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clássicos (de fim de noite)

Um hino ao futebol! Camp Nou, quartos-de-final da Copa do Rei 1996\1997. Eu vi este jogo em directo na TVI. Graças à minha mãe que me deixou ficar acordado até às 11 da noite para poder ver até ao fim. E ainda bem que deixou visto que foi um daqueles jogos que era capaz de alegrar uma criança de 9 anos num tempo em que o futebol que vinha de fora era escasso no país.

Barça de sonho com jogadores como Vitor Baía, Busquets (2º guarda-redes; pai de Sérgio Busquets), Albert Ferrer, Pep Guardiola, Fernando Couto, Luis Figo, Giovanni (que pés magníficos tinha este brasileiro) Sergi (o melhor defesa esquerdo que alguma vez vi jogar; era uma locomotiva a fazer todo o flanco e tinha uma capacidade de cruzamento que só vi anos depois, no lado direito no Paraguaio Arce), Zubizarreta (3º guarda-redes, anos mais tarde titular da selecção espanhola quando já actuava no Valência), Robert Prosinecki (outro dotado com uns pés do outro mundo; no entanto as lesões haveriam de lhe estragar a carreira), Hagi (outro daqueles que colocava a bola onde queria), Hristo Stoichkovic, Luis Enrique, Guillermo Amor, Miguel Angel Nadal (tio do tenista Rafa Nadal), Albert Celades, Abelardo, Pizzi e Jordi Cruyjff (que não deu nada), Ivan De La Peña e a estrela da companhia, Ronaldo O Fenómeno. Indiscutivelmente um dos melhores planteis de sempre da história do futebol.

Atlético de Madrid na ressaca do furacão futre mas no expoente da era Gil y Gil. Uma equipa que lutava pelo título e ombreava taco-a-taco com as duas superpotências do futebol espanhol. Jogadores como José Molina, Santi (um defesa central que passou praticamente despercebido aquela geração mas que ainda chegou a ser convocado para a Roja), Geli (um central muito forte fisicamente), Vizcaíno, Pantic, Diego Simeone (que saudades de o ver jogar!!) Aguilera e Caminero (a dupla de médios ofensivos da selecção espanhola de então), Bejbl, Quinton Fortune (antes de Manchester), Biagini, Ezquerro (extremo da selecção espanhola), Esnaider (anos depois seria contratado pelo Porto não tendo grande sucesso na sua passagem pelo clube da Invicta) e Kiko, anos a fio o colega de ataque de Raúl ou Morientes na Roja. No banco, Radomir Antic.

Meia-hora de terror para Couto e Baía. O Barça perdia por 4-0 e sofria uma humilhação frente ao Atlético. Baía tinha sido contratado por 5 milhões de euros (1 milhão de contos!!) ao Porto, sendo na altura o guarda-redes mais caro da história do futebol. Metia água por todos os lados a cada vez que a bola cercava a sua área. Dá-me uma nostalgia ao ver estas imagens. Nessa meia hora, Kiko e Pantic fizeram o que quiseram de Couto e Nadal. Na 2ª parte, foi o que foi. Não tenho palavras para descrever o rolo compressor da equipa orientada por Sir Bobby Robson (com Mourinho como adjunto) com De La Pena, Sergi, Figo e Ronaldo a encetar a reviravolta. Para ver e rever. Ainda bem que o youtube ainda tem destas reliquias. São património da humanidade.

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pelos futebóis europeus

Thiago Silva e Zlatan Ibrahimovic mudam-se de armas e bagagens para o futebol francês. Os dois jogadores do Milan assinaram com o PSG a troco de 62 milhões de euros, sendo que o sueco será o jogador mais bem pago do futebol mundial com um ordenado a rondar os 15 milhões de euros anuais. Sim, mais do que aquilo que recebe Cristiano Ronaldo, Lionel Messi, Wayne Rooney, Xavi, Xabi Alonso, Andrea Pirlo ou Andrés Iniesta. Não, não quero com isto dizer que o Sueco não mereça cada cêntimo daquilo que irá receber (porque o merece; considero Ibra o mais completo avançado que vi jogar) mas, não obstante disso, quero efectivamente dizer que o salário que o sueco irá auferir, deve ser considerado um ataque declarado à pobreza que se vai acentuando na europa, um acto desleal perante as possibilidades financeiras de outros clubes europeus e um ataque expresso a exemplos de gestão saudável que se praticam em outros clubes do futebol europeu, controlada e limitada pelas possibilidades financeiras a que os clubes podem subscrever.

Depois de perdido o título para o modesto (mas gigante na época passada) Montpellier, os vice-campeões franceses (que já contavam com estrelas no seu plantel como Thiago Motta, Mamadou Sakho ou Javier Pastore) já investiram cerca de 120 milhões de euros em jogadores como Maxwell, Thiago Silva, Ibra ou Ezequiel Lavezzi, prometendo não ficar por aqui visto que ainda tem outros jogadores debaixo de olho como Fábio Coentrão, Óscar Cardozo e Robin Van Persie.

O PSG assim como a Juventus (já contratou jogadores como Lúcio, Mauricio Isla, Paul Pogba, Nicola Leali, Simone Padoin, Kwadwo Asamoah e também tem de olho outros como Cavani ou Van Persie) foram os clubes mais gastadores deste mercado, mercado que segundo a UEFA estará vincado pelo facto de ser o último antes da imposição de uma regra que duvido que possa ser cumprida pelos clubes mais ricos do mundo: o fairplay financeiro, regra que vai de encontro a uma gestão mais sadia das contas dos clubes de futebol a partir da limitação dos gastos em transferências destes numa co-relação com as receitas que obtém.

Platini tem aqui o seu calcanhar de aquiles: estarão os 20 clubes mais ricos da europa interessados em seguir a sua doutrina?

Na China, e analogamente a um conhecido ditongo de Jorge Jesus, o “fairplay” financeiro não existe. Didier Drogba chegou a Xangai e foi recebido em apótese por milhares de fans Chineses. Na sua nova equipa, o Costa-Marfinense receberá 250 mil euros semanais. Mais um exemplo portanto, de quanto a ascenção de multimilionários à propriedade de clubes de futebol poderá ameaçar a espectacularidade do mesmo.

Mencionando Jorge Jesus, surgiu também hoje uma notícia que dava conta do interesse do Benfica na contratação (no passado mês de Fevereiro) do antigo adjunto de Pep Guardiola no Barcelona e actual treinador da equipa Tito Vilanova. Como se tal algum dia fosse possível, sabendo de antemão que Vilanova (mais tarde ou mais cedo) sucederia a Guardiola porque é timbre do Barcelona manter a mesma filosofia no clube durante gerações e sabendo que Vilanova sabia que o seu tempo no Barcelona estava destinado a terminar como técnico da equipa principal. Mais uma vez, o Benfica mostra-se como o agitador de mercado. Não só pelos 50 reforços possíveis que os jornais encaminham diariamente para a Luz, mas pelo folclore que gira em torno dos encarnados em cada pré-época.

Ao nível de selecções: Capello é novo seleccionador Russo.

Depois de uma pouco sucedida campanha de Dick Advocaat no euro 2012, a selecção Russa cansou-se da aposta no futebol total dos holandeses e decidiu voltar a apostar num treinador que se mostra à semelhança do pragmatismo que caracteriza o futebol russo. Capello terá como missão apurar-se para o Mundial por via de um grupo que conta como headliner a selecção Portugal. Esta revelação torna-se perigosa para os interesses portugueses na medida em que a contratação de Capello poderá ser bastante perigosa para a concretização dos nossos objectivos: o apuramento pela via directa, ou seja, pela vitória no grupo.

Todavia, Capello terá uma tarefa espinhosa pela frente. Apesar do futebol russo ter um potencial gigantesco e ter novos talentos a despontar (Dzagoev é o exemplo mais crasso) a espinha dorsal da selecção Russa está assente em jogadores cuja veterania pode começar a pesar. Caso dos irmãos Berezutski, de Sergei Ignashevich, de Anyukov, Semak, Pavlyuchenko, Andrei Arshavin, Marat Izmailov, Yuri Zhirkov ou Pavel Pogrebnyak.

Porém, Capello já foi capaz de, por duas vezes, recuperar um histórico do futebol mundial. Falo-vos obviamente do Real Madrid. E das duas vezes que o fez, acabou por sair pela porta pequena de Santiago Bernabéu. Podemos portanto esperar tudo desta Russia.

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À 6ª foi de vez

De que vale vencer a mesma equipa 5 vezes se à sexta uma derrota dá de bandeja o título à outra equipa?

Assim aconteceu em Nou Camp. De um lado, um Mourinho inteligente aplicou a receita que já tinha dado frutos nas meias-finais da Champions em 2010 em Nou Camp com o Inter e que Roberto DiMatteo limitou-se a copiar no encontro de quarta-feira em Stamford Bridge. Do outro lado, Pep Guardiola foi traído por uma equipa que batalhou muito, que criou muito mas que não foi capaz de concretizar as oportunidades, também um pouco à semelhança do que o Barça (não) fez em Londres a meio da semana.

Mourinho desenhou a táctica perfeita. Colocou a equipa num estilo ultra-defensivo, numa cópia clara do que já tinha feito 2 anos antes com o Inter na Catalunha. Em 4x5x1 desdobrável para 4x3x3, apostou num meio campo coeso formado por Alonso, Ozil e Khédira. Nas alas, Ronaldo e DiMaria tinham ordens para fechar as alas perante as intromissões ofensivas de Dani Alves, Tello, Adriano e Iniesta e para sair para o contra-ataque sempre que possível. Na frente, Benzema era o único que tinha ordens para não defender e tinha como missão fazer pressão alta aos jogadores lá de trás (Mascherano e Puyol) de modo a evitar, pressionar e complicar a construção que é feita de trás pelo Barcelona.

O ataque do Madrid resumia-se exclusivamente ao contra-ataque.

Já Pep foi traído nas suas escolhas. Muito se pode dizer sobre este Barcelona. Certo parece-me dizer que psicologicamente começa a ser difícil a Guardiola motivar os seus púpilos para vencer. O ciclo do futebol é mesmo este: quando uma equipa constituída genericamente pelos mesmos jogadores (como o Barça) vence tudo o que tem para vencer (variadas vezes em variadas competições) na última década, começa a necessitar de caras novas, de um novo ciclo.

De Mourinho já se esperava o que aconteceu em Nou Camp. Os primeiros minutos mostraram um Real retraído, defensivo, pressionante no meio campo e capaz de resolver os problemas de maior que o ataque do Barça ia causando esporadicamente para numa 2ª fase partir em velocidade para cima da defensiva do Barça, ora por Benzema ora pelas intensas arrancadas de Cristiano Ronaldo. Iniesta e Xavi tentavam construir mas Sérgio Ramos e Pepe não davam veleidades no último reduto dos madridistas. Messi andou dentro e fora do jogo. Quando esteve dentro tentou as suas incríveis jogadas pelo centro do terreno. Quando isolado na cara de Casillas não foi capaz de finalizar ao seu jeito.

E o Madrid aproveitou logo nos primeiros minutos da partida, num lance onde Victor Valdés acaba por ter culpas partilhadas com os seus centrais: o guardião do Barça saiu em falso e Khédira, embrulhado na pequena-área conseguiu (parece-me em fora-de-jogo) dar o toque desejado ao cabeceamento de Pepe.

E o Real começava a surpreender.

O Barça enervou-se com a ousadia do Real e tentou sair para o meio-campo Madridista em busca do empate. À “ausência” de Messi em certas partes do jogo, Iniesta tentou fazer de Messi e por várias vezes tentou ele furar a defesa madridista. No entanto, exceptuando as perdidas de Messi e Aléxis na 2ª parte, Casillas não teve grande trabalho durante a partida.

Na 2ª parte, um pouco mais do mesmo. O Barça carregou muito no ataque, mas no fim, o jogo dos catalães resume-se ao ditado de “muita parra e pouca uva”. O Real continuou fechadinho na defesa e assente no contra-ataque. A eficácia do Barça foi escassa. Tello teve tudo para o empate mas atirou muito por cima. Aléxis entrou e marcou com alguma sorte. Fabrègas (encostado injustamente a uma ala) e Pedro Rodriguez (entrado numa fase de desespero) foram soluções infeliz que vieram do banco catalão.

Até que Ronaldo calou o camp-nou num lance de jogador.

Mourinho e os seus jogadores geriram a vantagem com muita tranquilidade. Do banco madridista, o português colocou Granero em campo para continuar a segurar o reforçado meio-campo Catalão. Callejón entrou para segurar a bola lá na frente e Higuaín já entrou para queimar tempo em período de descontos. No campo, os que lá estavam continuaram a segurar os ímpetos do ataque catalão e pelo meio, ora Coentrão ora Ronaldo iam quebrando o ritmo de jogo do Barça com algum anti-jogo.

E Mourinho vence justamente o título.

Guardiola assumiu a derrota e deu os parabéns ao português pelo “campeonato” – o Barça atira literalmente a toalha ao chão no que diz respeito a Liga Espanhola. E deve recuperar rapidamente pois na quarta-feira terá Di Matteo e o Chelsea a praticar mais um pouco da receita Mourinho.

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futeboladas (fim-de-semana)

Começo como é habitual pela Premier League:

32ª jornada do principal escalão do futebol inglês:

Depois de uma derrota no terreno do Queens Park Rangers, um golaço na recta final da partida por intermédio do médio catalão Mikel Arteta poderá ter servido dois interesses na recta final da liga: o 3º lugar do Arsenal no fim do campeonato, lugar que garante a Champions da próxima época para o clube londrino e o fim da linha para o Manchester City no sonho do título inglês. Quem sabe, também garantirá o fim da linha para Roberto Mancini no comando técnico dos citizens, numa altura em que se diz que a board de Manchester estará disposta a tudo para convencer José Mourinho a trocar Madrid por Manchester no final desta temporada.

Dentro das 4 linhas, o futebol-arte de Wenger limpou qualquer sombra de dúvidas que pairou até aos 86″, minuto do golo de Arteta. Algo insatisfeito com a pressão que os citizens estão a fazer sobre Robin Van Persie (o holandês termina contrato com os Gunners esta temporada, ainda não renovou e já foi dado como certa uma investida por parte da direcção do Manchester para resgatar o jogador) Arsène Wenger aproveitou para lançar algumas alfinetadas ao clube de Manchester, dizendo que agora, os citizens já podem lançar mais investidas sobre jogadores do Arsenal” – o francês ironizou a situação afirmando posteriormente a seguinte afirmação: “Podemos analisar estar situação de duas maneiras. Se calhar agora eles vão querer contratar outros jogadores”.
Estas declarações surgem obviamente na sequência das compras que os homens de Manchester fizeram no clube londino. Em 3 temporadas, os Gunners viram sair para o City Emmanuel Adebayor, Kolo Touré, Samir Nasry e Gael Clichy, motivo que levou os adeptos do clube de londres a espalhar a piada que os citizens “teriam cartão de cliente no Emirates para ter descontos na compras” – recorde-se que todos os jogadores saíram por um preço inferior ao que era expectável devido ao facto do Arsenal ter sido pressionado à sua venda em derivado do facto de ambos estarem apenas com mais 1 ano de contrato.

Já Roberto Mancini reagiu à derrota afirmando que afinal “não estamos fora do título” – na semana passada, Mancini tinha afirmado no flash interview posterior ao empate contra o Sunderland que se o City perdesse no fim-de-semana, dizia adeus ao título. Com 8 pontos de diferença para o United, não me parece (mesmo que o City vença o derby) que possam ter grandes hipóteses nesta questão.

No jogo de Londres, as luzes incidiram novamente sobre Mario Balotelli. O avançado está de cabeça perdida e voltou a cometer das suas.

O 1º lance – aos 20 minutos Balotelli tem esta entrada violenta sobre Alex Song. Já sabiamos que o camaronês era um jogador algo viril. No entanto, a entrada do Italiano poderia efectivamente ter traçado um destino na sua carreira. O arbitro viu e fez de conta que não viu. Balotelli foi perdoado mas…

fez duas faltas rispidas sobre Sagna nos dois minutos que sucederam ao golo do Arsenal e foi expulso.
Quem não ficou nada agradado com este comportamento foi Roberto Mancini. No flash-interview, o técnico italiano deu a receita de Tevez a Balotelli: “I don’t have any words for his behaviour.
I hope for him he can understand he is in a bad way for his future and I really hope that he can change his behaviour in the future. He will probably not play in the next six games. He’s young and could be my son and when you are young you can make mistakes. Mario made a mistake and I hope for him – not me – that he can change.
He clearly created a big problem but he has also scored important goals for us this season. He needs to chnge his behaviour if he wants to continue to play. I have seen players like him, who have all this talent, and they are finished in two or three years.”

Mancini assumiu de facto que o problema de Balotelli não passa apenas pelo controlo das suas emoções dentro de campo e deu a entender que o italiano também causa problemas no balneário. É uma pena, acrescento eu, que um talento destes não tenha cabeça. Balotelli parece-me daqueles jogadores que daqui a 5 ou 6 anos andará a arrastar-se por clubes como o Modena ou como a Atalanta porque há de chegar o dia em que ninguém o queira.
Notícias posteriores ao jogo indicam que o City deu guia de marcha ao italiano à primeira proposta que aparecer. O Milan de Galliani já apareceu interessado no jogador.

Balotelli já pediu desculpas aos companheiros, treinador, direcção e adeptos pelo seu comportamento. Rumores em Itália dão conta da não-inserção do avançado na pré-convocatória para o europeu por parte do seleccionador Césare Prandelli. Prandelli tem medo que Balotelli vá influenciar uma espiral negativa no balneário da Squadra Azzura. Recorde-se que há algumas semanas atrás, o seleccionador italiano já tinha posto a hipótese de Balotelli não integrar a convocatória italiana por considerar que o avançado não tinha estofo para lidar com a pressão.

Quem aproveitou de imediato a derrota do City foi o Manchester United. Os comandados de Alex Ferguson tiveram uma tarde descansada, vencendo o Queens Park Rangers por 2-0 em Old-Trafford. Nani voltou à competição, algo que deu algum regozijo ao treinador escocês. Dentro de campo, o Queens Park Rangers condicionou o seu jogo logo aos 14″ por expulsão de Shaun Derry após falta dentro da área que daria a oportunidade a Wayne Rooney de inaugurar o marcador. O United controlou o jogo com o equatoriano Valência a facturar mais uma exibição portentosa. Momento da tarde foi o 2º golo dos Red Devils, apontado pelo regressado Paul Scholes, num dos seus remates típicos.

Desde o regresso de Scholes em Janeiro que se nota uma maior acalmia no United. Exceptuando os jogos frente ao Bilbao, em que o Athletic de Bielsa montou o seu “carrossel de ataque” junto à área dos ingleses, Scholes veio dar aquilo que o United da 1ª parte da época não tinha: um médio que transportasse jogo e que fosse capaz de servir de orientador a todo o ataque. Quem poderia fazer isso melhor do que o mítico Paul Scholes?

ver aqui a vitória do Chelsea sobre o Wigan por 2-1.

No rescaldo de uma noite europeia frente ao Benfica em que a equipa londrina teve mais sorte do que juízo, o Wigan veio a Stamford Bridge necessitado de pontos para fugir aos lugares de despromoção. O Chelsea, aproveitando o empate do Tottenham frente ao Sunderland, precisava de vencer para se aproximar mais do 4º lugar. Pode-se dizer que nos dias que correm, o Chelsea é uma das equipas com mais sorte no mundo: vence o Benfica injustamente e com alguma ajudinha da arbitragem nas duas mãos, apurando-se para a Champions e vence um lutador Wigan com mais uma ajudinha dos senhores de negro.

Di Matteo optou por inserir duas caras novas no onze: Michael Essièn e Ryan Bertrand à esquerda. O Wigan de Roberto Martinez esteve por cima durante todo o jogo. Martinez teve uma abordagem táctica muito curiosa: jogou com 3 centrais e com 2 alas. Curioso também foi o primeiro lance de perigo na partida a remate de meia-distância de Gary Cahill.

Na 2ª parte viriam os lances que iriam deteminar o rumo da partida: logo a começar, penalti por assinalar a favor do Wigan com uma mão na área do lateral-direito sérvio Bratislav Ivanovic. Depois, seria o sérvio a marcar o primeiro golo da partida naquele lance bizarro. O Wigan nunca desistiu e sentiu que poderia levar qualquer coisa de Londres: aos 82″ Mohammed Diamé fuzilou Petr Cech naquele poderoso remate à entrada da área.

Para o fim estava guardada a masterpièce dos falhanços da arbitragem neste jogo: apesar da bonita jogada de ataque do Chelsea e do golaço que poderia ser se Torres marcasse aquele voley, 3 jogadores do Chelsea (inclusive Mata) estavam em fora-de-jogo no lance e existe carga nítida de John Obi-Mikel sobre o guarda-redes do Wigan Al-Habsi.

Ontem, Roberto Martinez, treinador do Wigan, revelou que o chefe dos árbitros da FA Mike Riley telefonou-lhe a pedir desculpa pelos erros de arbitragem na partida. Segundo palavras do jovem técnico espanhol: “Ele disse-me que arbitrar nesta liga exige nível e, nessa medida, deviam ter acertado naquelas duas decisões. Creio que há um modo honroso de enfrentar os erros. Todos somos capazes de os cometer e tem a ver com o modo como se reage a eles” – e o que é certo é que os erros de arbitragem foram danosos para o Wigan. A bom da verdade desportiva, o Wigan poderia ter vencido por 2-1 e poderia ter dado um passo importante rumo à manutenção.

O Chelsea aproximou-se do Tottenham e o Wigan continua abaixo da linha de água.

Notícias revelam que o Chelsea já se está a mexer para se reforçar: Igor Lichnovski, jovem defesa de 19 anos do Universidad do Chile e Hernanez, internacional brasileiro da Lazio estão na lista do Chelsea. O primeiro também poderá constar das listas do Inter mas só sairá por verbas a rondar os 5 milhões de euros. Já Hernanes tem o seu passe fixado num valor entre os 22 e os 25 milhões. O brasileiro da Lázio também é desejado pela Juventus e pelo Tottenham.

Por falar em Tottenham. Os Spurs deram um passo negativo ao empatar em Sunderland a 0 bolas. A equipa de Redknapp vê assim mais longe o 3º lugar do Arsenal e terá que lutar jornada a jornada com o Chelsea pelo objectivo Champions.

Outros jogos:

Liverpool 1-1 Aston Villa – Continua a seca de vitórias e golos em Anfield. Andy Carroll foi novamente protagonista pela negativa. O avançado contratado em Janeiro de 2011 ao Newcastle por 40 milhões poderá ter guia de marcha no clube de Liverpool.

A Juventus pretende pescar em Liverpool. Ao que parece, Luis Suarez ficou magoado com a polémica que teve com Patrice Evra. Ultimamente, Kenny Dalglish tem colocado o uruguaio no banco de suplentes, algo muito estranho para aquilo que o extremo tem vindo a fazer nos Reds. Tem uma justificação: Suarez já disse que pretende sair do futebol Inglês. A Juve mostra-se interessada e pretende fazer uma proposta a rondar os 20 milhões + Milos Krasic, jogador que está insatisfeito em Turim e que tem servido de moeda de troca para algumas propostas que o clube tem feito.

Swansea 0-2 Newcastle – Os magpies continuam de olho no 5º lugar do Chelsea e no 4º do Tottenham. Papiss Cissé, ponta-de-lança senegalês contratado em Janeiro ao Freiburg da Bundesliga carimbou com 2 bons golos a vitória da equipa de Alan PardueE. Cissé já leva 9 golos em apenas 3 meses no Saint James Park. Começa a revelar-se mais um caso de sucesso na equipa do Norte e não promete ficar aqui, como aliás, já tinha dito na última crónica.

Norwich 2-2 Everton – Duas equipas descansadas ao nível classificativo proporcionaram um bom jogo de futebol. O avançado croata Jelavic é outro caso de sucesso no futebol inglês. Marcou mais 2 golos. Todavia, o Everton ficou limitado para o resto da temporada com a lesão do seu central\trinco Jack Rodwell. O atleta, que fazia parte dos planos de Stuart Pearce para o europeu já não irá marcar presença no evento em virtude de uma lesão grave.

La Liga:

Duelo intenso no La Romareda em Zaragoça. A equipa da casa (com Rúben Micael no onze; Postiga só entrou nos minutos finais) precisava de bater o pé ao Barça para obter pontos para fugir à despromoção. Já o Barça vinha de uma saborosa vitória frente ao Milan para a Liga dos Campeões e precisava de vencer para alimentar a luta pela renovação do título espanhol.

Guardiola optou por fazer alguma gestão do plantel, colocando Xavi e Iniesta no banco. Xavi só iria entrar aos 90″ para queimar tempo mas ainda a tempo de ver o 4-1 final.

Uma vibrante primeira parte que acompanhei (depois interrompi para ver o Porto frente ao Braga) dava uma noção básica de que o Zaragoça queria efectivamente parar o Barça no seu reduto. A jogar destemidamente contra o futebol dos catalães, prova disso foi o penalty que Angel Lafita não aproveitou ao minutos 23 depois de uma falta de Victor Valdés (Valdés redimiu-se defendendo o penalti) e o golo passado 7 minutos por intermédio de Carlos Aranda. Tremido, o Barcelona subiu no terreno e virou o jogo em 3 minutos: primeiro por Puyol num lance onde Roberto fez mais uma das suas (já tínhamos saudades de ver o antigo guarda-redes do Benfica a sair às aranhas) e depois por intermédio de um golaço de Messi. A primeira parte iria terminar com a expulsão por acumulação de amarelos do central Abraham, facto que condicionou o Zaragoza, repito, que até então estava a merecer muito mais do que uma derrota pelo esírito afoito com que estava a enfrentar o Barça.

Na 2ª parte, com o jogo devidamente controlado, o Barça apareceu com mais um golo do Argentino (de grande penalidade) e com o delicioso golo de Pedro em combinação com Messi num estilo que mais parecia do rugby do que do futebol.

Um rumor dá conta que o Barça pretende “usar” Cesc Fabrègas e 30 milhões de euros para convencer Robin Van Persie a ser blaugrana na próxima época. O Barça pagaria assim um preço justo ao Arsenal e o espanhol serviria de intermédiário para convencer o Holandês a trocar londres pelo clube catalão.

Duro nulo para o Real em dia de páscoa frente ao Valência.

A jogar com a artilharia toda, Mourinho pretendia livrar-se do incómodo Valência nesta altura da temporada. O Real mereceu vencer visto que dominou toda a partida e viu o golo negado por várias vezes ora pelo poste ora por uma grandiosa (grandiosa mesmo!) exibição do suplente do Valência Guaita (o Valência tem de facto dois maravilhosos guarda-redes).
Primeiro a de Ronaldo ao poste. Tudo lindo. Chutão do extremo português a bater com violência no poste. Seria um dos melhores golos da Liga. A resposta do Valência: remate de Topal (este turco é brilhante na meia-distância) para defesa incompleta de Casillas. Com o guardião do Madrid plantado a pedir fora-de-jogo do avançado valenciano, este não consegue fazer mais do que atirar a bola ao poste. Seria complicado para o Madrid voltar à partida se o Valência ter inaugurado o marcador neste lance.

O Valência desapareceu da partida depois deste lance e só voltaria a aparecer na 2ª parte novamente a remate ao poste por intermédio da meia-distância do internacional turco. Se o golo de Ronaldo era de Antologia, qualquer dos lances de Topal também. Nas imagens veja-se a felicidade de Casillas a agradecer aos postes do Bernabéu após o dito lance. Veio o show de Ronaldo e o show da sua sombra nesta partida: Guaita! O internacional sub-21 espanhol está de parabéns. Levaria a melhor sobre toda a artilharia ofensiva que Mourinho tinha lançado na partida (o Real acabou o jogo com Ronaldo, Kaka, DiMaria, Callejón e Benzema).

O resultado foi ingrato para as duas equipas, observando pelo ponto de vista classificativo: o Real perdeu dois pontos para o Barcelona e o Valência foi ultrapassado na 3ª posição pelo Málaga.

Para a história da partida, ainda ficou o lance entre Pepe e Arbeloa.

Descontente com a falta que tinha sofrido, Pepe tentou descarregar uma das suas meiguices no jogador do Valência e acabou por fazê-lo de forma inocente no seu colega de equipa Arbeloa. FAIL!
No entanto, o lateral espanhol compreendeu a situação e até brincou com o assunto quando interrogado pelos jornalistas.

Marcelo valorizou a negatividade do empate do Real mas diz que o balneário continua tranquilo. Já Guardiola também afirmou que o Barça muito dificilmente será campeão. No entanto, de Pep, creio que estas declarações são talhadas para tentar espicaçar o adversário.

Com este empate do Valência, aproveitou o Málaga. A nova aquisição da família bin Thani, depois de um mau início de temporada está cada vez mais perto de confirmar a Champions pela via directa. O último adversário a sofrer a fúria malagueña foi o Santander com golos de Isco, Santi Cazorla e Van Nistelrooy.

