve, optou por lançar nesta partida jogadores como os Chilenos Estigarribia e Arturo Vidal e prescindiu de outros como Quagliarella e Eljero Elia (entraram na 2ª parte) e Alessandro Del Piero (não saiu do banco). Não se deu bem nem mal com a estratégia mais defensiva que adoptou. Danielle Di Rossi haveria de inaugurar o marcador aos 6″ e Giorgio Chiellini haveria de empatar a partida aos 61″ numa partida onde os dois guarda-redes (Stekelenburg e Buffon) tiveram alguns momentos para brilhar.

O Inter de Ranieri deu um pontapé no insucesso interno. Giampaolo Pazzini e Yuto Nagatomo foram os autores dos golos frente à Fiorentina no Meazza.

O Inter ascendeu à 11ª posição da tabela com 17 pontos; a Fiorentina continua no 15º lugar com 16 pontos e dado o insucesso da equipa nestas últimas duas temporadas e a não participação do clube nas competições europeias desta temporada, Delio Rossi pode perder jogadores em janeiro como Stevan Jovetic, Juan Vargas, Adem Ljajic, Ricardo Montolivo (fala-se do interesse do Chelsea e a Fiorentina poderá ter que o libertar dado que o médio só tem contrato até Junho de 2012) ou Alberto Gilardino, jogador que está a ser associado nos últimos dias ao Inter.

No Renato Dall´Ara o Bolonha complicou ainda mais a vida ao Milan que também aspirava ao 1º lugar da tabela. O empate sofrido dos milaneses comprometeu essa ambição.

Francesco Guidolin é a esta altura um treinador realizado. A sua Udinese ultrapassou a saída de Alexis Sanchez para o Barcelona e ao contrário do que muitos previam continua a ser a equipa sensação do campeonato italiano. Muito às custas do “eterno” Antonio DiNatale, jogador que aos 34 anos continua a marcar golos como ninguém e pode-se preparar para vencer mais uma vez o prémio de melhor marcador da Serie A.

Neste fim-de-semana a vítima foi o Chievo Verona, equipa que até tem estado a fazer um campeonato regular, com golos do internacional italiano e do Sérvio Dusan Basta. Alberto Palloschi reduziu para a equipa de Verona.

A Udinese lidera em conjunto com a Juventus.

Quem também aproveitou o resultado de ontem da Juve foi a Lazio. Os Romanos, na jornada que antecede a recepção de amanhã ao Sporting para a Liga Europa (jogo importante para a manutenção dos Romanos na prova) bateram o Lecce por 2-3 e voltaram a confirmar que equipa que não joga nada mas tem Miroslav Klose arrisca-se a ganhar qualquer coisita. Continuo a não crer que a Lazio consiga ir para o scudetto, mas arrisca-se seriamente a conseguir a Champions para a próxima época.

O Alemão marcou o 8º golo na Serie A.

Bundesliga

Tarde de festa no Weserstadium em Bremen com a vitória da equipa local por 4-1 frente ao Wolfsburg de Magath. A equipa da casa aproximou-se dos primeiros lugares e conseguiu reduzir a diferença para o 2º (Dortmund) e para o 4º (Borussia de Moenchagladbach) que perderam pontos esta jornada.

A equipa de Magath continua em lugares perigosos.

Em grande forma está Lukas Podolski. O internacional alemão já leva 13 golos nesta bundesliga e torna-se assim mais uma opção para Joachim Low para o Europeu e um alvo apetecível para os grandes clubes europeus dado que para além dos seus tenros 26 anos, também poderá ser inscrito nas competições europeias.
Podolski marcou 2 dos 4 golos da vitória do Colónia de Petit contra o Freiburg.

E Podolski não é o melhor marcador da Liga Alemã porque há um Mario Gomez fora-de-série nesta época. O Sr. Mannschaft voltou a decidir para o Bayern com 2 remates certeiros em resposta ao golo madrugador de Gentner para o Estugarda logo aos 6″ da partida. Dois golos à ponta de lança que perfizeram o número 15 na conta pessoal do titular da selecção alemã.

O Bayern aproveitou para cimentar em 3 pontos a diferença para Dortmund (empatou em casa contra o Kaiserslautern num jogo em que Jurgen Klopp apenas colocou Gotze e Perisic na 2ª parte) e para o Schalke que com a vitória em Berlim frente ao Hertha por 2-1 se colou na 2ª posição do campeonato.

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