a intervenção do deputado do PS Fernando Medina na Comissão Parlamentar de Acompanhamento das Medidas do Programa de Assistência Financeira a Portugal.
há muito que ando a dizer que o Presidente da República está doente, não está lúcido e já não apresenta condições para se manter no cargo.
as últimas declarações de Cavaco Silva são de bradar aos céus, numa altura, em que a sua jotinha laranja, aponta espingardas para Mário Soares.
benzo-me quando ouço o próprio presidente da república dizer que não é necessário um abaixamento das comissões e dos juros cobrados pelo FEEF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira) quando de facto Portugal irá pagar cerca de 34 mil milhões de euros nas próximas duas décadas (sim, demorará 2o e picos anos a paga) a uma taxa juro média de 3,49% (altíssima; a Espanha pagaria no máximo 1,15%) e que não é preciso renegociar as ditas comissões e os juros, para, num segundo momento, afirmar que temos que renegociar urgentemente a nossa dívida perante credores externos, quando, já deveríamos ter começado a renegociar essa mesma dívida em 2001, em 2009, em 2010, em 2011, para que fosse evitado o recurso excessivo ao financiamento dos mercados, como, foi de facto realidade a política de Teixeira dos Santos, que, como sabe, terá o seu auge da dívida em 2026, sendo, por exemplo eu, um daqueles que vai pagar bem caro a factura desses excessivos recursos de emissão de títulos de dívida do estado português.
falamos de 34 mil milhões de euros, metade do resgate financeiro que nos foi servido pela troika, a juntar aos 42 mil milhões que teremos que pagar à troika por 78 mil milhões de euros cuja fatia de 12 mil milhões foi directa para o embuste criado pelos bancos nacionais que são mal geridos e cobram juros de 14,1% às empresas nacionais ligadas ao ramo da exportação, por exemplo. coisa pouca.
“a negociação com os parceiros europeus é contínua” e o exemplo dado pelo perdão parcial à dívida da grécia por credores europeus “poderá servir de exemplo para essa negociação ao governo” – do que é que estão à espera, pergunta-se?
Várias leituras:
1. Como a outra da caridadezinha dizia, vamos empobrecer. Continuo a acreditar que a estratégia de empobrecimento do país de Vitor Gaspar não só não tratá a desejada competitividade ao país nos mercados internacionais como ainda criará mais miséria. Qual é a ideia do Gaspar? Competir com a Turquia e com México, economias que já estão léguas à nossa frente? Competir com as economias do leste através da redução nominal salarial e da flexibilização do nosso código de trabalho? O que é que se segue? Trabalhar por uma malga de arroz à semelhança daquilo que é feito no Sudeste Asiático? O que vale é que a direitada agradece o facto da Jonet alimentar muitas bocas há 20 anos e quer que ela continue a alimentar(-se) por muito mais tempo.
2. Se a leitura do Banco de Portugal é superior em 6 décimas à do governo, a recessão em 2013 será bem pior do que aquilo que está a ser projectado. Volto atrás na marcha e relembro as palavras de quem dizia que 2013 é que era.
3. A queda no consumo e nos investimentos só poderá agravar ainda mais a frágil situação económica do país. A espiral. Se o povo não consome, não há quem invista, a produção nacional baixará, as empresas terão que despedir, a receita fiscal por via dos impostos indirectos cairá e por sua vez aumentarão os apoios sociais por via do subsídio do desemprego, resultado do aumento deste por via da queda do consumo. Se não existe quem invista, logo, não existe quem empregue. Se não existe emprego, não existe expansão no consumo, não existem aumentos de produção por parte da produção nacional, não existem aumentos adicionais de receita a cair nos cofres do estado e por sua vez não existe redução de verbas destinadas a apoios sociais visto que os beneficiários dos apoios sociais tenderão a aumentar. Gaspar conseguiu o que tanto queria: arrasar o seu mercado interno. Arrasou, Gaspar…
Menos 214 mil empregos até ao final do próximo ano.
Inconstitucionalidades na aplicação da sobretaxa sobre os subsídios dos funcionários públicos. E claro está, um convite expresso para que este governo ataque os trabalhadores do privado, principalmente aqueles que precisam desses rendimentos para balançar as economias familiares, facto que constitucionalmente também terá que ser declarado como inconstitucional.
Metas orçamentais previstas para este ano não serão cumpridas.
Liberalização fracassada no sector energético, culpada pelo facto das empresas do sector terem o monopólio da rede eléctrica, das águas, da refinação petrolífera em solo nacional.
A Banca recapitalizou-se mas continua fechada ao fomento do novo empreendedorismo e ainda viu o crédito mal-parado aumentar de forma significativa.
O Consumo Interno baixou a índices perto daqueles que se verificavam em Portugal em 1997.
O pico dos juros da dívida portuguesa terá o seu top entre 2016 e 2019 e 2026-2035.
O Banco de Portugal prevê uma retracção da actividade económica de 3% para este ano, contrariando os pedidos do Governo (sem pacotes de ajuda tanto do governo como da banca) para que os jovens sejam empreendedores.
A ajuda à instalação do Banco BIC no BPN. Não se deve considerar uma compra mas sim uma oferta do estado português aos angolanos.