Ainda sobre equipas que alimentam o sonho europeu, o Osasuna foi a Santa Maria de Vallecas (arredores de Madrid) receber uma lição de bola do Rayo Vallecano. No Rayo, recém-promovido à Liga após alguns anos de ausência estão agora jogadores como José Maria Movilla (ex-Atlético e Espanyol) Diego Costa (ex-Braga e Atlético) e Andrija Delibasic (ex-Benfica e Beira-Mar) – não é portanto uma equipa com grandes estrelas, mas é uma equipa que se tem mostrado muito combativa e que faz de um jogo rápido e agressivo a sua maior força. No regresso à liga, ocupam para já o 12º lugar com 40 pontos e vivem um momento muito tranquilo, precisando apenas de 3 pontos em 6 jornadas para confirmar a manutenção.

Já o Osasuna perdeu para Málaga, Valência e Levante (venceu 2-0 o Atlético e deverá ter arrumado de vez os sonhos de Simeone quanto ao dossier Champions\Liga Europa por via do campeonato; relembro que o Atlético ainda está na Taça Uefa onde jogará frente ao Valência as meias-finais) mas segurou o 6º lugar, lugar que dá Liga Europa em Espanha.

Quem também estragou os planos europeus, neste caso do Sevilla foi o adversário do Sporting nas meias-finais, o Athletic de Bilbao. Llorente marcou para os bascos, fazendo o seu 15º golo na Liga esta temporada. Caso de sucesso, Llorente leva 26 golos esta temporada e cada vez está mais perto da saída para um grande europeu.

Quem também revelou interesse num jogador de Bielsa foi o United. Ferguson ficou maravilhado com as fantásticas exibições do extremo Oscar DeMarcos contra a sua equipa e já deu ordens de compra aos directores do clube. O extremo poderá sair para Old-Trafford por uma verba a rondar os 26 milhões de euros. De Marcos foi contratado em 2009 ao Alavés por uma verba a rondar os 3,5 milhões de euros.

O Athletic deveria a meu ver preservar estes jogadores por mais uns anos. Como é uma equipa auto-subsistente deveria guardar os jogadores por mais umas épocas visto que não são impedimentos do ponta de vista financeiro que motivam o Athletic a vender. Tirando o guarda-redes Iraizoz (31 anos) o lateral Iraola (29), o central amorebieta (27) o centrocampista Gabilondo (33 anos) e o extremo David Lopez (29 anos) todo o núcleo duro do sucesso de Bielsa está abaixo dos 25 anos. Falo de De Marcos, Muniain, Llorente, Susaeta, Martinez, Ander Herrera, Iturraspe e Mikel San José. Com jogadores deste calíbre, daqui a alguns anos, a maturidade futebolística associada à evolução de um projecto e à evolução desta equipa enquanto equipa até podem trazer títulos ao país basco. Acredito que a manutenção destes jogadores poderá dentro de alguns colocar o Bilbao na luta pelo título espanhol, feito que poderá ser extraordinário tendo em conta os recursos dos clubes como Barcelona, Real, Atlético e Valência e os recursos\limitações estatutárias que o Bilbao apresenta na contratação de jogadores.

Para finalizar as notícias sobre equipas espanholas, é de lamentar a morte de um adepto do Athletic. Um jovem de 28 anos foi baleado pela polícia basca antes do jogo frente ao Schalke 04. A bala acertou a cabeça do dito jovem e este veio a falecer hoje (terça-feira) num hospital de Bilbao.

Liga Italiana:

Quebra no Milan? A Viola foi complicar as coisas a Milão nesta altura da temporada.

Depois da eliminação para a Liga dos Campeões aos pés do Barça, o Milan complicou a revalidação do título com uma derrota caseira frente à Fiorentina de Délio Rossi.

Allegri pensava que eram favas contadas e decidiu mexer na equipa: Zambrotta jogou à esquerda, Muntari no meio do terreno e Maxi Lopez foi companheiro de ataque de Zlatan Ibrahimovic. Já a Fiorentina de Rossi não pode contar com duas das suas maiores estrelas: Montolivo (poderá estar de saída para Milão no final da temporada) e Juan Manuel Vargas não alinharam na partida. Rossi arriscou jogar com Matija Nastasic (19 anos) ao lado de Natali e arriscou colocar o jovem central de 19 anos Michele Camporesi (decorem o nome pois vai ser uma grande vedeta do futebol italiano) a jogar a trinco.

Delio Rossi não se deu mal. A primeira parte, como competia, pertenceu ao Milan. Primeiro reclamou-se um penalti que o arbitro da partida iria marcar, decorrente de uma falta que não existiu de Nastasic sobre Maxi Lopes: nota-se que o avançado argentino e o central sérvio estão a agarrar-se mutuamente e que o argentino subitamente cai e arrasta consigo o sérvio. Ibra não perdoou de penalti.

Na 2ª parte tudo haveria de mudar. Num futebol de contra-golpe rápido, a Fiorentina marcou logo a abrir a segunda parte por intermédio do internacional montenegrino Stevan Jovetic. Depois seria o antigo avançado da Juve Amauri a dar uma prendinha à sua equipa, combinando lindamente com Jovetic e finalizando na cara de Abiatti.
Vitória importantíssima da Viola na luta pela manutenção na Série A.

Vitória difícil mas bem conseguida da Juventus em Palermo.

Frente a um adversário que costuma ser muito difícil de bater em casa, a Juve apresentou algumas mexidas no onze. Desde logo se realça a entrada do ala Chileno Marcelo Estigarribia (Chileno emprestado à Juve pelo Le Mans de França) e a inserção de Fabio Quagliarella no onze após ter marcado contra o Napoli (muitos diziam que Quagliarella estava de saída de Turim; Conte decidiu reaproveitá-lo perante a falta de eficácia de outros avançados como Matri ou Borrielo).

Leonardo Bonucci e Fabio Quagliarella resolveram o jogo na 2ª parte para o lado da Vecchia Signora, que, aproveitando a derrota do Milan subiu para a primeira posição do campeonato. A Juve de Antonio Conte ainda não perdeu para a Serie A, facto que levou Massimiliano Allegri (treinador do Milan) a afirmar que a Juve “não é invencível”. O que é certo é que a Juve (tirando o jogo de amanhã frente à Lázio e o de dia 22 frente à Roma, ambos em Dell´Alpi) tem um calendário muito acessível até ao final da temporada: Cesena, Novara, Lecce (os 3 últimos) e Atalanta.

Jogaço no Olímpico de Roma. O Napoli perde jogos é certo. Tirando o jogo de há duas jornadas em Turim frente à Juve, nunca vi o Napoli perder sem dar espectáculo. A Lazio venceu e cimentou o seu lugar na Champions da próxima época.

A Lazio vive um bom momento. Tão bom que Miroslav Klose afirmou ontem desejar jogar muitos e bons anos pelos Romanos. Já o Napoli, apesar do 5º lugar actual, já conheceu melhores dias. Os Napolitanos tinham em Roma a oportunidade crucial para atingir a Lazio no 3º posto e desperdiçaram a oportunidade.

O antigo centrocampista da Juventus Antonio Candreva abriu a contagem aos 9″ num remate lateral em que Morgan DeSanctis deu uma fifia muito pouco usual para o seu gabarito. A lazio marcou e como costuma ser seu apanágio, recuou no terreno. O Napoli foi tentando penetrar através de alas compostas por Miguel Britos e Blerim Dzemaili. Aos 36″ Ezequiel Lavezzi fez uma assistência prodigiosa para Goran Pandev e o macedónio emprestado pelo Inter (que já foi jogador durante muitos anos na Lazio) não se importou de marcar numa baliza que tão bem conhece e fazer o seu 6º golo da temporada (má época para Pandev num clube onde nunca se assumiu como titular face às presenças de Cavani e Lavezzi).
Na 2ª parte, a Lazio haveria de se superiorizar na partida. Tanto ao nível de futebol como ao nível de golos:
– primeiro por uma obra prima de Stefano Mauri que merece ser vista e revista. Vai de certeza para a lista dos melhores de sempre da Série A.
– depois por Christian Ledesma na cobrança de uma grande penalidade bem assinalada na falta do Uruguaio Britos sobre o veteraníssimo Tommaso Rocchi.

No Communal Friuli, a Udinese ainda acalenta o sonho da liga dos campeões. O eterno António Di Natale e o internacional Ganês Kwadwo Asamoah deram a vitória por 3-1 sobre o aflito Parma. Na Udinese, destaque para as exibições constantes de jogadores experientes como Michele Pazienza (emprestado pela Juventus) Danilo (lateral-direito cobiçado pelo Inter) Pablo Armero e Gianpieri Pinzi. Mauricio Isla ainda continua de fora na equipa orientada por Francesco Guidólin.
O Parma com esta derrota desce ao 16º lugar com 35 pontos, mais 4º que o 18º (Lecce).

Na Sardenha frente ao Cagliari, o Inter deixou mais dois pontos e atrasou-se na corrida pela Europa. Os milaneses sofreram 6 golos em duas jornadas. Muitos erros defensivos tem assolado o Inter esta temporada. E não é por falta de defesas de qualidade.
O 2º golo do Cagliari é alcançado por Maurício Pinilla. O antigo jogador do Sporting tem feito boas épocas em Itália. Esta época, Pinigol já leva 9 golos esta temporada, sendo que 7 são desde que chegou ao Cagliari em Janeiro vindo por empréstimo do Palermo. Aos 28 anos Pinigol já se pode considerar um globetrotter dada a quantidade de países e clubes onde já alinhou: Universidad do Chile (Chile) Inter (Itália) Chievo, Sporting (Portugal) Racing de Santander (Espanha) Hearts (Escócia) Vasco da Gama (Brasil) Apoel Limassol (Chipre) Grosseto (Itália; foi o melhor marcador da 2ª divisão italiana em 2009\2010) Palermo e agora Cagliari.

Se o Inter empatou, a Roma perdeu.

Frente ao aflito Lecce. Do jogo Romano só se aproveitou o tiraço de livre do internacional argentino Erik Lamella. Lamella promete ser um jogador de futuro. Todos os golos do Lecce nascem de desconcentrações defensivas romanas. Só para nota informativa, a Roma alinhou com um quarteto defensivo composto José Angel, Simon Kjaer (está longe dos anos de Palermo) Gabriel Heinze e Alessandro Rosi.

Liga Francesa:

O Monpellier venceu o Sochaux por 2-1 e continua a liderar a Ligue 1 com os mesmos pontos do PSG (63). No entanto, os homens do Sul terão uma deslocação difícil a casa do Marselha já hoje em jogo em atraso. Em caso de vitória poderão ficar lançados para a vitória histórica na Ligue 1.

No Parque dos Principes, a turma de Ancelotte acompanhou o Montpellier nas vitórias. Jeremy Menez e o recém contratado (ao Chelsea) central Alex marcaram os golos da vitória para a turma parisiense.

A direcção do PSG já disse que Ancelotti é aposta de futuro e também afirmou que o treinador italiano terá 100 milhões para contratações no próximo verão. João Pereira, Hulk, Radamel Falcão e Kaka são os targets que Ancelotti pretende para construir uma equipa competitiva para a Champions.

O jogador do Porto Hulk já veio dizer publicamente que não pretende ir para o PSG.

Quem deu um passo atrás foi o campeão em título Lille. Os homens do Norte perderam por 3-1 frente ao Brest fora e ajudaram o Brest a sair dos lugares desconfortáveis. O Lille está a 7 pontos da liderança, isto quando faltam 7 jornadas para o fim em França.
O Lyon aproximou para se separar do Toulouse. No Gerland, os homens de Remi Garde bateram o Auxerre por 2-1 enquanto o Toulouse perdeu.

Bundesliga:

Em vésperas de jogo decisivo frente ao Bayern de Munique, o Borussia de Dortmund cumpriu a sua obrigação de líder e campeão em título e foi vencer o Wolfsburg por 3-1 ao seu terreno. Mais uma exibição magnífica do ponta de lança Robert Lewandowski. O polaco já leva 19 golos (24 toda a época) na Bundesliga, sendo o 3º melhor marcador. Só é superado por dois titãs: Mario Gomez e Klaas-Jan Huntelaar.

O Bayern também venceu. No Allianz-Arena Mario Gomez recolocou a turma comandada por Jupp Heynckes a 3 pontos do Dortmund. A vítima foi o Augsburg. Prevê-se um jogão hoje no Westfallenstadium em Dortmund. Em caso de vitória do Dortmund, penso que o assunto título fica arrumado. Em caso de vitória do Bayern, as equipas empatam em pontos e teremos luta até ao fim. Em caso de vitória dos Bávaros, caso vença o seu jogo em Nuremberga, o Schalke (está a 9 pontos) também poderá re-entrar na luta para a jornadas finais, até porque na 31ª jornada joga em Dortmund.

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futeboladas

Jornadas do fim-de-semana das principais ligas europeias, Liga dos Campeões e Liga Europa.

Começo pela Premier League, como habitual.

Premier League:

Ver aqui os highlighs do empate do Manchester City frente ao Sunderland a 3 bolas.

Emoções ao rubro no sábado no City of Manchester. No entanto, o empate (à luz da vitória do Manchester United em Blackburn esta noite) faz com que o City fique a 5 pontos do rival de Manchester e comece a ficar longe do sonho do título.

O arejado Sunderland de Martin O´Neill foi ao City of Manchester incomodar a “fraca” equipa de Mancini. E poderia ter trazido de Manchester muito mais que um empate não fosse a reacção tardia dos homens de Manchester. Na primeira parte, o sueco Sebastien Larsson e o dinamarquês Niklas Bendtner deram toques escandinavos à revolução do Sunderland em Manchester. No entanto, uma grande penalidade convertida por Balotelli iria manchar uma exibição perfeita dos Black Cats na 1ª parte.

O mesmo duo iria elevar a contagem para 3-1 aos 55″. É impressionante como Sességnon consegue fugir a uma entrada duríssima de Yaya Touré no meio campo e como consegue oferecer a Bendtner a hipótese de servir Larsson para o 3º golo da equipa.

Até que Mancini largou Tevez em campo e deixou o argentino a jogar no ataque com Dzeko e Balotelli. O City acordou de forma tardia mas ainda teve tempo para empatar a partida nos 5 minutos finais por intermédio de Balotelli e Kolarov.

Seriam precisamente estes dois jogadores o foco principal da partida. Corria o minuto 63 da partida quando o italiano e o sérvio se desentenderam na marcação de um livre directo.

Ver aqui o incidente

O internacional italiano não ficou agradado com o facto do sérvio ter puxado a bola para si para bater o livre em questão e tiveram que ser os colegas de equipa a afastar o avançado do celeuma. No entanto, registo aqui que o árbitro da partida deveria efectivamente ter mostrado o cartão amarelo aos dois jogadores do City, atitude que foi aberta pela FA depois do precedente gerado por Kieron Dyer e Lee Bowyer em 2004\2005, quando os ditos jogadores (no Newcastle) andaram à porrada no meio de um jogo da liga inglesa e foram expulsos.

Quem não ficou agradado com a situação assim como com a performance dos seus jogadores na partida foi Roberto Mancini.
No entanto, Mancini tem aparecido com algumas declarações contraditórias. Se no flash-interview posterior ao jogo do Sunderland o treinador italiano afirmou (como se pode ouvir no video acima postado) que o City continua na luta pelo título, hoje, o mesmo, já veio afirmar que caso o City perca o próximo jogo diz adeus ao título inglês.

Quem aproveitou a escorregadela do City foi precisamente o City. Devido à limitação que a WordPress impõe ao nível de postagem de videos (apenas aceita videos de youtube) ainda não disponho de imagens deste jogo.
O Manchester United venceu o Blackburn fora por 2-0 com golos de António Valência e Ashley Young. O equatoriano fez uma partida brilhante e continua a merecer a titularidade que Sir. Alex Ferguson lhe tem concedido nas últimas semanas. Foi uma vitória muito difícil para o United. Não que o United não tenha castigado o Blackburn durante toda a partida porque castigou, mas porque o United só conseguiu chegar aos golos nos 10 minutos finais.

Na imprensa têm surgido notícias que dão conta de aceleradas rondas de negociação entre o Manchester United e o empresário de Arjen Robben para que o internacional Holandês troque Munique por Manchester na próxima temporada. Robben termina contrato em 2013 mas tem muitos interessados em Inglaterra. À cabeça, Manchester City, Chelsea e Manchester United. Como o Bayern não pretende perder o jogador (ou perder o jogador a um preço muito inferior aquilo que ele efectivamente poderá render aos cofres bávaros) a imprensa alemã afirma que Robben já deverá ter renovado com o Bayern até 2015, informação que ainda carece de confirmação por parte da direcção bávara.

Robben é o 2º internacional holandês veículado como reforço do Manchester United para a próxima temporada. Na semana passada, especulou-se que Klaas-Jan Huntelaar não iria renovar contrato com o Schalke 04 para poder rumar a custo zero para Old Trafford.

Aston Villa 2-4 Chelsea

Grande vitória do excelente em Villa Park. Grande jogo de futebol em Birmingham. Grande onda de solidariedade entre futebolistas e adeptos para com o internacional Búlgaro Stilyian Petrov, jogador do Aston Villa.

Vamos por partes:

Grande jogo do Chelsea de Di Matteo na ressaca da vitória europeia contra o Benfica na luz (já lá vamos).

O Chelsea assegurou a permanência na luta por um lugar na Champions com uma fabulosa exibição colectiva que efectivamente vinga a derrota caseira por 3-1 contra o Aston Villa no passado mês de Dezembro. Até deu para Fernando Torres fazer o gosto ao pé aos 90″.

Adeptos e jogadores das duas equipas uniram-se para dar força a Stilyian Petrov. O internacional Búlgaro está a lutar pela vida em virtude do diagnóstico médico que lhe traçou uma leucemia melóide aguda. Petrov confessou que a sua luta é inspirada na mesma luta pela vida que Fabrice Muamba passou há 2 semanas quando teve um colapso cardíaco em pleno relvado de White Hart Lane. Segundo palavras do jogador: “Vi a foto de Muamba e isso inspirou-me muito. – Depois dirigiu-se aos fans do Aston Villa e agradeceu todo o apoio que os adeptos do clube de Birmingham e que todos os colegas de profissão lhe estão a desejar.

Os adeptos do Villa não se fizeram rogados e ao minuto 19 (número da camisola de Petro) fizeram questão de cantar e saltar em conforto ao problema que afecta a vida do futebolista Búlgaro. O momento da ovação pode ser visto aqui no site do Jornal A Bola. O futebol é feito destas emoções. Força Petrov!

É o 2º caso recente de um jogador que está a lutar contra uma doença cancerígena. Há uns meses atrás o jogador do Barcelona Eric Abidal conseguiu vencer um tumor no fígado.

Na específica luta pela Champions League, o Chelsea aproveitou a derrota do Arsenal no derby de Londres contra o Queens Park Rangers.

A equipa de Arsène Wenger parecia embalada para o 3º lugar pois já não perdia desde o início de Fevereiro. No duelo contra o aflito Queens Park Rangers, o franco-marroquino Adel Taarabt (jogador que prometia muito para esta época mas que acabou por gorar as expectativas de quem o considerava um fenómeno; já foi pretendido por Chelsea e Manchester United) abriu o marcador com uma espectacular rotação sobre o belga Thomas Vermaelen e consequente finalização sob pressão de Laurent Koscielny. No 2º jogo em branco para Robin Van Persie, seria Theo Walcott a marcar aos 37″ para a equipa de Wenger. Samba Diakite haveria aos 66″ de dar a tão desejada vitória para os homens de Mark Hughes que com esta vitória voltou a subir a linha de água em troca com o Blackburn.

Tottenham 3-1 Swansea

Quem também aproveitou a derrota do Arsenal foi o Tottenham. Frente a um Swansea que costuma fazer bons jogos contra os lá de cima, o Tottenham “vestiu o fato macaco” nos minutos finais (golos de Adebayor aos 74 e 85) mas começou a partida com um smoking de gala oferecido por Rafael Van der Vaart. Soberbo golo do Holandês que decerto irá pontificar nos melhores da Liga 11\12.

Na 2ª parte veio a resposta por parte do médio ofensivo Islandês Golfy Sigurdsson. Na mesma escala de espectacularidade do golo de Van der Vaart.

O Tottenham colou-se ao Arsenal com 58 pontos. O Chelsea é 5º com 53.

Outros jogos:

Wigan 2-o Stoke – A equipa de Roberto Martinez continua na sua luta contra a despromoção. Mais uma vitória importantíssima que até poderia ter dado para sair dos lugares incómodos não fosse a vitória do Queens Park Rangers contra o Arsenal. Antolin Alcaraz (ex-Beira-Mar) abriu a contagem.

Wolverhampton 2-3 Bolton – Jogo de aflitos de Owen Coyle venceu e aproveitou para dedicar a Fabrice Muamba. 10 minutos finais loucos. Se Michael Kightly tinha aberto o marcador para os da casa aos 55″ e Martin Petrov tinha empatado aos 65″ por intermédio de uma grande penalidade, o Bolton virou o marcador aos 80″ por intermédio do defesa espanhol Marcos Alonso. Aos 84″ seria Kevin Davies a elevar para 3-1 para 4 minutos depois o Wolverhampton reduzir para 2-3. O Wolverhampton está a ficar numa situação ruinosa. 6 são os pontos que separam o wolves do primeiro lugar acima da linha-de-água.

Newcastle 2-0 Liverpool – Os magpies não desarmam da luta pela europa. Venceram o pobre Liverpool por 2-0 com dois golos de Papiss Cissé. O avançado contratado no mercado de Janeiro ao Freiburg da Bundesliga já leva 7 golos desde que chegou a Newcastle e promete (pela sua veia goleadora e pela sua força e rapidez) ser um dos melhores marcadores da Premier League na próxima temporada.

O Liverpool de Dalglish já não ganha há 6 jornadas. A última vitória dos Reds foi no derby de Liverpool em Anfield no dia 25 de Fevereiro. O Liverpool já confirmou que Dalglish não será o treinador da equipa na próxima temporada.

Liga Espanhola:

Mais um rolo compressor do Real para o campeonato. Inacreditável. O Real marcou 15 golos no espaço de uma semana. 5 contra a Real Sociedad, 3 na deslocação ao APOEL para a Champions e mais 5 no Osasuna. É de realçar que o Osasuna está a fazer uma época sensacional, sendo 6º classificado (lugar que dá acesso à Liga Europa).

A exibição de Cristiano Ronaldo não merece comentários. Talvez a mais perfeita da sua carreira. Rápido nos flancos a fazer em água a cabeça de Javier Flaño. O lateral espanhol não ganhou um duelo em drible ao português. Aquele golo formidável do meio da rua e a assistências para Benzema e Higuaín. Benzema com aquele golo “à van basten”. Mesmo existindo 6 pontos de avanço e um clássico por disputar em Nou Camp, mesmo que o Real perca contra o Barça, dúvido que o título fuja à equipa madrilena.

O Barça recebeu o Athletic num jogo que causou alguma polémica em Espanha. Isto porque o Athletic cedeu às pretensões do Barça em jogar no sábado à noite. Como é sabido o Athletic jogou na quinta-feira à noite frente ao Schalke 04 na Alemanha e o Barça joga amanhã frente ao Milan para a Liga dos Campeões. O Athletic queria jogar no domingo, o Barça (por razões óbvias) no sábado. O Athletic preferiu abdicar do descanso entre partidas para ter mais um dia para descansar para o jogo da 2ª mão na quinta-feira e cedeu o domingo pelo sábado ao Barça pois entendeu que o Barça necessitaria mais do jogo no sábado. Para a comunicação social, esta alteração entendeu-se como um favor dos bascos aos catalães visto que a equipa de Bielsa há muito que já desistiu de um lugar europeu por via do campeonato para poder lutar pela vitória na Liga Europa.

Dentro de campo o Barça venceu confortavelmente por 2-0 e manteve a perseguição ao Madrid. Messi marcou o 36º da temporada na Liga espanhola e está a 1 de Cristiano Ronaldo. O Barça joga amanhã frente ao Milan em Nou Camp com um 0-0 da 1ª mão (irei abordar mais à frente). Pep Guardiola avisou hoje na conferência de imprensa que antecede o jogo que o Milan é uma equipa capaz de marcar fora, logo, o Barça deverá ter atenções redobradas.

Outros jogos:

Valência 1-1 Levante – No açucarado derby de Valência, Valência e Levante partilharam um ponto. Um ponto que serviu mais as pretensões do Valência do que as pretensões do Levante. O Valência é 3º com 48 pontos e o Levante 5º com 45. O Levante não conseguiu chegar aos lugares da Champions mas aproveitou a derrota caseira do Málaga (4º) frente ao Bétis.

Atlético de Madrid 3-0 Getafe – O Atlético de Madrid também aproveitou as derrotas de Málaga e Osasuna para se chegar aos lugares europeus. Os madrilenos bateram em casa o Getafe por 3-0 com golos de Falcão, Sálvio e Adrián. O jovem avançado espanhol tem sido bastante cobiçado nas últimas semanas. Há quem diga que o Chelsea e o Inter estão com os olhos postos na sua contratação. Adrián confessou em entrevista ao jornal Marca que está muito bem no Atlético e que pretende fazer coisas boas no clube madrileno.

Sporting de Gijón 1-2 Zaragoza – Em duelo de aflitos, Hélder Postiga marcou aos 37″ e Lafita decidiu aos 90. O Português já leva 7 tentos na Liga e tem sido muito útil ao clube da Rioja. O Zaragoza ainda está debaixo da linha-de-água no 18º lugar com 28 pontos, menos 4 que o Villareal. O Sporting de Gijón de André Castro está a um passo da despromoção.

Na próxima jornada:

– O Real recebe o Valência no Santiago Bernabéu. Com 3-0 de vantagem na eliminatória contra o APOEL será capaz Mourinho de fazer rodar a equipa tendo em conta a estabilidade do 1º lugar na Liga? O Valência precisa de vencer para não complicar as contas do 3º lugar.
– O Barça vai a Zaragoza com a equipa da casa a precisar de pontos.
– Outro jogo em destaque na luta é o Levante vs Atlético de Madrid. O Levante precisa de segurar o seu lugar europeu perante um Atlético que irá terminar em sprint o campeonato. 3 são os pontos que separam as duas equipas.

Liga Italiana:

Um dos jogos da semana em Itália.

Em primeiro lugar há que dar realce à curiosa abordagem táctica da Juve de António Conte. 3x5x2 é o modelo utilizado regularmente por Walter Mazzarri no Napoli. Esta táctica e a utilização de determinados jogadores nela por parte de Conti tem variadas explicações: aniquilibrar o adversário por via do equilíbrio táctico e de uma marcação homem a homem por parte da Juve; a colocação nas alas de dois jogadores de cariz defensivo (De Ceglie à esquerda e Lichsteiner à direita) de modo a parar a rapidez e influência no contra ataque dos alas do Napoli (Maggio e Zuñiga) 3 centrais (Bonnucci, Chiellini e Barzagli) para travar a influência de Cavani e Lavezzi. Duelo de meio campo entre Pirlo\Marchisio e Inler\Gargano e Hamsik. A dupla do meio campo da Juventus levou a melhor durante quase toda a partia (Hamsik foi nulo) e Cavani\Lavezzi foram anulados com facilidade pelo trio de centrais da Juve. Pirlo e Marchisio construíram quanto quiseram e Arturo Vidal foi o joker da partida. Quando Conte precisou de atacar, tirou Lichsteiner e meteu Cáceres e o Uruguaio deu outra profundidade ao ataque.

Não sei quantos poderiam ser; o mais justo é que tivessem sido uns 5 ou 6 dadas as oportunidades que a Juventus teve durante os 90 minutos. Pirlo meteu pelo menos três bolas de golo na cabeça dos seus colegas e em conjunto com Marchisio faz com que a Juve tenha dois excelente executantes ao nível da temporização atacante. Arturo Vidal mascarou-se de Eljero Elia no 2º golo da Juve. Está um craque este Chileno de 24 anos. E Del Piero entrou para acabar com o pouco que existia do Napoli na partida. No entanto, o jogou terminou com a justa expulsão de Zuñiga depois de uma agressão a Andrea Barzagli.

A Juve ficou agora a 2 pontos do Milan. O Napoli é 4º com 48 pontos e continua às portas da Liga dos Campeões. As duas equipas ainda jogarão mais uma vez esta época. Será no dia 20 de Maio no Olímpico de Roma para a final da Taça de Itália. Se pudesse distribuir os títulos pelas aldeias, não me importava nada (pelo lindo futebol que ambas as equipas praticam) que o Milan vencesse a Champions, que a Juventus vencesse o título e que o Napoli vencesse a Taça de Itália.

Boa nova para Juve é o facto do avançado Alessandro Matri e do defesa Leonardo Bonucci terem renovado com o clube dos Agnelli.

