Em Napoli, Itália.
Edinson Cavani: Deus no San Paolo. Napoli vs Dnipro, Europa League Group Stage, 8th November 2012.
Está a ser um ano em cheio para a malta de Firenze. A equipa mudou de treinador, saiu do ciclo vicioso das anteriores temporadas, reforçou-se com 17 jogadores (grande parte deles com provas dadas; já chegavam as compras de jogadores de índole duvidosa) e a estratégia da própria direcção do clube (presidida por Andrea Della Valle) mudou, de forma agressiva, para que a Fiorentina possa voltar aos lugares que lhe pertencem por estatuto: os lugares europeus.
A Vincenzo Montella foi pedido no seu dia de apresentação que pudesse construir um plantel que fosse capaz de responder aos desafios gerados pelos novos objectivos, não apontando baterias à conquista de um lugar europeu já esta época. Montella respondeu mais rápido do que aquilo que Della Valle e seus pares estariam à espera e 16 jornadas depois, a Fiorentina está em 5º a 9 pontos da líder Juventus sendo que já esteve a 4. Para além dos resultados desportivos, é nítido que a Fiorentina joga um futebol muito agradável. Montella está portanto de parabéns.
Depois de dois empates sensaborões contra a Samp em casa e contra o Torino fora, cabia à Fiorentina mostrar todo o seu potencial no quente Derby Del Sole contra a Roma no Olímpico. Na memória colectiva estava ainda a excitante vitória obtida em San Siro perante um impotente Milan. Urgia portanto fazer semelhante resultado contra uma Roma, que de certo modo ainda se está a redescobrir, fortuito de também ter mudado de treinador e de também ter mudado de estratégia para o futuro, depois de uma época onde contratou muito e os resultados voltaram a não ser famosos. Zdenek Zeman, o checo que subiu o Pescara à Série A, o homem que criou lançou Marco Verrati (PSG) está a ter o mérito de devolver a Roma ao top-5 da liga e de, com o pouco que tem (este plantel da Roma é muito escasso para ombrear com Inter, Juventus e Napoli) fazer a equipa praticar um futebol esteticamente bonito e eficaz. No entanto, também foi corajosa a abordagem do treinador Checo a este jogo, deixando Daniele De Rossi no banco contra uma equipa como a Fiorentina em prol do americano Michael Bradley. De Rossi apenas iria entrar na 2ª parte, quando o jogo estava completamente partido e o americano já não dava conta das investidas de Borja Valero.
Foi um jogo incrível de parada e resposta, praticado do princípio ao fim a uma velocidade. A Roma marcou cedo por intermédio Panagiotis Tachtsidis, jogador contratado ao Genoa (não efectuou qualquer jogo pela equipa Genovesa visto que foi emprestado a Cesena, Grosseto e Hellas Verona; todas estas da 2ª divisão) num lance em que me pareceu que o Grego (formado no AEK de Atenas) estava em claro fora-de-jogo. Não demorou muito até que a Fiorentina empatasse por intermédio do central Facundo Roncaglia (4º golo do ex-Boca Juniors na Liga) num lance em claro fora-de-jogo. Enquanto a Roma procurava desiquilibrar por intermédio de contra-ataques muito venenosos conduzidos ora por Miralém Pjanic (está um senhor jogador) ora por Francesco Totti, o papel de Tachtsidis e do Norte-Americano Michael Bradley (outro senhor jogador) estava a ser desenrolado na perfeição: vigiar a construção de jogo de jogo dos dois centrocampistas da Fiorentina Borja Valero e Alberto Aquilani. O 2º, de regresso à casa onde foi formado, passou por completo ao lado de toda a partida. Ao mesmo tempo, a Roma exerceu uma pressão alta muito eficaz no primeiro terço do terreno dos comandados de Vincenzo Montella.
Com a Fiorentina estagnada depois do empate, fruto da pressão alta e da excelente cobertura dos seus médios mais criativos (Juan Guillermo Cuadrado jogou a 10; a Fiorentina esteve mais interventiva pelas alas, onde se destacaram os laterais Pasquale e Cassetti) a Roma recuperava muitas bolas a meio-campo. Foram nessas recuperações de bola que surgiram os dois golos que fechariam o primeiro tempo. Se Emiliano Viviano foi muito mal batido no golo de Totti, há que realçar que minutos antes, o guarda-redes da Viola tinha respondido com exito a dois lances do eterno 10 da Roma.
A perder por 3-1 ao intervalo, Montella decidiu arriscar. Tirou Cassani, reposicionando Cuadrado na sua posição de origem e colocou Mounir El Hamdaoui em campo para que o marroquino pudesse dar mais vivacidade na frente em conjunto com um escondido Luca Toni (muito bem anulado pelo central brasileiro Leandro Castán) e fez entrar Matias Fernandez para o lugar de Ruben Oliveira. O Uruguaio esteve muito mal durante a primeira parte, permitindo acima de tudo que Pjanic e Totti estivessem confortáveis no seu jogo de contra-ataque.
Logo aos 30 segundos, a substituição de Montella surtiu efeito e o antigo jogador do Ajax respondeu de cabeça a um grande cruzamento do capitão Manuele Pasquale (foi incansável naquele flanco esquerdo). A Roma sentiu o golo e o duplo pivot defensivo constituído por Bradley e Tachtsidis deixou Borja Valero pegar no jogo Viola e começar com o seu futebol rectílio e efectivo. Passados 2 minutos, seria Mati Fernandez a ameaçar com perigo a baliza do Uruguaio Goicotchea.
