600 já abandonaram a UC este ano

Via Denúncia Coimbrã

Parabéns ao amigo autor deste maravilhoso mural

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2 thoughts on “600 já abandonaram a UC este ano

  1. Álvaro diz:

    Acho que já apagaram o futuro a bem mais…..

  2. João Branco diz:

    Tens razão. Estamos em Abril. Faltam menos de 4 meses para terminar o ano lectivo e os Serviços Sociais ainda não deram resposta a todos os processos de atribuição que têm em mãos.

    Pior, estamos em Abril (a 4 meses do término do ano lectivo) e os estudantes ainda não sabem a extensão total do nefasto decreto-lei 702010 – serão 500, 1000, 1500 ou mais que 1500 os alunos que ficaram sem bolsa na Universidade de Coimbra?

    Numa escala ainda mais grave, tenho informações que 1 em cada 5 residentes das residências Universitárias dos SASUC ficaram sem bolsa neste ano lectivo, sendo que agora os Serviços estão a reclamar pagamentos de alojamento na ordem dos 500, 700 e até 1000 euros. O que é um facto completamente admissível se tomarmos em conta que são valores irreais com o rendimento que as famílias dispõem (haverão decerto alunos cujas dívidas de alojamento são superiores ao rendimento dos seus familiares).

    Gravíssima também é a forma como os SASUC estão a negociar as dívidas com esses alunos: pressionando-os a pagar com base na chantagem – obrigam os alunos a assinarem “espécies” de contratos com o administrador em que se comprometem a pagar a dívida segundo um plano de pagamento (que a muitas famílias se torna incomportável) sob risco de expulsão da residência universitária.

    Começo a temer pelo futuro da UC. Não é só a qualidade de ensino que não me apraz. Com o regime fundacional à vista e os problemas que continuam a decorrer na Acção Social Escolar, antevê-se mais fome entre os estudantes, mais procura nos actos de caridade institucional como a Cáritas ou o Justiça e Paz (o que faz com que os governantes se alheiem cada vez mais da tarefa de garantir ensino aos seus cidadãos) e prevejo um ano lectivo 20102011 com mais desistências entre os estudantes, com mais precariedade e com menor qualidade de vida, o que de facto me leva a pensar que as políticas que estão a ser delineadas para o ensino superior estão a torná-lo mais elitista – o que constitui de facto um retrocesso enorme na história deste país num cenário actual em que o mesmo precisa de mais quadros técnicos qualificados para se modernizar.

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