O Milan foi à Sicilia enfrentar o Catania e perdeu pontos para a Juve. Sem grandes folgas entre duelos europeus, Max Allegri apenas fez duas alterações ao onze habitual: tirou El-Sharaawy e Kevin Prince Boateng (entraram ambos na 2ª parte quando o Milan já empatava) e colocou em sua vez Alberto Aquilani e Ambrosini. Perante o potencial de ambos os jogadores, este tipo de substituições não fazem o Milan perder de qualidade e isso é uma das virtudes deste plantel dosJuanmilaneses: é rico em soluções de qualidade e como tal poderá enfrentar 2 frentes ao mesmo tempo sem grandes deslizes.

Não aconteceu na Sicília. O Catania que até está a fazer uma boa época conseguiu sacar um empate ao líder da prova.
Na 1ª parte, destaque para as belíssimas defesas de Juan Pablo Carrizo aos pés de Emanuelson e Zlatan Ibrahimovic. O Argentino não evitou o golo de Robinho aos 37″ mas foi crucial para levar a equipa para o intervalo a perder por 1-0 quando poderia estar a perder por 2 ou 3. No golo do brasileiro, os créditos vão todos para Zlatan: só um jogador da sua categoria é que consegue manter aquela bola jogável e ainda assistir um colega de equipa para golo. O Sueco está (quanto a mim) a fazer a melhor época da sua brilhante carreira!

Na 2ª parte tudo mudou. O Catania começa com um golo muito mal anulado ao argentino Alejandro Gomez. Como se pode ver nas imagens, tanto Bonera como Abate poem em linha o extremo do Catania. A malta do ataque do Catania não desistiu e passados uns minutos (mesmo depois de Antonini ter dado o corpo ao manifesto a remate de Pablo Barrientos) empatou por intermédio de Spolli num lance em que Bonera e Ambrosini foram completamente “comidos” e Méxes ficou impávido e sereno ao ver Spolli nas costas a emendar para a baliza de Abbiati.
Minutos mais tarde, o Milan pode-se queixar de um erro de arbitragem grosseiro. No lance de Robinho é nítido que Marchessi vai tocar no esférico para além da baliza (mais dentro do que fora). O lance em si é lindo e tem novamente o toque de Zlatan na assistência. O trabalho de Robinho também é fantástico pois deixa dois defesas do catania pregados ao chão no momento do remate. Merecia mais o brasileiro.
O jogo acabou como tinha começado: mais duas fantásticas defesas de Carrizo (para mim o homem do jogo em conjunto com Bonera e Zlatan) e uma perdida incrível do Chileno Felipe Seymore na última jogada da partida).

Foi provavelmente um dos melhores jogos do ano na Série A se bem que o Inter vs Génova desta jornada e os jogos entre Inter e Palermo (de Giuseppe Mezza) e o derby Romano da 2ª volta também foram grandes jogos.
Para finalizar, os dois indesculpáveis erros de arbitragem que felizmente não beliscaram o resultado final. Caso os dois lances fossem validados, seria o empate a 2 bolas. Todavia, o Milan, como está a lutar pelo título foi o clube que se queixou da arbitragem e segundo as declarações do seu administrador Adriano Galliani, o clube milanês prepara-se para pedir à Federação Italiana de Futebol que coloque arbitros de baliza nas partidas da Série A.Pale

A meu ver é uma ideia estaparfúrdia do administrador do Milan pois o referido sistema não está a ter os resultados desejados nos testes que se tem verificado nas competições europeias. Prova disso recentemente foi o penalty que não foi visto a favor do Benfica frente ao Chelsea por mão de Terry, e os penaltis inexistentes assinalados contra o Sporting nos jogos contra City e Metalist na Liga Europa, o primeiro onde o arbitro de baliza não se pronunciou pelo facto do lance ter sido fora de área do Sporting e o 2º onde o arbitro de baliza indicou ao arbitro principal de uma falta inexistente por parte de Rui Patrício.

Para finalizar, hoje circulou a notícia de que António Cassano teve alta médica para regressar à alta-competição depois do problema que teve após o jogo contra a Roma no final do ano passado. No final dessa partida que o Milan viria a ganhar no Olímpico por 3-2, já no voo de regresso para Milão Cassano sentiu-se mal e o avião teve que aterrar de emergência em Bolonha para que Cassano fosse imediatamente conduzido ao hospital. Um primeiro indício suspeitava de um mini acidente vascular-cerebral. Exames mais específicos vieram a revelar que o jogador tinha um problema cardíaco raro motivado por um acontecimento específico num ventrículo que fecha 5 minutos após o nascimento de qualquer ser humano e que em raros casos não acontece.
Cassano já se vem a treinar desde Janeiro sem limitações mas precisava da alta médica para voltar aos relvados. Max Allegri ainda poderá contar com o avançado para as batalhas que se avizinham na Champions (caso o Milan se apure para as meias-finais) e para a Serie A. No entanto, Cassano perdeu o seu espaço para El-Sharaawy, Robinho e Maxi Lopez no ataque da equipa Milanesa.

Estreia de Andrea Stramaccioni como treinador principal do Inter.

Com Cláudio Ranieri havia noites em que o Inter podia fazer 150 remates numa partida que a bola não iria entrar na baliza adversária. Com Stramaccioni, logo na primeira partida, a bola entrou em abundância nas redes defendidas pelo Francês Sebastian Frey.

E quem diria que Diego Milito depois de 1500 bolas falhadas à frente da baliza faria um hat-trick?

Febre dos penaltis em Milão. O Génova com Kaladze, Veloso, Palácio e Gilardino no onze até começou melhor a partida e podia ter marcado primeiro não fosse uma intervenção providencial de Júlio César aos pés de Rodrigo Palácio para canto e consequentemente um corte providencial de Esteban Cambiasso na sequência desse canto. Depois viria o primeiro golo por Milito. Se Milito falhasse aquela bola era um escândalo. Não falhou o penalti de cabeça que lhe ofereceram mas viria a falhar um golo feito após dois cabeceamentos na área de Samuel e Cambiasso. Redimiu-se minutos depois com a oferta que Stankovic (a meias com Moretti) lhe deram para fuzilar Frei no frente-a-frente. O Inter jogava bem e bonito para um Génova apostado em jogar (como é hábito) no contra-golpe.

3-0 aos 38″ fabricado pelos centrais milaneses: Lúcio aproveita a bola rechaçada pela defesa genovesa e oferece a Samuel que só teve de empurrar. Parecia resolvido o jogo. Já nos descontos da 1ª parte, Cambiasso evitava pela 2ª vez na linha de golo o primeiro tento do Génova a cabeceamento de Sculli. No entanto, a bola foi parar ao raio de acção do avançado que de bicicleta com a ajuda do seu colega Emiliano Moretti acabaria por ser feliz.

Na 2ª parte, apesar do remate inicial de Chivu, foi o Génova que dominou nos últimos 45 minutos.
1º penalti duvidoso para os genoveses. Zanetti é jogador que por norma sempre nos habituou a jogar limpo. É certo que a bola lhe vai ao braço mas dúvido que fosse a intenção do argentino tocar-lhe dessa maneira até porque ia em queda.

Cambiasso tinha ameaçado e Mauro Zarate concretizou para o 4-2 aos 74″. Mais uma vez o jogo parecia destinado a cair para o Inter sem grandes sobressaltos.

2º penalti do Génova – o atropelo é evidente e Júlio César não protestou. É certo que Palácio ganhou vantagem perante o esticão de Júlio César e cravou bem o penalti.

Penalti do Inter – Joel Obi deixou-se de “sonecas” (uma das criticas que faço ao nigeriano é que apesar da sua brilhante capacidade técnica é um jogador que se entrega muito pouco ao jogo) e deu um baile em Giandomenico Mesta e Guarín com um toque de classe enfia no bolso o seu antigo colega no Porto Belluschi e é carregado. Decisão justa que enervou Moretti. Belluschi foi expulso com cartão vermelho directo dado que Guarin foi carregado numa situação de possibiliade de golo em zona frontal. É caso para perguntar como é que o Argentino caiu no engodo de alguém com quem treinou todos os dias e deveria conhecer de trás para a frente?

3º penalti do Génova – correctissima decisão.

Esta derrota motivou uma decisão estranha no seio do Génova. O presidente do clube despediu Pasquale Marino pelos maus resultados da equipa genovesa e apresentou hoje Alberto Malesani como o novo treinador do Génova, 3 meses depois de o ter despedido em troca por Marino também por maus resultados. No mínimo caricato.
A exibição de Miguel Veloso não passou despercebida aos responsáveis do Inter. O centrocampista já esteve perto de Milão na reabertura de mercado para substituir Thiago Motta, na altura vendido ao PSG. No entanto, o Inter esbarrou com as pretensões genovesas de apenas abdicar do jogador luso por 22 milhões de euros e preferiu contratar Freddy Guarin por empréstimo de 6 meses (+ opção de compra no valor de 9 milhões) a troco de 1,8 milhões de euros.

Outros jogos:

Parma 3-1 Lazio – Balão de oxigénio para o Parma na luta pela manutenção. O Parma foge temporariamente aos lugares incómodos e complica a vida da Lazio na luta pela champions.

Roma 5-2 Novara – A roma continua a pretender um lugar europeu e conseguiu permanecer nessa luta às custas do aflito Novara que até entrou a vencer com golo de Caracciolo. Excelente exibição do colectivo Romano na 2ª parte.

Lecce 0-0 Cesena – Um empate que atrapalha em muito as poucas aspirações de dois aflitos. O Lecce vê a linha-de-água a 5 pontos enquanto o Cesena está a 14 pontos.

Fiorentina 1-2 Chievo – Um golo de Luca Rigoni aos 88″ põe a jeito a Fiorentina. É 17ª com 5 pontos de avanço sobre o Lecce.

Na próxima jornada teremos o Milan a receber a Fiorentina. Os Milaneses recebem a Viola depois de um importante confronto europeu frente ao Barça em Nou Camp. A vitória é o único resultado que interessa às duas equipas derivado dos distintos objectivos actuais: os milaneses querem a renovação do título enquanto os jogadores da Viola querem sair dos lugares incómodos.
A Juventus vai a Palermo. É um terreno difícil, sendo expectável que Miccoli e companhia façam de tudo para retirar pontos à Vecchia Signora.
A Lazio recebe o Napoli com 3 pontos de vantagem. A Lazio quer segurar o 3º lugar enquanto o Napoli espreita a passagem para o mesmo. O Napoli promete futebol de ataque em Roma. Quem ainda espreita uma escorregadela destas equipas para ver se consegue subir é o Inter (está a 4 do Napoli e a 7 da Lazio) e a Roma. Os interistas deslocam-se à Sardegna para jogar contra o Caglari enquanto os romanos vão ao terreno do aflito Lecce.

Para finalizar os assuntos da Série A são de realce os 35 golos marcados pelas 20 equipas em 10 jogos. Dá uma média de 3,5 golos por jogo.

Liga Francesa:

1. Com o Montpellier a “folgar” a pedido do Marselha (dois embates contra o Bayern para Champions fizeram adiar a partida para dia 11) o PSG não conseguiu tomar partido da situação para colocar pressão no actual “rival” pela conquista da Ligue 1 e perdeu em Nancy por 2-1. A equipa de Carlo Ancelloti está em quebra e para isso muito se deve a quebra de rendimento de Javier Pastore e Kevin Gameiro. Yohan Mollo aos 89″ impôs a primeira derrota de Carlo Ancelotti na Liga Francesa.

2. Em dia das mentiras, aproveitou o Lille para se chegar à frente mais um pouquinho. Até parece mentira que o campeão em título ainda esteja na luta pela renovação do mesmo com um percurso muito irregular até então (15 vitórias, 11 empates, 4 derrotas). Contra o Toulouse (5º) voltou a sobressair a mestria de Eden Hazard.

3. O Toulouse foi ultrapassado no 4º lugar pelo Lyon, que apesar desse feito não conseguiu mais do que um empate no terreno do Rennes (7º) – se conseguiu o empate bem o deve ao golo de Lisandro Lopez e aos muitos falhanços provocados pelos homens do norte. Por duas ou três situações Lloris foi chamado a intervir e segurou as pontas para a equipa de Remi Garde. Noutras situações, o noruguês Tettey, o Burkinês Pitroipa e o Togolês Boukari falharam na boca da baliza de forma inacreditável. Apesar do facto de Lisandro ter recuperado a forma de outros tempos, ao nível global, este Lyon está muito longe do que assistimos do forte Lyon na última década.

4. André Ayew é notícia em França. O jovem Ganês está a despertar o interesse de meio mundo. Bayern, Chelsea, United, Tottenham e Inter querem os concursos do avançado de 22 anos que é filho da maior glória do futebol ganês Abedi Pele.

Bundesliga:

Mais um jogo de doidos. No final da partida do Westfalenstadium, os adeptos das duas equipas deram por bem empregue o seu dinheiro para ver um empate a 4 bolas entre Dortmund e Estugarda. É certo que a felicidade reinava no seio da equipa e adeptos bávaros.

A felicidade dos adeptos não era para menos. Que jogo sensacional. Depois de uma 1ª parte dominada pelo Dortmund (1-0 com golo de Kagawa ao intervalo) o estugarda (a perder por 2-0) iria no espaço temporal de 8 minutos (Ibisevic; 2 golos de Julian Schieber; 71 aos 79″) virar o resultado para 2-3. O Dortmund, ameaçado, haveria de virar para 4-3 em 4 minutos (Hummels e Perisic) para o Estugarda empatar mesmo no fim por intermédio de Christian Gentner.

Podiam ter sido mais que 8 golos – Schieber falhou um certo na 1ª parte e foi acompanhado por Robert Lewandowski no outro lado antes do 12º golo do japonês Kagawa na edição deste ano da Bundesliga. O Japonês é um senhor jogador à semelhança de quase todo o plantel dos Vestefalianos. Creio que Jurgen Klopp começa a ter aqui matéria prima para atacar a Liga dos Campeões nas próximas épocas caso a direcção do clube não venda os jogadores que tem.
GrobKreutz atirou aos ferros assim como o polaco Lukasz Piecsczek. O Dortmund pode-se queixar da falta de sorte. O mais interessante desta equipa do Dortmund é que para além de ser exemplar ao nível defensivo (Hummels e Subotin metem respeito) e de ter um meio-campo que é algo do outro mundo, não usa e abusa da técnica individual dos seus jogadores, preferindo um futebol altamente flanqueado até porque Marcel Schmelzer (defesa-esquerdo) é um jogador que tem uns pézinhos de ouro para centrar bolas.

Outro lance que seria memorável foi a enorme cavalgada do centrocampista Dinamarquês William Kvist que só parou nos ferros da baliza de Weidenfeller. Seria um golo de antologia.
Até que entrou Julien Schieber na partida – primeiro a assistir Ibisevic e depois contra tudo e contra todos a estabelecer o 2-2 e 1 minuto depois o 3-2. O golo de Mats Hummels também é golão e a reacção de Jurgen Klopp não é para menos. Até que Gentner conseguiu descobrir um buraquinho na defesa do Dortmund e fez o 4-4 final para gáudio daqueles que se deslocaram de Estugarda a Dortmund.

O Bayern reduziu a diferença para 3 pontos depois de bater o Nuremberga por 1-0. Arjen Robben deu a vitória aos bávaros.

O Schalke 04 empatou a 1 bola no terreno do Hoffenheim depois de ter sido vergado a uma derrota caseira por 4-2 contra o Athletic de Bilbao (já lá vamos) e o 4º classificado (Borussia de Moenchagladbach) também perdeu em Hanover por 2-1.

Liga dos Campeões:

À 1 mês atrás ninguém diria que seria Salomon Kalou aquele que iria dar a vitória ao Chelsea no jogo dos quartos-de-final na Luz frente ao Benfica.
Primeiro porque depois da derrota em Napoli por 3-1 ninguém acreditava que Villas-Boas teria capacidades para conseguir ultrapassar os italianos em Stamford Bridge. Villas-Boas foi precisamente despedido nessa semana e o seu adjunto Roberto diMatteo conseguiu fazer com que os Blues dessem uma lição de futebol aos italianos no seu reduto.
Depois porque Salomon Kalon era carta fora do baralho do técnico português nos 8 meses que o dito passou em Londres.
Em terceiro lugar, porque uma equipa com Lampard, Drogba, Torres, Malouda, Mikel, Sturridge, Mata, Lukaku faz com que Salomon Kalou seja um nome praticamente desconhecido que ainda paira no plantel Blue.

O Benfica pode queixar-se de factos internos e externos para justificar a derrota. Pode-se queixar do facto de ter atacado muito mas mal e de ter rematado muito mas sem eficácia.

Ao nível de arbitragem, creio que Raúl Meireles não acabava a primeira parte pois fartou-se de cometer faltas duras e graves. Di Matteo apercebeu-se disso e tirou o médio quando sentiu que a presença deste em campo poderia ser negativa para o jogo da equipa. Ainda ao nível de arbitragem, fica um penalti claríssimo por marcar a favor do Benfica por mão de John Terry na área.

O Benfica só acordou a partir da meia-hora de jogo. Perante um Chelsea bem organizado com a construção táctica de bloco defensivo subido para evitar principalmente que Aimar e Witsel construíssem e fantasiassem no meio-campo encarnado. Ao contrário do que foi dito na imprensa no dia seguinte e do que Ramires disse à comunicação social, o brasileiro não tirou muitas contrapartidas do seu companheiro de flanco. Emerson até respondeu bem à altura do seu compatriota, perdendo 2 ou 3 vezes em velocidade para o mesmo e pouco mais. O lance do golo do Chelsea nasce do seu lado, mas, tanto poderia surgir da esquerda como da direita.
Na primeira parte, Gaitán e Bruno César estiveram muito interventivos nas respectivas alas e o brasileiro foi o detentor de mais remates no Benfica. Bruno César mereceu o golo ao contrário de Oscar Cardozo que se limitou a falhar golos na cara de Petr Cech. 23 foram os remates que o Benfica fez na partida. Petr Cech não brilhou devido a esse facto. A questão é que os jogadores do Benfica remataram muito mas quase sempre para fora. Cech brilhou por exemplo a cabeceamento de Jardel já na 2º parte.
Seria no contra-golpe (arma que Jesus tanto gaba na sua equipa) que o Chelsea iria marcar ao Benfica. Até ao final há a questão do penalti que ficou por assinalar e a questão do atraso (para mim não é intencional) de David Luiz para Petr Cech. Mesmo ao cair do pano tanto poderia ter marcado o Benfica como Juan Mata poderia ter fechado a eliminatória com a possibilidade que teve de aumentar para 2-0.

Em suma é um resultado injusto para o Benfica. O empate a 1 adequava-se mais perante um Chelsea que veio a Lisboa defender e jogar para o empate e um Benfica que quis o golo a todo o custo (e até o merecia) mas que deve ter mais paciência neste tipo de jogos.
A eliminatória não está fechada e Roberto DiMatteo foi o primeiro a afirmar hoje na conferência de imprensa que o Benfica tem talento para marcar em Londres. No entanto, não creio que o Benfica passe a eliminatória.

Casa cheia em Nicósia. Esperavam-se mais dificuldades para o Real. Real Madrid sem Xabi Alonso faz Mourinho colocar Nuri Sahin no onze titular. Aposta ganha. O Turco foi crescendo ao longo do jogo e não raras foram as vezes em que deu equilíbrio ao meio-campo madridista e conseguiu desmarcar os seus companheiros.
Em destaque, a diferença de orçamentos. A maior contratação do Real contra a maior contratação do APOEL. Os 94 milhões gastos por Ronaldo contra o 600 mil euros que o APOEL deu pelo avançado brasileiro Adaílton. Os 500 milhões que o Real gastou nas últimas 3 épocas em reforços contra o milhão e cem mil gastos pelo APOEL.
Na primeira parte, o Real optou por estar em cima do acontecimento com uma toada lenta. Benzema e Ozil estavam bem mexidos e iam criando as primeiras jogadas de perigo. O Madrid estava a praticar um futebol muito aberto e muito flanqueado como é seu apanágio. Na primeira parte, o Real conquistava mas não tinha marcado. O APOEL raramente tinha saído do seu meio-campo. Nada de extraordinário perante o que vimos contra Porto e Lyon.

Ao intervalo, Ivan Jovanovic fazia lançar o veterano português Hélder Sousa. Aos 34″ este antigo jogador do trofense fazia a sua estreia na Champions e logo contra o Real de Mourinho.

Na 2ª parte, o Real carregou no acelerado. Começou a provocar cansaço no APOEL e os cipriotas começaram a baixar a guarda defensivamente lentamente. Até que Mourinho lança no jogo Kaka e Marcelo. A revitalização do flanco esquerdo vai original os golos do Real: a combinar bem com Benzema, seria o francês a marcar o primeiro golo e a duo brasileiro que saltou do banco a carimbar o 2º. O 3º seria uma obra prima de bom futebol entre Ronaldo, Ozil e Benzema. 3-0 para o Real num jogo tranquilo. Podem existir poupanças na 2ª mão em Madrid a pensar no jogo da Liga frente ao Valência.

Empate sensaborão no jogo de proa destes quartos-de-final da Champions. Esperava-se que o duelo entre Milan e Barcelona fosse colorido com golos.
Duas equipas que já se tinham defrontado na fase de grupos. Em Nou Camp, o Milan fez um jogo extraordinário conseguindo o empate a 2 bolas. Em San Siro, o Barcelona levou a melhor.

Barcelona a apresentar uma única alteração em relação ao one habitual no último mês: Seydou Keita a entrar no lugar de Thiago Alcântara. Pep Guardiola sabia de antemão que o meio-campo do Milan tem actuado de forma poderosa e quis desde logo mostrar interesse em colocar Keita (um jogador cheio de pulmão) no meio-campo para junto com Xavi e Fabrègas anular Seedorf, Ambrosini, Boateng e Nocerino.

Domínio total do Barça na partida. O Barça pecou apenas por falta de eficácia. É essa falta de eficácia que resume o empate obtido pelo Milan. Tirando os primeiros minutos onde os milaneses tentaram começar a mandar na partida, até por uma questão da necessidade de uma vitória expressiva que pudesse dar alguma tranquilidade em Nou Camp e de outra necessidade que se prendia em não entregar o domínio do jogo aos catalães, o resto do jogo seria dominado pelo Barça e as maiores oportunidades de golo iriam pertencer à equipa de Pep Guardiola.
Na primeira parte, não se fosse a falta de eficácia, o Barça poderia ter ído para os balneários a vencer por 2 ou 3. Oportunidades para tal teve de sobra: Keita, Aléxis, Messi e Xavi tiveram nos pés 5 soberanas oportunidades de golo. No entanto, a defesa do Milan, apesar de alguns desacertos menores ia conseguindo retardar a obtenção de um golo por parte da equipa “culé” e mesmo quando a defesa não dava conta do recado era Abiatti quem salvava a equipa de Max Allegri.

O Barça apostou num futebol diferente do que é habitual em San Siro. A circulação de bola não passou tanto pelos laterais. Daniel Alves ia subindo no terreno de forma amiúde e nunca apareceu na zona de finalização. Messi não apresentou as habituais jogadas de flexão do flanco direito para o centro do terreno, jogadas onde costuma ser letal em maior parte dos jogos. O Barça apostava mais em entrar pela defesa do Milan pelo centro do terreno, muito à custa de rápidas tabelinhas entre os 3 homens do meio-campo e Aléxis Sanchez. Seria o Chileno a provocar a decisão mais complicada da noite para a arbitragem: a meu entender não existe penalti. Aléxis embate contra Abbiati mas creio que o Chileno (apercebendo-se que tinha adiantado em demasia a bola) tenta cavar o contacto ao guarda-redes italiano.
O golo anulado a Messi nos minutos seguintes seria uma boa decisão do fiscal-de-linha.

Na 2ª parte, mais do mesmo. O Milan estava ligeiramente encostado às cordas. O Barça não deixava os milaneses armar o seu ataque com uma pressão alta ao nível da defesa milanesa. António Nocerino não conseguia receber a bola e construir de raiz. Em contrapartida, o Barça quando tinha a bola tratava imediatamente de tentar adormecer o Milan e esperar um erro da defensiva italiana para capitalizar. Esse erro esteve perto. Tanto Aléxis, como Messi como Puyol por intermédio de um canto tiveram novas oportunidades para marcar mas não era o dia do Barça.

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Já o Bayern voltou a provar que também quer vencer a Liga dos Campeões. No Vélodrome de Marselha, a turma local foi incapaz para travar a corrente de ataque dos Bávaros. Mário Gomez despachou o assunto ainda na primeira parte para uma eliminatória que todos sabíamos que não ia ter grande história para narrar.

Liga Europa:

De todos os adversários que podiam ter saído ao Sporting no sorteio dos quartos-de-final, pessoalmente creio que o Metalist foi o pior adversário que a turma leonina podia enfrentar. Isto porque apesar de se conhecerem alguns nomes da equipa ucraniana (composta principalmente por jogadores sul-americanos) o Sporting iria enfrentar uma equipa desconhecida dos palcos europeus, desconhecida do ponto de vista de potencial e forma de actuar e que tinha um registo impressionante nas fases anteriores da prova, tendo perdido alguns jogos em casa e tendo ganho outros fora, alguns deles em terrenos difíceis como é o caso do Olympiacos da Grécia, equipa que foi eliminada por este Metalist nos oitavos-de-final.

Sporting posicionado depois do vibrante sucesso diante do Manchester United. Do Metalist ficamos a conhecer que é uma equipa bem organizada a todos os níveis. Defendem de forma agressiva e atacam preferencialmente usando o contra-golpe onde tem jogadores talhados para o efeito, casos de Taison (bom jogador; um bocadito fiteiro e pouco objectivo na hora de concretizar as suas maravilhosas arrancadas pelo flanco) e Cleiton Xavier. Também fiquei impressionado com o avançado Cristaldo; Este avançado argentino de 23 anos que saltou do Velez Sarsfield para a Ucrania e que já foi convocado por Sérgio Batista para a selecção é um jogador que me impressionou pela sua dotação técnica.

O jogo começou com algumas desconcentrações da defensiva leonina, ainda fruto de uma fase de estudo ao futebol rápido e açucarado dos ucranianos. Do ponto de vista ofensivo, a equipa ucraniana colocou algumas dificuldades à turma leonina a partir do momento em que (com a lição de casa bem estudada) meteram o trinco Torres a marcar homem-a-homem Matías Fernandes (impedindo o Chileno de assumir a batuta do jogo ofensivo leonino) e meteram dois homens regularmente em cima de Stijn Schaars. Sem o holandês a armar jogo e o chileno a criar, o Sporting sentiu algumas dificuldades em construir oportunidades dignas de registo. Penso que a ideia do Metalist seria a de vencer fora. Os jogadores da turma ucraniana iam mudando o ritmo de jogo a seu bel-prazer. Quando o Sporting tentava ficar por cima na partida, a equipa ucraniana diminuía o ritmo da circulação de bola. Quando sentiam que o Sporting estava a entrar numa onde de bloqueio, os ucranianos impunham rapidos contra-ataques que a bem ou mal até ao final da primeira parte foram resolvidos pela defensiva leonina.

O que é certo é que na primeira parte o Sporting não teve bola nem oportunidades de golo. Para contar só o facto de Torsiglieri (central que já foi do Sporting e que este ano foi em primeiro lugar emprestado ao Metalist e depois vendido definitivamente aos ucranianos) recebeu um amarelo e como tal não irá jogar na 2ª mão. À semelhança do seu colega no centro da defesa Papa Gueye. Os dois fartaram-se de marcar com pitons os homens do ataque do Sporting e deveriam a meu ver ter visto mais do que um amarelo. Na 2ª parte existe mesmo o lance em que Torsiglieri perdeu a cabeça e numa disputa de bola com Jeffren atirou o jogador espanhol contra o banco de suplentes, motivo mais que suficiente para ver o cartão vermelho directo.

Na 2ª parte, a palestra de Sá Pinto fez efeitos. O Sporting voltou ao relvado com outra cara e decidiu aumentar o ritmo de jogo e procurar as alas, até então desaparecidas. Se até então apenas Carriço tinha tentado a sua sorte de longe por duas vezes e se numa desconcentração da defensiva ucraniana num livre cobrado por Matías Fernandes havia algum sururu na área ucraniana, eis que Capel e Izmailov escreveram a ouro o momento do jogo para o primeiro golo da partida. A seguir, foi Patrício quem valeu à turma leonina após remate de Cristaldo à entrada da área.

Os centrais do Metalist continuavam a ser duros e merecedores de algo mais que o amarelo. Taison continuava a querer desiqulibrar no flanco esquerdo. Sentindo a rapidez do brasileiro, João Pereira não fez a ala como é seu costume. O brasileiro fazia tudo bem excepto na hora de atirar; tanto não atirava a baliza como se atirava para o chão! Já Cleiton Xavier tinha desaparecido da partida e so voltou a aparecer aquando da grande penalidade do Metalist.
Aos 63″ veio outro dos momentos da partida quando Insua atirou um míssil para a baliza ucraniana, fazendo o 2-0.
Aproveitando a confortável vantagem, Sá Pinto tratou de a preservar. Tirou Carriço (esgotado após uma exibição de encher o olho) e meteu Renato Neto para dar mais poder de choque ao meio-campo do Sporting; refrescou também as alas, colocando Jeffren e Carrillo. Tanto o espanhol como o peruano tentaram várias investidas pelas alas e o Peruano poderia ter sido feliz num lance em que depois de uma cavalgada pela direita preferiu chutar com o seu pé mais fraco (esquerdo) quando poderia ter isolado Matías para o 3-0.