A Roma assustou-se com o melhor arranque do 2º tempo por parte da Viola e voltou à carga. Até ao golo de Pablo Osvaldo, aos 88″, a Roma dispos de uma série de ocasiões onde poderia ter fechado a partida. Totti teve tudo para fazer o golo na cara de Viviano; há uma arrancada de Bradley que termina com o americano a atirar a rasar o poste e pouco depois seria o internacional pelos socceroos a falhar uma cabeçada quando toda a defesa da Fiorentina estava batida; pelo meio, ainda há um golo mal anulado aos Romanos. Na outra baliza, seria o mesmo Bradley a tirar na linha um cabeceamento com selo de golo de Aquilani. Com ferros se mata, com ferros se morre. O contra-ataque Romano teria o seu ponto máximo aos 88″ quando Pablo Osvaldo selou a partida, numa altura em que a Fiorentina estava toda balanceada para o ataque.
Vitória justa da Roma num jogo excitante onde a Fiorentina fez uma das melhores prestações da temporada. Sinal negativo para os 3 centrais: Roncaglia, Rodriguez e Savic tem vindo a combinar bem durante praticamente toda a temporada e estão a ter enorme influencia nas vitórias da equipa, pela segurança que demonstraram até agora e pelos golos que tem marcado (juntos, os 3 tem 8 golos). Mas, desde o jogo da Samp para cá tem cometido muitos erros defensivos e tem jogado com um espaçamento entre si que não é desejável para quem joga com 3 centrais. É certo que precisavam à frente de um trinco possante e eficaz nas dobras aos laterais quando estes sobem no terreno e Ruben Olivera não é de facto esse jogador. O Uruguaio emprega muita força nessa tarefa mas é um jogador com uma agressividade excessiva e nem sempre actua de acordo com os moldes de inteligência necessários à posição. Os restantes centrocampistas do plantel também não são jogadores que possam render na posição 6. Montella terá provavelmente que ir ao mercado em Janeiro.
Um filme de Leonardo Constanzo. Seleccionado para a sessão competitiva do Festival de Veneza 2012 e vencedor da sessão competitiva do Lisboa Film Festival.
aqui está o porquê de eu dizer que o Cavani não deve nada ao Falcao. não é que o Falcao não seja um génio porque é. mas este Cavani é qualquer coisa de prodigioso também. Se o Falcao marca de livre, o Cavani também.
que os argentinos queiram o que é seu.
Primeiro a quota na YFR, detida pela Repsol.
Segundo, as Falklands, ilhas que levaram Maradona a marcar com a mão contra a Inglaterra. “Foi como roubar a carteira de um inglês” – disse.
Terceiro, Napoli. Afinal de contas aquilo é do Maradona.
Quarto, a medalha olímpica por via do Juan Martin Del Potro.
O animal despediu-se de São Januário.
O futebol tem destas coisas. Em 2008, depois de passagens por Vasco da Gama (4), Palmeiras (3), Flamengo, Corinthians, Fiorentina, Napoli, Santos, Cruzeiro, Tokyo Verdi, Urawa Red Diamonds, Fluminense, Nova Iguaçu e Figueirense e depois de 14 títulos, 39 internacionalizações pelo escrete e muita vida boémia, Edmundo Alves de Sousa Neto tinha uma dívida a pagar ao Vasco da Gama, clube do seu coração.
Se repararem, de todos os clubes históricos brasileiros, Edmundo só não actuou no São Paulo, Internacional de Porto Alegre e Grémio.
Em 2008, na última passagem de Edmundo pelo Vasco, o último jogo daquele que tinha o cognome de “o animal” ficou marcado por um dos períodos mais tristes da história do histórico emblema carioca gerido por portugueses: Edmundo despedia-se dos “gramados” com o seu clube do coração a descer pela 1ª vez na sua história à série B do Brasileirão.
“O Animal” viveu segundo palavras próprias com um sentimento de amargura durante 4 anos e não descansou enquanto não convenceu os responsáveis de São Januário a montar um jogo de despedida no emblemático estádio carioca. O mítico presidente Vascaíno Robert Dinamite (antigo internacional pela canarinha) fez-lhe o favor e convidou os equatorianos do Barcelona de Guayaquil para a despedida do atleta aos 41 anos numa re-edição da final da Libertadores de 1998 onde o Vasco se iria sagrar campeão sul-americano.
A história de Edmundo no futebol brasileiro é uma história de altos e baixos. “O Animal” não era feroz apenas dentro das 4 linhas. O seu estilo de jogo não se coadunava com a de um típico avançado da canarinha. Edmundo não era um goleador nato, apesar dos 180 golos que marcou em 17 temporadas a altíssimo nível. No entanto, Edmundo fazia do ponto forte uma imensa garra.
Quando as emoções sobressaiem à racionalidade:
Pontapés voadores na cara de adversários, envolvência nos escândalos de jogo do bicho, socos em adversários na libertadores que acabariam em autênticas batalhas campais entre brasileiros e argentinos, alcoolismo e vários acidentes de carro – eis uma panóplia do que foi a vida extra futebolistica de Edmundo.
Depois a Europa:
Edmundo passou pela Fiorentina onde fez uma grande tripla de ataque com Gabriel Omar Batistuta e Rui Costa na época 1998\1999, a época em que a equipa viola esteve muito próxima do título, acabando por conseguir o 3º lugar. Em 1999, após desentendimento com Batistuta num treino da equipa, Edmundo foi autorizado pela direcção da ACF a ir ao carnaval do Rio e só regressaria meses depois para jogar por empréstimo no Nápoles.
Para quem estiver interessado, a página da Wikipédia do Atleta é recheada destas polémicas.
Para finalizar, a despedida do “animal”
Breves comentários aos 4 jogos da Liga dos Campeões e ao jogo do Porto em Manchester.