A Nissan, a Renault e a Rio Tinto cancelaram investimentos de cerca de 2,2 mil milhões no nosso país e impossibilitaram a constituição de 1250 novos empregos. Graças a quem? Graças ao “meu colega” Àlvaro, o trapalhão que veio de terras do frio. Ainda por cima, acresce que as unidades de produção estavam previstas para Aveiro (caso da Nissan e da Renault; zona que está a fazer crescer a taxa de desemprego) e Moncorvo (o flagelado interior português).
E o Ministro da Saúde recusa-se a dialogar com os médicos.
Existem condições para este governo continuar?
Sim, o Vitor Louçã (sim, é inacreditável como é que uma família consegue produzir um dos mais brilhantes economistas do país e outro que ficará para a história do país como um dos piores ministros que o país alguma vez teve) Rabaça Gaspar foi engraxar as botas à Christine Lagarde e aos seus funcionários de 3ª linha de Washington que nós Portugueses estamos dispostos a trabalhar mais e a passar mais sacrificios para sair deste problema que o “endividamento extremo” de Sócrates (segundo palavras do próprio Gaspar) provocaram ao país.
Apetece-me chamar uma catrefada de nomes a este sujeito: chulo, cabrão, carrasco, filho da puta, otário, autista, mentiroso, escroque, pândego e por aí adiante.
Fico-me mesmo pelo autismo.
É um imenso autismo. Gaspar é autista desde o dia em que chegou ao Ministério. Não se toca, não se apercebe da realidade que o rodeia, só conhece números, não conhece o país e o pulsar da nefasta vida de milhões de Portugueses. Ou então mente para parecer bem. Vira o rabo em Washington à cata de mais uns milhões que salvem os desvios colossais que este governo também está a cometer.
O que te vale Gaspar, é que a Espanha também vai sofrer uma intervenção e tu terás que pedir um 2º pacote de ajuda e terás que te demitir. Quando vires as Zaras e as Mangos e as LIDL´s e as Leclercs a ir embora do país porque o capital investido teve que ser retirado para tapar buracos e reinvestir nas unidades dos países-mãe, verás este país a cair vencido no chão, roto, falido.
E o dia está próximo não te esqueças. O que é certo é que os teus amigos burocratas irão dar-te a mão e colocar-te-ão num gabinete em Bruxelas ao lado desse mito chamado Vitor Constâncio.
Absolutamente lamentável. Ridículo. O Gasparzinho sem vergonha a dar de mão beijada a nossa soberania nacional e o nosso orgulho ao homólogo alemão.
O Gasparzinho como uma criança, a dar satisfações da sua vida ao seu tutor e a agradecer de mão beijada a miséria que os alemães nos dão em troca.
Não existem palavras que descrevam estes 50 segundos de pura bajulação…
Depois a questão do povo alemão. É mais que sabido que o povo alemão não concorda com o que a sua chanceler tem manietado através das instituições no caso Grego. O povo alemão por sua vontade não quer a hegemonia. Tanto não quer a hegemonia como não quer também perdoar nada aos Gregos ou conceder mais ajuda financeira. O povo alemão é um povo disciplinado, que acredita no trabalho como valor principal e que tem na eficácia o critério para julgar a produtividade dos outros.
Seria no entanto interessante saber a posição do Ministro dos Negócios Estrangeiros sobre este assunto. O que o Gasparzinho fez foi abrir mais uma porta para que os alemães entrem no nosso país e ordenem tudo aquilo que quiserem. Foi inconveniente para a própria acção diplomática deste país, pois neste caso específico meia dúzia de palavras bastaram para que a própria diplomacia não tenha poder negocial contra a diplomacia alemã. Quando o exemplo vem de cima, o que é que poderemos alegar em nossa defesa? O que é que poderemos negociar? Ficaremos para sempre como o bom aluno da Frau Merkel e da tecnocracia da troika? Poderemos nessa circunstância alguma vez renegociar a nossa dívida?
Num aspecto, o ministro alemão das finanças foi certeiro: a seguir à Grécia, é Portugal… mas para discutir a bancarrota…
5+4 raiz quadrada 5,4% resultado colossal.
Nem ele sabe muito bem visto que a coisa está tão negra lá no ministério que já nem máquinas calculadoras científicas da casio dispõem para fazer as contitas dada a política de austeridade.
Preparem-se, os cortes dos subsídios de férias e de natal por inteiro em 2012 tanto no Público como no Privado serão uma realidade.
O Álvaro “Canadiano” voltou a meter os pés pelas mãos.
O fim da crise que não é o fim da crise. O desvio que era e não era colossal. O corte histórico da despesa. O fim da crise em 2012 anunciado pelo Álvaro Canadiano, difere para 2013 na óptica de Vitor Gaspar e foi “remendado” pelo Ministro da Economia 4 horas depois do seu discurso para 2014 e 2015. À boa maneira portuguesa continuam-se a adiar os cenários de retoma ano sobre ano e nem dentro do governo se tem uma visão unânime quanto aos efeitos das medidas que foram anunciadas desde a tomada de passe deste governo.
Já não bastava o facto de termos um ministro da economia gastador (foi o que mais empregou dentro das competências que necessitava no seu super ministério) como temos um Ministro da Economia bipolar: às vezes fala de menos, afirmando que existem uns investimentos mas que são anunciados mais tarde. Noutras, fala demais e antecipa o fim da crise neste país.
Não há pachorra para tanta incompetência.