Veio a resposta ucraniana. Por duas vezes Patrício foi chamado a intervir aos pés adversários: primeiro Taison e depois o recém entrado Devic. Depois seria Taison a tentar de livre e Patrício a responder em voo. Era o Sporting que se fechava nos minutos finais para segurar a vantagem. Até que no minuto final Devic caiu na área leonina e o arbitro de baliza marcou penalti numa decisão errada. Cleiton Xavier amenizou a derrota ucraniana e levou a eliminatória muito viva para Kharkiv. O Sporting terá que sofrer para passar às meias-finais da prova.

“El Louco” Bielsa é o treinador da moda na actualidade futebolística. Não é para menos: o futebol seu Athletic tem deslumbrado tanto ao nível interno na Liga espanhola como ao nível internacional na Liga Europa.

Depois de ter eliminado o Manchester United da forma que eliminou (na 2ª mão no San Mamés Ferguson poderia ter saído goleado) a mais recente vítima do futebol total de Bielsa foi o Schalke 04. Engane-se quem pensa que é fácil ir a Gelsenkirchen jogar como o Athletic foi. Apesar de ser uma equipa alemã, existe algo que une o Schalke ao Athletic: um estilo de jogo latino, promovido na turma alemã por vários jogadores como Farfán, Jurado ou Raúl. Não nos podemos esquecer que esta equipa do Schalke fez na época passada um enorme brilharete na Champions, atingindo as meias-finais (onde foi eliminada pelo United) depois de ter estrangulado o Inter (campeão europeu em título na altura) com um brilhante 5-2 em Giuseppe Meazza.

Este Athletic de Bielsa é um enorme case study. É uma equipa que peca um pouco por jogar de forma aberta. Apesar de ter melhorado em muito com a descida posicional de Javi Martinez para o centro da defesa (Martinez já era um grande trinco e arrisca-se a ir pela Roja ao Europeu como central) é uma equipa que se expõe em muito ao contra-ataque das equipas adversárias. Isto porque Bielsa adopta um estilo de pressão muito alta aos adversários (logo à saída da grande área) que apesar do facto de estar a resultar lindamente na Liga Europa nos jogos efectuados pela turma basca.

Outro dos problemas desta Athletic de Bilbao é a tendência extrema que esta equipa tem para optimizar o seu ataque com Llorente como finalizador. Não é que o Bilbao não finalize em quantidade e em qualidade. O problema é que os bascos têm bons criativos (Susaeta, Muniain, De Marcos) mas todos eles não sabem finalizar e estão sempre à espreitar de oferecer golos ao seu ponta-de-lança.

Jogos impróprio para cardíacos na arena de Gelsenkirchen. O Bilbao começou melhor e capitalizou um erro do guarda-redes do Schalke. Depois viria a reviravolta alemã com o expoente máximo nos pés do maravilhoso Raúl. O Schalke alterou os guarda-redes e o Bilbao, actuando em contra-ataque, apenas se limitou a explorar os erros alemães. Se no 3º golo o guarda-redes alemão teve culpas, no 4º é caso para dizer que estava extremamente mal posicionado.
E o Athletic está nas meias-finais. Garantidamente. Poderá ser o próximo adversário do Sporting.

Nas restantes partidas, o Atlético de Madrid venceu o Hanover por 2-1 e o Valência perdeu no terreno do AZ Alkmaar por semelhante resultado:

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Honrar os vivos (e já agora os mortos)

Messi é um jogador fantástico. Leva a bola nos pés como se tivesse manteiga. Dribla como ninguém. É esguio, é rápido, é letal a finalizar. Em quase todos os jogos, leva equipas inteiras à frente e finaliza fintando o guarda-redes. Messi é aquele jogador que executa tão rapidamente que assume o seu jogo na base do risco. Basta um pedaço de terreno e Messi faz Magia. Até quando temos a noção que o defesa vai ser mais lesto a desarmá-lo ou a fazer falta, Messi surpreende com um toque mágico de ouro. É disciplinado e não treme perante a pressão. Já ganhou a Liga Espanhola, a Liga dos Campeões, a Supertaça Europeia e o Campeonato do Mundo de Clubes.

No entanto, Messi ainda não conseguiu aquilo que o pode comparar a El Pibe: ser campeão do mundo pela Argentina e chegar (como El Diez chegou) a uma cidade do Sul de Itália como Napoles, cujo clube clube estava na altura na 2ª divisão italiana e contrariar todos os arranjinhos que a Federação Italiana de Futebol fazia até então para que o dono do scudetto oscilasse entre Milão, Roma e Turim.

Costumo dizer que quando Messi chegar à categoria de um clube como a Cremonese ou o Macclesfield Town e levar essa equipa ao título máximo dos respectivos países, aí sim, Messi será para mim iconizado como o melhor jogador da história do futebol.

Não quero com isto tirar brilho aquele que para mim é o melhor jogador da actualidade. Não é aquele que mais gosto. Pelo meu gosto, adoro um Zlatan Ibrahimovic que finaliza constantemente em força, um Ronaldo que é esquivo, um Luka Modric que pensa todo o jogo de ataque de uma equipa e um Gareth Bale locomotiva. Entre outros…

Deixo-me de blá blá blá e passo de seguida aquilo que me motivou a escrever este post.

Nunca fui um fã do Barcelona. Fui sempre daqueles que simpatizei com a equipa consoante os craques que ia contratando. Nas eras Robson\Cruyff\Van Gaal gostava do Ronaldo (quando ainda era magro) do Couto, do Figo, do Baía, do Nadal e do De La Peña. No final da era Van Gaal e na estadia do Carles Rexach, adorava a manada de Holandeses que o clube tinha, com especial destaque para o Philip Cocu, um dos médios mais inteligentes que vi jogar na minha infância\adolescência. Também admirava o Cavalo Manco. Para leigos, era o nome pelo qual o Rivaldo era tratado carinhosamente pelos seus colegas da selecção Brasileira. O Cavalo Manco era elegante no passe, finalizava luxuosamente à entrada da área e fazendo jus ao ditado popular “cada tiro cada melro” podia-se traduzir que era “cada tiro, cada golo” de livre. Sempre ao canto num estilo de pés inconfundível.

Depois veio a era Rijkaard e a simplificação do modelo implantado 15 anos antes no clube pelo mítico Rinus Michells. A cantera começou a fornecer talentos e o Barça começou (pela necessidade de assimilação da unificada táctica de jogo da equipa) a capturar talentos a olho: Ronaldinho Gaúcho, Deco, Eric Abidal, Daniel Alves, Samuel Eto´o, David Villa, etc Todos eles já tiveram o seu tempo de “partir tudo” na Catalunha.

A estética bonita do futebol do Barcelona (diria eu à passagem dos anos 2006, 2007 e 2008) começou a soar-me como coisa feia nos dias que correm. Costumo dizer que quando o Barça joga, vou tirar uma soneca, tal é o grau de sono que aquele modelo de contenção de bola meu causa.

Fora-de-campo, o Barça é um clube com uma gestão de doidos e com um objectivo expresso.

A gestão do Barça oscila entre a captação de recursos e o esbanjamento puro e duro. É uma máquina de fazer dinheiro mas também é uma máquina de o gastar. Nou Camp chega a ter uma política em que os lugares lá de cima são comprados por várias pessoas na espécie de bilhete anual, cabendo aos primeiros milhares a chegar ao estádio a possibilidade de ver os jogos. Interrogados por mim, catalães disseram que não se importam de dar 1000 euros por um bilhete anual onde sabem que se chegarem atrasados vão ver a bola ao café no centro comercial. Querem sim é dar dinheiro ao clube porque o clube representa toda uma cidade, toda uma região e todo um sentimento separatista a Madrid. Dizem que se ultrapassaram o tempo do franquismo enquanto clube (os adeptos do Barça eram proíbidos de levar bandeiras e tarjas alusivas à equipa para Nou Camp) tem orgulho em mostrar a Madrid que são os mais fortes em território espanhol. Subliminarmente, até o próprio futebol catalão mostra uma ideia separatista ao criar aquela coisa estranha a que chamam Selecção da Catalunha.

O presidente do Barcelona Sandro Rosell, ligeiramente antes das eleições para o clube e ainda na pele de vice-presidente para a área financeira afirmou no final da época passada que o Barcelona não possuía um euro de capital próprio nas suas contas, estando para tal dependente do empréstimo de bancos. Rosell, banqueiro, sabe perfeitamente que existem poucos bancos no mundo que neguem um empréstimo a um dos mais endividados clubes mundiais. O Barcelona clube optou então que uma das soluções para enfrentar a austeridade seria fechar modalidades, o que acabou por não acontecer. A austeridade de Rosell era tanta que no defeso, o Barça não se importou de gastar 75 milhões de euros em 2 reforços: Cesc e Aléxis. Curioso.

Outro dado que já me fez escrever uma vez aqui no blog é o carácter exemplar do dirigismo barcelonista quanto ao patrocínio da UNICEF. Mais uma vez pego em Rosell. Em 2007 Rosell afirmava em tempos de vacas gordas que o Barça pagava o que fosse preciso para que a UNICEF tivesse um patrocínio na frente da camisola do clube. Anos passaram e a UNICEF passou para o dorso da camisola e deu lugar à Qatar Foundation a troco de 30 milhões\ano. A hipócrisia sem limites.

O separatismo Catalão é uma coisa dura como bem sabemos. O ódio a Madrid é visceral. No Barcelona, todos os produtos da cantera são dados como deuses porque lhes corre sangue catalão nas veias. Maradona vinha rotulado de Deus mas acabou por ser rapidamente chutado para Itália. Diziam eles que fazia um jogo genial por cada 5 maus. Maradona justificou-se que o tratamento que lhe davam em Barcelona era bastante inferior a paupérrimos colegas que saiam da cantera. Rivaldo, Cruyjff, Figo (antes de trocar para Madrid) Kubala, Ronaldinho e Messi são das raras excepções entre os estrangeiros que actuaram em Barcelona e que conseguiram ter um estatuto superior a qualquer jogador catalão. Se bem que Messi partilha o mesmo estatuto com Xavi, Iniesta, Piqué e Puyol. Figo partilhava-o com Guardiola e De La Peña.

É fantástico comparar este dado separatismo com o separatismo Basco. O Athletic de Bilbao tem como obrigatoriedade nos seus estatutos alinhar todos os jogos com jogadores nascidos no País Basco: tanto no do lado espanhol (inclui jogadores nascidos em Navarra, caso de Urzaiz) como do lado francês de onde já veio Bixente Lizarazu, antigo internacional Francês.  O Athletic Bilbao é inegavelmente uma das maiores escolas de formação do mundo. De Bilbao já saíram para o mundo jogaores como Rafael Alkorta, Belauste, Joseba Exteberria, Goikotxea, Ismael Urzaiz, Julen Guerrero, José Angel Iribar, Javier Irureta, Aitor Karanka, Andoni Zubizarreta, Uriarte e Júlio Salinas. Meia selecção espanhola dos últimos 2o anos portanto. Actualmente tem outros: Markel Susaeta, Iraola, Oscar de Marcos, Iker Muniain, Joseba Llorente, Javi Martinez. O Athletic de Bilbao tem uma gestão perfeita: só gasta aquilo que pode, tudo em ordenados pois raramente contrata um jogador e quando o contrata, contrata a clubes pequenos da periferia como o Deportivo Alavés, Baskonia, San Fermín ou a clubes fortes da região como o Osasuna ou Real Sociedad. O Athletic de Bilbao não tem 1\7 do potencial financeiro que ostenta o Barcelona e faz história (muita história) com aquilo que produz internamente.

Já o Barça gaba os títulos aos seus catalães de meia tigela e vence-os com os estrangeiros que compra a potes. Messi é só mais um exemplo.

Para finalizar, é bom ver como um clube adultera a sua própria história. Cliquem aqui.

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futeboladas

Campeonatos + Liga dos Campeões + Liga Europa.

Começamos pela Premier League

Depois do desaire europeu obtido na passada quinta-feira em Alvalade frente ao Sporting (já lá iremos) o Manchester City não podia ter um pior fim-de-semana ao perder a liderança da prova no País de Gales diante do Swansea.

A equipa do City voltou-se a mostrar apática e sem grandes recursos ofensivos. Do lado do Swansea, mais uma grande exibição de Scott Sinclair e de Joe Allen. O golo do Swansea haveria de ser apontado pelo avançado Luke Moore aos 83″, 4 minutos depois de ter entrado na partida para substituir Danny Graham. O City foi ultrapassado pelo seu rival United na classificação. Os Red Devils têm agora 67 pontos contra os 66 dos Citizens. Já o Swansea continua o seu campeonato tranquilo, sendo 11º com 36 pontos.

Os Citizens jogam quinta-feira no City of Manchester contra o Sporting para a 2ª mão dos oitavos-de-final da Liga Europa e segundo notícias da comunicação Britânica estão alertados para a goleada que o Sporting impôs ao Vitória de Guimarães em Alvalade.

Outra notícia que marca a actualidade do futebol inglês é o acordo praticamente consumado entre Manchester City e Robin Van Persie para a próxima temporada. O jogador termina contrato em 2013 e caso não queira renovar com o Arsenal, o clube de Londres poderá ter que ser obrigado a vendê-lo para poder conseguir alguns activos. O City estará disposto a ter o jogador já na próxima época, estando disposto a pagar algo como 25 milhões de euros pelo mesmo a um ano do fim do contrato. Arséne Wenger já veio manifestar o desejo de continuar a orientar o Holandês, esperando que o mesmo renove pelos Gunners até ao fim desta época.

Para ultrapassar o City na tabela classificativa, o United bateu em casa o West Bromwich Albion por 2-0. Tal e qual o City, o United também vinha de uma derrota para a Liga Europa. No entanto, no caso do United, a derrota era moralmente mais frustrante: em casa, por 3-2 (hipóteses mais reduzidas de se qualificar) frente a um Athletic de Bilbao com uma dose energética e um futebol que decerto não se adivinhava por Old-Trafford. O jogo contra o Athletic tinha sido parecido (mas de resultado pior) com o jogo de Outubro frente ao Basileia em Old-Trafford para a Liga dos Campeões.

O WBA fez um jogo bastante interessante, um jogo um pouco semelhante aquele que tinha feito em Londres na semana anterior. No entanto, os jogadores do WBA falharam muitas oportunidades de golo na 1ª parte. Na 2ª parte, Wayne Rooney haveria de ser oportuno em duas situações e selar o resultado final. 25º e 26º golo do avançado inglês na prova, facto que o levou a ultrapassar Robin Van Persie na lista dos melhores marcadores.

Quem continua em altas é o Arsenal de Arséne Wenger. 4ª vitória consecutiva contra 4º rival de topo. O Arsenal conta com um rally interessante nesta fase da temporada: bateu o Tottenham por 5-2, o Liverpool em Anfield por 2-1, o Milan por 3-0 (insuficiente; já la vamos) e agora o Newcastle por 2-1.

Hatem Ben Arfa até abriu o marcador para os magpies aos 14″ num belo trabalho individual, sendo a vantagem dos homens do norte rapidamente anulada por um golo no minuto seguinte por parte do inevitável Robin Van Persie também num belo trabalho individual. Depois de um domínio quase absoluto no Arsenal na 2ª parte, seria o Belga Thomas Vermaelen a selar a vitória da equipa comandada por Wenger.

O jogo ficaria marcado por uma intensa picardia entre holandeses. O guardião magpie Tim Krul (tem-se destacado e muito nesta época) e Robin Van Persie andaram pegados durante toda a partida e chegaram mesmo a vias de facto em pleno relvado. Van Persie como se sabe é da formação do Feyenoord enquanto Krul cresceu no modesto ADO Den Haag (equipa que oscila entre a Eredivisie e a 2ª divisão holandesa). Krul fez uma boa exibição assim como o central Argentino Fabricio Coloccini (recentemente renovou por mais 4 épocas com o Newcastle onde de resto é muito acarinhado pela massa associativa) que só pecou por ter dado aquela abévia a Van Persie no lance do golo. De resto, apesar do golo, Van Persie mostrou muita virilidade durante toda a partida. Segundo o árbitro da partida, houve confusão no túnel de acesso ao balneários no final da partida.

O Arsenal aproveitou a escorregadela do Tottenham no Goodison Park frente ao Everton. O Croata Nikica Jelavic voltou a fazer duas suas. O Croata já leva 15 golos esta época. A equipa de Harry Redknapp começa a olhar pelo retrovisor para o Arsenal. A distância entre os rivais de Londres na luta pelo 3º lugar (qualificação directa para a Champions) é de apenas 1 ponto.

Já o Chelsea também continua na luta pela Champions. Em vésperas de confronto europeu contra o Napoli em Stamford Bridge, os comandados de Di Matteo (falou-se na possibilidade de Rafa Benitez tomar conta da equipa nos próximos dias) bateram o sempre difícil Stoke por 1-0 em Londres.

Di Matteo tem escalado um onze completamente diferente de Villas-Boas. Mata, Sturridge e David Luiz são presenças no banco em prol das entradas de Obi Mikel, Salomou Kalou e Gary Cahill para o onze titular.

O Stoke de Tony Pulis começou mal a partida com a expulsão do avançado Jamaicano Ricardo Fuller aos 25″ depois de uma agressão ao sérvio Ivanovic. Di Matteo alterou tudo ainda na primeira parte: aproveitando o facto do Stoke se ter retraído com a expulsão de Fuller, tirou Meireles e colocou Mata em campo. Com resultados. Aos 68″ seria Didier Drogba a marcar o golo da vitória dos Londrinos.

Outros jogos:

Bolton 2-1 Queens Park Rangers – Duelo de aflitos. O Bolton trocou de posição com o QPR graças a esta vitória caseira saíndo dos lugares de despromoção. O golo do Croata Klasnic aos 86″ pode valer ouro.

Sunderland 1-0 Liverpool – A equipa de Dalglish vive novo mau momento. A derrota em Sunderland mete a Europa a 7 pontos. Anfield não terá competições europeias na próxima época mais uma vez.

Liga Italiana:

Bom augúrio para o Napoli antes de visitar Stamford Bridge. 6-3 ao Cagliari. A equipa de Mazzarri continua a trepar lugares na série A sendo agora 4ª a 11 pontos do líder Milan.

Marek Hamsik inaugurou o marcador com um tiro de meia distância aos 10″. Paolo Cannavaro haveria de fixar o 2-0 9 minutos mais tarde. Aos 30″, o Napoli já vencia 3-0. Depois veio o vendaval Larrivey com um hat-trick para os homens da Sardenha e os golos de Lavezzi, Gargano e Maggio quando a vitória do Napoli já era indiscutível. Dos 9 golos da partida, apesar de só ter entrado aos 59″, Edinson Cavani não apontou nenhum. Porém, esta máquina de Mazarri está bem oleada e promete surpreender.

Aproveitando o empate da Juve em Genova, o Milan não vacilou e aumentou a sua vantagem na liderança para 4 pontos. Antonio Nocerino e Zlatan Ibrahimovic foram os obreiros da vitória contra o Lecce. O Milan continua em todas as frente. O Sueco apontou o seu 19º golo na Série A.

Quem saiu da luta pelo título foi a Lazio. Os comandados de Edy Reja não deram um bom percurso á vitória no derby contra a Roma e perderam 3-1 contra o Bologna. Grande jogo de Alessandro Diamanti. A lazio está agora a 9 pontos da liderança.
No mesmo plano, a Udinese perdeu no terreno do Novara por 1-0. Balão de oxigénio para o Novara. Mesmo assim tem 11 pontos de diferença para o primeiro lugar acima da linha de água.

Na sexta-feira, o Inter jogou mais um matchpoint com vista à qualificação para as competições europeias, vencendo o Chievo por 2-0 com golos tardios da dupla argentina Walter Samuel e Diego Milito. A equipa de Claudio Ranieri voltou a demonstrar enormes problemas de finalização e encontrou (como a Juventus tinha encontrado na jornada anterior) um Stefano Sorrentino inspirado na baliza do Chievo. É caso para dizer que este guarda-redes é o “abono de família” da equipa de Doménico Di Carlo. Quando não era Sorrentino a aliviar a defesa do Chievo, era o poste ou a fraca pontaria dos jogadores do Inter a evitar a vitória dos Milaneses. Até que Walter Samuel deu o triunfo merecido aos milaneses e Diego Milito confirmou-o.

Nesta luta, a Roma também venceu. 1-0 em Palermo com o 9º golo de Fabio Borini na época.

Liga Espanhola:

Mais uma batalha para Mourinho e para o Real em véspera de Champions. O Estádio Benito VillamaBrin trouxe um Bétis muito afoito na 1ª parte. A necessidade assim o obriga aos sevilhanos derivado da sua posição pouco consolidada na tabela (15º com 6 pontos à maior da linha de água). O Bétis inaugurou o marcador aos 10″ por intermédio de Molina. Passado 15 minutos, o Argentino Gonzalo Higuaín aproveitou o facto do lateral português Nelson o ter posto em jogo para estabelecer o empate e o seu 17º golo na Liga.

Depois, já na 2ª parte, viria o furacão Cristiano Ronaldo: primeiro a obrigar aos 47″ o guarda-redes sevilhano Fabrício a uma defesa do outro mundo e depois, 5 minutos mais tarde, a estabelecer o 2-1 num lance confuso em que a defesa do Bétis esteve novamente a dormir. A posição de Ronaldo é legal aquando do toque de Marcelo. 3 minutos depois o Bétis empataria a partida por intermédio de Jonathan. Aos 72″, Ronaldo puxou do gatilho para estabelecer o resultado final.

O título está cada vez mais próxima para o Real, no jogo que comemorou a vitória 100 de Ronaldo pelos Merengues. Em evidência no jogo Marcelo. O Brasileiro atacou quanto pode e foi um regalo não só vê-lo a cavalgar pelo flanco esquerdo durante toda a partida como vê-lo a aparecer em zona de finalização variadíssimas vezes.

O jogo ficou ainda marcado por um erro gigantesco da arbitragem ao não assinalar nos minutos finais uma grande penalidade claríssima a favor do Bétis por ostensivo corte com o braço de Sérgio Ramos.

No El Sardiñero em Santander, o Barça manteve a distância de 10 pontos para o Real. Messi coroou uma semana em cheio a nível pessoal com 7 golos em 2 jogos. Incrível.

Outros jogos:

Real Sociedad 3-0 Zaragoça – A equipa de Ruben Micael e Hélder Postiga é cada vez mais última. 9 são o número de pontos que os distanciam do primeiro lugar acima da linha de água.

Málaga 1-0 Levante – Jogo decisivo para ambas as formações na luta pelos lugares europeus. Com Eliseu titular a lateral-esquerdo foi o internacional venezuelano José Rondón que deu a vitória ao Málaga frente ao sensacional Levante. A equipa de Manuel Pellegrini subiu ao 4º lugar (lugar que garante os playoffs de Champions) por troca com a equipa de Valência.

Valência 2-2 Mallorca – No Mestalla, os comandados de Unai Emery escorregaram frente ao Mallorca e abriram a porta ao Málaga na luta por um lugar directo na Champions (os valencianos tem 4 pontos de vantagem para os malaguenhos e 6 para Osasuna e Levante). Sem Portugueses nos convocados, Tino Costa abriu o marcador aos 23″ e haveria de ser expulso aos 85″. Aduriz elevaria o marcador para 2-0 aos 42″. Na segunda parte Nsue e Victor empatariam a partida para os maiorquinos.

Sporting de Gijón 1-0 Sevilla – Os Sevillanos vão de mal a pior. A equipa de Reyés, Rakitic, Kanouté, Fernando Navarro, Julién Escudé, Manu Del Moral, Jesus Navas, Babá e Piotr Trochowski estabeleceu no início da época como objectivos voltar a um lugar que lhe desse acesso à Liga dos Campeões. Com a derrota em Gijón (penúltimo com 24 pontos) com golo do Português André Castro, os Sevillhanos não só estão longe dos lugares europeus (a 5 pontos do Levante) como começam a ver os últimos lugares a aproximarem-se (distam a 9 pontos da linha de água)

Osasuna 2-1 Athletic de Bilbao – No duelo regional (Navarra e País Basco são duas regiões próximas mas independentes mas os bascos reclamam Navarra como seu territorio, facto que é partilhado pelos Navarrenhos) o Athletic não recuperou fisicamente do triunfo extraordinário que tinha tido 3 dias antes em Old-Trafford frente ao United. Num jogo interessante que tinha como motivo especial o facto de ambas as equipas estarem a lutar por lugares europeus, o Osasuna foi mais forte vencendo por 2-1 com golos de Raúl Garcia e Iturraspe na própria baliza. Llorente reduziu para os bascos.

Liga Francesa:

Carlo Ancelotti tem razões para sorrir nesta jornada. O PSG foi ao terreno do Dijon ganhar por 2-1 com um golo de última hora de Kevin Gameiro em cima do minuto 90. O Dijon caiu para a linha de água da prova.

O Montpellier continua a liderar a oposição aos parisienses. A equipa de Hilton, Marco Estrada e John Utaka venceu o Caen por 3-0 em casa e continua a 1 ponto do líder.

No jogo alto da jornada em França, Sir. Alex Ferguson (em observação a jogadores das duas equipas como Michel Bastos, Eden Hazard e Alexandre Lacazette) esteve no Gerland para assistir à vitória do Lyon frente ao Lille por 2-1. O campeão em título da Ligue 1 disse adeus à renovação do título. Alexandre Lacazette esteve novamente em grande ao abrir o marcador aos 12″. O jovem francês de 20 anos arrisca-se a ganhar um lugar na sua selecção para o Europeu. Lisandro Lopez também marcou aos 39″ o seu 9º golo no campeonato deste ano. O Lyon está no 7º lugar com 43 pontos, a 1 dos lugares europeus e a 4 do 3º que é precisamente o Lille

No que toca a luta pela europa, o Lyon aproveitou mais uma escorregadela de Marselha (0-1 em Ajaccio) o empate do Toulouse a 1 bola e o empate do Rennes em casa contra o Auxerre. Os outros grandes vencedores da jornada foram o Bordéus que venceu em Brest por 2-0 e o Saint Ettiène (4º classificado) que bateu o Valenciennes fora por 2-1.

Na luta pela Europa a classificação em frança resume-se a este cenário: 3º Lille 47 pontos; 4º Saint Ettiène com 46 pontos; 5º Rennes com 44 pontos; 6º Toulouse com 44 pontos; 7º Lyon com 43 pontos; 8º Marseille com 39 pontos e 9º Bordéus também com 43 pontos.

A luta pela permanência também está vivaça. Do 11º (Valenciennes com 33 pontos) ao último (Sochaux) há um gap de apenas 9 pontos.

Liga Alemã:

O Borússia de Dortmund cedeu no terreno do modesto Augsburg num empate a 0 bolas e viu o Bayern cilindrar em casa o Hoffenheim por 7-1.

O Bayern marca 14 golos em 2 jogos visto que ontem também cilindrou o Basileia para a Champions por incríveis 7-0.

Do jogo de sábado, uma exibição colectiva fantástica dos Bávaros. A equipa de Jupp Heynckes está disposta a acabar a época em grande forma. Arjen Robben bisou na partida, Mario Gomez fez um hat-trick e Toni Kroos e Luis Gustavo fecharam a contagem para os bávaros num jogo que Ribéry teve o azar de marcar o único auto-golo da sua carreira!

O Bayern pratica aquele futebol bonito e eficaz. Misto de dureza (à boa moda alemã) com um futebol apoiado e flanqueado com conta, peso e medida. Arjen Robben e Franck Ribéry aparecem com um enorme pico de forma nesta altura do campeonato e Mario Gomez é uma autêntica máquina de marcar golos: já leva 21 na Bundesliga desta época.

Se quiserem dar uma vista de olhos, vale a pena ver o resumo desta partida.

O 3º (Borussia de Moenchagladbach) perdeu algum contacto com os da frente depois de empatar a 0 bolas em casa contra o Freiburg. O Estugarda também empatou em casa contra o Kaiserlautern e atrasou-se na luta pelos lugares europeus.
O Bayer de Leverkusen continua com uma enorme dor de cabeça. Depois dos 7 de Barcelona, perdeu contra o Wolfsburg de Félix Magath por 3-2 num jogo de loucos onde até começou melhor com um golo de Kiessling aos 3″.
Em apuros está novamente o Hertha de Berlim (regressou à Bundes esta época) depois de ter perdido 1-0 contra o Colónia de Podolski. Se os homens de Colónia saíram dos lugares perigosos, o Hertha está neste momento em 16º lugar, lugar que obriga no fim de cada época a equipa da Bundesliga a jogar contra a 3ª classificada da 2ª Bundesliga por uma vaga no principal escalão do futebol alemão.

Liga dos Campeões:

A tarefa avizinhava-se complicada para o Benfica. Depois do 2-3 de São Petersburgo, previa-se um Zenit altamente defensivo, um pouco à semelhança daquilo que tinha feito em Dezembro no Estádio do Dragão frente ao Porto no jogo referente á última jornada da fase de grupos.