Começando pela Champions:
Mourinho e os seus pupilos saíram do terrível Luzhniki com um saboroso empate, que apesar de tudo poderia ter dado algo mais.
O empate a 1 bola não deixa de ser um bom resultado para o Real. Metade da tarefa cumprida, num campo sempre difícil contra uma equipa bastante fresca nas pernas dada a interrupção de 2 meses das competições russas.
Domínio claro do Real durante toda a partida perante um CSKA apostado em defender o máximo possível e sair no contra-golpe sempre que possível. Um ronaldo endiabrado que marcou de forma sublime numa jogada onde se podem apontar duas infantilidades da defesa russa. Na 2ª parte, tanto Ronaldo como Callejón poderiam ter selado o fim da eliminatória. Quis o destino que os Russos, na última jornada do encontro, subissem à àrea madridista para fazer estragos com o Sueco Wernebloom em destaque. Muitas culpas para a defesa madridista que não conseguiu aliviar a bola.
Do San Paolo, 3-1 para a equipa da casa numa autêntica lição de catennacio e contra-golpe a um indefeso Chelsea que deixa AVB cada vez mais fragilizado no seu comando técnico.
Walter Mazzarri como se impunha voltou a apostar no clássico 3x5x2, fazendo cortar as linhas de passe do meio-campo dos londrinos e apostando em rápidas situações de contra-golpe onde Christian Maggio à direita e Zuñiga à esquerda foram peças chave. Hamsik, Lavezzi e Edinson Cavani deram água pela barba à defesa londrina e Paolo Cannavaro mostrou uma exibição muito solida, colocando Drogba como um mero espectador no jogo. O central (irmão de Fabio Cannavaro) apenas errou no primeiro golo dos italianos.
Juan Mata ainda pôs os londrinos em vantagem mas rapidamente o Napoli haveria de tomar conta das operações de jogo. O 2º golo, por intermédio de Cavani é claramente duvidoso mas não consegui perceber se o internacional uruguaio marcou com o braço ou com o peito.
Na 2ª parte, o Chelsea foi mais acutilante perante um Napoli que decidiu defender a sua vantagem. Numa jogada de contra-golpe, o Napoli haveria de colocar o resultado final em 3-1.
Com 2 golos de desvantagem, o Chelsea não está irremediavelmente fora da Champions, mas, a tarefa não será propriamente fácil. Conhecendo este Napoli (em clara ascensão de forma), Mazzarri deverá querer ir a Londres defender a sua vantagem e voltar a apostar no contra-golpe para surpreender os londrinos.
Na ronda de quarta-feira, duas surpresas:
No Saint Jakob´s Park de Basileia, uma grande jogada de Cabral deu ao jovem Valentin Stocker a oportunidade de colocar o Basileia em vantagem na 1ª mão da eliminatória contra o Bayern.
Mais uma vez, esta jovem equipa Suiça demonstrou o seu enorme potencial na europa.
1-0 é uma magra vantagem para enfrentar o jogo do Allianze-Arena. Serão os jovens suiços capazes de segurar o golo de Basileia em Munique?
No jogo (chato, diga-se) do Velodrome em Marselha (do qual não disponho de imagens para já), o Marselha bateu o Inter por 1-0 com um golo de André Ayew. O Inter esteve mais forte durante os 90 minutos e criou mais oportunidades de golo. Forlán teve um bom duelo com o guardião Steve Mandanda. O guardião francês levou a melhor por duas vezes.
O Marselha cumpriu a sua tarefa em casa. Mas a eliminatória vai viva para Giuseppe Meazza.
Liga Europa:
Noite chuvosa e triste (para o futebol português) em Manchester.
Uma pergunta assola a Europa do futebol: haverá alguma equipa capaz de travar este Manchester City na Liga Europa?
Uma outra pergunta que me assola pessoalmente: Será o Sporting (caso passe amanhã) capaz de sair do City of Manchester com menos de meia dúzia dentro da baliza?
A seu tempo penso que teremos respostas para estas perguntas.
4-0. O resultado que previa para esta partida em algumas conversas que fui mantendo com amigos durante a semana. Um Manchester City a jogar à italiana e a mostrar requintes de malvadez perante um desinpirado Porto que voltou a arriscar jogar sem um ponta-de-lança fixo.
Qualquer ímpeto inicial que o Porto tivesse para oferecer foi logo aniquilado por uma infantilidade da sua defesa. Noite para esquecer para os comandados de Vitor Pereira. Alvaro Pereira não apareceu na partida, muito por culpa do facto de ter um James Rodriguez à sua frente que pouco ou nada tocou na bola. Maicon foi pouco lesto a defender e no ataque apenas se mostrou num centro interessante para o golo bem anulado a James Rodriguez. Rolando foi expulso no 2º golo dos Citizens por motivos que me espantam. Otamendi esteve desconcentrado e acabou por levar uma botifada em cheio na cara de um colega de equipa, neste caso, do temível Maicon.
Hulk esteve ausente em toda a eliminatória. Valeu Moutinho, um pouco sugado pela esfera de influência de Yayá Toure no meio campo dos homens de Manchester. Yaya é aquele jogador que tanto aparece a limpar a sua zona, como de repente, marca os tempos de transição entre a defesa e o ataque ou aparece na área a tentar finalizar jogadas.
Silva é o ratinho obreiro que qualquer treinador quer ter na sua equipa. Fura defesas inteiras com a bola e sente-se confortável quando na área vê gabaritos de finalização como Aguero, Dzeko ou Mario Balottelli.
Este City é uma equipa chata. Tanto tem de colectivo como de forças individuais. Desiquilibradores não faltam. É uma equipa que sabe medir os tempos de jogo, e sabe quando imprimir velocidade para suplantar as defesas adversárias ou diminuir a velocidade de jogo para adormecer o mesmo.
Eliminatória justíssima.
Depois de algum tempo de ausência desta rubrica neste espaço, volto a fazer uma breve análise a alguns jogos do fim-de-semana e a algumas equipas dos principais campeonatos futebolísticos europeus, começando pela Premier League:
Big Sunday na Premier League. Num curto espaço de 3 horas, 3 jogos importantíssimos entre equipas que lutam pelo título: Manchester City vs Tottenham no City of Manchester e Arsenal vs Manchester United no Emirates, tendo as equipas de Manchester vencido os jogos e os citizens reforçado a liderança na tabela classificativa.
Começando pelo primeiro jogo.
A imagem acima postada está a gerar polémica em Inglaterra. Nos minutos finais do jogo contra o Tottenham, Mario Balotelli pisou deliberadamente a cabeça de Scott Parker, abrindo uma ferida no internacional inglês. O árbitro da partida decidiu não intervir disciplinarmente. Minutos mais tarde, seria Balotelli a cair na área do Tottenham derrubado por Ledley King e a converter a respectiva grande penalidade que deu a vitória aos homens de Roberto Mancini.
Vamos ao jogo em si.
Manchester City e Tottenham chegam ao City de Manchester bem próximos na tabela classificativa. O City em primeiro, o Tottenham a 5 pontos. Duas equipas fenomenais, a praticar dois modelos de jogo bem distintos mas bonitos e duas equipas que poucas derrotas concederam esta época (o City tinha 2, o Tottenham no fim do jogo passou a somar 4, sendo que esta foi a 2ª derrota em 19 partidas).
Depois de uma primeira parte um pouco mal jogada, onde as equipas guardaram um respeito mútuo entre si, a 2ª parte prometeu um dos melhores momentos da Premier League deste ano com 4 golos em 8 minutos: primeiro os Citizens com dois golos sem resposta (Aguero e Lescott), depois os Spurs com dois golos de rajada para empatar a partida (um de Jermaine Defoe num lance em que o central Sérvio Savic cometeu uma enorme gaffe e outro do brilhante Gareth Bale).
De seguida, acontece o tal lance em que Balotelli deveria ter sido expulso. E espero bem que a FA veja as imagens televisivas e decida castigar o italiano por alguns jogos. Nos minutos finais, o Tottenham voltou-se a queixar da falta de sorte, que por exemplo já tinha feito com que a equipa não vencesse o jogo com o Chelsea em casa em Dezembro e se tivesse deixado empatar nos últimos minutos das partidas contra Swansea e West Bromwich Albion: num 2 para 1, Gareth Bale galgou pela esquerda, entrou na área e ofereceu o golo a um Jermaine Defoe que chegou atrasado à boca da baliza para emendar e acabou por atirar centimetros ao lado da baliza de Joe Hart. Como quem não marca sofre e que não é expulso aparece, Balotelli haveria de sofrer uma grande penalidade justa após tesoura de King na área e como tal, haveria de colocar o resultado final em 3-2 para a sua equipa.
O City aumentou a vantagem para os Spurs para 8 pontos. A equipa de Harry Redknapp voltou a mostrar o porquê de estar este ano a lutar pelo título de Inglaterra e actuou de forma muito personalizada e atrevida na casa do City. Mais um deslize nas próximas jornadas poderá significar o fim da Linha para os Spurs nesta aventura.
Na 1ª volta, lá para os finais de Agosto falávamos sobre a derrota do Arsenal em Old-Trafford por escandalosos 8-2.
Alguns meses passaram. O Manchester United de Sir. Alex Ferguson não conseguiu ultrapassar algumas lacunas evidenciadas em certas posições específicas da equipa, o Manchester está a fazer um bom pecúlio interno mas a época já ficou manchada pela eliminação precoce do finalista da época passada da Liga dos Campeões da prova. A equipa provou com o decorrer da época que não era a máquina de fazer golos que toda a gente pensava no início da mesma e provou ter debilidades normais da adaptação a um novo ciclo que se vira com saídas e entradas de jogadores.
Ferguson chegou ao ponto de convencer o regresso de Paul Scholes ao activos 6 meses após o internacional inglês ter decidido pendurar as botas, pedido que foi aceite pelo jogador e que já está a dar frutos na equipa de Manchester.
Já o Arsenal de Wenger começou mal, mas lentamento Wenger conseguiu alinhar os peões de forma a salvar o mau início de época. O Arsenal ainda não tem uma equipa formatada ao estilo do técnico francês mas este começa a ter bastante matéria prima de qualidade para voltar a lutar pelo título nas próximas épocas. Os exemplos disso são Ramsey, Wilshere, Coquelin, Oxlade-Chamberlain, Frimpong, Ignasi Miquel, Per Mertesacker, Thomas Vermaelen, Alex Song, Theo Walcott, Park-Chu Young, entre outros…
Do jogo de ontem duas notas: a preponderância de Ryan Giggs na equipa de Manchester e a fantástica assistência para o primeiro golo de António Valência e do outro lado, a assistência de Oxlade-Chamberlain para Robin Van Persie no golo do “empate” do Arsenal.
O United continua a peugada pelo título enquanto o Arsenal não conseguiu sair da 5ª posição.
Outras partidas:
Norwich 0-0 Chelsea – Mais um jogo horrível da equipa de Villas-Boas, mais um jogo em que Fernando Torres ficou em branco. Os Blues não conseguiram aproveitar da melhor maneira o deslize do Tottenham e continuam longe dos lugares cimeiros.