O Benfica não podia contar com Aimar (castigado por 1 jogo por acumulação de amarelos) jogador que seria (mais do que em outros jogos) essencial para o benfica conseguir perfurar os blocos defensivos do Zenit.

Luciano Spalletti mostrou desde logo as suas intenções na Luz: defender o resultado obtido na Rússia. Na Luz, Spalletti abdicou de Bruno Alves por considerar que o jogador poderia sofrer com a pressão imposta pelos adeptos encarnados. Voltou a apostar em Lombaerts no centro da defesa e numa equipa a jogar em bloco. Voltou também a apostar numa equipa ultra-defensiva, contendo apenas 3 jogadores de cariz atacante: Semak, Bystrov e Kerzhakov.

Já Jorge Jesus perante as ausências de Garay e de Aimar, fez regressar Rodrigo (apostando no brasileiro a fazer de Aimar) e apostou em Jardel para o centro da defesa.
Na primeira parte, até ao golo de Witsel, nada de novo. O Benfica estava a sentir dificuldades na construção de jogo ofensivo graças à enorme muralha de jogadores que o Zenit punha em frente à sua baliza. Apenas Maxi Pereira na direita dava mostras de ser o jogador mais inconformado no Benfica com rápidas incursões pelo flanco direito. Malafeev foi obrigado a intervir duas vezes: uma a remate de Bruno César e outra a remate de Witsel. Do outro lado, o Zenit jogava de forma lenta e pouco incisiva. Antes do golo, Artur quis brincar na pequena área e acabou por entregar a bola mal para Luisão que a perdeu para um jogador russo, tendo este rematado à figura do guarda-redes brasileiro quando este recuava na área.
Depois veio o golo de Witsel e a explosão de alegria na Luz.

Na 2º parte, Bruno Alves entrou mas o Zenit não conseguiu sair da teia defensiva urdida pelo seu treinador. Os Russos pouco ou nada causaram de perigo à baliza de Artur Moraes. Para o final estava guardado o 2-0 por intermédio de Nélson Oliveira, matando por completo uma partida em que o Benfica fez mais do que o Zenit para passar os quartos-de-final.

A surpresa esteve perto de acontecer no Emirates.

Quando o Milan fechou com chave de ouro o jogo da primeira mão em San Siro por concludentes 4-0 (grandes exibições de Robinho e Ibra) ninguém esperava uma viagem tão atribulada a Londres no lado milanês.

Com o decorrer do jogo de Londres, chegou-se a temer uma reviravolta semelhante aquela que o Milan sofreu no embate da 2ª mão dos quartos-de-final da Champions na época 2003\2004 no Riazor da Corunha em que depois de um 4-1 em Milão sofreu um escandaloso 4-0 na Corunha, num jogo em que Alessandro Nesta esteve mal na fotografia de todos os golos galegos.

Como equipa que ganha não se mexe, Massimiliano Allegri voltou a apostar num 11 que se tem repetido várias vezes no último mês: Abbiati; Abate, Mexés, Thiago Silva e Mesbah; Emanuelson, Nocerino, Van Bommel; Robinho, El Shaarawy e Ibrahimovic. Do lado do Arsenal apenas uma modificação em relação ao 11 habitual da equipa: a entrada de Oxlade-Chamberlain a titular e a saída dos convocados de Benayoun por lesão.

Seria o jovem de 18 anos contratado esta época ao Southampton por 12 milhões de libras a colocar a bola na cabeça de Laurent Koscilny para o primeiro golo da partida. Como bom portento de velocidade e técnica que é seria o extremo a partir Djamel Mesbah aos bocados no lance do 2º golo (Rosicky) onde é o experiente Thiago Silva a cortar para os pés do checo. O Milan tremia em Londres. O mesmo haveria de partir novamente Mesbah no lance do penalty que Robin Van Persie iria transformar ao minuto 43. Ao intervalo 3-0.

Isso obrigou Allegri a intervir na sua equipa que apareceu muito mais defensiva na 2ª parte. Emanuelson deixava de ser número 10 e passava a jogar na esquerda para ajudar Mesbah a controlar Oxlade-Chamberlain. Robinho passava a 10. El Sharaawy saíria aos 70 minutos para entrar Aquilani, um jogador mais forte, mais físico e com maior capacidade de retenção de bola a meio campo. A coisa saiu bem a Allegri. O Arsenal tentou o 4º golo mas não conseguiu. Foi uma eliminatória bipolar: o Milan ridicularizou o Arsenal em Milão e o Arsenal ridicularizou o Milan nos primeiros 45 minutos de Londres. Qualquer uma das equipas pelo que fez merecia passar.

No final de jogo, Wènger estava triste pela eliminação mas de cabeça erguida quanto à prestação da sua equipa: “I told my players they can be proud of their performance. Overall I felt we were a bit short because we had no midfielders on the bench and we suffered a little bit when we tired in the second half. We wanted to keep the ball better but we became more fatigued and I’m sure we would have scored two or three more goals in the second half. “We put a performance in with fantastic spirit and restored some pride after the first leg. Unfortunately we are out” but we had the chances. Overall we keep our winning run going, which is important, but unfortunately we paid the price for a bad first game.

We knew we had given a lot [in the first half]. Some players are not used to playing at that level in midfield, like Chamberlain. You need to score goals and not concede against teams like that. Our defenders were absolutely outstanding today. Overall we have given everything and that’s all you can do at the top level. We accept the result even if it’s a disappointing one.

[Oxlade-Chamberlain] was sick last night − we weren’t sure he would play because he had flu. In the end we decided to check him in the warm-up and I felt he was outstanding. Van Persie wanted to chip the goalkeeper because he was down, but he got up very quickly − Abbiati did well and we couldn’t score. I hoped in the last ten to 15 minutes we could create some dangerous situations in front of goal but, unfortunately, it didn’t happen because we didn’t have enough drive anymore.”

E Allegri aliviado:
“We have to analyse this defeat. Due to injuries we had to play with three forwards and I knew we could suffer a bit in defence. We created a few good chances to score in the second half. We are disappointed about the defeat but it was important to qualify. We are among the best eight in Europe and now we will have some players back from injuries and hopefully we can do better with them.

I don’t think we were scared, as fortunately we had earned an important result in the first leg. At the break I told the players to think it was still 0-0 because we could not change what we had done in the first half. We failed to complete crucial passes tonight and that’s why we did not score. I knew we might have some difficulties because Arsenal are not the team we saw in San Siro and because we had too many players missing tonight, so I did not have many options.

This could be an important game in the season. Elimination tonight could have been a terrible blow for the team. However, our objective was to reach the quarter-finals and we achieved it. The approach was not good tonight. We were too soft, especially when we were trying to keep possession, and we should have played from the start the way we did in the second half, trying to push forward for a goal. “We are disappointed about the defeat and the way we played in the first half but, in the end, we qualified”, even if the team made me lose some weight due to stress.”

Duas coisas singelas:
1ª Não é só o Barcelona que joga muito nem Messi, se bem que o Argentino esteve louco nesta partida.
2ª É mesmo o Bayer de Leverkusen que não joga nada e não lhes reconheço capacidades para andarem nestes patamares.

Como dizia o Sport na sua página online nessa noite: “Messi passou a sua dor de cabeça ao Bayer” – um bom trocadilho feito pelos catalães ao Bayer de Leverkusen, clube detido pela conhecida farmacêutica das aspirinas.

E de facto, o Bayer veio com a ideia de provocar uma dor de cabeça a Guardiola e acabou cheio de enxaquecas. Com um 3-1 de Leverkusen, o Bayer tentou complicar a vida ao Barcelona por intermédio de pressão alta à construção de jogo dos defesas e médios catalães. Ora bem, quem não tem perninhas não inventa. O treinador Robin Dutt tentou convencer que seria a melhor estratégia para derrotar os Barcelonistas. Enganou-se: foi um festival de Messi perante uma defesa de Leverkusen completamente autista a vender a banda passar. E o jovem Tello entrou na segunda parte e logo que tocou na bola abriu um livro numa jogada em que vos aconselho a ver e rever.

Messi estabeleceu a mão cheia de golos na Champions, levando agora 12. Novo record à vista?

Jogo de uma vida em Nicósia.

O APOEL não contava de maneira alguma chegar a Fevereiro e permanecer nas competições europeias. Digo “permanecer nas competições europeias” porque com um grupo como Zenit, Shaktar e Porto, o APOEL era o bombo da festa. Utilizei bem o tempo verbal: era. O APOEL fez o que fez na fase de grupos. Perdeu em Lyon por 1-0 num jogo em que os franceses viram-se da cor da Grécia para obter um golo e foram a Chipre enfrentar um adversário motivado, disciplinado, defensivo, forte no contra-golpe e com milhares de adeptos doidos a cantar.

90 minutos a ferro e fogo. O APOEL tentava utilizar o segredo do costume: defender e sair no contra-golpe sem descurar a sua organização. O Lyon tentava segurar a vantagem o máximo que podia. O nosso conhecido Manduca pôs o GSP Stadium de Nicósia ao rubro aos 9″. Vi inclusive na review da Champions declarações do técnico do APOEL Ivan Jovanovic a apelidar este jogo como o “jogo de uma vida” para o clube cipriota. Nada mais correcto. Findos os 90 minutos, quis o destino que o jogo fosse para prolongamento dados uns erros praticados pela arbitragem comandada pelo espanhol Alberto Undiano Mallenco a favor da equipa francesa.

O jogo foi para as grandes penalidades. Aí brilhou Chiotis, guarda-redes cipriota. O APOEL está nos quartos-de-final. E o mais incrível é que pode ir mais longe. Benfica, Marselha e hipoteticamente CSKA e Napoli poderão ser equipas ao seu perfeito alcance.

Depois de ter vencido no St Jakob´s Park o Bayern por 1-0, a jovem e promissora equipa do Basileia não merecia de ser eliminada desta forma depois da campanha que fez na fase de grupos.

Apesar do esforço, é pena o Basileia ter apanhado este super bayern no pico de forma da época. O Bayern dá mais 7 (como viram em cima já tinha dado 7 no campeonato ao Hoffenheim) e volta a dar 7 na Champions (em 2008\2009) deu 7 ao Sporting nesta fase no Allianz Arena.

Jogo sem história. O Bayern entrou a matar. Robben aos 11″ tem uma enorme classe na sua finalização, apesar da sorte que fez com que a bola viesse parar caprichosamente nos pés do Holandês depois de um ressalto de um defensor do Basileia. Apesar dos dois golos, Arjen Robben fez uma exibição de sonho. Depois, foi o vendaval Mario Gomez (poker) com dois golos pelo meio de Robben e Muller. Mario Gomez está ao despique com Messi e Ronaldo pelo título de pichichi da competição (quem sabe o record de mais golos numa só edição) levando o alemão 11 golos na presente edição.

Esta eliminatória entre Inter e Marselha esteve embruxada. Se não esteve embruxada, é caso para se dizer que o Marselha teve a dita “estrelinha de campeão”. Se no aborrecido jogo do Velodrome já tinha vencido a partida com um golo do Ganês André Ayew já para lá da hora, no Giuseppe Meazza, num jogo em que o Inter até começou a contar com um golo de Milito às três pancadas num momento de jogo em que o desespero já se começava a apoderar dos milaneses, o Inter merecia mais do que a fraca sorte de ser eliminado com um golo de Brandão aos 90+2. Pazzini ainda deu a vitória ao Inter na última jogada do encontro, mas não havia mais nada a fazer.

Fico com a impressão que Brandão faz falta no lance do golo do Marselha sobre o central do inter Lúcio.

Liga Europa:

Incontornável.

A vitória da raça e do querer. A vitória do David contra o Golias. Grande exibição do Sporting. Personalizada e organizada tanto a atacar como a defender.

Primeira parte bem disputada em que o City não quis arriscar do ponto de vista ofensivo. Tirando um lance em que Kolo Touré subiu ao 3º andar para cabecear para brilhante defesa de Rui Patrício e outro em que Gareth Barry atirou à entrada da área a rasar o poste direito da baliza de Rui Patrício. Do lado do Sporting, muita atitude por parte da equipa com especial destaque para o flanco direito onde João Pereira foi muito assertivo a subir e a desiquilibrar, com a ajuda ora de Izmailov ora de Matias Fernandez, todos com muita garra no 1 para 1 contra jogadores do City. Lances de destaque na primeira parte foram o remate de Schaars do meio da rua depois de Joe Hart ter cabeceado a bola fora da área, um lance em que João Pereira embalado remata da direita obrigando Hart a uma defesa de recurso.

O Sporting nunca se amedrontou perante o City e entrou no 2º tempo com modos de resolver o jogo. Matías Fernandez bate um livre venenoso e Xandão faz o que faz na cara de Joe Hart. Passado alguns minutos é Izmailov quem fura e quem dá o golo a Ricky Van Wolfswinkel que na cara de Hart não consegue o 2-0 para muita pena minha. Até que Mancini faz avançar a equipa com as entradas de Nasri e Balotelli. Por duas ou três situações o City poderia ter marcado. Pelo meio até há uma jogada individual de Balotelli em que o Italiano toma a linha e cruza de letra para fraca finalização de Aguero. Pelo meio também há um pontapé do meio da rua de Kolarov que passa novamente perto da baliza do Sporting e várias provocações e faltas (o normal) de João Pereira a Balotelli que valem o amarelo que afasta o lateral do jogo da 2ª mão no City of Manchester.

A jogar em casa, contra uma equipa que muitos diziam que ia massacrar o Sporting com uma goleada, a turma de Ricardo Sá Pinto cumpriu mais que os serviços mínimos (esperava na melhor das hipóteses um empate a 0 bolas) e convenceu todos aqueles que se deslocaram a Alvalade. Quinta-feira veremos se este Sporting terá estofo para aguentar este resultado.

Apesar do mau momento interno, o Atlético tem estado muito bem na Liga Europa. Nos 32 avos-de-final já tinha eliminado a Lazio com um 3-1 em Roma e 1-0 em Madrid. O Atlético de Simeone espalha charme na Europa e nos oitavos-de-final quis despachar o Besiktas em Madrid. Não conseguiu totalmente por culpa de Simão Sabrosa. Salvio (2) e Adrián deram 3 golos sem resposta na primeira parte. No entanto, espera-lhes o Inonu na 2ª mão.

O Besilktas está algo enfraquecido. Culpa disso os vários problemas internos que estão a acontecer no clube. Não só o facto de alguns dos seus dirigentes ainda estarem sobre alçada preventiva da justiça turca mas também o caso de indisciplina protagonizado por Ricardo Quaresma, caso que alegadamente terá motivado Carlos Carvalhal a encostar a direcção à parede quanto à saída do internacional português do clube. Carvalhal deverá ter dito à direcção que ou saía ele ou saía Quaresma.

Carvalhal veio ontem desmentir no site oficial do clube a notícia veículada pelos órgãos de comunicação social com as seguintes palavras: “Desminto totalmente as afirmações que vieram a público ontem. O Quaresma é um jogador muito importante, mas o meu trabalho é garantir organização e disciplina no trabalho”

Partida da ronda. O Athletic foi a Old-Trafford fazer um dos melhores jogos da sua história. O lance do primeiro golo do Manchester é um lance de génio. O passe para o 2º golo do Athletic protagonizado pelo jovem fenómeno Muniain para Oscar de Marcos é algo do outro mundo. Este Athletic de Bilbao de Bielsa é um portento de futebol bonito. Nem a adaptação (bem conseguida) de Javi Martinez a central tem tirado brilho ao futebol praticado pela equipa comandada pelo consagrado técnico Chileno. Aliás, mesmo a central, Javi Martinez é alvo da cobiça de Barcelona e Real Madrid, não devendo sair de Bilbao por menos de 40\45 milhões de euros. No 3º golo dos bascos, culpa para De Gea. No entanto, urge-me fazer mais um reparo à equipa do Bilbao: é uma equipa muito forte a sair no contra-golpe. Também tem homens para isso, casos de Muniain, De Marcos, Herrera ou David Lopez.

O penalty de Rooney ainda amenizou a derrota. O Manchester de Sir. Alex Ferguson subestimou o adversário, na medida em que tinha por exemplo em Outubro subestimado o Benfica e o Basileia na fase de grupos da Champions. Avizinha-se uma tarefa muito difícil para os Red Devils amanhã no quentíssimo San Mamés de Bilbao.

Óscar de Marcos declarou que marcar em Old-Trafford fez do dia 8 de Março um dia que nunca mais iria esquecer durante a sua vida: “The key thing was, we had the ball the whole game. It is our philosophy, as the manager has taught us, to keep the ball and thanks to this we created a lot of chances. “[Scoring at Old Trafford] is something I won’t forget as long as I live, I will always remember it. I’m thrilled. This is a night to smile, to enjoy – all our fans have enjoyed it and it is great for everyone who has always supported us”.

It is clear that 3-2 keeps them in it more, unfortunately it was my handball [for Wayne Rooney’s late penalty]. It is a shame after all the work the team put in, but we have to be happy with the result. Before we came everyone would have taken a win at the ‘Theatre of Dreams’. The coach is putting it in our heads that nobody is better than us, that we can compete with any team and we did that against one of the best teams in the world.”

Mais um jogo de alto gabarito. Apesar do 4-2 para o Valência no final da 1ª mão, nada está resolvido para a equipa de Unay Emery. Início horrível da defesa do PSV. Nos primeiros 13 minutos haveria de conceder dois golos: o primeiro por via do central sub-21 espanhol Victor Ruiz, saltando por cima de tudo e todos na bica da baliza e o segundo num auto-golo muito azarado de Manolev. 3-0 aos 42″ por intermédio de Roberto Soldado fazia parecer que a eliminatória fecharia no Mestalla. Piatti elevaria para 4-0. Eis que o PSV num golpe de mérito conseguiu dois golos nos minutos finais e leva a eliminatória viva para a Phillips Arena. No entanto, não creio que os comandados de Fred Rutten tenham capacidade para derrubar o Valência.

Outros resultados:

Metallist 0-1 Olympiacos – Contra uma equipa muito organizada e imprevisível, os gregos do Olympiacos venceram na Ucrânia por 0-1 o Metallist e tem um pé nos quartos-de-final.

Standard de Liège 2-2 Hanover 96 – Tudo em aberto para a 2ª mão, se bem que o resultado foi muito bom para os alemães.

AZ Alkmaar 2-0 Udinese – Excelente resultado para os holandeses.

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futeboladas

Já vou um bocado tarde, mas ainda a tempo de fazer um pequeno review das jornadas das principais Ligas Europeias deste fim-de-semana, dos primeiros dois jogos dos oitavos-de-final da Champions (disputados esta noite) e dos primeiros jogos dos 16-avos de final da Liga Europa, onde o Braga, de forma surpreendente, cedeu um desaire caseiro frente ao Besiktas.

Começo pela “excitante” Liga Inglesa:

Tarde de glória para o Manchester United. Aos empurrões, o United lá vai conseguindo levar a água ao seu moínho. Vitória sobre o Liverpool num Old-Trafford cheio em tarde de liderança provisória e com muito sururu à mistura.

Ainda em mente o recente episódio do jogo da primeira volta protagonizado pelo Francês Patrice Evra e pelo Uruguaio Luis Suarez. Relembrando os mais desatentes: o Francês queixou-se no fim do jogo de Anfield que o Uruguaio, numa jogada mais viril que envolveu os dois atletas, apelidou-o de “preto” numa alegada boca que Suarez entendeu como “normal” no calão linguístico utilizado no Uruguai. Força disso, a FA decidiu instaurar um processo de investigação aos jogadores no qual Suarez se recusou a ser ouvido. A FA decidiu punir o extremo com 8 jogos de suspensão interna, mas por agora o caso está em recurso e Suarez tem sido utilizado por Kenny Dalglish.
Parte II em Old-Trafford: na apresentação das equipas, Évra estendeu a mão para cumprimentar o Uruguaio e Suarez deixou-o de mão estendida. Já o capitão dos Red Devils Rio Ferdinand (irmão de Anton Ferdinand que ao que se consta recebeu insultos racistas de John Terry num jogo entre QPR e Chelsea) deixou Suarez de mão estendida.

Apartes dentro de um clássico do futebol inglês. Dentro das 4 linhas, Rooney voltou a provocar estragos inaugurando o marcador para o United aos 47″. Aos 50″, o astro bisou na partida. Paul Scholes voltou a ser titular e tem-se mostrado como fulcral nesta nova empreitada do United. Se havia coisa que o United necessitava era de alguém que arrumasse a casa no meio-campo, algo que só o médio internacional inglês sabe fazer de forma eficaz. Destaque também para a exibição de Antonio Valência, assistente para o 2º golo de Rooney. Do lado do Liverpool, Suarez tentou mostrar mais um pouco da sua música futebolística mas o golo que marcou foi inútil para quebrar o ciclo de vitórias que o United apresenta. Exceptuando o fantástico jogo do passado fim-de-semana contra o Chelsea em Stamford onde o United empatou a 3 bolas, a turma de Sir Alex Ferguson não sabe o que é perder desde dia 31 de Dezembro quando concedeu uma derrota caseira frente ao Blackburn Rovers numa exibição de sonho do internacional Nigeriano Yakubu.

No final da partida, ainda no despique Suarez vs Evra, o que se seguiu foi isto:

Suspensão a Evra? Fica a pergunta no ar…

Continua o calvário de André Villas-Boas no comando do Chelsea na sua época de estreia do clube londrino. O mercado de inverno não reforçou com prendinhas o sapatinho do português e o Chelsea vai de mal a pior. Quem contaria no verão AVB à 25ª jornada a lutar pela Champions lado-a-lado com o experimental Arsenal de Wènger.

Em Goodison Park, mais do mesmo… Desacerto defensivo de David Luiz, Petr Cech com algumas culpas nos golos, Lampard é um jogador fisicamente acabado, o Chelsea sem capacidade para dar a volta a um mau início de jogo, a falhar muitos passes e com poucas ou nenhumas ocasiões de golo durante os 90″.
AVB disse na conferência de imprensa ter sido “o pior jogo da época dos Blues” – resta-nos saber a apreciação de AVB sobre muitas partidas dos seus jogadores…

Do lado do Everton, a capitalização de um mau momento dos Blues que já na semana anterior tinham permitido um empate ao United após larga vantagem. Tim Cahill e Marouane Fellaini estiveram on-fire. O Belga esteve exímio a secar o meio-campo do Chelsea e faz-me perguntar o que é que tem feito estes anos todos numa equipa sem grandes objectivos, como é de facto o Everton.

White Hart Lane continua com o sonho do título vivo. 5-0 num autêntico baile de futebol. O Tottenham continua a desperdiçar pontos onde não os devia desperdiçar como foi o caso do jogo de Liverpool.

Tudo bem feitinho, vantagem confortável muito cedo no jogo. Até deu para o novo reforço Louis Saha dar o jeito ao pé, 11 dias depois da sua chegada a Londres. Redknapp está nas suas 7 quintas: o plantel responde aos estímulos provocados pelo objectivo do título, o Tottenham assiste aos rivais de Manchester a ter que jogar na UEFA e no campeonato em simultâneo, Saha enquadrou na mouche com Adebayor e Eden Hazard, segundo imprensa inglesa, estará a caminho para tornar mais forte o plantel dos Spurs… As próximas jornadas serão cruciais para a equipa de Londres… Mal o menos, a Liga dos Campeões parece estar garantida.

Outros jogos:

Bolton 1-2 Wigan – Em jogo de aflitos, o Wigan bateu o Bolton. Mesmo assim, as duas equipas estão em sarilhos…

Aston Villa 0-1 Manchester City – A coisa não está famosa entre os comandados de Mancini. Tanta luxúria não vence títulos sozinha. Tevez está perdoado e voltou a ser recrutado. O City parece em clara perda de forma.

Sunderland 1-2 Arsenal – Wènger no seu melhor. Há poucos meses atrás duvidava-se da capacidade destes miúdos comandados pelo francês chegarem inclusive a sonhar pela Europa. A Liga dos Campeões da próxima época seria um dado assente caso o campeonato terminasse por aqui. Amanhã há jogo contra o Milan. Brilharete? É possível.

Blackburn 3-2 QPR – Mais um duelo de aflitos. O Blackburn venceu com Yakubu novamente em destaque. 13º do Nigeriano nesta edição da Premier. No entanto, os 21 pontos alcançados apenas garantem o primeiro lugar acima da linha de água. O QPR está logo acima com os mesmos pontos. Se olharmos para a linha de água da liga, QPR, Blackburn, Wolverhampton (despediu ontem o irlandês Mick McCarthy) Bolton e Wigan irão suar sangue para se manterem no principal escalão. Mais acima, Villa, Stoke, Swansea, Fulham e West Bromwich respiram mais tranquilamente mas duas ou três jornadas poderá colocá-los no estatuto de aflitos…

Na Liga Espanhola:

Se os 7 pontos de distância em relação ao Real já davam suspeitas de game-over na La Liga para o Barça, a derrota em Pamplona abriu cenário de catástrofe para os comandados de Guardiola, que, mesmo perante os 10 pontos de diferença dos rivais desdramatizou a situação com um recado interno de confiança no título espanhol: “estamos em situação limite na Liga” – tolerância 0 para os catalães a partir desta jornada…

Em Pamplona, tudo começou a correr mal aos catalães. Os Navarros começaram com dois golpes de teatro do internacional Sérvio Dejan Lekic de que decerto nem Guardiola nem os seus comandados esperavam… O avançado sérvio fez o que quis de Puyol no lance do primeiro golo e no segundo, numa situação algo apática dos centrais do Barça facturou o segundo.
Em plena segunda parte Alexis fez o 1-2 mas rapidamente Raúl Garcia pôs uma pedra na ambição catalã com o 3-1. O jovem canterista Tello assinaria o 2-3 numa excelente jogada individual.

O Osasuna está a lutar pelos lugares europeus.

Novo estado de graça em Madrid. Depois das polémicas levantadas pela imprensa aquando da semana que intermediou os dois jogos contra o Barcelona para a Taça do Rei envolvendo Mourinho e alguns dos seus atletas, o clube nunca teve tantas condições para carimbar um título espanhol.

A jogar em casa contra um Super-Levante (está em 4º e se o campeonato terminasse agora conseguiria um excelente lugar no playoff de acesso à Champions) o Real deu uma enorme lição de futebol à equipa da Comunidade Valenciana.

A coisa até começou mal para os comandados de Mourinho com uma falha de marcações aos 5″ que dava o primeiro golo ao médio argentino Gustavo Cabral. A partir daí, vingou novamente o furacão Ronaldo! O 3º golo é daqueles misseis que já não víamos fazem muitos jogos nas actuações do extremo português…

O Valência, mal ou bem, longe ou perto da frente, vai fazendo o que lhe compete. Neste fim-de-semana, a turma valenciana deu 4 no Mestalla ao Sporting de Gijón. O Gijón tem a sua situação muito complicada na tabela, visto que já se encontra a 6 pontos da linha de água.

O 1º golo, apontado por Sofiane Feghouli é uma obra de arte. Tanto a jogada como a espantosa finalização do médio franco-argelino. O 2º golo, apontado pelo mesmo jogador, apesar de todas as tabelinhas e da sorte do próprio golo é mais uma prova que o Valência está a jogar um futebol lindo. Jonas completou o ramalhete do Gijón.

Outras partidas:

Racing de Santander 0 vs 0 Atlético de Madrid – Com Simeone ao leme, o Atlético tem vindo a subir nas últimas semanas. Apesar do empate em Santander, o Atlético está em posição europeia e ameaça o quarto lugar do Levante. Chegar à Champions seria um mau menor para Enrique Cerezo depois do investimento claro que fez na sua equipa.

Liga Italiana:

Em Udine, o Milan estava praticamente obrigado a vencer a Udinese antes da 1ª mão dos oitavos-de-final da champions, amanhã contra o Arsenal. Isto porque o Milan partia para o jogo da 23ª jornada no 2º posto com 44, tendo a Udinese atrás com 41. Depois, claro está, a Juventus com 45 tinha jogo em Parma (só se irá realizar amanhã devido à falta de condições climatéricas) e a Lazio, que venceu em casa o Cesena por 3-2 colocou-se aos da frente com 42 pontos.

Com jogadores como El-Sharaawy, Mesbah no onze e Maxi Lopez (sim, Maxi Lopez, jogador emprestado na reabertura do mercado pelo catania!!) a entrar na 2ª parte, o Milan de Allegri conseguiu uma enorme “remontada” no resultado. O jogo abriu com um golo de DiNatale (para variar!!). No entanto, os três jogadores acima citados haveriam de fazer estragos na primeira parte: primeiro Maxi Lopez a fazer o empate e o seu primeiro golo com a camisola do Milan e depois Mesbah a assistir El-Shaarawy para o golo da vitória dos Milaneses que assim subiram à condição de líderes na série A.

Massimo Moratti deverá ser por esta hora um homem taciturno. Os adeptos do Inter deverão ter semeado um ódio ao Novara.

Começo pelo presidente do histórico símbolo da cidade de Milão: Muda-se o treinador mas os gaps de resultados que a equipa apresenta, bem como o futebol praticado dentro das 4 linhas continuam a ser lastimáveis… Moratti está mais cada vez mais apreensivo no futebol a dar ao seu Inter. Depois do efeito dominó “Mourinho” equacionam-se várias hipóteses em Milão que passam obviamente pelo desmantelamento desta equipa. De Manchester surgem novamente os rumores que o United está disposto a pagar a clásula de rescisão do guilty-pleasure de longa data de Sir. Ferguson: o Holandês Wesley Sneijder. Se Sneijder sair para Manchester, dado que cada vez mais passa de um plano hipotético a um plano real, outros jogadores também poderão querer forçar a porta da saída…

Onde é que o Novara entra nesta história? Foi em Novara que terminou o ciclo experimental do Inter com Gianpiero Gasperini e começou o ciclo interino de Claudio Ranieri. Se Gasperini saiu vergado de Novara, a modesta equipa de Emiliano Mondico, que diga-se a bem da verdade “está mais para a 2ª liga” do que para a manutenção (está em último com 16 pontos) veio a Giuseppe Meazza repetir a gracinha.

Com Ranieri, o Inter conseguiu recuperar algum do gap pontual que tinha para os da frente. Quando a coisa começou a encarreirar e se começou a hipotetizar que o Inter teria algumas probabilidades de se colar aos da frente, Miccoli desfez os sonhos interistas com um fabuloso Hat-trick em Milão e o Novara acabou com qualquer sonho que ainda restasse. Resta apenas fazer a melhor figura na liga dos campeões, visto que o Inter muito dificilmente conseguirá mais do que um lugar na Liga Europa da próxima época.

O Inter fez o que podia para evitar a derrota. No entanto, lá na frente nem com Pazzini, Forlan e Milito em simultâneo se conseguiu mais do que a derrota. Andrea Caracciolo fica como o herói da partida para o Novara, aproveitando uma das poucas investidas da sua equipa na área do Inter.

Outros jogos:

Lazio 3-2 Cesena – A Lazio de Edy Reja lá anda nos píncaros. Às vezes sem se saber como. Contra o Cesena, dois históricos da Liga (Mutu e Iaquinta) deram vantagem ao seu clube na partida. Na 2ª parte, os laziale conseguiram virar o resultado em 10 minutos por intermédio de Hernanes, Lulic e Kozak. O Cesena está em maus lençois…

Napoli 2-0 Chievo – Golos de Britos e Cavani deram nova alma ao Napoli na luta pela europa. Hamsik e Cavani tem descido de rendimento. Seria difícil manter o mesmo rendimento quando ao lado se têm propostas mais tentadoras…

Siena 1-0 Roma – Luis Enrique deu mais um tiro na sorte em Siena. Tirar Totti aos 59″ quando este era o motor da equipa para colocar Osvaldo não deu bom resultado nem emendou o que Calaió descompôs aos 51. A UEFA não está longe; os romanos é que não conseguem capitalizar deslizes adversários…

Liga dos Campeões:

Boa resposta ao desaire de Pamplona no Bay Arena em Leverkusen. Passagem para os quartos-de-final garantida sem problemas de maior. O Leverkusen ainda ameaçou querer mais do que o empate com o golo de Kadlek, mas rapidamente o Barça impôs a sua ordem natural. Aplausos para o crescente instinto de Alexis.

Nada mudou de Dezembro para ontem. O APOEL continua a ser aquela equipa de baixo rendimento que incomoda as grandes do futebol europeu. Lacazette brilhou com a ligeira ajundinha do defesa cipriota. O Lyon venceu mas a elimiantória poderá ter outros contornos em Nicósia não fosse o APOEL capaz de surpreender como já surpreendeu frente a Zenit e Porto.

Liga Europa:

Balde de água fria no Axa com sabor lusitano. O Braga está praticamente fora da Liga Europa e para isso muito contribuíram Manuel Fernandes e Simão numa equipa semi-portuguesa orientada por Carvalhal. Quim ficou muito mal na fotografia o primeiro golo dos turcos em Braga.

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Barcelona 2-2 Real Madrid

Sem querer entrar em muitos pormenores:

1. As minhas previsões saíram meio furadas. Este Real Madrid surpreendeu-me. Pelo início fulgurante e por uma 2ª parte de luxo. Este Real Madrid de Mourinho, pelo que fez, mereceu muito mais do que o empate em Nou Camp. Até agora, dos jogos que vi do Barcelona, este foi o único jogo em que vi os adeptos do Barça irritados, pensativos e com aspecto de quem estava a temer o pior.

2. Uma primeira nota a sério: Pepe a titular, cumprindo um risco. Mourinho foi corajoso e meteu um jogador que tem sido apupado por meio mundo nos últimos dias e cuja agressão a Lionel Messi já foi inclusive alvo de uma pergunta de dois eurodeputados espanhois (eleitos por partidos catalães) à Comissão Europeia. Lass Diarra ao centro, numa tentativa de acrescentar músculo perante a intensiva circulação de bola da equipa de Guardiola e Kaka à esquerda do ataque. No Barça, tudo igual ao de sempre.

3. Um começo de partida algo atribulado com o Real Madrid a evidenciar superioridade no primeiro quarto-de-hora. Afoita, a equipa de Mourinho tentava aniquilar o jogo central do meio-campo catalão com pressão alta e com marcações eficazes a Messi e a Iniesta. (este último haveria de sair lesionado) – nos primeiros minutos, penso que fica uma grande penalidade por assinalar a favor do Real. A arbitragem, de certo modo, protegeu sempre os catalães na medida em que qualquer toquezinho de um jogador do real era assinalado, mesmo aqueles em que não existiu contacto físico entre jogadores. Depois, dois momentos importantes da partida que poderia ter mudado por completo esta eliminatória: o remate de Ozil (era um golão) e a brincadeira de Pinto que Higuaín não conseguiu concretizar (se tivesse dado para o centro estaria Ronaldo pronto a inaugurar o marcador).

4. Depois deste início de rajada do Madrid, o Barça acordou e começou a por em prática o seu futebol de circulação, colocando portanto um bocado de gelo no jogo. A fase de adormecimento dos merengues foi tão óbvia que o Barça tinha reservados para os 5 minutos finais da primeira parte os seus dois golos na partida: o primeiro numa jogada típica em que Messi rasga pelo centro do terreno e consegue dar a bola a Pedro na esquerda na última décima de segundo possível antes do defensor (neste caso Sérgio Ramos ou Pepe) conseguirem chegar aquela bola e o segundo noutro lance estudado onde Daniel Alves aparece solto à direita após cobrança de um livre no centro. Fabio Coentrão errou claramente no 2º golo da equipa “culé”.

5. 2ª parte. A entrada de Karim Benzema mudou tudo. Benzema anda mais esforçado, mais rápido, mais alegre, a vir buscar a bola mais e a usar mais as diagonais. Foi precisamente a partir de diagonais que o Real Madrid atingiu os seus dois. Primeiro por Ronaldo numa belíssima desmarcação e depois por Benzema, num lance em que Fábio Coentrão faz um passe exímio e Benzema deu um nó cego em Carlos Puyol. À esquerda, Ozil fazia gato sapato de Abidal e por duas ou três vezes ameaçou a baliza de Pinto. Numa delas, Ronaldo poderia efectivamente ter dado a passagem ao Madrid.

6. O Barcelona por sua vez foi recuando e foi apostando no contra-ataque. Por duas vezes Xabi Alonso (está muito mas mesmo muito abaixo de forma) perdeu a bola em zona proibida e por duas vezes o marcador poderia ter rolado novamente para a equipa comandada por Pep Guardiola.

7. No duelo dos bancos, Guardiola não parecia muito satisfeito com o rendimento da sua equipa. Já o banco do Madrid estava em pulgas. Rui Faria e Karanka constantemente levantados e de Mourinho era constante o bocejar do típico “filho….” sempre que o arbitro assinalava uma falta ou um fora-de-jogo contra o Madrid.

8. No fim da partida, Sérgio Ramos é bem expulso.

9. Jogadores da partida, Benzema para o Real pela dinâmica, pela revolução que deu no ataque e pelo nó cego em Puyol. Para o Barça, o inevitável Messi: mesmo quando a equipa não joga bem, Messi resolve.

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what else?

Esperava-se mais qualquer coisa do Real. Creio que não sou só eu a ter essa impressão. Não vou aqui escrever o que não vi, pois confesso que só vi 15 minutos na primeira parte e os últimos 20 minutos. Mas ainda fui a tempo de ver o Iniesta a brincar com a defesa do Real Madrid e de ter a plena noção que depois do golo do Fabrègas o Real foi-se abaixo.

O Real até pode estar a jogar bem e tudo o mais. Mas a meu ver, creio que necessita de muito mais para bater esta máquina. Não é fácil ombrear contra um onze que joga e olhos fechados e contra um Messi que aparece sempre em momentos decisivos como foi o do golo do empate do Barça.

O Barça teve ali alguma ligeireza. A começar pela opção de Guardiola em meter Puyol a guardar Ronaldo e a acabar na péssima opção de meter Coentrão de olho num Iniesta que parece aquele nosso colega de turma mais habilidoso que passa intervalos e intervalos a gozar connosco num meinho. A sorte também protegeu o Barça: o lance do 2º golo comparativamente a uma bola que é defendida por Valdez a remate de Kaka a 7 minutos do fim. Se aquela bola tem entrado, o Real teria tempo para carregar o Barcelona. Mas não entrou. E em questões de sexo e de bola, como dizia o outro, o importante é metê-la lá dentro.

No entanto, se a liga acabasse agora, o Real de Mourinho venceria o campeonato. Faltam 22 jornadas para esse desfecho e até desejo que esse cenário aconteça pois já enfastia o futebol que é praticado pelo Barcelona. De belo (no início da era guardiola) passou a ser feio, muito feio. Costumo dizer que o futebol do Barcelona é excelente para noite de insónias. Comigo resulta. Chego inclusive a ter jogos do Barcelona gravados na box da ZON para noites em que não consigo dormir. Deito-me no sofá, relaxo e assisto à vertiginosa hipnose de 650 passes seguidos. Remédio santo para dormir.

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futeboladas

Breve resumo e comentário à fase de grupos da Liga dos Campeões.

Grupo A

Festa Napolitana no El Madrigal.

O Nápoles, no ano de regresso à maior competição do futebol europeu, deslumbrou e conseguiu ontem o merecido apuramento para os oitavos-de-final depois de bater o Villareal por 2-0 no El Madrigal.

Depois da vitória no San Paolo frente ao Manchester City no jogo referente à 5ª jornada, bastava à turma comandada por Valter Mazzarri vencer o seu jogo, indiferentemente daquilo que se pudesse passar no City of Manchester. O calendário não podia ter saído de melhor forma aos Italianos. O Villareal apareceu na última jornada como um “triste” último: em má-forma tanto a nível europeu como a nível interno, com problemas de balneário por resolver (Rossi quer voltar a jogar em Itália; Nilmar está para ser vendido para o Brasil; suspeitam-se ordenados em atraso na equipa) e sem qualquer ponto conquistado nos embates contra os italianos, Bayern e City.

Gokhan Inler (na imagem) haveria de abrir o marcador para os napolitanos aos 65 minutos e Marek Hamsik haveria de fechar a contagem 10 minutos depois.

No City of Manchester, os novos milionários do futebol europeu ficaram pelo caminho. O dinheiro pode ajudar à obtenção de resultados, mas felizmente não os compra, ou, se alguma vez os comprou a nível europeu (caso do Marselha) esses clubes foram automaticamente punidos com a perda dos títulos.

O City precisava de bater o Bayern e esperar que no El Madrid o Villareal despertasse da sonolência que se tinha verificado até então.

Num jogo bem disputado, os homens de Mancini cumpriram a sua obrigação perante um Bayern em que Jupp Heynckes aproveitou para poupar alguns dos jogadores mais utilizados e colocar em campo aqueles que têm jogado menos tempo na equipa. Casos de Nils Petersen (reforço que chegou no verão ao Allianz-Arena vindo do Borussia de Moenchagladbach) Ivica Olic, Daniel Pranjic, Takashi Usami (na 2ª parte) Diego Contento, Luis Gustavo e Anatolyi Timoschuk.

O City venceu por 2-0 com golos de Silva aos 36″ e Yaya Touré na 2ª parte.

Contas do grupo terminadas, o Bayern venceu o grupo com 13 pontos, contra os 11 do Napoles, os 10 do City e nenhum do Villareal.

Passo às observações:

1. Num grupo em que se previa uma luta feroz entre as quatro equipas, tivemos um City que não confirmou o seu estatuto de favorito à passagem e o Villareal que se apresentou nos 6 jogos desta fase de grupos como um colectivo muito distante do potencial que a equipa tinha demonstrado nos últimos 7 anos na competição.

2. Como momentos chave  deste grupo destaco:

2.1 – O empate do Nápoles na 1ª jornada no City of Manchester e obviamente a vitória no San Paolo e o empate caseiro frente ao Bayern de Munique.

A equipa Napolitana, tomando em conta o facto de ter um potencial ligeiramente diminuído em relação ao “arsenal bélico” que o City é detentor, sempre denotou uma postura incrível tanto nos jogos contra os Ingleses como nos jogos contra os Alemães do Bayern. O Napoles é uma equipa muito madura, recheada de talentos e com um espírito de luta e sacríficio que é ímpar no futebol italiano. Jogadores como Cavani, Hamsik, Maggio, Inler, Aronica e Lavezzi voltaram a demonstrar que merecem jogar em equipas que tenham mais objectivos do que aqueles que tem o Nápoles neste momento. Mas, como outsiders que irão ser nos oitavos-de-final, arriscam-se (caso voltem a manter o elevado nível de resultados) a ser um enorme quebra cabeça para quem se atravessar no caminho e, efectivamente, creio que o Nápoles tem mais que condições para se bater com qualquer um dos vencedores de grupo e conseguir ir longe na prova.

2.2 – O empate caseiro do City frente ao Nápoles, a derrota no San Paolo e o empate em Munique. Esperava-se mais deste City. O grupo era complicado e a bom da verdade o City conseguiu 10 pontos, algo que em circunstãncias normais garante o apuramento para a fase final da prova. Roberto Mancini não está de parabéns mas também não poderá ser criticado. A equipa peca por ter mostrado muito pouca ambição no jogo decisivo em Nápoles. Ao contrário do que tem vindo a fazer a nível interno (muito caudal de jogo ofensivo, quase sempre bem jogador e com uma eficácia brutalissima) na Champions o City jogou muito, atacou muito mas nem sempre conseguiu o efeito desejado: marcar golos. Acabou eliminado e poderá lutar por um lugar ao sol na fase final da Liga Europa.

2.3 – O Bayern cumpriu. Num grupo difícil, apenas perdeu o jogo em que já estava apurado. Heynckes está de parabéns. Passar 5 jogos sem conhecer o sabor da derrota num grupo com Villareal, City e Nápoles é um feito gigantesco.

3 – Esta champions marca o fim do Villareal como o conhecemos. O submarino amarelo está a ser literalmente desmantelado depois de anos e anos a gastar mais que as suas possibilidades. No verão tinham saído Capdevilla e Cazorla e já na altura se dizia na comunicação social que o clube atravessava problemas enormes. Agora serão Rossi e Nilmar os nomes que poderão abandonar o clube dos arredores de Valência. Um já afirmou que gostava de representar a Juventus a partir de Janeiro, o outro poderá estar a caminho do São Paulo. Internamente, o Villareal já não está em condições de lutar pelos lugares uefeiros. Esta época está a prová-lo, visto que nas primeiras 14 jornadas da competição o Villareal ocupa o modestissimo 15º lugar com 14 pontos.

Grupo B

Seydou Doumbia continua a ser o bombardeiro de serviço do CSKA. Em Milão, o Costa Marfinense que o CSKA contratou em 2010 por 12 milhões de euros ao Young Boys da Suiça, já pagou o investimento ao marcar o golo decisivo dos russos contra o Inter em Giuseppe Meazza que deu a qualificação ao emblema do exército Russo.

O Inter vai de mal a pior. Já não basta a fraca prestação a nível interno. Na Liga dos campeões é certo que venceu o grupo, mas venceu-o de forma algo rastejante quando nada o previa.  Com Lille, Trabzonspor e CSKA os “Interistas” apenas somaram 10 pontos e sentiram enormes dificuldades para os obter.

No jogo de ontem, Claudio Ranieri, optou por colocar em campo uma equipa alternativa, dado a qualificação confirmada do clube para a próxima fase da competição na 5ª jornada. Assim sendo, optou por dar mais ritmo competitivo a jovens como Obi, Phillipe Coutinho, Marco Faraoni e Luca Caldirola e Andrea Rannochia.

Tal efeito pagou-se caro: o CSKA precisava de vencer para alimentar o sonho da qualificação e fez pela vida para o conseguir. Seydou Doumbia aos 50″ e Vasili Berezutski aos 86 garantiram a qualificação para os Russos. Cambiasso marcou o único tento dos milaneses.

No outro jogo do grupo, Lille e Trabzonspor anularam com um empate ambas as hipóteses de qualificação, perfilando o resultado que interessava ao CSKA.

O Lille foi obviamente a equipa que mais tentou fazer pela vida. A jogar em casa, rematou por 14 vezes e teve domínio na posse de bola (62% contra 38%). Mas tal não foi suficiente para marcar um único golo e a defesa até compensou aos turcos: asseguraram o 3º lugar e irão jogar a Liga Europa.

Observações:

1. Como já referi, o Inter teve muitas dificuldades nesta fase de grupos. Rosto visivel de uma equipa onde paira uma enorme indefinição quanto ao presente. A direcção milanesa está a estudar hipóteses a curto prazo. A questão coloca-se apenas no sentido das decisões que se possam tomar: vender os jogadores mais velhos e capitalizar de forma a renovar o ciclo no clube com a entrada de jovens jogadores já em Janeiro que possam desenvolver as suas capacidades na 2ª metade da época tendo em conta a formação de uma equipa mais competitiva na próxima época ou inserir os jovens jogadores que o clube detem (Obi, Crisetig, Coutinho, Faraoni, Caldirola, Alvarez, Zarate, Nagatomo) e apostar que estes se insiram esporadicamente na equipa sob o olhar atento de experientes como Samuel, Cambiasso, Zanetti, Stankovic, Forlan ou Milito? Em Janeiro teremos resposta a esta longa pergunta.

É certo que estes velhos jogadores já não acrescentam mais valia à equipa do que o passar da sua experiência. Alguns deles, estão inclusivamente “parados no tempo” desde que o furacão Mourinho abandonou o Giuseppe Meazza. Se por um lado podem dar a sua experiência aos  mais jovens, por outro, a sua venda (Cambiasso, Chivu, Thiago Motta, Muntari, Forlán, Milito, Maicon, Sneijder ainda são activos muito atractivos a outros clubes europeus) poderá garantir ao clube o capital que necessita para renovar o ciclo do seu plantel com outros jogadores.Outros como Stankovic, Zanetti, Lucio e Samuel são jogadores cujo valor de mercado é actualmente nulo e nem interessa ao clube que saiam tão cedo visto que são enormes mais-valias nesse passar de testemunho à nova geração de jogadores como Obi, Alvarez, Crisetig, Poli, Luc Castaignos, Coutinho, Jonathan e Faraoni.

Creio que acima de tudo, o Inter quererá construir o seu núcleo duro para o futuro em alguns jogadores como Sneijder, Zarate, Pazzini, Obi, Ricky Alvarez, Rannochia e com os jovens que referi no último parágrafo, se bem que o Holandês está cada vez mais longe de permanecer no clube italiano. Para isso, Moratti e seus pares deveriam tomar decisões já em Janeiro, vendendo alguns activos de forma a contratar outros que possam adaptar-se ao clube e formar uma equipa coesa para a próxima época. É certo que em Fevereiro ainda haverá uma Champions para jogar. Mas se pensam que o Inter pode ir longe, creio que tais aspirações são mito.

2. Lille – Esperava-se claramente mais deste Lille. Para campeão Francês em título e com jogadores com a craveira de Eden Hazard, Pedretti, Mavuba, Obraniak, Joe Cole e Pape Sow, esperava-se um rendimento mais aceitável do Lille nesta fase de grupos. Acaba por sair pela porta do cavalo na competição e Hazard torna-se um jogador muito apetecível para os tubarões do futebol europeu atacar já em Janeiro visto que poderá jogar em qualquer competição dessa data em diante. O Manchester United, mesmo apesar da eliminação poderá já estar a fazer contas à vida para saber quanto irá pagar pelo passe do internacional Belga para colmatar uma posição onde este se irá encaixar na perfeição.

3. Seydou Doumbia e Alan Dzagoev – Duas promessas confirmadas do futebol. Não faltará muito para que o CSKA tenha propostas milionárias para arrebatar o que de melhor tem os russos neste momento para oferecer à grande europa do futebol.

4. Resultados que marcam este grupo:

4.1 – A derrota do Inter contra o Trabzonspor em Giuseppe Meazza na 1ª jornada por 1-0 e a consequente vitória na Russia frente ao CSKA por 3-2 num jogo muito sofrido em que Zarate saltou do banco para resolver. Dois resultados inesperados, sendo que o resultado na Rússia acabou por ser decisivo para os milaneses.

4.2 – O empate do CSKA em Trabzon a 0 bolas.

4.3 – A vitória do Lille na Rússia por 2-o ainda deu algum alento aos franceses mas a última jornada traria um empate bastante injusto contra os Turcos do Trabzonspor e consequente eliminação das provas europeias.

Grupo C

Dos valiosos pés de Nico Gaitán surgiu a magia que culminaria no golo de Cardozo e na vitória q.b do Benfica num grupo onde teve uma participação excepcional.

O jogo contra o Otelul Galati serviu efectivamente para isso: arrecadar mais 800 mil euros e confirmar a passagem aos oitavos-de-final na 1ª posição. Dentro de campo, continua a notar-se a diferença do nível exibicional do Benfica sem e com Pablo Aimar. Perdoem-me os Benfiquistas mas tenho que fazer uma ressalva: mesmo com Gaitán em grande forma, sem Pablo Aimar, o Benfica não tem metade do poderio ofensivo.

É ele que distribui jogo, é ele que encontra os espaços onde eles parecem não existir, é ele que fura as defesas quando estas se fecham no seu meio-campo, é ele que joga e faz jogar toda a equipa encarnada. Daí que seja notório que todos os maus resultados do Benfica nesta temporada se dêem quando o Argentino não se encontra dentro das quatro linhas.

O Otelul Galati acabou por ser o “isco fácil” que a UEFA lançou no meio dos tubarões de um grupo onde se previa que o Manchester alcançasse “de cadeirinha” a vitória, o que não veio nem por sombras a acontecer.

De potencial muito limitado, a equipa orientada por Dorinel Munteanu não tem arcaboiço para disputar esta competição e creio que não a disputará tão cedo no futuro.

Em futebol de alta competição, os erros pagam-se caros. Que o diga Alex Ferguson. Esta partida de St Jakob´s Park não foi mais de que o culminar de uma atitude errónea da turma de Manchester na prova e a vitória do querer, do sonho e do saber estar e jogar dos jovens jogadores suiços.

As palavras de Sir. Alex Ferguson na flash-interview que se seguiu à partida resumem efectivamente o que passou com o clube nos 6 jogos desta fase: “Of course we’re disappointed. The last few years have been outstanding and it’s a loss because it’s the best tournament in the world. It’s a marvellous competition. Losing the early goal was a big blow. When you’re away from home and 1-0 down you have a job to do and we didn’t take our chances. It’s big blow for us.”

Passo imediatamente para as observações do grupo:

Sobre o Benfica pouco há a dizer. O Benfica vence o grupo justamente porque foi a melhor equipa nos 6 jogos desta fase de grupos. Alcançou dois empates contra o United, sendo que em ambos os dois empates poderiam ser perfeitamente duas vitórias.

O Basileia é uma enorme surpresa. Em Old-Trafford já tinha dado o ar de sua graça ao colocar em sentido a equipa de Sir. Alex Ferguson. Contra o Benfica, pode-se dizer que a equipa suiça vendeu cara a derrota contra a equipa de Jorge Jesus. Na última jornada, fez das tripas coração e derrotou com classe o Manchester United, eliminando o campeão Inglês da prova.

Este sucesso do Basileia não é propriamente algo que tenha surgido ao acaso. O Basileia é uma equipa que comporta no seu plantel um mix de jovens e experientes jogadores. Pena é apenas que estes jovens jogadores não consigam evoluir muito mais para o clube no futuro pois decerto que serão vendidos no final da época. Falo de Steinhofer, Park Joo Ho, David Abraham, Alexander Dragovic, Cabral, Xherdan Shaqiri, Granit Xhaka, Valentin Stocker, Jacques Zoua e Fabian Frei. O casamento desta emergente geração de talentos da formação do clube e do futebol suiço casou muito bem com jogadores consagrados como Alexander Frei, Marco Streller ou o veteraníssimo Scott Chipperfield. E deste casamento sai um apuramento que é histórico para o clube.

Se eu fosse o director-desportivo de um clube grande europeu, começava a pensar em contratar alguns destes jogadores para a minha equipa. Ressalvas claro para as estrelas da companhia: Xhaka, Shaqiri, Dragovic e Fabian Frei, jogadores que em breve poderão colocar a Selecção Suiça na onda dos bons resultados e das participações em fases finais de Mundiais e Europeus.

Manchester United.

Muito há a dizer sobre a desastrosa participação do United na competição.

Começo pelo evidente: a construção do plantel e o empolgamento nas primeiras jornadas do campeonato. O plantel do United está desiquilibradíssimo. É um facto notório.

Começando pela baliza: Di Gea não está a aguentar a pressão de, para já, ser o substituto de Edwin Van Der Saar. Também é certo que os seus tenros 21 anos estão a ser decisivos para algumas más exibições que o espanhol tem evidenciado e obviamente para a sua progressão no clube no futuro.

Na defesa, Phil Jones foi um jogador muito caro para aquilo se tem visto dele. 22 milhões por um jovem que comete graves erros em todos os jogos em que joga é um risco que terá que ser assumido no presente por Ferguson. Johnny Evans, e os irmãos Da Silva são jogadores que estão a mais neste United. Smalling iniciou a época a todo o gás mas têm vindo a perdê-lo com o decorrer das partidas. Rio Ferdinand está velho, cansado e muito propenso a lesões. Vidic passa mais tempo no estaleiro do que a jogar. Evra tem vindo a decair ano após ano. A estratégia do United deve começar por aí: reformar adequadamente a sua defesa.

No meio-campo, com a saída de Scholes ficou um lapso enorme por emendar: o United não tem um organizador de jogo. Arrisco-me até a dizer que precisa de dois: um que saiba cumprir a função de trinco na perfeição e consiga fazer devidamente a transição defesa-ataque, o que Michael Carrick não faz e nunca fez e que Scholes fazia na perfeição, e outro mais avançado (um 10 puro) que consiga distribuir jogo pelos seus companheiros de ataque e encontrar espaços onde estes parecem não existir. Existem diversos jogadores que cumprem todos os requisitos que lhes são exigidos por semelhantes tarefas: para o primeiro posto, jogadores como Lee Cattermole, Enoh (Ajax) Fernando, Ever Banega, Mario Suarez (Atlético de Madrid), Cristian Ledesma (Lázio) Jack Rodwell (Everton) ou Steve Sidwell (Aston Villa) podem ser soluções viáveis para este United, se bem que o homem da Lazio e Ever Banega serão jogadores que não serão transaccionados por meia dúzia de trocos. Para a 2ª posição, o eleito de Ferguson é efectivamente Wesley Sneijder. É o jogador que encaixa perfeitamente nesta equipa e o Holandês verá com bons olhos uma possível transferência para Old Trafford. Outros como Marek Hamsik, Mario Gotze, Marko Marin, Paulo Henrique Ganso ou Luka Modric, também podem ser alvos desejáveis pelo Manchester United.

No plantel do United, existem diversos erros de casting. Não só os defesas que mencionei mas jogadores como Anderson (Ferguson apostar no brasileiro é bater no molhado) Darren Fletcher (ainda não consigo perceber como tem lugar no United) António Valência (22 milhões??!!) Wellbeck, Federico Macheda (um sonho de uma tarde) e Dimitar Berbatov (é bom, mas já deu para ver que por vezes está a mais).

Indo em concreto ao que se passou dentro das 4 linhas.

Ferguson pensou (qualquer treinador com o plantel que dispõe, com a dureza das provas que disputa em simultâneo, com o potencial em teoria dos adversários que iria enfrentar) em optar pelo rotativismo nesta fase de grupos para conseguir ter o seu plantel fresco para disputar todas as competições deste início de época. Tal rotativismo saiu-lhe obviamente furado: no campeonato dista a 5 pontos do líder; a liga dos campeões já era.