Fulham 5-2 Newcastle – Vale a pena ver os resumos pelo hat-trick de Clint Dempsey. O Norte-Americano está finalmente a confirmar os créditos com os quais vinha referenciado dos Estados Unidos e está a fazer a melhor época na Premier desde que chegou ao Fulham em 2006 vindo do New England Revolution. Contra o Newcastle, 3 golos na 2ª parte ajudaram à goleada contra os Magpies, que, apesar do bom arranque de campeonato estão em queda livre desde Dezembro. Ocupam neste momento a 6ª posição mas rapidamente poderão ser ultrapassados pelo Liverpool, que esta jornada também perdeu em Bolton por 3-1. A equipa de Bolton com 2 vitórias e 1 empate nos últimos 5 jogos já conseguiu sair dos lugares de linha-de-água.
Passando para Itália:
A Juventus tornou-se campeã de inverno da Liga Italiana. No final da 1ª volta os homens de Turim lideram com 41 pontos contra os 40 de Milan e 38 da Udinese.
Ontem no Atleti Azurri D´Italia em Bergamo, a Juve despachou a Atalanta por 2-0 com golos de Lichsteiner e do reforço (contratado no verão ao Empoli) Emmanuele Giacherini. Do pouco que vi do jogo, Arturo Vidal estava a fazer um grande jogo e os avançados da Juve (Matri e Vucinic) tiveram uma noite desinpirada. Só Matria à sua conta teve 4 ou 5 grandes perdidas. No entanto, Antonio Conte está de parabéns por ter trazido a Juve novamente ao topo do futebol italiano e por colocar a equipa a jogar um futebol de ataque muito agradável, flanqueado e rápido.
Ibrahimovic (2) e Robinho despacharam a dificuldade Novara e fizeram o Milan recuperar bem do desaire do fim-de-semana passado no derby milanês frente ao Inter. Relembro que nas primeiras do campeonato, o Novara tinha batido em casa o Inter por categóricos 3-1.
Mesmo com Kevin-Prince Boateng lesionado, reparem na assistência maravilhosa que Ambrosini fez para o Sueco no 1º golo do Milan. Quem diria que o caceteiro Ambrosini, depois de velho dava para isto?
O 2º golo, apesar de não ser vistoso revela um facto curioso: os 3 intervenientes na jogada tem sido preponderantes para a carreira do Milan esta época. Robinho porque a sua forma está claramente a subir, Nocerino e El Sharawy porque tem aproveitado todos os minutos de jogo que lhes são dados por Max Allegri.
Outros jogos:
Inter 2-1 Lazio – Ranieri está a repetir a dose no Inter daquilo que já tinha feito na Roma na época 2009\2010, quando pegou no comando técnico dos Romanos sucedendo na altura a Luciano Spalletti. Na altura, o treinador pegou numa equipa completamente devastada por um horroroso início de época e conseguiu levá-la a um fantástico 2º lugar, lutando taco-a-taco contra o Inter de Mourinho que se iria sagrar campeão italiano e campeão europeu nessa época.
O mesmo acontece esta época. Ranieri pegou na equipa à 4ª jornada depois do despedimento de Gasperini. Se o Inter à 4ª jornada apenas somava 1 ponto, Ranieri conseguiu somar 34 em 16 jornadas, graças a 9 vitórias, 5 empates e 2 derrotas.
Nas últimas duas jornadas, o Inter bateu o rival Milan para o campeonato e este fim-de-semana bateu a Lazio por 2-1 em San Siro com golos de Milito e Pazzini aos 44″ e 63″ respectivamente depois da Lazio ter inaugurado o marcador aos 30″ por intermédio do veteraníssimo Tommaso Rochi. O Inter ultrapassou a Lazio no 5º lugar. A Lazio tem vindo a perder muito gás nas últimas jornadas, depois de já ter ocupado a 1ª posição do campeonato em conjunto com Udinese e Juventus na 1ª volta.
Siena 1-1 Napoli – A perder o gás nas últimas jornadas também está o Napoli. Apenas uma vitória nas últimas 4 jornadas, colocam a turma Napolitana fora dos lugares europeus.
Roma 5-1 Cesena – A morder os lugares europeus está a Roma. Goleada no Olimpico por 5-1 contra o modesto Cesena (18º do campeonato com 15 pontos) com golos de Totti (2) Juan, Borini e Pjanic. Luis Enrique está lentamente a chegar aos lugares europeus e esta Roma caso embale pode não se ficar por aqui.
Totti está novamente em altas. O seleccionador Cesare Prandelli admitiu publicamente que poderá voltar a convocar o histórico capitão romano para o Euro 2012. Totti não veste a camisola da Squadra Azzurra desde o Mundial de 2006.
Liga Espanhola:
Na luta pelo primeiro lugar em Espanha, o Real Madrid goleou o Athletic de Bilbao no Bernabéu por 4-1. No entanto nem a vitória (gorda) foi obtida de forma linear, nem o resultado expressivo amainou alguns problemas internos que poderão ter emergido depois da derrota a meio da semana contra o Barcelona como o caso de Pepe e como o “bate-boca” mais azeda entre Mourinho e a dupla Sérgio Ramos\Casillas no treino de sexta-feira que a Marca noticiou hoje.
Já em Maiorca, o Real tinha sentido dificuldades e tinha começado a partida a perder. O mesmo aconteceu ontem frente aos bascos do Athletic quando Llorente inaugurou o marcador aos 13″. Depois, Marcelo, Cristiano Ronaldo (2) e Callejón marcaram os 4 golos da equipa de Mourinho que continua em primeiro lugar na Liga.
Vi 4 jogos em sistema de zapping. Manchester United vs Benfica, Napoli vs Manchester City, Real Madrid vs Dinamo de Zagreb e Bayern de Munique vs Villareal
Empate com cheirinho a vitória em Old Trafford, num grande jogo de futebol.