O 2º erro de Sir. foi obviamente ter inventado q.b nos jogos da equipa, adequando a equipa mediante a observação que fez (e que os seus olheiros lhe fizeram) das equipas na contenda: contra o Benfica na Luz optou por um meio campo de cariz mais defensivo, fazendo exactamente o mesmo nos jogos contra Basileia e Benfica em Old-Trafford, aliando tal facto, à poupança de jogos que referi no último parágrafo. Daí que Nani (indiscutivelmente o mais desiquilibrador da equipa) tenha sido relegado para o banco em 3 partidas, 2 delas com a importância que vieram a ter para este falhanço como são as de Benfica (fora) Basileia (casa) e Otelul Galati (fora).

O 3º problema que justifica a eliminação foi a clara atitude de apatia da equipa, exceptuando pequenos trechos de jogo em que o Manchester se viu aflito e tentou minorar as perdas: falo da 2ª parte contra o Benfica em casa e das 2ªs partes contra Basileia em casa e fora. Até contra a modesta equipa Romena do Otelul Galati, a equipa do Manchester venceu sem convencer.

Ferguson apanha assim o 2º escaldão desta época. Na semana passada havia sido a eliminação da Taça da Liga Inglesa frente ao Crystal Palace da 2ª divisão.

Tais factos e eventos culminaram nos resultados chave deste grupo: os empates contra o Benfica (volto a frisar que o Benfica podia ter ganho as duas partidas), o empate caseiro frente ao Basileia e obviamente a derrota de ontem em St. Jakob´s Park.

O Manchester salta para a Liga Europa e é obviamente para já o contender nº1 à conquista da prova. Mas, na Liga Europa, as coisas não costumam ser famosas para os clubes que saem da champions, por isso, tudo poderá acontecer.

Grupo D

O Real Madrid cumpriu o seu pleno nesta fase de grupos. 18 pontos com um score de 19-2.

Com Mourinho a aproveitar, em véspera de derby, para voltar a dar tempo aos menos utilizados (Nuri Sahin, Kaka, Esteban Granero, Raúl Albiol, Raphael Varane, Callejón, Hamit Altintop e o Português Pedro Mendes, jovem emprestado pelo Sporting ao Real) e para aproveitar para testar novamente Fábio Coentrão na direita tendo em conta a preparação do teste de sábado contra o Barcelona.

3-0 com golos de Callejón (2) e Higuaín num jogo (numa jornada, diria) envolta em polémica e que ainda poderá dar muito que falar.

1º pelos dois golos mal-anulados ao Ajax, que davam qualificação mesmo apesar de uma eventual derrota por 3-2.

2º pelo jogo de Zagreb, do qual falei mais à frente.

O Ajax fica pelo caminho, mas do pouco que vi desta equipa fica pelo caminho com a sensação de que poderia ter alcançado a qualificação, graças ao bom futebol (ao estilo holandês) que pratica. Os Holandeses tem novamente uma boa geração de jogadores para exportar, casos de Enoh, Erikssen, Lorenzo Ebecilio, Vurton Anita, Gregory Van der Wiel, Jan Vertonghen, Daley Blind, Nicolás Lodeiro e o inevitável Miralem Sulejmani. Outro facto que pude constatar é que dos 18 convocados por Frank De Boer para esta partida, os dois mais velhos neste plantel do Ajax são Dimitry Bulykin (32 anos) e Theo Janssen com 30. O 3º mais velho é o guarda-redes Vermeer e mesmo este já tem 6 épocas na equipa principal do clube de Amesterdão.

Não tenho palavras para descrever aquilo que se passou em Zagreb tal é a confusão que me ocorre na cabeça.

As contas do grupo eram simples: o Ajax passava se vencesse o Real. Passava se empatasse, passava caso o Lyon não vencesse na Croácia e passava caso perdesse 1-o e o Lyon vencesse por mais de 6 golos de diferença. O Ajax veio a perder 3-0 (score 6-6) e o Lyon venceu por 7-1, passando o seu score na competição de 2 (sim, 2!!!) golos marcados até então para um parcial de 9-7.

Em primeiro lugar não percebo como é que uma equipa conquista 8 pontos nesta prova e até à última jornada só tem 2 golos marcados, marcando 7 no último.

Depois, o jogo de Zagreb é recheadissimo de causalidades: em Amesterdão, o Ajax vê 2 golos mal-anulados que eram mais que suficientes para o seu apuramento. Em Zagreb, o Lyon (equipa que não anda a jogar nada esta época; equipa que tirando Gomis, Michel Bastos, Lisandro Lopez, Anthony Reveillère, Aly Cissokho e Yoann Goucourff não tem nada de jeito; equipa que na Ligue 1 em 16 jornadas já perdeu por 5 vezes e empatou outras 2, ocupando o 4º lugar a 7 pontos do líder Montpellier) começa a perder o jogo frente ao Zagreb aos 40″, consegue empatar aos 45 por Gomis e na 2ª parte, imagine-se consegue marcar 4 golos num espaço de 7 minutos, precisamente nos primeiros 7 minutos da 2ª parte.

Ou das duas uma: ou o jogo foi viciado (algo que já está sob investigação pelas autoridades francesas e pela própria UEFA, como se pode ver a partir destas notícias do Jornal Público aqui e aqui) coisa que não quero acreditar, mas que depois do escândalo Calciocaos em 2006 em Itália e nos pressupostos subornos que se faziam ao director-geral da Juventus de então (Luciano Moggi; entretanto condenado e banido temporariamente do futebol italiano) e a alguns atletas da Vecchia Signora como Buffon, Emerson, Zlatan Ibrahimovic e Fabio Cannavaro para que o clube fosse eliminado nos oitavos-de-final da Champions em 2006 pelo Werder Bremen (resultado que seria benéfico a uma casa de apostas pela quantidade de apostadores que tinha apostado no resultado contrário e resultado que praticamente se veio a consumar não fosse o facto de Emerson ter marcado um golo no último minuto num erro do guarda-redes alemão Tim Wiese que diga-se, quem tiver acesso a essas imagens poderá ver que o então internacional brasileiro não festejou um golo que dava o acesso aos quartos-de-final) me elucida que efectivamente existem outros interesses extra desportivos no futebol e não se deve colocar de parte um eventual cozinhado deste resultado do Lyon com a ajuda da equipa Croata, ou então foi tudo limpinho e os jogadores do Lyon mereceram os 7 golos.

No resumo da partida, necessitando para tal de comparar com o jogo que o Zagreb fez na 5ª Jornada em Santiago Bernabéu em que também foi goleado, reparei noutro aspecto interessantíssimo: em Madrid, o Real iniciou a goleada na 1ª parte, mas os jogadores do Zagreb, a jogar fora, até quiseram dar o ar da sua graça e na 2ª parte foram à procura de golos e conseguiram dois. Em Zagreb, os jogadores até inauguraram o marcador e depois do 2-1 e do 3-1 por parte do Lyon pura e simplesmente desinteressaram-se do jogo, havendo jogadores que não faziam qualquer oposição aos jogadores franceses.

Será obviamente um novelo que caberá à UEFA desvelar, para bem do jogo limpo que o organismo tanto preconiza e para bem da verdade no futebol.

Contas feitas: o Real e o Lyon passam aos oitavos-de-final, enquanto o Ajax vai para a Liga Europa. Era portanto o resultado que se previa neste grupo.

O Zagreb é daquelas equipas que se espera não voltar tão cedo à Liga dos Campeões. Pela espectacularidade que se quer na competição. 3 golos marcados e 23 sofridos é algo ridículo para uma equipa que disputa a Champions. É quase uma média de 4 golos sofridos por jogo.

Grupo E

Depois de uma semana complicada pela derrota na Taça da Liga frente ao Liverpool (outra vez) André Villas-Boas recebeu 2 novos balões de oxigénio: no sábado, a vitória em Newcastle por 3-0 e na terça-feira a vitória também por 3-0 frente ao Valência, com a consequente passagem do Chelsea aos oitavos de final da champions.

Pelo que vi, vi um Valência muito acutilante que tentou planar o seu futebol em Stamford Bridge mas não conseguiu aproveitar as suas oportunidades, e o Chelsea, do outro lado, a sair em venenosos contra-ataques e a consequir marcar todos os seus golos por culpa de erros dos defesas de ocasião do Valência.

Digo defesas de ocasião, vistos os problemas que os dois defesas Portugueses (Ricardo Costa e Miguel) estão a ter com o treinador Unai Emery.

Vamos por partes:

1. Ricardo Costa e Miguel estão castigados internamente pelo seu treinador. Ricardo Costa mantem um diferendo com Emery por algumas declarações menos conseguidas em que criticava as escolhas do seu técnico; Miguel, como é habitual, cumpre castigo interno por ter chegado atrasado a um treino.

2. A defesa que o Valência apresenta em Stamford Bridge, num jogo decisivo para as aspirações da equipa na prova, e, perante o potencial que é inegável do Chelsea, sem Ricardo Costa e Miguel chega quase a ser anedótica: Alberto Barragán, Adil Rami, Victor Ruiz e Jordi Alba. Tirando o Francês que os valencianos foram buscar ao Lille, os restantes são jogadores cuja qualidade é claramente duvidosa e sobretudo jogadores com pouca experiência para este tipo de jogos.

Caricato é, que serão Victor Ruiz e Barragan os grandes obreiros dos dois primeiros golos dos Blues na partida. Emery deve-se ter lamentado das suas rigorosas tomadas de opção e o Valência, apesar do bom jogo que fez (Soldado dispôs de uma oportunidade de golo; Albelda fabricou um golo praticamente feito num remate de longe que só um Petr Cech super inspirado travou num voo colossal) foi encaminhado para a Liga Europa.

Qual fénix renascido do mundo dos mortos, Didier Drogba volta-se a assumir como a primeira escolha para a frente de ataque do Chelsea, mesmo perante o espectro mais que iminente de saída do Chelsea (pode-se dar em Janeiro para o Qatar ou para a Rússia) dado que o Costa-Marfinense termina contrato no fim da época.

Oriol Romeu voltou a ser titular no Chelsea; André Villas-Boas parece estar apostado em dar mais jogo ao jovem médio que os Blues foram buscar por 5 milhões à cantera do Barcelona.

No outro jogo do grupo, o Leverkusen (apurado) empatou com o Genk a 1 bola. Golos de Jelle Vossen para os Belgas e Eren Derdyok para os Alemães.

O Valência ficou pelo caminho num grupo onde era dado como favorito à passagem. Os Valencianos caem de pé e mesmo apesar desta eliminação, continuam a realizar uma boa temporada.

O Chelsea passa o grupo com algumas dificuldades. Dificuldades essas que estão a seguir a tendência destes primeiros meses de AVB no clube. Creio que só haverá espaço para os blues melhorarem a sua equipa e acredito que em Janeiro poderão chegar mais reforços de peso a Stamford Bridge. Fala-se também que David Luiz poderá estar de saída do clube, depois de ter sido contratado em Janeiro ao Benfica. A Juventus poderá ser o destino do central brasileiro.

O Leverkusen foi claramente o outsider do grupo. Não quero com isto dizer que a equipa alemã não tenha potencial para tal. Uma equipa com jogadores como Ballack, Derdyok, Kiessling, Schurrle, Simon Rolfes, Lars Bender e Manuel Friederich não se pode dizer que seja uma equipa banal. O Leverkusen mostrou-se nesta fase de grupos como uma equipa agressiva (bem ao jeito alemão), persistente e acabou por se dar bem.

Como momentos deste grupo, ficam na retina o empate do Valência na Bélgica contra o Gent a zero bolas, o empate entre Valência e Chelsea no Mestalla a 1 bola num jogo em que o Valência poderia ter obtido a vitória, o empate do Chelsea na Bélgica contra o Gent e a vitória do Leverkusen em casa frente ao Chelsea no último minuto com uma cabeçada triunfante de Friederich.

 

Grupo F

O Olympiacos venceu por 3-1 o Arsenal. Arsène Wenger optou por fazer descansar alguns jogadores e colocar em campo outros menos rodados como Lukasz Fabianski, Alex Oxlade-Chamberlain, Sebastian Squillaci, Johan Djorou, Emmanuel Frimpong (mais um talento que Wenger tem aqui para trabalhar) Marouane Chamakh, Francis Coquelin e Yossi Benayoun. Seria o Israelita a marcar o golo dos Gunners.

Contudo, a vitória dos Gregos não foi suficiente para segurar mais do que a Liga Europa.

Jogo épico no BVB Stadium em Dortmund. Aos 85″, o Marselha estava fora da competição. Em 2 minutos tudo se alterou.

Depois de 2 golos da equipa alemã na 1ª parte (Błaszczykowski e Hummels), Loic Remy fechou o primeiro golo com o 1-2 para os Franceses. Andre Ayew aos 85 e Mathiew Valbuena aos 87 marcaram dois grandes golos que deram apuramento ao clube

Uma única observação: Com um grupo muito equilibrado, o Arsenal venceu com 11 pontos. Marselha, Dortmund e Olympiacos lutaram até ao fim pelo apuramento (se bem que as chances do Dortmund no último jogo eram quase nulas) mas no entanto, os campeões alemães decepcionaram-me com os resultados obtidos. Esperava muito mais deste Dortmund, mas, estes resultados também reflectiram o mau arranque de época que a equipa fez e cujos estragos (pelo menos a nível interno) estão a ser minorados. O Olympiacos vai para a Liga Europa, depois de merecer algo mais que o 3º lugar.

 

Grupo G

O jogo da desgraça no grupo da desgraça.

Contra o Zenit, o Porto exibiu-se a altíssimo nível. A sorte não bafejou os portistas num dos melhores jogos da época para a equipa de Vitor Pereira.

O Porto cai de pé na Champions, mas fica o amargo da boca de não ter passado esta fase de grupos. Isto porque era a equipa mais bem cotada e diga-se a bom da verdade, com o maior potencial das 4. Quis a própria competição que uma frágil equipa, de nome APOEL, ressuscitasse do mundo “dos chamados coitadinhos da europa” e conseguisse (com as armas que dispõe) ombrear com as restantes equipas, alcançando um apuramento que se deve considerar como histórico e estóico.

O Porto fez tudo bem. Circulo bem a bola, optou por uma estratégia de jogar pelos flancos, Hulk desiquilibrou várias vezes na direita e James Rodriguez voltou inclusive a aparecer depois de uma má fase exibicional. Faltou apenas o golo, golo esse, negado algumas vezes por uma besta de baliza chamado Vyacheslav Malafeev.

O Zenit limitou-se a aplicar o que ia na cabeça de Luciano Spalletti. Todos conhecemos perfeitamente os treinadores italianos. Todos conhecemos as estratégias que utilizam em alturas em que urge defender um resultado específico. Spalletti foi pragmático: necessitava de um empate. E veio ao Porto para jogar para o empate. Colocou o Zenit em campo sem uma única referência de área: Danny e Lazovic eram os homens mais adiantados. O meio campo foi reforçado com as inclusões de Shirokov, Faizulin, Semak e Denisov e posteriormente, já na 2ª parte com Bruno Alves à frente dos defesas e Konstantin Zyryanov. A missão era claramente a de tapar as alas do Porto, mas duas grandes exibições de Hulk e James furaram em certa medida o pensamento do treinador dos russos.

O Porto deve-se lamentar com as perdidas de James e de Djalma, as duas na cara do guarda-redes. Nem as substituições com a entrada de Kléber e Silvestre Varela trouxeram felicidade ao clube da invicta. Tal facto, acentua cada vez mais a necessidade do Porto se reforçar no mercado com um bom ponta-de-lança.

Olhando para as estatísticas do jogo, não consigo perceber como é que o Porto deixou fugir este jogo. 25 remates (9 dos quais à baliza), 10 cantos, 58\42 em posse de bola. Domínio territorial de 68% no meio campo do Zenit. Mas o futebol é assim mesmo…

No outro jogo do grupo, o APOEL perdeu em casa por 2-0  contra o Shaktar Donetsk. Luiz Adriano e Seleznyov marcaram os tentos da despedida dos Ucranianos das competições europeias nesta temporada.

O grupo 6 termina assim com o APOEL como vencedor do grupo e o Zenit como segundo. Volto a repetir que foi um apuramento histórico por parte dos cipriotas.

Como momentos chave deste grupo são de realçar:

1. A vitória do APOEL em Nicósia sobre o Zenit por 2-1 na 1ª jornada. Desde então, o APOEL aparece na disposição de não ser o bombo da festa do grupo.

2. A derrota na Rússia do Porto contra o Zenit. Um jogo para esquecer. Na mesma jornada, o APOEL vai “sacar” um empate à Ucrânia a 1 bola num jogo onde esteve a vencer por 3 minutos.

3. O empate do Porto em casa contra o APOEL quando se exigia uma vitória e a consequente derrota no Chipre, onde a equipa do APOEL defendeu praticamente o jogo todo (de modo organizado é verdade) e onde conseguiu vencer nos minutos finais com um golo de contra-ataque que podia ter sido evitado pelos portistas.

4. O empate entre Zenit e APOEL na Rússia. Mais uma vez o APOEL mostrou garra e crença na qualificação.

5. O empate no Dragão entre Porto e Zenit.

 

Grupo H

Sem muito para dizer neste grupo.

Tudo praticamente resolvido. Apenas existia a dúvida se seria o Viktoria Plzen ou o BATE a seguir para a Liga Europa. Será o campeão checo, possível adversário do Sporting.

No Barcelona vs BATE Borisov, Guardiola convocou 18 jogadores onde figuravam apenas 6 da equipa principal (Andreu Fontás, Pedro Rodriguez, Pinto, Maxwell, Thiago Alcântara e Gerard Piqué) 3 que já vem sido chamados regularmente à equipa principal (Isaac Cuenca, Marc Muniesa e Jonathan dos Santos) e outros 9 recrutados entre a equipa B do clube, com destaque para Marti Montoya, Martí Riverola, Sergi Roberto, Marc Bartra, Rafinha, Kiko Fermenia e Gerard Deulofeu.

Os miúdos deram bem conta do recado, já jogam o tiki-taka e despacharam os pobres Bielorussos do BATE (que tem nas suas fileiras Mateja Kezman) por 4-0 com golos de Pedro (2) Sergi Roberto e Montoya.

Um bom prémio para a geração do futuro dos Catalães.

No outro jogo, Plzen e Milan empataram a 2 bolas. Max Allegri também jogou com poupanças. Actuaram jogadores como Taiwo, Mexés, Pato (para ganhar ritmo competitivo após lesão) Ambrosini, Bonera, Emanuelson, Mattia Di Sciglio (jovem da cantera do Milan) e Bryan Cristante.

Alexandre Pato e Robinho colocaram os milaneses em vantagem aos 47 e 48″ mas um ímpeto final demolidor do Viktoria haveria de restabelecer a igualdade com golos de Bystron e Duris mesmo ao cair do pano.

Este grupo não merece grandes considerações visto que o resultado final era o que se previa: Barcelona em primeiro, Milan em 2º, ambos sem grandes dificuldades.

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futeboladas

Vitor Pereira salvou um matchpoint, ontem, contra o Shakhtar Donetsk, num jogo muito díficil que Hulk desbloqueou.

O Porto mantem-se assim na luta pelo apuramento, sabendo de antemão que o jogo contra o Zenit São Petersburgo no Dragão daqui a 2 semanas será crucial e obviamente, dotado de um grau de dificuldade enorme.

Para isso, em muito valeu a sorte que o Porto teve no jogo da Ucrânia. Recebeu duas bolas nos ferros, uma em que Hélton foi inteligente ao jogar a bola para fora e outra na primeira parte, onde o mesmo estava a guiar com os olhos o colocadíssimo remate disferido por Luiz Adriano, jogador que pelo que vi ontem, merece muito mais do que jogar neste Shakhtar e tem lugar de caras no “escrete”.

Valeu portanto a atitude demonstrada pela equipa portista. O Porto nunca desistiu da vitória, e mesmo perante as claras oportunidades de golo dos Ucranianos, mostrou a maturidade que tão bem conhecemos aos seus jogadores. Hulk fez o resto, marcando aquele golo abriu caminho para a vitória.

Vitor Pereira respirou de alívio. Esta vitória alimenta o sonho do clube ainda se qualificar para os oitavos-de-final, garante pelo menos a passagem à Liga Europa e dá mais uma almofada ao técnico portista numa altura crítica e na antevisão de mais um jogo muito complicado já no domingo contra o Sporting de Braga, onde o Porto pode começar efectivamente a vencer caso os dois rivais de Lisboa empatem no derby de sábado ou um deles perca pontos.

Horas antes do FC Porto jogar na Ucrânia, a festa foi cipriota em São Petersburgo.

O modesto APOEL foi empatar à Rússia e garantiu a qualificação para a próxima fase da Champions. É certo que esta equipa Cipriota (que atenção, nem tem uma má equipa) bafejou em muito do sorteio desta fase de grupos, calhando num grupo sem um gigante europeu. Todavia, existe sempre a contrapartida de, por antemão, se prever um grupo muito renhido dado o valor semelhante das equipas na contenda. No entanto, quem imaginava que este APOEL (uma das equipas mais frágeis desta fase e também uma das equipas beneficiadas pelo novo modelo de Platini para a competição) iria passar o seu grupo, ainda mais pela forma categórica com que se bateu contra todas as equipas?

No jogo de São Petersburgo, o APOEL limitou a aplicar a receita que deu frutos no empate obtido no Dragão na 3ª jornada e na vitória perante os Portistas em Chipre: colocaram o “autocarro” em frente à sua baliza, deram o domínio da posse de bola aos Russos (63%\37%) sem no entanto descurar uma organização defensiva ímpar que levou por exemplo à noite desinspirada do Português Danny e conseguiu perecer a 18 investidas do Zenit à sua baliza (7 remates à baliza e 11 remates para fora). Os Cipriotas só conseguiram fazer um remate (para fora) durante os 90 minutos da partida.

O APOEL está portanto de parabéns, e dentro das equipas de países com menos expressão no futebol europeu que beneficiam do novo modelo da champions (os campeões dos países com menor ranking\coeficientes por clubes da UEFA não disputam nas pré-eliminatórias jogos contra equipas não-campeãs tendo portanto 5 vagas directas) é excepção à regra do desastre que tem sido as campanhas de Genk (Bélgica; ontem levou 7 no Mestalla do Valência) BATE Borisov (Bielorússia) Croácia Zagreb (Croácia) e Viktoria Plzen (República Checa).

As contas finais do grupo irão fazer-se na próxima jornada, com o Porto a receber no Dragão o Zenit, necessitando obrigatoriamente de vencer os Russos para se apurar. O APOEL recebe o já eliminado (das competições da UEFA) Shakhtar com a hipótese de assegurar a primeira posição do grupo. O APOEL consegue o primeiro lugar se:

1. Vencer o Shakhtar.

2. Empatar com o Shaktar e o Zenit empatar com o FC Porto.

Grupo H

O Viktoria Plzen foi vencer à Bielorússia o BATE Borisov por 1-0 (golo do médio Bakos aos 42″) garantindo praticamente o apuramento para a Liga Europa como 3º classificado do grupo.

Os Bielorussos podem lamentar-se das muitas oportunidades de golo que desperdiçaram durante a partida. Bastava-lhes apenas o empate para garantir essa posição.

De realçar, também considero o facto de ter visto Pavel Horvath em campo. Para quem se lembra, foi um médio centro Checo que passou pelo Sporting há muitos anos atrás. Aos 36 anos, o esquerdino ainda é titular no campeão checo em título.

Em San Siro, o Barça confirmou o primeiro lugar deste grupo, depois de um grande jogo de futebol que iria terminar com a vitória dos Catalães por 3-2.

Foi de facto um cheirinho do bom futebol e do equilíbrio entre equipas do topo do futebol europeu que iremos ver daqui em diante na competição.

Pelo pouco que vi da partida, do lado do Milan gostei das exibições de Zlatan Ibrahimovic (muito picado por estar a jogar contra o Barcelona semanas após o lançamento do seu livro onde tece duras críticas à estrutura do clube catalão e em particular ao seu treinador Pep Guardiola). Ibra haveria de marcar o 1º golo dos Milaneses, golo que aos 20″ deu o empate depois de um golo do Barça obtido por auto-golo do Holandês Mark Van Bommel.

Ainda no lado dos milaneses, também gostei das exibições de Kevin-Prince Boateng (este Ganês é um jogador que enche as medidas de qualquer um, principalmente pela forma como mexe com a bola e com a capacidade genuína que tem em colocar centros longos para a área que normalmente geram aflição para a equipa adversária) e de Clarence Seedorf (quanto mais velho está mais o gosto de o ver jogar!).

Guardiola encarou o jogo de Milão com algumas reservas, visto que o mesmo apenas decidia o vencedor do grupo e não o apuramento. Daí ter optado por colocar alguns jogadores cujo tempo de jogo não tem sido muito neste primeiro terço de época. Assim sendo, o treinador dos Catalães deu a titularidade a Éric Abidal, Thiago Alcântara e Seydou Keita, deixando no banco Gerard Piqué em prol da colocação de Mascherano como central, como aliás tem sido “quase-norma” no conjunto catalão sempre que um dos centrais não se encontra a 100% do ponto de vista físico.

Tais alterações não mexeram por completo na forma de jogar do Barcelona e tanto Xavi como Lionel Messi como David Villa tiveram que suar para levar de vencida a turma de Max Allegri.

Grupo F

Mais uma vez, Robin Van Persie foi o “Robin dos Bosques” de Arsène Wenger. Duas grandes finalizações “mataram” o apuramento para os Gunners e catalogaram ainda mais este Holandês como o melhor que este Arsenal tem para oferecer (e decerto que a demanda pelos seus serviços tenderá a aumentar nos próximos dois meses; fala-se de City, United, Chelsea, Milan e Barcelona) e aniquilou quase por completo as esperanças dos campeões alemães em título em se qualificarem para a próxima fase, o que de facto é uma pena pois este Dortmund é capaz de fazer muito melhor que o Marselha e que o Olympiacos. Um dos motivos que levou o Dortmund a não passar este grupo foi obviamente a ausência em alguns jogos (entre os quais este) de jogadores importantes na manobra da equipa como é o caso de Sven Bender, Mario Gotze, Lucas Barrios e o defesa-central Neven Subotic. Uma equipa que não apresenta estes 4 jogadores em simultâneo em nenhum dos jogos desta campanha, parte claramente em dificuldades em relação aos adversários.

A exibição do Holandês foi tão grande que Jurgen Klopp, treinador do Dortmund não hesitou em gabar o internacional pela laranja mecânica: “Robin van Persie, wow, what a performance, what a player. He’s certainly one of the best in Europe”.

No outro jogo do grupo, os Gregos do Olympiacos foram fazer pela vida ao Vélodrome em Marselha. A equipa comandada pelo espanhol Ernesto Valverde safou o matchpoint que se jogava em Marselha vencendo a equipa da casa por 1-0 com um extraordinário golo do jovem médio ofensivo internacional Helénico Giannis Fetfatzidis aos 82″.

Nesta equipa Grega, pelo que vi do resumo da partida, conseguiu aguentar de forma estóica as investidas dos Marselheses e deve dar graças pelo resultado não só ao excelente golo do seu organizador de jogo mas como às boas exibições dos centrais Marcano e Torossidis e do avançado Djebbour.

Analisando este grupo e a próxima jornada:

O Arsenal já está qualificado e com o primeiro lugar assegurado. O Marselha é 2º com 7 pontos, o Olympiacos 3º com 6 e o Dortmund 4º com 4.

Na próxima jornada, o Olympiacos irá receber o Arsenal e as chances de qualificação aumentam não só pelo Marselha ter que viajar à Alemanha para defrontar um Dortmund que ainda aspira a conseguir a qualificação ou para os oitavos de final da prova ou para a Liga Europa, mas também porque Arsène Wenger poderá poupar muitos jogadores importantes nos Gunners para tentar relançar o clube ao nível interno.

Eis os cenários possíveis das complexas contas deste grupo:

1. O Marselha passa caso vença o Dortmund na Alemanha, indiferentemente do resultado do Olympiacos. Em caso de derrota dos Alemães, o Olympiacos garante o lugar na Liga europa.

2. O Olympiacos necessita da tal derrota dos Marselheses ou do empate para passar, ou do empate no jogo contra o Arsenal caso o Dortmund vença o Marselha (os Gregos tem 1-1 nos jogos contra o Marselha e 3-2 na série contra o Dortmund) desde que os Alemães vençam os Franceses por vantagem de 3 golos. Na última situação por mim evidenciada, o Olympiacos passa, o Marselha vai para a Liga Europa e o Dortmund, mesmo apesar de uma vitória por 3 golos é eliminado.

3. O Borússia de Dortmund precisa de vencer o Marselha por 4 golos de diferença (perdeu 3-0 no 1º jogo) e “per si” este resultado não chega pois necessita que o Arsenal vença na Grécia.

Grupo E

Villas-Boas vai de mal a pior.

O Chelsea teve o pássaro na mão para vencer em Leverkusen e foi traído por uma exibição categórica de Michael Ballack.

Com um golo de Drogba no início da 2ª parte, os Blues subestimaram claramente a resposta do adversário e recuaram no terreno para defender a magra vantagem. Erro claro numa competição como a Champions League que denota acima de tudo que a equipa de Villas-Boas está a jogar sobre brasa.