Exibição muito solarenga do Benfica que valeu praticamente a qualificação para a próxima fase no 1º lugar do grupo! Exibição personalizada tanto na defesa como no ataque. O Benfica capitalizou muito bem os erros do Manchester United e o Manchester United continua a jogar bastante mal.
Ferguson voltou a inventar. Não sei se é inventar ou se Ferguson tem mesmo um oráculo que lhe permite saber antecipadamente que vai conseguir passar este grupo a jogar com tácticas erradas e com jogadores trocados nas suas posições. O Manchester United anda nitidamente a jogar todos os jogos da Champions com equipas de 2ª linha ou com jogadores de 1ª em posições que não são as suas. Já foi assim na Luz – em Manchester repetiu-se a dose.
A começar pela baliza: Di Gea é o responsável pelo 2º golo do Benfica. Na defesa, Phil Jones ainda não justificou em nada os 22 milhões que o United deu por ele ao Blackburn e Rio Ferdinand já não serve para todas as encomendas. No meio campo, Ferguson volta a apostar no duplo pivot defensivo constituído por Carrick e por Fletcher. Fletcher é um jogador nulo e cada vez mais acredito que só tem espaço no plantel do United porque é Escocês. À sua frente um Ashley Young que não rende nada no meio comparado com aquilo que rende numa ala, um Nani à esquerda que só não fez mais porque Maxi Pereira recorreu à agressividade e muitas vezes à falta para parar o extremo português e à direita Valência, outra nulidade neste Manchester United. Na frente Dimitar Berbatov, foi uma boa aposta para este jogo pela exibição que o Búlgaro fez e pelo golo que marcou, mas com a sua mania de adornar os lances poderia ter feito muito mais na 2ª parte.
Este United continua a revelar um défice claro: não tem um organizador de jogo.
Na equipa do Benfica, o segredo deste jogo residiu na forma como se defendeu. A defesa esteve impecável. Enquanto Luisão esteve em campo, o Manchester não ganhou o jogo aéreo na área encarnada. Pelo chão, o Manchester demorava muito a rematar à baliza. Witsel e Javi Garcia estiveram muito bem no apoio aos laterais para conter os ímpetos tanto de Nani e de Valência como para controlar as subidas em apoio dos laterais Fábio e Evra. Quando foi preciso, até Rodrigo e Pablo Aimar estavam na entrada da área a impedir que as segundas bolas do United fossem transformadas em tiros de meia-distância.
No ataque, o Benfica marcou porque aproveitou duas falhas da equipa adversária. Jorge Jesus tem razão quando diz que o Benfica tem como forte o contra-golpe. O contra-golpe do Benfica é muito forte porque Pablo Aimar o torna muito forte, Nico Gaitan é um jogador arrasador no 1 com 1 e Rodrigo é um avançado muito mais móvel que Cardozo. É certo que o golo madrugador do Benfica teve uma influência crassa no jogo: quem se põe a vencer o United em casa aos 3″ arrisca-se obviamente a fazer tremer os comandados de Ferguson. O Benfica fez tremer o United, muito embora os primeiros 10 minutos da 2ª parte tenham sido um autêntico massacre à baliza de Artur, que mais uma vez fez uma exibição de alto gabarito.
Declarações de Sir. Alex Ferguson no flash-interview: “It’s a cruel game at times. With their goal coming so early it really took the wind out of our sails. But when we got going we got tempo and we played really well and we should have been three up at half time. We conceded two freakish goals. We played very well tonight, some really good football so I can have no fault with my players at all. If we hadd held on to the lead for a few minutes after we had scored I think we would have won.
Basel is going to be a hard game. The chips are down but I have every confidence in my team. We might not get top of the group but what we need to do is win in a good style.”
http://video.rutube.ru/4543fbf0e419544727cd91eeeee9d7e0
Com a dupla de “irmãos Frei” (na cabeça de Jorge Jesus) a accionar rapidamente um 2-0 para a turma Suiça em 15 minutos, o Basileia parecia estar no bom caminho para levar derrotada com facilidade a turma romena do Otelul Galati.
Aos 37″, Marco Streller haveria de elevar a contagem para 3-0 mas uma boa reacção dos romenos na 2ª parte haveria de por em sentido os Suiços, com golos de Giorgiu aos 75″ e Antal aos 81″. Mesmo assim, o Basileia venceu por 3-2 e recebe em casa o United na próxima jornada, podendo fazer história no clube caso consiga vencer a turma Inglesa.
Grupo B
O Lille foi ganhar de forma surpreendente ao terreno do CSKA de Moscovo por 2-0 e alimentou assim as hipóteses de se qualificar para a próxima fase num grupo em que o Inter garantiu hoje a qualificação com um empate a 1 bola no terreno do Trabzonspor.
Um auto-golo de Vasili Berezutsky e um golo de Sow na 2ª parte deram um balão de oxigénio à equipa Francesa.
Em Trabzon, o Inter arrancou um precioso empate que garante a qualificação. Ricky Alvarez inaugurou o marcador aos 18″ e Halil Altintop empatou 5 minutos depois.
Trabzonspor (6 pontos) e Lille\CSKA (5 pontos com predominância para os Franceses) partem para a última jornada com hipóteses de discutir a qualificação. O CSKA de Leonid Slutsky terá obviamente uma espinhosa missão, pois precisa de vencer o Inter no Giuseppe Meazza em Milão.
O Lille recebe o Trabzonspor em casa e como tal prevê-se um grande jogo de futebol.