O Leverkusen de Robin Dutt não se deu como vencido e nos 20 minutos finais foi lá para a frente em busca de algo que lhe pudesse ser útil nas contas deste grupo. Conseguiu empatar aos 73″ por Eren Derdyok (na primeira vez que tocou na bola 2 minutos após a sua entrada em jogo) e com um espírito de abnegação enorme ao empate conseguiu chegar à vitória em tempo de descontos com um golo do defesa Manuel Friederich a passe de Michael Ballack, um antigo “blue”…

Vitória justíssima para o Leverkusen, equipa que está a fazer das tripas coração para fazer valer a sua falta de potencial em relação a Valência e Chelsea com um espírito de luta e sobrevivência tremendo e balde de água fria para um Chelsea que não tem mostrado rigorosamente nada em todos os jogos deste grupo e que como tal, arrisca-se claramente a ir parar na 2ª liga do futebol europeu.

O Leverkusen arrisca-se a vencer um grupo que era talhadinho aos “blues”.

Mais uma vez, e porque não me canso de referir, um baile de Roberto Soldado e companhia para Platini ver.

Hat-trick do avançado, confirmando a época de excelência que o mesmo está a fazer e que também já referi no último post em que abordei a liga espanhola.

O Valência recuperou muito bem do desaire caseiro frente ao Real Madrid. Desaire injusto diga-se a bom da verdade desportiva. Deu 7 ao campeão belga em casa e alimentou as hipóteses da qualificação.

Jonas, Pablo Hernandéz, Aduriz e Tino Costa marcaram os restantes golos dos “Ché”.

Arrisco-me a dizer que perante o potencial que o Valência tem neste momento (jogadores como Maduro, Topal, Rami, Costa, Soldado, Aduriz, Jonas, Piatti, Banega, Canalez, Diego Silva, Albelda, Parejo) se fosse possível juntar três vedetas que saíram nos últimos anos para clubes de maior nomeada (Silva, Villa e Mata) este Valência poderia efectivamente lutar pelo título da Liga Espanhola e marcar uma sólida posição na maior competição da UEFA. No entanto, as graves dificuldades financeiras pelas quais o clube tem passado nos últimos anos obrigaram a que a direcção tivesse que vender uma jóia da coroa por temporada para saldar o enorme passivo que o clube chegou a apresentar (cerca de 500 milhões de euros). É de espectar que os valencianos tenham que vender jogadores como Banega ou até mesmo Soldado nos próximos lances de mercado de transferências.

Resumindo e concluíndo, estamos perante mais um grupo onde o suspense da qualificação irá perdurar até ao último minuto da última jornada: O Leverkusen lidera com 9 pontos, o Chelsea e o Valência tem 8, com vantagem neste momento para os Blues.

O Chelsea recebe o Valência em Stamford Bridge num jogo que se prevê que seja de loucos enquanto o Leverkusen desloca-se ao terreno do desamparado Genk.

1. O Leverkusen apura-se como vencedor do grupo caso vença os Belgas, ou empate, concretizando-se um empate no embate entre Chelsea e Valência.

2. O Chelsea apura-se e vence o grupo caso vença o Valência e o Leverkusen não ganhe e apura-se em 2º com uma vitória.

3. O Valência apura-se e vence o grupo caso vença o Chelsea e o Leverkusen não vença.

4. Em caso de empate em Londres e derrota do Leverkusen, o Valência apura-se pois tem vantagem sobre o Leverkusen nos jogos realizados entre si assim como o Chelsea nos jogos realizados com o Bayer.

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futeboladas (tardio)

Depois de tanta agitação pelas academias, cumpre-me fazer um “revisiting” rápido pelo que se anda a passar pelo futebol lá fora.

Tinha programado meter uns videos com uns resumos, mas como o tempo é escasso fico-me apenas pelos comentários:

1. Desde que acompanho a sério a Premier League (desde meados da década de 90) nunca vi uma Liga Inglesa tão desiquilibrada. Não é seu apanágio.

À 12ª jornada, com o número 12 a marcar (12 pontos é a diferença de Chelsea, Liverpool e Arsenal em relação ao Manchester City) estas três equipas estão para mim, no limite do erro. 12 são muitos pontos para recuperar perante um City que está sem dúvida fortíssimo (11 vitórias e 1 empate; um impressionante, repito, impressionante goal average de 42\11; o City arrisca-se a acabar o campeonato com mais de 120 golos se a média não destoar; impressionante também é o goal-average destas 3 equipas: Chelsea 25\17; Liverpool 16\11 – 16\11 é muito pouco para o poderio atacante que a equipa de Kenny Dalglish tem; Arsenal míseros 25\22 onde nem a entrada de Mertesacker para o centro da defesa dos Gunners alivia o mau desempenho defensivo da turma de Wenger).

O que me causa mais espécie é que estas 3 equipas, com o potencial que tem os seus planteis (excepção feita obviamente ao Arsenal, que devido às saídas de Fabrègas e Nasri e às muitas entradas que teve esta época, tem por missão criar uma equipa que seja competitiva para a próxima época) não estão a conseguir dar a volta por cima, e arriscam perder lugares na Champions e até na Liga Europa para os impressionantes Newcastle e Tottenham, que este ano (o Tottenham novamente) voltaram a sedimentar possibilidades de interferir na chamada “luta dos grandes”

André Villas-Boas, tem pela primeira vez uma dura missão na sua carreira: fazer encarreirar os Blues! Não me venham com o argumento que Roman Abrahamovic não abriu os cordões à bolsa! Roman Abrahamovic simplesmente não quis abrir os cordões à bolsa em relação aos targets pretendidos pelo seu novo treinador, casos de Álvaro Pereira, João Moutinho e Hulk. Se de facto existiram clubes gastadores neste ano, um dos clubes foi o Chelsea: 9 milhões de euros por Thibaut Courtois (guarda-redes que foi emprestado ao Atlético de Madrid) 25 milhões por David Luiz em Janeiro ao Benfica, Oriol Romeu ao Barcelona por 6 milhões de euros, Raul Meireles por 14 milhões ao Liverpool, Fernando Torres por 60 milhões ao Liverpool em Janeiro, Juan Mata por 35 milhões ao Valência e Romelu Lukaku ao Anderlecht por 21 milhões de euros. Fazendo as contas, o saldo de transferências no ano civil do Chelsea foi de 170 milhões de euros.

A questão que se põe é que André Villas-Boas para singrar no Chelsea terá obviamente que ir construíndo uma nova década no clube londrino. Como afiancei no Preview da Premier que escrevi neste blog em Agosto (ver histórico no fim de página em relação a esse mês) a equipa do Chelsea é maioritariamente constituída por jogadores de carreiras acabadas e consequentemente por jogadores cujo auge já passou, problemática que obviamente causa algum comodismo no seio do plantel. Falo de John Terry, de Alex, de Michael Essien, Frank Lampard, Florian Malouda, Didier Drogba, Nicolas Anelka e do inevitável John Obi Mikel, que apesar de ser um jogador que aprecio bastante a qualidade de passe, nunca mostrou grande coisa para envergar a camisola do Chelsea.

O Manchester City, por outro lado, voltou a investir forte e está a colher os lucros desse investimento. Com a ajuda de grandes níveis exibicionais de jogadores como Balotteli, David Silva, Kun Aguero, Vincent Kompany, Joleon Lescott, Samir Nasri, James Milner, Yaya Touré e Dzeko, e todo o talento que lhes está agregado, o City de Mancini começa a agradar às pretensões dos seus proprietários e, arrisca-se a levar a Premier League para casa esta época e a lançar-se muito bem na grande roda da Europa para as próximas épocas.

A farturinha é tanta que Mancini nem se importa muito com o birrento Carlitos Tevez, que depois da polémica causada no jogo contra o Bayern foi amuado para a Argentina levando o treinador italiano a negar-lhe a eventual possibilidade de voltar a vestir a camisola do clube. Tevez será um reforço de peso para qualquer clube europeu e é inegável que Real Madrid, PSG, Málaga, Arsenal, Inter e Roma estarão muito atentos para concretizar a sua transferência.

Este fim-de-semana teve mais teste de fogo perante uma equipa do Newcastle, que ainda não tinha perdido esta época. Um teste que foi ultrapassado com o bom futebol que se tem visto a ver da equipa de Manchester, ajudada por alguns erros infantis de Ryan Taylor (defesa esquerdo do Newcastle) e também com a verdadeira estrelinha de campeão na 2ª parte com as oportunidades falhadas por um Newcastle, que, apesar da derrota tem o mérito de ter construído um plantel belíssimo com jogadores como Coloccini, Jonás Gutierrez, Demba Ba e Hatem Ben Arfa.

Mas, como afirmei na introdução a este ponto a Liga está desiquilibrada. Neste momento, só o United tem capacidade para rivalizar com o seu vizinho do lado. E já vão 5 pontos de diferença e obviamente 5 golos na bagagem como pudemos constatar no último derby de Manchester.

As próximas jornadas serão fulcrais para se começar a desenhar o miolo e o desfecho da Premier.

2. Em Espanha, o Real continua com a sua almofada de 3 pontos em relação ao Barça. Digo almofada, visto que num campeonato onde a diferença se fará ao pontinho num universo de mais ou menos 100 pontos conquistados nas 38 jornadas da prova, 3 pontos podem fazer a diferença para as turmas de Mourinho e Guardiola.

Em 12 jornadas, o Barça já patinou 4 vezes (4 empates) dado que não é abonatório para a super-máquina de Guardiola. Guardiola terá um final de mês de Novembro e um mês de Dezembro duríssimo, onde terá que jogar  com o Real Madrid no dia 10, terá que efectuar as duas restantes jornadas da Champions (uma delas com o Milan que ainda poderá ser alvo de disputa de liderança de grupo) e o campeonato do mundo do clubes, prova que poderá ajudar ao desgaste da equipa e onde o Barcelona quererá levar o troféu para a Catalunha.

Mourinho ultrapassou o Mestalla nesta jornada e cavou uma diferença de 7 para o Valência. Os Valencianos vinham a fazer um excelente campeonato até agora e em caso de vitória até poderiam entrar na luta pelo 1º lugar. Mais uma grande exibição de Ronaldo pelo Real e mais uma grande exibição de Roberto Soldado pela turma Valenciana, comprovando que esta está a ser a época da carreira do avançado que curiosamente foi formado nas escolas do Real. Soldado leva 8 golos na Liga e 2 na Liga dos Campeões.

No entanto, do jogo do Mestalla fica por assinalar um penalti clarissimo a favor do Valência que poderia no final ter dado o empate aos Valencianos, resultado, que pelo que o Valência fez no quarto de hora final até se ajustava.

Sabendo que os Valencianos não vão lutar pelo título, cada vez parece mais certo que o 3º lugar será deles sem grande concorrência. O Malaga e o Sevilla tentarão guiar os seus resultados pelos resultados do Valência, mas, neste início de época, apesar do bom futebol que estão a praticar em algumas partidas, começam a sofrer de alguma intermitência nos seus resultados.

Quem continua a desiludir é o Atlético e o Villareal. Por este andar da carruagem, Levante, Espanyol e Athletic poderão ter mais condições para lutar pelo 6º lugar que estas duas equipas.

O Atlético de Madrid é uma excelente equipa. Tem é um mau treinador. Gregorio Manzano é daqueles treinadores que fala muito cá fora perante a imprensa mas não mete as equipas a jogar bonito e a obter resultados de maior. Já assim o era no Sevilla. Uma equipa que tem jogadores no plantel como Felipe, Álvaro Dominguez, Diego Godín, Mário Suarez, Tiago, Salvio, Arda Turan, Diego, Paulo Assunção Adrián, Radamel Falcao, Juanfran, Diego Costa e Reyes terá que fazer muito mais do que sequências em que ganha um jogo, empata os próximos e perde outro a seguir.

Já o Villareal é uma equipa cujos jogadores parecem estar em decadência. Falo de Gonzalo Rodriguez, Carlos Marchena (há muito que está em decadência) Cani, Marcos Senna, Borja Valero, Giuseppe Rossi e Nilmar. Da espinha dorsal desta equipa, ainda não vi uma boa exibição destes jogadores, tanto a nível interno como na Champions onde o Villareal está a ser a pior equipa da fase de grupos.

3. Em Itália, a coisa está boa para a Juventus.

O investimento compensa. Olho para o plantel da Juve e não tenho dúvidas em afirmar categoricamente que a Vecchia Signora vai voltar ao scudeto. É só magia. Buffon é aquele senhor e sempre o será. Marco Motta, Andrea Bazagli, Lichsteiner, Fabio Grosso, e a grande dupla de centrais da selecção italiana Leonardo Bonucci e Giorgio Chellini (estou aqui a pensar na quantidade de centrais de qualidade que a Itália terá para a próxima década com Rannochia, Bochetti e até Criscito quando adaptado) são aquela defesa que todo o treinador gostaria de ter.

Marchisio e Pirlo combinam de uma forma estonteante no miolo e tem Arturo Vidal como o substituto perfeito. Nas alas, Pepe, Krasic, Eljero Elia (que jogador bestial) Alessandro Matri e Del Piero são outro sonho para qualquer treinador de futebol assim como os homens da frente: Fabio Quagliarella, Luca Toni, Vincenzo Iaquinta, Mirko Vucinic e um apagadíssimo Amauri que não tem lugar neste plantel mas que não deixa de ser um grande avançado.

À Juve, seguem-se por um ponto de diferença, Lazio e Udinese. Não menosprezando tais equipas, creio que não tem qualidade para andar a lutar pelo título e rapidamente irão baixar a guarda no que toca a este capítulo. A Lázio tem um bom plantel mas nota-se que não tem um jogador criativo (o melhor que tem é Ledesma) e a Udinese, a selecção do mundo como lhes costumo chamar, apesar de ter excelentes jogadores como o lutador Maurizio Isla, Danilo, o mágico Gabriel Torje, o fantástico Pablo Armero e Floro Flores, continua a depender em muito de um dos jogadores da década do futebol italiano, o imortal António Di Natale, que com os seus 8 golos em 11 jornadas irá lutar novamente pelo título de melhor marcador da Serie A.

Ambas as equipas sofrem na minha opinião de um problema patológico comum: dependem exclusivamente dos seus avançados, respectivamente Di Natale e Miroslav Klose.

O Milan está em 4º com 21 pontos. Max Allegri não está a conseguir fazer olear tão bem a sua máquina esta época, mas, será a única equipa que a meu ver irá ombrear com a Juve na luta pelo título. No entanto, a primeira fase do campeonato não está a correr bem e não se pode culpar o facto do Milan não ter jogadores para enfrentar com atitude séria duas competições, até porque na Champions tirando a oposição no grupo do Barcelona, tanto BATE Borisov como Viktoria Plzen são equipas do submundo europeu que o Milan tem obrigação de golear.

É claro que uma baixa como António Cassano deixa marcas numa equipa como o Milan, mas, perante o plantel recheado que os milaneses tem, não serve de desculpa para nada.

Daí que 23 golos em 11 jornadas seja uma marca péssima para o poderio ofensivo dos Milaneses.

A Roma está a conseguir levantar-se do choque inicial. Luis Enrique está a pouco e pouco a colocar a equipa a jogar futebol. Está a apenas 5 pontos do 1º lugar. E tal não é uma vergonha para uma equipa que recebeu novos jogadores como Stekelenburg, José Angel, Simon Kjaer, Erik Lamella, Miralem Pjanic, Fernando Gago, Pablo Osvaldo (o tal que é mais italiano que os políticos que nasceram em itália) e Bojan Krkic. Estes, em conjunto com outros como Burdisso, De Rossi, Leandro Greco, Okaka Chuka e até Marco Borriello podem-se assumir fulcrais para Luis Enrique (caso a direcção romana o decida manter indiferentemente do resultado desta época) trabalhar a pensar na luta pelo scudetto na próxima época.

O Inter, é mau demais.

A minha opinião sobre o Inter é que é demasiada veterania acomodada e demasiada juventude precoce neste plantel.

Sem gastar muito dinheiro, o Inter tem o futuro assegurado. Mas para daqui a 3 ou 4 anos.

O Inter deve aproveitar para reflectir. Deverá mandar já no mercado de inverno algumas (velhas) vedetas embora para começar a dar espaço aos mais novos e ganhar algum capital (enquanto é possível fazê-lo com jogadores como Maicon, Chivu, Motta ou Milito) ou é preferível manter uma equipa, que apesar da classe inegável e do caminho de glória trilhado por 95% dos seus jogadores não está a funcionar como equipa e pela primeira vez da história recente do Inter está a um passo de lutar para não cair no abismo que se chama Série B?

Eu não consigo acreditar como uma equipa que tem Sneijder, Zarate, Ricky Alvarez, Stankovic, Milito, Forlán e Pazzini, só consegue marcar 13 golos em 11 jornadas. Recuso-me mesmo a acreditar que estes jogadores não se consigam entender. Mas acreditando ou não, o que é certo é que este Inter está numa forma interna que é completamente lastimável…

4. Na Alemanha, Mario Gotze calou o Allianz Arena. O Dortmund superou as dificuldades iniciais causadas pela má forma de jogadores como o jovem médio e a lesão de Lucas Barrios. E Barrios ainda nem sequer apareceu no campeonato, pois tem sido suplente.

O Dortmund ficou com a vitória frente ao Bayern a 2 pontos dos Bávaros e promete obviamente ser a maior sombra à turma de Jupp Heynckes, treinador claramente de transição de ciclo na equipa de Beckenbauer.

Numa liga que está a ser muito renhida por ora, Schalke o4 (-3 pontos) Werder Bremen (-5) e Estugarda e Bayer de Leverkusen (-7) ocupam os lugares cimeiros da Bundes, com o Borussia de Monchagladbach (-2) a fazer uma sensacional 1ª volta de campeonato. Todos ainda tem hipóteses de rapidamente (3 jornadas na Alemanha podem virar a tabela toda) chegar à 1ª posição.

O Bayern de Munique, apesar das 3 derrotas que já leva para a Liga está a fazer o que lhe compete: liderar após um ano muito mau como foi o da época 2010\2011.

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Zlatan no seu melhor

O Barça jogou aquele encontro frente ao Villarreal depois de ter sido eliminado pelo Inter de Milão, orientado por José Mourinho, nas meias-finais da Liga dos Campeões, e ao entrar no balneário, Ibrahimovic gritou: “‘Não tens tomates”. E acrescentou: “Cagas-te com Mourinho. Vai levar no cu. Fiquei louco”, relata o sueco no livro. “Se eu fosse o Guardiola, teria tido muito medo”, acrescenta.

Mas esta não é a única referência de Ibra ao seu anterior técnico. O avançado faz ainda comparações entre o treinador catalão e o português: “Mourinho ilumina uma casa, enquanto Guardiola baixa as persianas.”

Um misto de ressabianço e de verdade.

 

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Segue para a Catalunha

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Mourinho têm alguma razão, mas fala demais. Cristiano Ronaldo poderá ter alguma razão, mas joga de menos.

Para bater este Barcelona, é preciso fazer muito mais daquilo que o Real Madrid fez ontem. No ataque foi uma equipa inofensiva. Na defesa, a combinação de uma dupla de centrais composta por Sérgio Ramos e Raúl Albiol foi um autêntico suicídio de Mourinho.

É certo que o Barça já obteve alguns favores das arbitragens, alguns desses fulcrais para as conquistas europeias dos últimos anos.

Pepe é bem expulso. A entrada é dura. Daniel Alves até se pode ter aproveitado da situação, mas o que é facto é que Pepe poderia ter acertado em cheio na perna do Brasileiro ao ponto de lhe causar uma enorme lesão. A sua expulsão é estupida. Para além de estúpida, pôs em causa a estratégia defensiva que estava a resultar na perfeição. Messi apareceu quando Pepe desapareceu. Se em vez de um Sérgio Ramos taralhoco estivesse um Ricardo Carvalho, nada daquilo tinha acontecido.

No ataque, o Real mete-me pena. Cristiano Ronaldo afirmou que Mourinho tinha uma estratégia para os 20 minutos finais: colocar um Kaka 20 kilos acima do normal para desiquilibrar. Um jogo de futebol não têm duração de 20 minutos, têm duração de 90. E nos 90, Ronaldo esteve tão desaparecido como São Sebastião na batalha de Alcacer Quibir. Di Maria foi completamente abafado. Adebayor andou na 2ª parte às turmas com os centrais do Barcelona, mais que avídos neste tipo de situações, favorecidos pelo facto do Togolês ser lento e pouco ágil de movimentos. Ozil não distribuiu jogo como costuma distribuir.

Está decidida esta eliminatória. O Real que se ponha a pau: em Nou Camp ainda leva mais. Mourinho têm que ser mais comedido nas palavras: este Real ainda precisa de ser muito trabalhado para estar à altura de uma equipa rotinada, cujo treinador pensa em tudo o que necessita para ver vencidas as equipas adversárias. Até nas contratações, Guardiola é meticuloso. Se duvidas haviam quanto a Mascherano, prova-se agora que o tempo em que o argentino andou escondido, andou-o para aprender as rotinas dos companheiros e entrar no onze titular sem quaisquer tipo de problemas. Afellay é outro. Está talhadinho para entrar no onze numa posição que ficou um pouco deficitária com a passagem de Messi para o miolo do terreno. Pedro e Bojan não conseguem juntos dar a solidez que dava Messi aquela posição – já o Holandês, está nas suas sete quintas.

Nota final: Pinto pode não ser um guarda-redes de eleição, mas cumpre a sua tarefa quando lhe é pedido o abono das balizas catalãs. Ontem, merecia bem a distinção de luvas de ouro da Federação Internacional de Boxe. Não é para isso que um guarda-redes suplente também serve?

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Uma questão de infantilidades

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Uma questão de infantilidades. Por parte de dois jogadores do Arsenal.

Quando vi o alinhamento das equipas nos primeiros minutos da equipa, vieram-me logo à cabeça dois pensamentos:

1-Arsène Wenger estudou muito bem o Barcelona e os últimos jogos da equipa catalã na Liga Espanhola.

2- A defesa com que o Barcelona entrou arrepiou-me. Por necessidade, Busquets teve que ser central. E o lateral-esquerdo Adriano não tem qualidade para envergar a camisa que enverga. E não percebo como Guardiola o coloca em campo quando tem Maxwell no banco.

Vamos a factos concretos:

Arsène Wenger colocou um Arsenal extremamente defensivo em campo. Todavia, creio que esta postura defensiva foi claramente objectivada e pensada por Wenger para esta partida. Tomando como exemplo os últimos jogos do Barcelona na Liga, Wenger apostou numa defesa subida e num meio campo extremamente pressionante e unido, não deixando portanto que Xavi e Iniesta construíssem jogo e que sobretudo não optassem pelos típicos passes de ruptura para as costas da defesa, movimentos fulcrais na equipa ché.

Por outro lado, previa-se que caso o Barça marcasse o primeiro, muito dificilmente o Arsenal teria poder atacante para continuar na eliminatória. O que aconteceu de facto na partida. O Arsenal conseguiu lograr um auto-golo na 2ª parte mas acabou a partida sem fazer um único remate à partida, facto que não só deve ser raro na história da Liga dos Campeões como quiça na história dos “gunners”.

Ate à meia hora de jogo, a estratégia de Wenger estava a ser perfeita. Nem mesmo a lesão precoce do jovem guarda-redes Polaco Scesny (substituído por Almunia) abalava a turma de Wenger. Após a meia-hora, um conjunto de faltas de parte a parte aliadas a uma série de picardias dos jogadores de ambas as equipas haveria de abalar um pouco a estrutura do Arsenal. Depois de uma falta sobre Abidal, Van Persie e os jogadores do Barcelona exaltaram-se e o jogador Holandês logo a seguir haveria de colocar uma mão na cara de Daniel Alves na disputa de um lance – o Suiço Massimo Busacca haveria de ser permissivo nesse lance (para não estragar a partida) optando apenas por mostrar o amarelo ao avançado do Arsenal. No entanto, fiquei logo com a percepção que o mau feitio do Holandês poderia acabar em expulsão na 2ª parte.

Nos minutos seguintes, um erro infantil de Cesc Fabrègas (como se pode ver no vídeo acima postado) haveria de ser fatal para o Arsenal com o golo recheado de brilhantismo do inevitável Lionel Messi. Ao intervalo, 1-0 para os Catalães. O Arsenal precisaria de reagir no ataque – no banco, Arshavin e Bendtner poderiam ser soluções benéficas para o efeito.

Na 2ª parte, o jogo começou na mesma toada com que tinha terminado o 1º tempo. No entanto, no início do 2º tempo, a sorte estava com os londrinos – sem fazer qualquer remate à baliza, o Arsenal haveria de marcar aos 51″ após auto-golo de Sergio Busquets, auto-golo resultante de um canto da turma londrina.

Com a eliminatória a seu favor, haveria de surgir a 2ª infantilidade de Van Persie quando após lhe ter sido assinalado fora-de-jogo continuou com a bola, pontapeando-a. O Suiço Massimo Busacca aplicou as regras da FIFA, mostrando o 2º amarelo ao Holandês que reclamou não ter ouvido o apito do árbitro. Busacca esteve bem, mas nesta regra, creio que a FIFA terá que ordenar definitivamente que o critério seja igual em todos os campos. Existem árbitros que mostram amarelos por lances destes, outros que não.

A esta altura, se o Arsenal era inofensivo no ataque, mais inofensivo ficou. Nos minutos seguintes, o Barcelona carregou com toda a força e por 2 ou 3 vezes a bola andou a cheirar a golo. A equipa Catalã conseguia criar oportunidades de golo mas não conseguia marcar – num primeiro lance a bola rodou a área até chegar aos pé de Daniel Alves que rematou por cima e noutro, Villa isolado obrigou Almunia a uma grande defesa.

Até que num minuto o Barça vira a eliminatória. Primeiro numa grande jogada de ataque finalizada por Xavi. Depois, numa grande penalidade que Messi transformou, penalizante de uma rasteira pregada por Koscielny – na minha opinião, foi a grande pecha do central Francês no jogo. Koscielny tem talento.

À rasca, Wenger haveria de colocar Bendtner e Arshavin na partida. O Russo haveria de ser inexistente nos 15 minutos que esteve em campo. O Dinamarquês poderia ter selado a eliminatória para o lado dos londrinos aos 84 minutos não fosse o facto de ter dominado a bola de forma horrível na cara de Valdés perante a pressão de Abidal.

O Barça, à frente na eliminatória desde o minuto 71 haveria de fazer gestão do resultado perante um adversário que não conseguiu reagir aos golos – em dois ou três lances de brilhantismo, o resultado poderia ter sido elevado a números de goleada, não fosse as péssimas finalizações de Villa, Messi e Iniesta. Calmamente, o Barça acabou o jogo a trocar a bola, naquela posse e circulação de bola que desmoraliza qualquer adversário.

Passou aos quartos-de-final o mais forte. A equipa de Wenger mereceu a vitória em casa, mas foi pouco atrevida no ataque. Atrevida talvez seja uma palavra elogiosa para a prestação atacante do Arsenal. Nasri não teve rasgos de brilhantismo, Fabrègas só destabilizou a equipa e Van Persie teve duas atitudes que colocaram em xeque a passagem dos “gunners” aos quartos-de-final. Talvez falte no Arsenal um pouquinho mais de ambição. A equipa pratica um futebol bastante bonito mas continua a tremer nos jogos a doer.

No outro jogo da noite, o Shaktar Donetsk humilhou a Roma no seu novíssimo estádio.

Sofrer 3 golos em casa numa eliminatória de Champions é algo que na competição em causa é completamente inadmissível. Se os Ucranianos já tinham feito rolar cabeças no comando técnico da Roma no jogo da 1ª mão (Ranieri demitiu-se nessa mesma noite) e o novo treinador dos Romanos Vincenzo Montella acreditava que a sua equipa poderia dar a volta ao resultado na 2ª mão, um 3-0 concludente na Ucrânia provou que a Roma não tem talento para estas andanças e que o Shaktar pode ser um adversário perigoso nos quartos-de-final para as equipas que se apurem.

A equipa Ucraniana (que só começa agora o seu campeonato) não só está “fresca das pernas” como tem um ataque recheado de fantasia, fantasia essa que lhe é dada pelos jogadores Brasileiros como Douglas Costa, Jádson ou Willian. Chygrynski na defesa garante a ordem lá atrás. Srna e Rat são laterais que fazem bem todo o flanco – o Croata é um jogador de “mão cheia” – La na frente, Luiz Adriano, Eduardo da Silva e o Boliviano Marcelo Moreno são homens para fazer estragos.

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Dia de clássico em Barcelona


Disputa-se hoje um dos jogos mais aguardados do ano!

O mundo vai parar para ver jogar Barcelona e Real Madrid, num clássico de emoções ao rubro!

Para além do duelo entre as duas equipas, há uma série de mini duelos a disputar. Lionel Messi contra Cristiano Ronaldo, José Mourinho (ex-adjunto do Barça durante anos) contra Pep Guardiola (comandado de Mourinho nos anos de Barcelona).

Que vença o melhor! Que seja um grande espectáculo de futebol!

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