Grupo D
Em Lyon, o Ajax carimbou praticamente a passagem aos oitavos de final com um empate a 0 bolas com o Lyon.
http://video.rutube.ru/b568c21e4cfde21ead7c37973a329992
Em Madrid, Mourinho promoveu um dia de folga para os seus principais artistas. E mesmo assim, deu 6 ao Croácia Zagreb.
Platini continua a ter o veneno vincado dos seus actos. O Dinamo de Zagreb é uma das equipas que beneficia do novo esquema de qualificação para a Champions. Numa fase de grupos, a equipa Croata do Português Tonel ainda não marcou qualquer ponto (e arrisca-se a não marcar qualquer ponto) e teve que vir a Madrid receber 6 para marcar os seus primeiros 2 golos na competição. O score do Zagreb é absolutamente vergonhoso para uma Champions, que nestes moldes perde obviamente competitividade: em 5 jogos os croatas averbaram 15 golos e apenas somaram 2.
Mourinho deu descanso à sua 1ª linha. Pelo cansaço acumulado de alguns jogadores no jogo do passado sábado contra o Valência e pela falta de importância deste encontro (O Madrid já estava apurado) Mourinho optou por colocar Antonio Adán na baliza; a defesa constituída por Fábio Coentrão na esquerda (excelente jogo do Português pelo que vi; muito incisivo a romper pela esquerda como é seu apanágio) uma dupla de centrais inédita constituída por Raphael Varane (talentoso este miúdo; tem tudo para ser um dos melhores centrais do mundo: é alto, é eficaz no jogo aéreo e no desarme; é tecnicamente excelente, no que toca por exemplo a sair a jogar) Sérgio Ramos (depois Raúl Albiol) e Lass Diarra na direita (o francês também esteve muito bem numa posição que não lhe é estranha); no meio-campo, Nuri Sahin, José Callejón, Mezut Ozil e Xabi Alonso e na frente a dupla Benzema\Higuaín.
Aos 8 minutos de jogo, o jogo já estava resolvido com um 3-0 para os madrilenos: golos de Benzema, Callejón e Higuaín, este último, vindo de uma excelente iniciativa do Argentino, que diga-se, continua completamente on-fire. Até ao final da 1ª parte, e já quase num ritmo de descompressão viria o 4º golo por intermédio de Ozil aos 20″. Começava-se a sentir pena do Croácia Zagreb, que, não saiu do Santiago Bernabéu com uns 10 porque Ronaldo não saiu do banco.
Na 2ª parte, viu-se um Zagreb mais afoito para tentar reduzir a desvantagem. No entanto, o Real aumentou a contagem mais duas vezez por intermédio de Callejón (este extremo aproveita com bom grado todas as oportunidades que Mourinho lhe dá para sedimentar a sua posição no plantel merengue) e novamente por Karim Benzema. O Zagreb marcou por duas vezes já nos minutos finais por Beqiraj e Tomecak, num jogo, onde perante o desiquilibrio mais que imanente de potencial entre as duas equipas, o Zagreb não conseguiu complicar em nada a tarefa do Real. Ironia das ironias, a agressividade que os croatas deviam ter imprimido no acto defensivo nos minutos iniciais do jogo para tentar dificultar a vida aos madrilenos, acabou por aparecer em clara demasia na 2ª parte.
Feliz da vida estava o jovem Adán no final do encontro: “I am happy to play, especially as it does not happen very often. But I am young and I enjoyed it. It was a simple game but our two defensive errors have resulted in goals. I am a realist, and the I am always learning from Iker Casillas, who is the best. I will make the most of my opportunities in these kinds of games.”
Visivelmente feliz era José Mourinho:”It was a perfect night, in which some players have been able to relax and others enjoy minutes. We were able to give minutes to people who deserve it, working for it and it worked well.
Sometimes you have to concede goals, so it is much better if you concede when you have scored six and not in the knockout rounds. It is unfortunate for my goalkeeper Antonio Adán, who conceded two goals in a game where he had nothing to do.”
José Callejón também partilhava do mesmo sentimento:”I have waited for my opportunity to play in the first team, but it’s difficult as the team has been playing so well. But tonight I gave it my all and tried to show the coaching staff and my teammates that I’m here. We are going through a major stage in UEFA Champions League and we must continue to maintain this form.
I am very happy that we have closed out the group as winners. We played well and want to give the thanks to the fans for their support.”
Grupo A
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Noite mágica no San Paolo a fazer lembrar os bons velhos tempos de Diego Armando Maradona, desta feita, pela mão de um eslovaco e de um Uruguaio.
Esta equipa do Napoli é qualquer coisa de sensacional. O futebol por si praticado, a entrega ao jogo, a vontade de triunfar e o seu talento faz desta equipa uma coisa do outro mundo.
O poderoso City não teve argumentos para contrariar a excelente organização defensiva do Napoli que abafou por completo Mario Balotelli, colmatada em muito pelos venenosos contra-ataques onde Hamsik e Lavezzi irritavam e desorientavam em larga escala os defensores do City.
Do jogo do City, pontuado como é costume pelo ratinho David Silva, jogadores como Dzeko e Nasri não apareceram na partida e Balotelli teve uma noite completamente desinspirada à excepção do golo que marcou aos 33″.
Do outro lado, Christian Maggio foi o perigo que costuma ser no flanco direito – um autêntico quebra cabeças para Kolarov, principalmente quando o Sérvio se aventurava em demasia no seu flanco. Hamsik é aquele maestro que marca os tempos de jogo desta equipa e até hoje ainda não consigo perceber como é que clubes que tem um enorme défice neste tipo de jogadores como o United ou o Milan ainda não foram buscar este pequeno génio do esférico. Lavezzi também fez um jogo soberbo e claro está, Edinson Cavani: para mim o melhor ponta de lança da actualidade.
No outro jogo, jogo quase de descanso para o Bayern de Munique. 3-1 sobre o Villareal. O Bayern adiantou-se no marcador como lhe competia nos primeiros 25 minutos com golos de Ribery aos 3″ e Mario Gomez aos 23″. O Villareal ergueu-se na 2ª parte e ainda reduziu para 1-2 aos 50″ por Jonathan DeGuzman, mas o jogo seria sentenciado aos 69″ novamente pelo internacional Francês Frank Ribery.
Arjen Robben parece-me um jogador mais sólido do ponto de vista motivacional após ter recuperado da última lesão. Mário Gomez está a tornar-se um caso muito sério no Bayern, mas quem me encheu os olhos por completo foi o internacional Austríaco de apenas 19 anos David Alaba. Depois de uma fase em que era sistematicamente utilizado na esquerda ora como defesa ora como médio interior esquerdo, Alaba aparece com Jupp Heynckes a distribuir jogo no centro do terreno e pode-se assumir como o grande patrão do meio-campo Bávaro. Gostava de ver um meio-campo do Bayern com Alaba, Schweinsteiger e Kroos em simultâneo.
As contas deste grupo ainda não estão fechadas. O Bayern apurou-se. Soma 13 pontos. Napoli tem 8 e Manchester City tem 7. Villareal tem 0 pontos e vistas bem as coisas o seu score não é muito diferente do Croácia Zagreb pois tem 2 golos marcados e 12 golos sofridos: nota péssima para o 4º classificado da Liga Espanhola na época passada.
Na próxima jornada, o Villareal recebe o Nápoles enquanto o Manchester City recebe o Bayern. Os Citizens terão que vencer ou empatar, esperando para tal que o Nápoles perca ou empate o seu jogo em Espanha.
O Sr. Futebol.
Platini era um médio ofensivo fora de série. Galgava metros com as suas maravilhosas arrancadas. Organizava jogo como ninguém, com passes medidos a regra e esquadro. Para além disso, marcava golos, muitos golos, golos importantes.
Numa carreira recheada de títulos (Taça de França em 1978 pelo Nancy; Ligue 1 em 1980 pelo Saint-Éttiene; 2 scudettos, 1 Liga dos Campeões, 1 taça das taças, 1 taça de itália, 1 taça intercontinental e 1 supertaça europeia pela Juventus e um campeonato da Europa pela selecção francesa ) e marcada pela idolatria tanto dos franceses como dos tiffosi da Vecchia Signora à sua liderança em campo de uma geração talentosa do clube transalpino, ficou-lhe apenas o amargo na boca de ter perdido o título da época 1986\1987 na última jornada (e último jogo de Michel na Juve) no Dell´Alpi para o sensacional Napoli de Diego Armando Maradona e o golo da vitória da Juventus na vitória na Liga dos Campeões contra o Liverpool na malograda Tragédia do Heysel em Bruxelas.
A título pessoal, o legado Platini também é importante para o futebol: equipa do século XX para a FIFA, 3 ballon d´or, 2 títulos de melhor jogador francês do ano, melhor jogador do campeonato da europa em 1984, 3 vezes o melhor marcador da Série A e o melhor marcador do campeonato europeu de 84.
(Clicar em cima do link para ver o video em maiores dimensões)
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O Benfica falhou o assalto à qualificação perante o Basileia em casa. Pelo que tenho visto no facebook e pelo que vi do jogo, o Benfica marcou um golo e colocou-se, como se diz “à sombra da bananeira” tomando como inúteis os ímpetos ofensivos do Basileia.
Era um jogo para o Benfica ganhar. Não desprestigiando uma jovem equipa do Basileia que tem alguns valores que poderão dar cartas no futuro em clubes de maior dimensão como Xherda, Shaqiri, Fabian Frei, Steinhofer e Dragovic.
Luis Martins estreou-se pela equipa sénior do Benfica. Capdevilla não está inscrito na Champions e é carta fora-do-baralho. Não quero retirar mérito ao jovem defesa esquerdo. Quero apenas tirar mérito ao gozo que estão a executar a um dos melhores laterais esquerdos do mundo.
Com o Otelul Galati resolve-se a inquitação.
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Mais um fraco jogo do United perante um adversário fraco e sem qualquer qualidade para andar por estas lides.
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Mário Gomez continua completamente imparável e o Bayern pensava ter ganho o jogo quando fez o 3-0. Acabou encostado às cordas. Mesmo assim, acho que esta equipa do Bayern poderá ser capaz de tudo esta época.
O Manchester City foi a Villareal vencer por 3-0 e deu um passe de gigante para se qualificar para os oitavos-de-final. Num jogo em que Aguero apenas entrou aos 74″ e Dzeko nem saiu do banco, o costa-marfinense Yaya Touré foi a estrela da companhia com um bis.
O Bayern já está teoricamente apurado. Falta-lhe apenas 1 ponto. Contra os 10 dos Bávaros, o Manchester City soma 10 e também se pode apurar caso vença o Nápoles na próxima jornada no San Paolo. O Nápoles tem 5 e o Villareal ainda não marcou qualquer ponto.
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O do costume resolveu o jogo para o Real Madrid e qualificou os merengues para os oitavos-de-final. O real não jogou por aí além em Lyon.
O Ajax venceu o Dinamo de Zagreb por 4-0 no Amsterdam Arena e marcou 7 pontos. O Lyon tem apenas 4. Os Holandeses poderão carimbar a passagem se empatarem no Gerland dentro de 3 semanas.
No Grupo B, o Inter cimentou a liderança do grupo ao bater o Lille por 2-1. Trabzonspor e CSKA não foram além de um nulo.